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R.: É a simples ciência do direito, na falta de um jurisconsulto que conheça as leis exteriores
de um modo exterior.
B – O QUE É O DIREITO EM SI
1 – O QUE É O DIREITO?
R.: Deixar à parte os princípios empíricos e buscar a origem dos juízos na razão somente, a
fim de estabelecer fundamentos para uma legislação positiva possível.
R.: A noção de direito relaciona-se à obrigação pela noção moral da última. E, além disso,
direito é faculdade de obrigar ao que se opõe ao seu livre exercício.
R.: É justa toda ação que, por sua máxima, não constitui um obstáculo à conformidade do
arbítrio de todos com a liberdade de cada um segundo as leis universais.
R.: Exige que se adote por máximo a conformidade das ações com o direito.
R.: Age exteriormente de modo que o livre uso de teu arbítrio possa se conciliar com a
liberdade de todos.
R.: Pois, se algum uso da própria liberdade constitui um obstáculo à liberdade, deve haver
outra força – que obrigue, portanto – agindo contrariamente ao obstáculo que se impôs. Tal
força é o direito.
R.: O direito estrito está apoiado no princípio da possibilidade de uma força exterior
conciliável com a liberdade de todos, segundo leis gerais.
R.: Sim, pois ela é a única capaz de sujeitar toda a sociedade ao direito, assim também
garantindo a liberdade geral.
R.: O direito e a faculdade de obrigar são a mesma coisa, visto que seria ineficaz a
existência de leis sem que houvesse a possibilidade de coagir a população ao seu
cumprimento.
R.: A lei de uma obrigação mútua que se conforma necessariamente com a liberdade de
todos é a construção de uma noção do direito, ou seja, sua exposição numa intuição pura a
priori.
R.: O fundamento para a construção do direito, a priori, é a noção de uma obrigação igual,
mútua, universal, em conformidade com a noção de direito e submetida a uma regra geral.
DIREITO PÚBLICO
R.: É o conjunto das leis, as quais exigem uma promulgação geral para produzir um estado
jurídico.
2 – O QUE É UM POVO?
R.: Uma multidão de homens, que reunidos sob uma lei única exercem, uns sobre os
outros, influência mútua.
R.: É o estado jurídico onde os homens do povo exercem influência uns sobre os outros e
estão sob uma influência única – a da constituição –, a fim de serem partícipes no direito.
R.: É o sentido mais amplo de cidade – civitas –, onde se reúnem os cidadãos pelo seu
interesse comum e por um estado jurídico.
R.: Certamente não tomamos da experiência que os homens tenham por máxima a
violência e que sua maldade os leve inevitavelmente a se fazer guerra antes de haver
constituído um poder legislativo exterior.
R.: Tal ideia implica na falta de total falta de segurança contra a violência antes da reunião
dos homens em povos, e desses em estados, e desses em nações.
R.: Preciso sair do estado natural, no qual cada um age em função de seus próprios
caprichos, e convencionar com todos os demais em submeter-se a uma limitação exterior,
publicamente acordada, determinada pela lei, e assim, entrar em um estado civil.
R.: No estado civil se dão as condições necessárias para a execução da lei natural da
conformidade com a justiça distributiva, pois ele tem as leis que as garantem.
R.: A cidade em Idéia é aquela que segue os moldes dos princípios do direito puro,
caracterizada por leis que surgem espontaneamente da vontade em geral da noção de
direito exterior.
R.: Os membros reunidos da sociedade civil para legislação, que possuem atributos
jurídicos: a liberdade legal não obedecer a nenhuma outra lei além daquelas que a tenham
dado seu sufrágio, igualdade civil e o atributo da independência civil.
R.: Os membros ativos são aqueles que dependem tão-somente da sua própria vontade
(proprietários e funcionários do governo); são os únicos que podem participar da formação
das leis.
R.: Já os cidadãos passivos são aqueles que dependem de outros, como os empregados.
