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HIPERREALIDADE

A hiper-realidade é vista como uma condição na qual o que é real e o que é


ficção são perfeitamente combinados, para que não haja uma distinção clara entre onde
um termina e o outro começa. Permite combinar a realidade física com a realidade
virtual (VR) e a inteligência humana com a inteligência artificial. Os indivíduos podem
se encontrar, por diferentes razões, mais afinados ou envolvidos com o mundo hiperreal
e menos com o mundo físico real. Alguns teóricos famosos da hiperrealidade /
hiperrealismo incluem Jean Baudrillard , Albert Borgmann , Daniel J. Boorstin , Neil
Postman e Umberto Eco.

Você certamente já prestou atenção diversas vezes em fotos de belas mulheres


estampadas em propagandas, artigos de revista e portais de Internet. E certamente foram
muitas as vezes também que você já ouviu alguma história de deslizes cometidos em
retoques e tratamentos de imagens dessas mesmas mulheres, que chegaram ao ponto de
distorcer totalmente o que entendemos como o normal na anatomia ou estética humana.
Em alguns momentos, presenciamos até mesmo erros gritantes, que chegam a sumir
com partes do corpo. Tudo isso, baseado em uma distorção. Um conceito de hiper-
realidade. Convencionou-se que a beleza feminina deve atingir um ideal que, se
pararmos para pensar, é absurdo. Um ideal de beleza impossível de ser atingido,
simplesmente pelo fato de ser uma beleza inexistente, a não ser no imaginário de
algumas pessoas.

A diferença de uma simulação para um simulacro de fato, é que no estágio de


simulação, ainda conseguimos perceber que estamos, de alguma forma, sendo
enganados, ou de que estamos vivendo de alguma forma, algo que não é supostamente
real. Já no simulacro, perdemos por completo essa noção. Adotamos como suposta
verdade um conceito que já não temos mais o discernimento de ser uma distorção ou
simulação.

MODERNIDADE LÍQUIDA

Modernidade líquida é um conceito do sociólogo polones Zygmunt Bauman. Ao


desenvolver esse conceito ele nos fala como cada vez mais e mais rápido as relações
humanas estão ficando mais rápidas, mais liquidas e fugazes, em quesitos econômicos,
sociais e entre muitos outros.

Neste tema é complicado de relacionar a algum acontecimento da vida real,


como uma notícia ou reportagem, mas é possível relacionar com a música “Thank you,
next” da cantora Ariana Grande. Nessa faixa, a cantora tenta dizer sobre o amor próprio
e como relacionamentos atuais, quase sempre, não sao duradouros nem eternos, e nos
diz como mesmo com amores passageiros e líquidos é importante valorizar essas fases,
que mesmo rápidas trazem algum aprendizagem

SOCIEDADE DO ESPETÁCULO

A própria expressão “sociedade do espetáculo” pode dar margem a


interpretações equivocadas, se for entendida como o poder que as imagens exercem na
sociedade contemporânea. É certo que Guy Debord, o criador do conceito de “sociedade
do espetáculo”, definiu o espetáculo como o conjunto das relações sociais mediadas
pelas imagens.

Mas ele também deixou claro que é impossível a separação entre essas relações
sociais e as relações de produção e consumo de mercadorias. A sociedade do espetáculo
corresponde a uma fase específica da sociedade capitalista, quando há uma
interdependência entre o processo de acúmulo de capital e o processo de acúmulo de
imagens. O papel desempenhado pelo marketing, sua onipresença, ilustra perfeitamente
bem o que Debord quis dizer: das relações interpessoais à política, passando pelas
manifestações religiosas, tudo está mercantilizado e envolvido por imagens. Mas, se a
sociedade do espetáculo só pode ser compreendida dentro do contexto da sociedade
capitalista, isso não quer dizer que só nessa forma de vida social ocorre a produção de
espetáculos.

A produção de imagens, a valorização da dimensão visual da comunicação,


como instrumento de exercício do poder, de dominação social, existe, conforme
argumenta Debord no livro Sociedade do Espetáculo, publicado em 1967, em todas as
sociedades onde há classes sociais, isto é, onde a desigualdade social está presente
graças à divisão social do trabalho, principalmente a divisão entre trabalho manual e
trabalho intelectual.

Na sociedade feudal, por exemplo, o poder da nobreza sobre os servos estava


vinculado à aparência de superioridade construída pelos nobres, mediante o uso de
peças sofisticadas de vestuário, a construção de moradias com estilos arquitetônicos
imponentes, a organização de festas suntuosas etc. O que permite a caracterização do
capitalismo como a sociedade do espetáculo é o caráter cotidiano da produção de
espetáculos, a quantidade incalculável de espetáculos produzidos e seu vínculo com a
produção e o consumo de mercadorias feitas em larga escala.

ESPIRAL DO SILÊNCIO

Espiral do silêncio é uma teoria da ciência política e comunicação de massa


proposta em 1977 pela alemã Elisabeth Noelle-Neumann. Neste modelo de opinião
pública, a ideia central é que os indivíduos omitem sua opinião quando conflitantes com
a opinião dominante devido ao medo do isolamento, da crítica, ou da zombaria.

Durante as eleições do ano passado, muitas pessoas recusavam responder ou


mentiam sobre em qual candidato iriam votar, por medo dos atos de violência dos
apoiadores de outro candidato. Por isso, depois do resultado das eleições, os resultados
de pesquisar sociais e o real candidato eleito não batiam, o que acabou causando vários
comentários sobre a eleição ter sido fraude.
BIBLIOGRAFIA

https://revistacult.uol.com.br/home/midia-e-poder-na-sociedade-do-espetaculo/

https://www.cnnbrasil.com.br/nacional/casos-de-violencia-politica-crescem-110-
em-periodo-de-campanha-eleitoral/

Hiper-realidade, Simulacros e Simulação — Jean Baudrillard — Refrações 1 | by


Rodolfo Quinafelex | refracoes | Medium

Simulacros de arma de fogo: a hiper-realidade do extermínio

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