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UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS

PRÓ-REITORIA DE PESQUISA E PÓS-GRADUACÃO - PRPPG


NÚCLEO DE ESTUDOS EM SAÚDE COLETIVA
MESTRADO PROFISSIONAL EM SAÚDE COLETIVA

AVALIAÇÃO DO PERFIL SÓCIO-DEMOGRÁFICO DOS


PACIENTES COM FERIMENTOS POR ARMA DE FOGO
(PAF) ATENDIDOS NUM HOSPITAL DA REDE VIVA
SENTINELA EM GOIÂNIA-GOIÁS

Paulo Roberto Maciel

GOIÂNIA, 2012
1
PAULO ROBERTO MACIEL

AVALIAÇÃO DO PERFIL SÓCIO-DEMOGRÁFICO


DOS PACIENTES COM FERIMENTOS POR ARMA DE
FOGO (PAF) ATENDIDOS NUM HOSPITAL DA REDE
VIVA SENTINELA EM GOIÂNIA-GOIÁS

Projeto de pesquisa apresentado na disciplina


Seminário de Projetos do Programa de Pós-Graduação
em Saúde Coletiva - Mestrado Profissional da
Universidade Federal de Goiás para obtenção do grau
de Mestre em Saúde Coletiva.

Orientadora: Profa. Dra. Marta Rovery de Souza – IPTSP/NESC/ UFG

GOIÂNIA, 2012
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EQUIPE DE PESQUISADORES:

Profa. Dra. Marta Rovery de Souza – IPTSC/NESC/UFG


Paulo Roberto Maciel: Mestrando do Mestrado Profissional em Saúde Coletiva

INSTITUIÇÕES ENVOLVIDAS:
Hospital de Urgências de Goiânia (HUGO)
Universidade Federal de Goiás (UFG)Núcleo de Estudos em Saúde
Coletiva(NESC)

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SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO ................................................................................................................... 05
2. JUSTIFICATIVA ............................................................................................................... 13
3. OBJETIVOS ....................................................................................................................... 14
3.1 Objetivo Geral .................................................................................................................. 14
3.2 Objetivos Específicos ....................................................................................................... 14
4. REFERENCIAL TEÓRICO ................................................................................................ 15
5. METODOLOGIA ................................................................................................................ 18
5.1. Tipo de Estudo .................................................................................................................. 18
5.2. Cenário de estudo ............................................................................................................. 18
5.3. Período de estudo.............................................................................................................. 18
5.4. Sujeitos da pesquisa .......................................................................................................... 18
5.5. Amostragem...................................................................................................................... 19
5.6. Procedimento de coleta de dados...................................................................................... 19
5.7. Instrumentos de coleta ...................................................................................................... 19
5.8. Análise dos Dados ........................................................................................................... 19
5.9. Aspectos éticos legais ....................................................................................................... 20
6. CRONOGRAMA ................................................................................................................ 21
7. ORÇAMENTO .................................................................................................................... 22
8. REFERÊNCIAS .................................................................................................................. 23
ANEXOS ................................................................................................................................. 26

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1. INTRODUÇÃO

Desde os anos 90 a Organização Mundial de Saúde (OMS) vem chamando


atenção para o fato de que a violência é atualmente um importante problema de saúde pública
a nível global (MINAYO, 1994). Segundo a OMS, anualmente mais de 1,6 milhões de
pessoas morrem em consequência da violência no mundo e para cada pessoa, que morre em
consequência da violência, muitos mais sofrem com sequelas mentais ou físicas decorrentes
dos ferimentos (WHO, 2012).
De acordo com PERES (2004, p.7) “A violência é um problema social, com
dimensões relacionadas à segurança, à saúde e ao desenvolvimento social, que deve, portanto,
ser enfrentado por diversos setores da sociedade e do Estado”.
O Ministério da Saúde caracteriza como causas externas de morbidade e
mortalidade as lesões decorrentes de acidentes (relacionados ao trânsito, afogamento,
envenenamento, quedas ou queimaduras) e de violências (agressões/homicídios, suicídios,
tentativas de suicídio, abusos físicos, sexuais e psicológicos), as quais representam um
importante desafio às autoridades de saúde pública (BRASIL, 2010).
Com o aumento da violência ocorre também um aumento da morbimortalidade
por causas externas na população, principalmente na faixa etária jovem entre 10 a 39 anos de
idade gerando um impacto social e econômico importante (BRASIL, 2010) Quadro 1.

Quadro 1. Número de óbitos e ordenamento dos principais grupos de causas de


morte segundo faixa etária. Brasil, 2009.

