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SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL

UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DA AMAZÔNIA


CURSO DE LICENCIATURA EM LETRAS – HABILITAÇÃO EM LÍNGUA PORTUGUESA
CAMPUS TOMÉ-AÇU

DISCIPLINA: CONCEPÇÕES LITERÁRIAS UNIVERSAIS

LIBERDADE OU DESTINO?
FARIAS, Aryson1

INTRODUÇÃO
O destino de Édipo, o protagonista da tragédia de Sófocles, "O Rei de Édipo",
foi planejado antes de seu nascimento: ele matará seu pai e se casará com sua mãe.
O oráculo é mencionado duas vezes na peça. No entanto, os principais eventos na
obra de Sófocles não fazem parte da profecia: a revelação da verdade, o suicídio de
Jocasta e a cegueira de Édipo. A questão discutida neste trabalho é o que aconteceu
a Édipo foi resultado de um destino transcendente ou produto de seu espírito e caráter.
A verdadeira identidade desse personagem, além do que ele pensava ser, foi revelada
por uma série de acidentes hipotéticos.

Palavras-chave: Caráter; Destino; Édipo; Sófocles;

OBJETIVOS
Este trabalho de forma avaliativa é redigir um texto de gênero resumo
expandido da obra “Édipo Rei” escrita por Sófocles, destinada a uma apresentação
teatral que narra o drama da família de Édipo, inspirada em um personagem da
mitologia grega.

METODOLOGIA

1
Discente do curso de licenciatura em Letras, Universidade Federal Rural da Amazônia – UFRA, Campus
Tomé-
Açu, PA E-mail: arysonbvilareal@gmail.com
1
Em pauta, a vista pedagógica da docente do curso em avaliar e pontuar a
estrutura (coesão e coerência) e a produção textual, este trabalho segue esses
requisitos como atividade avaliativa e desenvolvimento acadêmico e de categoria
exploratória.

BASE TEORICA
Classificada por Aristóteles em sua obra “Poética”, como a maior tragédia do
teatro grego, na forma e no conteúdo, o texto de Sófocles
“(...) altera bastante as versões anteriores do mito de Édipo. A mudança principal diz
respeito ao deslocamento dos dois episódios causadores da ruína do herói: a tragédia
inicia depois da ocorrência do parricídio e do incesto. A investigação do assassinato
de Laio e, num segundo momento, a indagação sobre a própria identidade, por parte
de Édipo, ocupam lugar central na peça. A questão de não ser quem se pensa que é e
o poder de forças enigmáticas na constituição do destino substituem o tema da
maldição familiar, presente em obras anteriores” (Vieira, 2004, p.18).

Laio e Jocasta, pais de Édipo e governante de Tebas, previram do Oráculo


que seu filho mataria seu pai. Ao saber disso, o rei Laio amarrou o menino recém-
nascido ao tornozelo e Jocasta o entregou a um estranho e o deixou para morreu em
um lugar remoto, mas acabou sendo resgatado por um pastor e levado para o rei de
Corinto. O rei Pôlibo que o criou como filho.
Anos depois, Édipo consultou o oráculo de Delfos e descobriu a trágica
profecia de que mataria seu pai e se casaria com sua mãe. Sabendo disso, Édipo
fugiu de Corinto, porque ele cresceu, pensando que seu pai era Pôlibo e Corinto era
sua cidade natal, e foi para Tebas. Ao longo do caminho, no cruzamento da estrada,
Édipo desentendeu-se com algumas pessoas que passavam por ele e lutaram até a
morte, apenas Édipo sobreviveu.
Depois de chegar em Tebas, Édipo encontrou o terrível mal que afligia a
cidade: Uma esfinge do mal que produzia enigmais que atormentava os moradores
da cidade. O mistério feito para Édipo é: qual animal que de manhã caminha com
quatro membros, ao meio-dia caminha com dois membros e ao entardecer caminha
com três membros? Édipo prontamente resolveu o enigma respondendo que era o
homem, pois na infância o homem engatinha com os braços e as pernas (quatro
membros), na juventude ele caminha com as pernas (dois membros) e na velhice o
homem utiliza uma bengala para auxiliar as duas pernas na locomoção (três
membros).

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O quebra-cabeça está resolvido, a esfinge está morta, o trono de Tebas está
vazio e Édipo se torna o rei de Tebas. Portanto, ele se casou com Jocasta e teve
quatro filhos com ela: Ismenia, Antigone, Poluniches e Eteokles.
Durante o reinado de Édipo, a prosperidade do povo de Tebas foi revertida e
a cidade começou a passar por um período de infertilidade. As pragas atacam as
plantações, as doenças afetam os animais e até as mulheres se tornam estéreis. Em
desespero, o povo de Tebas pediu ajuda a Édipo, que o considerava o melhor dos
homens e acreditava que ele destruiu a esfinge, resolvendo os problemas que
assolavam a cidade.
Édipo começou a investigar a causa do infortúnio da cidade e pediu ao irmão
de Jocasta, Creonte, que indagasse ao oraculo do deus Apolo sobre o mal de Tebas.
Depois de retornar, Creonte informou a Édipo que, para redimir a cidade, ele deveria
encontrar e então matar ou exilar o assassino de Laio que era o antigo rei de Tebas.
Dessa forma, Édipo passou a buscar informações e pistas sobre quem era o
assassino de Laio.
A pedido de Corrifeu, o rei Tebas conversou com um idoso profeta cego,
Tirésias. No primeiro encontro com Édipo, Tirésias relutantemente identificou Édipo
como o assassino de Laio, e afirmou que toda a cidade havia sido afetada pelo
comportamento impuro do rei Tebas.
Como castigo dos deuses, Édipo foi cegado por sua autoridade e poder,
acreditando que Tirésias estava conspirando com Creonte para tomar o reino de
Tebas, e começou a discutir com ele sobre as alegações de Tirésias, porque parecia
ser ele o manipulador. Creonte se defendeu das acusações de Édipo, mas o rei furioso
exigiu que ele escolhesse o exílio ou a morte por traição. Jocasta interveio e, junto
com Corrifeu, pediu a Édipo que acreditasse nas palavras de Creonte, mas o rei era
teimoso e o irmão de Jocasta finalmente desistiu e saiu de Tebas e implorou para
maior compreensão de Édipo.
O casal soberano de Tebas conversou e questionou-se sobre a previsão do
oráculo sobre o assassinato de Laio. Jocasta conta uma história antiga em que um
oráculo previu que o filho dela com Laio o mataria, e afirmou que o oráculo não era
verdadeiro porque Laio morreu na encruzilhada nas mãos de ladrões. Além disso, em
sua versão, seu ex-marido amarrou o tornozelo de seu filho recém-nascido e o deixou
nas mãos de um estranho, que o jogou da montanha para o penhasco, então seu filho

