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Os Pré-socráticos

É um termo que designa, na história da filosofia, os primeiros filósofos gregos anteriores a Sócrates (séculos
VI-V a.C.). Eles também eram conhecidos como fisiólogos ou filósofos da natureza, pois se ocupavam das
coisas físicas, isto é, do cosmos ou universo.
Tales de Mileto (640 – 548 a.C.) é considerado o primeiro filósofo, devido a sua busca pelo princípio natural
de todas as coisas (arché). Ele descobre na água o princípio de todas as coisas, para ele as coisas nada
mais são que alteração, condensação e dilatação da água. É a água a vitalidade dos seres vivos.
Anaximandro de Mileto (610 – 547 a.C. ) foi discípulo e sucessor de Tales, põe como princípio universal
uma substância indefinida, o ápeiron (ilimitado), isto é, quantitativamente infinita e qualitativamente
indeterminada. Deste ápeiron (ilimitado) primitivo, dotado de vida e imortalidade, por um processo de
separação ou "segregação" derivam os diferentes corpos. O ápeiron é assim algo abstrato, que não se fixa
diretamente em nenhum elemento palpável da natureza.
Anaxímenes de Mileto (588-524 a.C.) a arché que comanda o mundo é o ar, um elemento não tão
abstrato como o ápeiron, nem palpável demais como a água. Tudo provém do ar, através de seus
movimentos: o ar é respiração e é vida; o fogo é o ar rarefeito; a água, a terra, a pedra são formas cada vez
mais condensadas do ar. Anaxímenes julga que o elemento primordial das coisas é o ar.
Pitágoras de Samos (571-70 a.C) o fundador da escola pitagórica. Segundo o pitagorismo, a essência, o
princípio essencial de que são compostas todas as coisas, é o número, ou seja, as relações matemáticas.
Por isso Pitágoras é conhecido como o pai da matemática.
Heráclito (540-476 a.C.) propunha que a matéria básica do Universo seria o fogo. Pensava também que a
mudança constante, ou o fluxo, seria a característica mais elementar da Natureza. Tudo flui, disse Heráclito.
Tudo está em fluxo e movimento constante, nada permanece. Por conseguinte, “não entramos duas vezes
no mesmo rio”. Quando entro no rio pela segunda vez, nem eu nem o rio somos os mesmos.
Parmênides (530-460 a.C.). “Nada nasce do nada, e nada do que existe se transforma em nada”. Com isso
quis dizer que “tudo o que existe sempre existiu”. Sobre as transformações que se pode observar na
natureza: ”Achava que não seriam mudanças reais”. Para Parmênides, o ser é imutável.De acordo com ele,
nenhum objeto poderia se transformar em algo diferente do que era.
Empédocles (483 – 430 a.C.) propunha que todas as coisas são resultantes da fusão dos quatro princípios
eternos: terra (sólido), água (líquido), ar (gasoso) e fogo (plasma).
Demócrito (460 – 370 a.C.) as transformações que se pode observar na natureza não significavam que
algo realmente se transformava. Ele acreditava que todas as coisas eram formadas por uma infinidade de
"pedrinhas minúsculas, invisíveis, cada uma delas sendo eterna, imutável e indivisível". A estas unidades
mínimas deu o nome de ÁTOMOS. Átomo significa indivisível, cada coisa que existe é formada por uma
infinidade dessas unidades indivisíveis.

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