Fonte: Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde, Sistema de


Informação sobre Mortalidade – SIM (www.datasus.gov.br; acesso em 30 de jul. 2011)
5
Considerando o conjunto de mortes por causas externas ocorridas em 2009, é
importante ressaltar que as agressões (homicídios) e acidentes de transporte terrestre (ATT)
figuram usualmente entre a primeira ou segunda causa externa de morte mais frequente em
todos os grupos de idade. As agressões (homicídios) foram responsáveis por 36,8% das
mortes desse grupo entre os brasileiros, sendo essa a primeira causa nos grupos de idade entre
15 e 39 anos (BRASIL,2010) Quadro 2.

Quadro2 . Número de óbitos e ordenamento das principais causas de morte no grupo de


causas externas segundo faixa etária. Brasil, 2009

Fonte: Ministério da saúde, secretaria de vigilância em saúde, sistema de


informação sobre mortalidade – SIM (www.datasus.gov.br; acesso em 30 jul. 2011).

As taxas de mortalidade por homicídio entre os homens são três vezes mais altas
do que entre as mulheres. Os números mais altos de homicídios no mundo são encontrados
entre homens de 15 a 29 anos, seguidos de perto por homens de 30 a 44 anos (BRASIL,
2010).
Assim como os homicídios, os suicídios também contribuem para aumentar os
números de mortes por causas externas. Em todo o mundo, os suicídios tiraram a vida de
cerca de 815 mil pessoas em 2000. Mais de 60% de todos os suicídios ocorreram entre
homens, e mais da metade na faixa etária de 15 a 44 anos. Tanto para homens quanto para
mulheres, as taxas de suicídio aumentam com a idade e são as mais altas entre os indivíduos
com 60 anos ou mais (BRASIL,2010 ).
A questão dos homicídios é particularmente grave na região das Américas, uma
vez que os três países com maiores taxas de mortalidade por homicídios, a partir dos dados

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estimados para o ano 2000 são: Colômbia, El Salvador e Brasil, em ordem decrescente
(GAWRYSZEWSKIA, KAHNB, MELLO-JORGE, 2005).
A contribuição das armas de fogo para o crescimento dos homicídios no Brasil
pode ser evidenciada pelo aumento significativo de sua participação como causa de mortes
por causas externas (PERES, 2004). A taxa padronizada de mortalidade por arma de fogo
cresceu no Brasil, de 1980 a 2003, quase quintuplicando entre homens de 15 a 29 anos de
idade (SOARES FILHO et al.,2007).
A arma de fogo :
O termo ‘arma de fogo’ usado neste trabalho refere-se a todo objeto que possui a
característica de produzir efeito de lesão ou lesões perfuro-contundentes,ou seja, as que
causam ao mesmo tempo, perfuração e ruptura de tecido, com ou sem laceração e
esmagamento . São as armas de interesse da balística forense (CHEMELLO,2007).
De acordo com CHEMELLO (2007, p.2) “A arma de fogo é, em essência, uma
máquina térmica. Sua utilização independe da força física (excetuando a força relacionada
com o pressionamento do gatilho) e, como não poderia deixar de ser, baseia-se nos princípios
da termodinâmica. A arma é constituída pelo aparelho arremessador ou arma propriamente
dita, a carga de projeção (pólvora) e o projétil, sendo que estes dois últimos integram, na
maioria dos casos, o cartucho” (Fig.1).

Figura 1 – Esquema geral de composição interna de um cartucho. [adaptado da


Revista Perícia Federal, Set/Out 2003]. Fonte : CHEMELLO, fevereiro 2007.

7
Os ferimentos provocados por projétil de arma de fogo (ferimentos por PAF) são
geralmente classificados como ferimentos provocados por projétil de baixa velocidade, cuja
velocidade média do projétil é de 600 metros por segundo, e ferimentos de alta velocidade ,
cuja velocidade média do projétil é maior que 600 metros por segundo.Os ferimentos de baixa
velocidade são usualmente causados por armas de porte manual , que estão mais presentes no
meio urbano e entre a população civil.Os ferimentos são geralmente menos severos quando
comparados aos ferimentos provocados por projétil de alta velocidade, os quais são causados
por armas militares ou de caça (LICHTE et al.,2010)
São, portanto, diferentes as lesões causadas por projétil de armas de fogo (PAF)
no meio urbano das lesões causadas nos períodos de guerra. As que ocorrem no meio urbano
são lesões por armas de baixo calibre (baixa velocidade), ao passo que as armas de guerra são
de grosso calibre e alto impacto, apesar de hoje estarmos vendo lesões no meio urbano
causadas por armas de fogo de alto impacto, como é o caso do fuzil AR-15 e o revólver de
calibre 357 Magnum (DOMIT K., 1997). São armas, cujo calibre é de uso restrito no Brasil,
só podendo ser utilizadas por militares, policiais e atiradores devidamente autorizados.
Ao longo do tecido por onde o projétil passa no corpo humano, duas áreas de
interesse devem ser identificadas : a cavidade permanente e a cavidade temporária (Fig.2).