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estava morto. Para Jocasta, o oráculo de Apolo falhou e ela conclui dizendo que o
oráculo não era confiável.
No entanto, Édipo conectou todos os eventos em seus pensamentos e
começou a suspeitar que ele era realmente o assassino de seu pai. Mesmo que ele
não aceitasse e lutasse contra seu destino previsto pelo oráculo, a profecia se
cumpriu. A partir daí, Édipo interrogou Jocasta e começou a reunir todas as evidências
sobre a morte de Laio e do oráculo. Ao investigar esses incidentes, Édipo está
gradualmente desvendando sua própria história e descobrindo sua verdadeira
identidade.
Quando um mensageiro de Corinto chegou a Tebas e anunciou que o rei
Pôlibo (até então o pai de Édipo) estava morto, a suspeita de Édipo foi
temporariamente dissipada. No entanto, após saber da história do oráculo e do
incidente em Tebas, o mensageiro revelou que Pôlíbo não era o verdadeiro pai de
Édipo, mas um bebê recém-nascido descoberto pelo próprio mensageiro que era
pastor na cidade de Citéron. O mensageiro disse que um pastor de Laio era o
responsável pelos bebês abandonados naquela área, deu-lhe os cuidados do recém-
nascido e o levou para fora da área. O sacerdote de Corinto aceitou o menino e o
levou para sua cidade, onde foi adotado pelo rei Pôlibo.
Édipo decidiu interrogar os dois pastores e perguntou-lhes sobre as coisas
velhas, cara a cara. No início, o pastor de Tebas não quis continuar contando sua
versão da história, mas acabou revelando toda a verdade do incidente. A trágica
história de Édipo foi finalmente revelada, confirmando todas as profecias trágicas e
terríveis: não saber e tentar escapar do destino Édipo matou seu pai Laio, casou-se
com sua mãe Jocasta e teve quatro filhos com ela.
Édipo estava desesperado e Jocasta se enforcou depois de saber toda a
verdade. Vendo que Jocasta estava morta, o filho de Laio se apunhalou no olho para
se esconder nas sombras, culpou Apolo por sua doença e pediu a Creonte que o
expulsasse da cidade e cuidasse de suas filhas. No final da peça, Édipo aceitou seu
trágico destino e partiu de Tebas para Citéron, onde finalmente se encontrou com a
morte.

RESULTADOS E DISCURSÕES
Na tragédia de Édipo de Sófocles, oráculos e sua influência no
comportamento humano são frequentemente mencionados. Após o primeiro oráculo,
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Édipo começou a investigar o assassino do ex-rei Laio, para salvar a cidade da peste.
A investigação de Édipo revelará a verdade sobre um oráculo que ele recebeu no
passado e outro oráculo recebido por Lio e Jocasta (os pais do personagem). Esta
pesquisa explora esta obra para esclarecer as possibilidades, condições e
características da liberdade humana apresentadas nesta obra. Portanto, esta
pesquisa envolve o tema do destino guiado pelos deuses, a partir da constatação de
que há uma tensão entre a escolha humana e a decisão do destino fornecida pelo
oráculo.

CONCLUSÕES
A obra "O Rei de Édipo" está cheia de sorte, e há várias partes para provar
que, por mais que Édipo evite sua travessia, ele está sempre ao seu lado. Não só
Édipo, mas também seus pais tentaram fugir do que já havia sido previsto, por isso
viviam longe, mas no momento em que se conheceram, mesmo que não se
conhecessem, também cumpriram o propósito pretendido. Portanto, pode-se dizer
que na tragédia grega, por mais que você evite passar pelo destino, ela sempre estará
ao seu lado. No caso de Édipo, ele tentou manter distância de seus pais adotivos, o
que o levou a abordar seus pais legais e cometer assassinato e incesto.

REFERÊNCIAS
Édipo Rei; Guia Estudo. Disponível em< https://www.guiaestudo.com.br/edipo-rei >.
Acesso em 04 de julho de 2021 às 14:25.
PEREIRA, Helena e ATIK, Maria. Da dramaturgia ao cinema: Édipo Rei. Revista
eutomia Disponivel em<
http://periodicos.ufpe.br/revistasQEUTOMIA/article/viewFile/1934/1507 > Acesso em
04 de julho de 2021 às 15:00
SÓFOCLES. Édipo Rei. Tradução por J. B. de Mello e Souza. Fonte Digital:
eBooksBrasil, 2005.

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