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A sociedade do espetáculo

Guy Debord
Teoria da Comunicação – Publicidade 2º Período
Professora Daiany Ferreira Dantas
o que é espetáculo hoje em dia?....

Ou não seria melhor perguntar...

o que não é espetáculo?


Realidade e
representação
Para Guy Debord

O mundo real é um espetáculo da representação;

Toda a vida das sociedades nas quais reinam as condições modernas de produção se
anuncia como uma imensa acumulação de espetáculos. Tudo o que era diretamente
vivido se esvai na função da representação.

A realidade reflete em um pseudo mundo à parte, objeto de pura contemplação.


Uma vez que se pronuncia, passa a existir no imaginário do
espectador, que especula sobre isso...


Real e representação

• O espetáculo em geral, como inversão concreta da


vida, é o movimento autônomo do não-vivo.

• Ao mesmo tempo em que unifica, separa a


sociedade, ganha uma identidade autônoma ao se
distanciar da realidade.

• O espetáculo não é um conjunto de imagens, mas


uma relação social entre pessoas, mediatizada por
imagens.
VIDA
CRISTALIZADA

• É uma visão cristalizada de mundo.


• É o coração da irrealidade da sociedade
real.
• Modelos de vida.
• Corolário do consumo.
• Como se divide o mundo? a práxis social
global cindiu realidade e imagem.
• O espetáculo justifica o modo de produção
moderna. Contribui para a idealização e
justifica o tempo vivido para o
entretenimento.
MUNDO REAL X MUNDO DAS IMAGENS

Os signos do espetáculo são seu princípio e fim. Uma vida


acontece dentro do mundo das imagens. As imagens recriam o
mundo a seu modo.

• "O espetáculo que inverte o real é produzido de forma que a


realidade vivida acaba materialmente invadida pela realidade
do espetáculo".

• A realidade surge no espetáculo, e o espetáculo no real.


Alienação mútua.

• No mundo realmente invertido, o verdadeiro é um momento


falso.
MUNDO REAL X MUNDO DAS IMAGENS

• O espetáculo unifica as aparências organizadas


socialmente.

• Afirmação da aparência e de toda vida humana como


simples aparência.

• (Os termos do espetáculo são definidos pela sociedade


que o permite. É o sentido de nossas práticas de
produção, abrigado pelo espírito do tempo que nos
contém.

• O que aparece é bom. O que é bom aparece -


passividade. Monopólio da aparência.
• "Ele é o sol que não tem poente no mundo da
sociedade moderna;

• Uma multidão crescente de imagens objetos -


TOTALITARISMO espetáculo é principal produção da sociedade
atual.
PARA O CONSUMO • Do ser e ter à busca generalizada do ter e
parecer.

• todo o ter efetivo perde seu prestígio e função.

• Toda a realidade individual se tornou social.


MUNDO DAS IMAGENS
– PROBLEMA CRÍTICO

• mundo de imagens - comportamento hipnótico.

• A visão - o espetáculo media modos de ver o mundo.

• tendência para fazer ver o mundo que já não é


diretamente apreensível.

• O espetáculo é herdeiro de toda a fraqueza do


pensamento ocidental. (dominado pelas categorias do ver)

• A vida concreta se degrada em universo especulativo.


AUTORITARISMO DAS
IMAGENS

• Reconstrução material da ilusão religiosa.

• Império independente do espetáculo - sociedade


atomizada e em contradição consigo mesma: espetáculo e
poder:

• Uma atividade especializada que fala pelo conjunto das


outras. representação diplomática da sociedade
hierárquica perante si própria.

• é o monólogo elogioso da ordem atual sobre si própria.

• autorretrato do poder totalitário em gestão da existência.


MUNDO DAS IMAGENS – ABSTRAÇÃO DO DESEJO
CAPITALISTA

• Aparência fetichista - esconde relação entre


homens e entre classes.

• meios de comunicação de massa - superficial e


esmagadora face do espetáculo

• longe da neutralidade, instrumentação


conveniente.

• comunicação unilateral.

• institucionalização das segregações:


MUNDO DAS IMAGENS – ABSTRAÇÃO DO
DESEJO CAPITALISTA

• Separação do trabalhador daquilo que ele produz. perda do sentido unitário sobre a atividade realizada.
Êxito do sistema econômico da separação significa a proletarização do mundo.

• atividade produtiva é negada no espetáculo.

• atividade real é captada pela integração global.

• Todos os bens selecionados pelo sistema espetacular são também as suas armas para o reforço constante
das condições de isolamento das "multidões solitárias".

• Abstração de todo trabalho particular e abstração geral da produção traduzem-se no espetáculo.

• Reúne o separado, mas reúne-o enquanto separado.


ABSTRAÇÃO DO DESEJO CAPITALISTA

• quanto mais contempla, menos vive.

• quanto mais aceita reconhecer-se nas imagens


dominantes da necessidade, menos ele
compreende sua existência e seu desejo.

• O espetáculo na sociedade representa uma


fabricação da alienação.

• O espetáculo é o capital a um tal grau de


acumulação que se torna imagem.

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