Figura 2 O mecanismo de Cavitação pode causar destruição tecidual no trajeto do


projétil.Fonte : LICHTE et al.,2010

Com bala de baixa velocidade a destruição tecidual se faz com sua ação direta
sobre o tecido e sua área adjacente , sendo proporcional ao tamanho do projétil. Com a bala
de alta velocidade a expansão(cavitação) lateral do ferimento é mais importante.Após

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passagem do projétil uma expansão lateral transitória de até 10 à 40 vezes o diâmetro da bala
pode ser alcançado.Em tecidos elásticos, como músculos,vasos sanguíneos e pele, por
exemplo, o tecido pode se afastar e se recolher após passagem da bala. Em casos de tecidos
inelásticos, como por exemplo, fígado e ossos, fraturas e destruição tecidual podem ser a
consequência.
Segundo (BARTLETT,2003) , o mais importante para se avaliar a gravidade de
um ferimento por projétil de arma de fogo (ferimento por PAF) não é tão somente a
velocidade do projétil, mas a eficiência na transferência de energia, a qual depende das
características físicas do projétil, incluindo sua deformação e fragmentação, energia cinética,
estabilidade, perfil de entrada, trajeto através do corpo e a característica dos diversos tecidos.
DEITCH (1984) num estudo em 85 pacientes com 112 ferimentos por arma de
fogo já observara diferença na gravidade dos ferimentos provocados por diferentes armas de
fogo. Em seu estudo verificou que quanto mais grave a destruição tecidual maior era o tempo
de internação hospitalar e que a presença ou ausência de lesão neural era determinante para a
incapacidade funcional das extremidades.Por outro lado, verificou que nem lesões vasculares,
nem ósseas resultavam em deficiência permanente das extremidades.
LICHTE et al.,(2010) fizeram uma pesquisa bibliográfica sobre ferimentos por
PAF com base de dados do Medline utilizando o Pubmed e chegaram as seguintes
conclusões:
➢ TRONCO ; pacientes atendidos com ferimentos por arrma de fogo (
ferimentos por PAF) no tronco dependem mais da estabilbidade
hemodinâmicado no atendimento inicial. Enquanto que, pacientes instáveis
hemodinâmicamente necessitam de tratamento cirúrgico de imediato, como
toracotomia ou laparotomia, pacientes estáveis hemodinânicamente podem ser
tratados com procedimentos cirúrgicos menores (por exemplo, drenagem
torácica) ou mesmo conservadoras (observação).
➢ CRÂNEOENCEFÁLICO: o tratamento de ferimentos da região
cranioencefálica segue o protocolo de tratamento para traumatismo
crâneoencefálico (TCE) : fístulas liquóricas devem ser fechadas e hematomas
expansivos devem ser drenados. O procedimento invasivo de medida da
pressão intracraneana pode ajudar na detecção precoce de um aumento na fase
inicial.

