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Para que se possa alavancar os seus efeitos ao nível macro e se crie um círculo virtuoso
entre competitividade económica, coesão social e preservação ambiental, importa
(re)pensar a forma como a RSO tem sido exercida. Esta alteração contempla, pelo
menos, três dimensões essenciais.
GOUMBIK/PIXABAY
Por último, é relevante estabelecer a articulação da RSO ao nível territorial, tendo como
foco os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS). É justamente dentro de uma
proposição mais ampla (meso e macro), em que distintos atores sociais se aliam, com
vista à construção de um modelo de desenvolvimento pautado pela sustentabilidade,
que se pode alavancar os impactos da RSO. Sobre este tópico importa fazer algumas
reflexões adicionais.
Em síntese, parte-se do pressuposto que uma intervenção mais ampla da RSO orientada
para os ODS ao nível territorial pode ser uma das vias para se obter maiores níveis de
sustentabilidade, na ótica do triple bottom line. No entanto, esta via, teoricamente
discutida, não é isenta de dificuldades. Apesar dos territórios surgirem como actores
susceptíveis de liderar este processo, deparam-se com múltiplas dificuldades e barreiras
que, sucintamente e de forma exploratória, foram elencadas. Importa portanto
aprofundar este debate e refletir sobre a importância da consolidação das redes
multistakeholders de base territorial como forma de optimizar práticas de RSO voltadas
para o desenvolvimento das regiões, numa perspectiva integrada e sustentável.
Numa escola como o ISEG, onde sempre houve espaço para a afirmação de visões distintas e
vozes menos ortodoxas, é com enorme prazer que celebraremos este ano o trigésimo
aniversário da criação do SOCIUS – Centro de Investigação em Sociologia Económica e das
Organizações – e do programa de Doutoramento em Sociologia Económica e das Organizações
(PDSEO), do qual é unidade de acolhimento. Nestes dois projectos converge a mesma vontade
de cultivar aquilo a que Albert Hirschman chamava apropriadamente “the art of trespassing”.
Derrubar fronteiras rígidas entre áreas de conhecimento, incentivar a colaboração entre nativos
de várias ciências e cruzar a Atenas do Oikos (família e casa, mas também a base da ecologia e
da economia) com a Roma do Socius (ligação, associação e sociedade), foram sempre a bússola
que orientou a caminhada de dezenas de colaboradores que, em esforços individuais ou
colectivamente solidários, se integraram em programas de investigação e em esforços de
docência.
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