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Fundação Centro de Ciências e Educação Superior a Distância do Estado do Rio de Janeiro

Centro de Educação Superior a Distância do Estado do Rio de Janeiro

AVALIAÇÃO À DISTÂNCIA – AD1


Período - 2019/2º
Disciplina: Turismo e Patrimônio
Coordenador: Prof. Dr.Euler David de Siqueira

Questão 01 – (Valor até 3,0 pontos)

Tomando por base o texto de MENEZES, J.N.C. olhares sobre a memória:


monumento histórico e turismo. In: Historia e turismo cultural. Belo Horizonte:
Autêntica, 2004. p.31-40, discuta as diferenças entre os dois sentidos atribuídos ao
monumento.

Como principal diferença dos dois sentidos atribuídos ao monumento, podemos


destacar primeiramente o sentido de “lembrar”, que deriva do seu significado no latim,
ou seja algo que é digno de se trazer a lembrança, guardar, memorizar; nesse sentido o
monumento buscar tornar viva a memória de algo importante para identidade de um
determinado grupo social; porém o sentido de monumento vem evoluindo com o tempo
e adquirindo um sentido que não tem função memorial explícita e sim de exaltar a
beleza ou a técnica do seu tempo presente com isso passa ser comemorada a
criatividade do homem e sua capacidade de criar .
Várias são as percepções sobre as obras do passado, e a ideia moderna de
monumento surgiu no momento pós- revolução industrial outros fatores também como o
Romantismo permitiram uma reflexão acerca da ideia de monumento construindo uma
ideia romântica de valorização de saberes e de fazeres humanos.

Referência:

MENEZES, J.N.C. olhares sobre a memória: monumento histórico e turismo. In: Historia
e turismo cultural. Belo Horizonte: Autêntica, 2004. p.31-40

Questão 2 - (valor até 4,0 pontos)

A partir da leitura do texto de OLIVEN, Ruben George. Patrimônio intangível:


considerações iniciais. In: Memória e patrimônio: ensaios contemporâneos. Regina
Abreu; Mário Chagas (orgs.) 2ed. Rio de Janeiro: Lamparina, 2009. p.80-83, discuta a
importância da Lei n° 3.551 de 04 de agosto de 2000 para o patrimônio imaterial ou
intangível e sua relação com as reivindicações dos grupos sociais não privilegiados
pelas políticas tradicionais do patrimônio.
A lei nº3.551 de 04 de agosto de 2000 é de suma importância, pois institui o
Registro de Bens culturais de natureza imaterial que constituem o patrimônio cultural
brasileiro como também a criação do Programa Nacional de Patrimônio imaterial,
determinando o registro de Bens Culturais de Natureza Imaterial em quatro
livros( registro de saberes, registro de celebrações, registro de forma de expressões e
livro de registro de lugares) com isso abriu-se um caminho para preservação de saberes,
celebrações , expressões populares de grupo menos favorecidos tendo em vista que
tradicionalmente o Brasil tinha por hábito se pensar apenas como patrimônio artístico
histórico bens materiais como Igrejas, casas, estátuas entre outros . Apesar de algumas
reivindicações anteriores como a constituição federal de 1988 que ampliou a definição
de patrimônio cultural brasileiro fato que abriu espaço não somente para expressões da
cultura popular, mas também para os “bens imateriais” que formam o patrimônio
intangível.

Referência:

OLIVEN, Ruben George. Patrimônio intangível: considerações iniciais. In: Memória e


patrimônio: ensaios contemporâneos. Regina Abreu; Mário Chagas (orgs.) 2ed. Rio de
Janeiro: Lamparina, 2009. p.80-83

Questão 3 - (valor até 3,0 pontos)

Tomando por base o texto n° 03, de ORTIZ, Renato. Estado, cultura popular e
identidade nacional. In: Cultura brasileira identidade nacional. São Paulo: Brasiliense,
1994. p.127-148, discuta de que maneira a identidade nacional brasileira se aproxima da
ideia de ideologia. Ao mesmo tempo, discuta o que Ortiz chama de cultura popular e sua
relação com os grupos concretos.

Em diferentes momentos da história procurou-se definir a identidade


nacional em termos de caráter brasileiro como por exemplo: Sergio B. de Holanda
buscou a raízes dos brasileiros na “cordialidade”, Paulo Prado “tristeza”, Cassiano
Ricardo “bondade” outros autores procuram encontrar a brasilidade em evento
sociais como o carnaval ou ainda na índole malandra do ser nacional, já para
Corbiser Considerar o homem nacional através desses elementos corresponderia a
atribuir-lhe um caráter imutável, para Corbiser a procura de uma estrutura
ontológica do homem brasileiro seria na verdade de uma “estrutura fásica” ou seja
que se modificaria no decorrer das diferentes “fases” da história brasileira ,
memória coletiva é plural e se baseia nas diversidades dos grupos sociais que são
portadores das memórias diferenciadas, essa tentativa de decifrar a “essência”
brasileira e as discussões sobre o que seria verdadeiramente nacional e popular
corresponde a uma luta ideologia em torno do Estado. A memória nacional é de
ordem ideológica ela é um produto de uma história social e não da ritualização da
tradição ou seja memória nacional e de ordem de vivência .

REFERÊNCIA

Tomando por base o texto n° 03, de ORTIZ, Renato. Estado, cultura popular e identidade
nacional. In: Cultura brasileira identidade nacional. São Paulo: Brasiliense, 1994. p.127-
148

Boa avaliação, Euler David de Siqueira

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