Os passivos não participam da formação do estado, são simplesmente associados civis.
R.: Não.
R.: Não. As leis não privilegiam e nem prejudicam nenhum segmento da sociedade: todos
são iguais e livres perante a lei e nenhuma lei pode contrariar o princípio da liberdade.
R.: Que trabalhem para elevar sua condição: de cidadãos passivos para ativos.
20 – O QUE É CONTRATO PRIMITIVO?
R.: É o ato pelo qual o povo se institui em uma cidade, bem como a própria ideia desse ato
– segundo a qual se pode unicamente conceber a legitimidade do próprio ato.
R.: Não, ele não sacrifica parte de sua liberdade natural, mas abandona-a para encontrar
sua liberdade a dependência legal no estado jurídico, que é oriunda da sua vontade
legislativa própria.
24 – QUEM É O LEGISLADOR?
25 – QUEM É O JUIZ?
26 – QUAIS SÃO OS TRÊS PODERES ATRAVÉS DOS QUAIS UMA CIDADE TEM SUA
AUTONOMIA?
SEÇÃO I
R.: Inescrutável. Isto é, o povo não deve raciocinar sobre sua origem, devendo somente
respeitá-la; não pode nem deve julgar de outra maneira senão daquela que agrade ao poder
soberano existente.
R.: Não, pois mesmo sendo disputas vãs para o povo, são perigosas para o Estado.
R.: O fato de que a sublevação contra o poder legislativo soberano sempre deve ser
considerada como contrária à lei, e mesmo subversiva de toda constituição legal.
Pois o estado jurídico somente se dá pela submissão à vontade legislativa. Não permitindo
assim rebeliões nem sedições contra a pessoa do soberano, mesmo ocorrendo abusos de
poder.
R.: Reúne-se a fim de conservar a sociedade, que se submete ao poder público interno, já
que os membros dessa sociedade não bastam a si mesmos.
R.: O direito do soberano tem por objetivo a manutenção dos salários através da
distribuição dos empregos, a conservação da dignidade dos súditos, e o direito de punir.
R.: Em um estado homem nenhum pode carecer de toda dignidade, pois teria ao menos a
dignidade de cidadão, dado que dignidade é a faculdade de estar sujeito apenas a uma lei
da razão, está associada à responsabilidade de cada um. Conclui-se então que a ausência
de cidadania implica a ausência de dignidade.
R.: Ninguém, por meio de contrato, pode obrigar-se a uma dependência pela qual deixe de
ser uma pessoa; porque somente na qualidade de pessoa pode-se contratar.
R.: São: 1º) que as cidades, os Estados considerados em suas relações mútuas externas
estão naturalmente num estado não-jurídico; 2º) que este é um estado de guerra, ainda que
não haja na realidade sempre guerra e hostilidade; essa condição é injusta e os Estados
limítrofes são obrigados a sair delas; 3º) que é necessário que haja um pacto internacional
concebido segundo a ideia de um contrato social primitivo e pelo qual os povos se obriguem
respectivamente a não se imiscuírem nas discórdias internas de uns e outros, porém,
garantindo-se mutuamente dos ataques estrangeiros; 4º) que a aliança não deve supor
nenhum soberano, mas somente uma federação, que pode ser renovada e renunciada.
R.: Dá, ao povo lesado, o direito de fazer guerra contra o primeiro, que visa exigir satisfação
e usar represália, sem uso de vias pacíficas.
R.: É o que consiste no seguinte: o vencedor impõe as condições sob as quais costumam
ser celebrados os tratados e a paz com os vencidos, e não as condições que poderiam
resultar de não sei que direito fundado na lesão pela qual entendia ter sido atingido, porém
apoiado principalmente em sua força.
R.: Como um princípio de direito, visto que a natureza colocou todos sob o mesmo espaço,
do qual ninguém é dono, mas em que todos são convidados a viver.
R.: É a convivência pacífica de todos os povos em torno de leis universais de seu comércio
possível.