DICIPLINA DE GESTÃO DE GESTÃO DE
NEGÓCIOS INTERNACIONAIS NU Bank
ANÁLISE DA INTERNACIONALIZAÇÃO DO NU Bank | PROFª MARYSTELA A. BARATTER SANCHES
ANA CAROLINA BLAITT | GUSTAVO CORDEIRO | JULIANA CORDEIRO | LEONARDO CORREIA | NADYA RAYMUNDINI | PEDRO XAVIER
NUBANK HOJE
No último trimestre de 2021, o Nubank contava com
uma base de 48 milhões de clientes, número superior a
população da Argentina. Isso garante ao Nubank o título de
maior banco digital independente do mundo. Hoje já possuem
capital aberto na bolsa brasileira e dos Estados Unidos.
As operações começaram com apenas cartão de
crédito, mas com planos de expandir a oferta a ponto de
viabilizar o descarte dos bancos tradicionais por parte dos
clientes que assim desejassem.
NUBANK NO MERCADO EXTERNO
Nubank teve a oportunidade de fortalecer a atuação
internacional quando obteve uma linha de crédito de R$ 650
milhões que foi destinada ao “Nu”, o banco independente do
Nubank no México e na Colombia que visa gerar impacto local
positivo através da inclusão financeira dos latino-americanos.
A operação no México começou em 2019, emitiu os
primeiros cartões em 2020 e hoje já é o maior emissor de
cartões de crédito no país, além de ter finalizado 2021 com
NPS 94. Na Colombia, a operação foi iniciada em 2020, após
11 meses da emissão do primeiro cartão, o Nu já contava com
114 mil clientes no país.
“O rápido crescimento que vimos no México e na
Colômbia superou nossas expectativas mais ambiciosas.
Este financiamento é um reflexo da confiança que os
principais investidores e acionistas têm em nosso modelo de
negócios e potencial de crescimento” David Vélez, CEO e
fundador do Nubank.
O banco sofreu no início para adentrar outros
mercados, uma vez que outros países possuem diferenças
nas regras fiscais e tributárias quando comparado ao Brasil.
Este foi o maior risco para o banco quando resolveu expandir
seus negócios para a América Latina. Teve também
dificuldades com a concorrência dos bancos estrangeiros que
já estavam acostumados ao mercado e a cultura de cada
país.
Segundo o blog do Nu Bank uma adaptação foi feita
para adentrar o mercado mexicano, a simplificação do nome,
passando a ser somente nu. No entanto a fintech oferece os
mesmos produtos e serviços do Brasil.
Recentemente, no dia 12 de junho, o Nu anunciou a
expansão para a Argentina. Essa expansão foi motivada pela
grande quantidade de pessoas adultas sem acesso ao
sistema bancária e pelo polo de desenvolvedores de sistemas
que virou Buenos Aires.
“Hoje, quase 16 milhões de argentinos não possuem
acesso ao sistema bancário, isso é mais da metade da
população adulta no país. Queremos contribuir para mudar
esta situação,” diz David Vélez, fundador e CEO do Nubank.
DECISÃO DE PAÍSES PARA EXPANDIR
No texto “Por que as empresas brasileiras não se
internacionalizam?” (Rocha,2003), a autora argumenta que
os principais motivos que dificultam a inserção de empresas
brasileiras no mercado externo são questões geográficas,
ambientais, motivacionais e culturais.
Ela enfatiza a dimensão e dificuldade de acesso dos
brasileiros para além das suas fronteiras, geograficamente
falando. Este distanciamento físico gerou consequências para
o distanciamento emocional e sintonias culturais que hoje,
DEPARTAMENTO DE ADMINISTRAÇÃO
GERAL E APLICADA
devido a tecnologia já não são mais latentes como antes, mas
ainda é possível perceber rastros quando se reflete sobre o
fator cultural. Principalmente, porque os brasileiros precisam
sentir-se parte de uma cultura para confiar nela.
A decisão de expandir para países latino-americanos
pode ter sido provocado por esse sentimento internalizado na
alta direção do Nubank, principalmente quando se entende
que o próprio CEO e um dos fundadores David Vélez, é
colombiano.
Além dos motivos citados anteriormente sobre terem
observado um polo de desenvolvedores e da oportunidade de
mercado expressiva, visto a pouca quantidade de pessoas
adultas com acesso ao sistema bancário, o Nubank também
percebeu grandes oportunidades de crescimento com a
entrada no mercado de países como México e Colômbia, pois
juntamente com o Brasil, formam 60% do PIB da América
Latina, o que acarretaria uma grande dominância no
mercado.
Além disso, na Colômbia, como a linha de crédito
regional está estruturada, possibilita um avanço mais rápido
em busca do objetivo do Nubank de combater a burocracia
através do empoderamento de novos clientes e reinventar o
futuro dos serviços financeiros.
No México, através da linha de crédito de R$650
milhões, nota-se o comprometimento de longo prazo com o
país, que buscará trazer a diminuição da burocracia e
liberdade de controle das finanças da população, trazendo
empoderamento e inclusão financeira para desenvolvimento
do capital humano do país.
MODO DE ENTRADA NO MERCADO EXTERNO
Segundo estudo Trajetórias de Internacionalização
das Empresas Brasileiras 2021, realizado pela Fundação
Dom Cabral (FDC), a modalidade pretendida de entrada em
novos países é a de criação de escritórios comerciais e de
exportação, que foi o caso do Nubank.
SOBRE A INTERNACIONALIZAÇÃO
No processo de internacionalização das empresas é
necessário que haja o entendimento de múltiplos produtos,
processos, atividades, competências sobre os mercados
estrangeiros e a exigência de saber operar em um ambiente
de negócios no qual não está acostumado, uma vez que
possui características diferentes do seu ambiente de origem.
Ao decidir atuar no mercado internacional uma
empresa deve eleger o(s) país(es) para onde pretendem
internacionalizar suas atividades. O país elegido, denominado
hospedeiro, possui um ambiente não comum de elementos
que influenciam as atividades empresariais. Isso porque as
companhias envolvidas em negócios internacionais operam
em ambientes caracterizados por uma especificidade nas
condições econômicas, sistemas políticos, jurídicos e na
cultura nacional.
Uma empresa que sonha em atuar no mercado
externo necessita conhecer o ambiente internacional do país
que irá hospedar suas atividades. Essas informações são
importantes para o desenvolvimento de estratégias
adequadas ao ambiente competitivo do mercado
internacional e para a escolha do método de entrada nesses
mercados.