1) Protágoras afirmava que todas as opiniões e percepções são verdadeiras e que a verdade depende da perspectiva individual; 2) Ele defendia que o homem é a medida de todas as coisas; 3) Sexto Empírico analisa as ideias de Protágoras, notando que ele defendia que a matéria é mutável e responsável pelos fenômenos, mas que essas ideias não podem ser afirmadas com certeza.
1) Protágoras afirmava que todas as opiniões e percepções são verdadeiras e que a verdade depende da perspectiva individual; 2) Ele defendia que o homem é a medida de todas as coisas; 3) Sexto Empírico analisa as ideias de Protágoras, notando que ele defendia que a matéria é mutável e responsável pelos fenômenos, mas que essas ideias não podem ser afirmadas com certeza.
1) Protágoras afirmava que todas as opiniões e percepções são verdadeiras e que a verdade depende da perspectiva individual; 2) Ele defendia que o homem é a medida de todas as coisas; 3) Sexto Empírico analisa as ideias de Protágoras, notando que ele defendia que a matéria é mutável e responsável pelos fenômenos, mas que essas ideias não podem ser afirmadas com certeza.
Alguns colocaram igualmente Protágoras de Abdera no coro dos filósofos que
suprimiram o critério, porque ele afirma que todas as representações e todas as opiniões são verdadeiras, e que a verdade faz parte dos relativos, na medida em que tudo que aparece a alguém ou tudo sobre o que ele forma uma opinião se lhe torna imediatamente real. É assim que no começo dos seus Discursos demolidores ele proclama que “o homem é a medida de todas as coisas, das que são enquanto são e das que não são enquanto não são”.
SEXTO EMPÍRICO, Esboços pirrônicos, I 216-219
E Protágoras, que quer que o homem seja a medida de todas as coisas, das que são enquanto são e das que não são enquanto não são, chama de “medida” o critério e de “coisas” as realidades, a tal ponto que ele quase chega a afirmar que o homem é o critério de todas as realidades, das que são enquanto são e das que não são enquanto não são. É que ele não admite senão o que aparece ao indivíduo particular e introduz assim o princípio do relativo. É por isso que ele parece ter qualquer coisa em comum com os pirrônicos. Mas na verdade ele se distingue deles e nós perceberemos a diferença tão logo tivermos exposto convenientemente sua doutrina. Este autor diz que a matéria é qualquer coisa que flui e que, fluindo de maneira ininterrupta, adições continuamente ocorrem para compensar as perdas; quanto às sensações, elas variam e se transformam segundo as diferenças de idade e segundo os diferentes estados do corpo. Ele afirma em seguida que as razões de todos os fenômenos estão contidas na matéria, de tal sorte que a matéria tem a propriedade de ser tudo que ela parece ser a todos. Também os homens percebem diferentes coisas em diferentes momentos segundo suas disposições: aquele que se encontra numa disposição conforme a natureza apreende aquelas coisas da matéria que são suscetíveis de aparecer a quem se encontra numa disposição conforme a natureza; e aquele que se encontra numa disposição contra a natureza apreende aquelas que são suscetíveis de aparecer a quem se encontra numa disposição contra a natureza. O mesmo raciocínio se aplica então às diferenças de idade, aos períodos de vigília e de sono, bem como a todas as outras espécies de disposição. Protágoras fala do modo em que o homem é o critério das coisas que são, pois todas as coisas que aparecem aos homens existem também, enquanto aquelas que não aparecem a nenhum dos homens não existem. Mas nós vemos, todavia, que ele dogmatiza, na medida em que ele afirma que a matéria é qualquer coisa que flui e que nela residem as razões de todos os fenômenos, porque essas são questões obscuras, sobre as quais, de nossa parte, suspendemos o juízo.