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➢ COLUNA : os ferimentos da coluna vertebral com ou sem lesão da medula
espinal podem ser tratados conservadoramente, sendo que em casos de lesão da
coluna vertebral baixa (T12 à L4) com déficit neurológico incompleto uma
descompressão pode melhorar o prognóstico.O uso de corticosteroides não é
recomendado.
➢ FRATURAS : as fraturas devem ser tratadas conforme protocolos já
estabelecidos : protocolo de fratura fechada para ferimentos de baixa energia, e
protocolo de fratura exposta para ferimentos de alta energia.
➢ USO DE ANTIBIÓTICOS : o uso de antibióticos é controverso e depende
muito da preferência do cirurgião , exceto nos casos de ferimento
crâneoencefálico , intestinal, articular ou com dano excessivo de partes moles.
Ressalta-se que os ferimentos por arma de fogo (ferimentos por PAF) podem
resultar em vítimas com lesões irreversíveis, inaptas ao trabalho ou que necessitem de
cuidados com a saúde por meio de internação hospitalar, uso de medicações, reabilitação
física e mental, enfim, acarretam em aumento do uso do Sistema de Saúde e da Previdência
Social, elevando os custos com a saúde e prejudicando o desenvolvimento do país
(CARVALHO et al., 2007).
De acordo com ANDRADE et al. (2012, p. 22), “o custo do tratamento das
vítimas decorrentes de causas externas no Brasil em 2004, foi estimado em 2,2 bilhões de
reais. Isso sem levar em consideração os prejuízos econômicos causados pela ausência no
trabalho e diminuição da produtividade e os impactos sociais e psicológicos de difícil
mensuração”.
Voltando a questão da violência estudos revelam uma distribuição socioespacial
desigual, sendo que as maiores taxas de homicídios ocorrem em populações com piores
condições de vida (VIANA, 2012).
Homens jovens, negros (pardos + pretos) e pobres são as principais vítimas e os
principais agressores na comunidade, ao passo que mulheres e crianças negras desfavorecidas
são as principais vítimas da violência doméstica. As diferenças regionais são também
significativas. Além dos determinantes socioculturais, parte da violência no Brasil tem sido
associada ao uso indevido de álcool e drogas ilícitas e à ampla disponibilidade de armas de
fogo (RAMOS DE SOUZA, 2006)
Devido ao grande numero de mortes provocadas pelas armas de fogo foi aprovada
pelo congresso Nacional, em dezembro de 2003, uma lei para a regulamentação do uso de

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armas de fogo, chamada estatuto do desarmamento, dentro das diretrizes da Política Nacional
de Redução de Acidentes e Violências formulada em 2001(GAWRYSZESKI, 2007a).
Em 2006, o Ministério da Saúde (MS) implantou o Sistema de Vigilância de
Violências e Acidentes em Serviços Sentinela – VIVA, por meio da Portaria MS/GM nº
1.356, de 23 de junho de 2006 (BRASIL, 2011b). Esse sistema visa dar maior visibilidade a
magnitude das violências e acidentes no país e identificar os fatores associados a esses
agravos (GAWRYSZESKI, 2007b).
Goiânia aderiu ao fluxo de informações da Rede de Serviços Sentinela de
Vigilância de Violências Acidentes, VIVA 2006. Segundo Mascarenhas (2009, p. 18) “é
importante e necessário se obter dados sobre os eventos violentos que, embora não fatais, são
responsáveis por grande demanda aos atendimentos prestados pelos serviços de urgência e
emergência e que são notificados pelos serviços de emergência do Sistema VIVA no Brasil”.
Desde a década de 80, Goiânia vem apresentando altos índices de mortalidade
por causas externas (MINAYO, 1993). Atualmente, em Goiás segundo jornal “O Popular”, na
sua edição do dia 02/05/2012, a taxa média de homicídios por 100 mil habitantes em Goiânia
passou de 34,6 em 2010 para 38,3 em 2011, um aumento de 3,7 pontos. Em 2011 Goiânia
bateu recorde histórico no número de homicídios. O tolerável pela Organização Mundial de
Saúde (OMS) é de até 10. Além das mortes existe o problema das sequelas provocadas pelos
ferimentos que levam à prejuízos econômicos, ausência no trabalho e diminuição da
produtividade e impactos sociais e psicológicos de difícil mensuração (ANDRADE et
al.,2012).
Partindo da hipótese, que os principais grupos de risco são as pessoas que moram
nas regiões metropolitanas e interior, são jovens, sem qualificação profissional, de baixa renda
e em associação com uso excessivo de álcool ou drogas seguindo o perfil mundial (REISS,
1993), as estratégias de prevenção e vigilância em saúde deverão se direcionar para esses
grupos populacionais.
Variáveis como idade, sexo, cor, estado civil, local de moradia, local da
ocorrência do acidente, profissão, grau de escolaridade e renda são dados importantes nesse
estudo para podermos avaliar o problema do ponto de vista da saúde pública e dessa forma
podermos ajudar as autoridades à estabelecer estratégias para poder minimizá-los.
O hospital de Urgências de Goiânia ( HUGO ) é a principal porta de entrada de
pessoas com ferimentos por arma de fogo, que ocorrem em Goiânia e região
metropolitana,assim como de vários municípios do interior de Goiás. Desta forma o HUGO

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oferece uma amostra representativa da situação com relação à morbidade e mortalidade por
armas de fogo no estado de Goiás . O hospital faz parte da rede VIVA SENTINELA do
Ministério da Saúde.
Este trabalho procura dar uma pequena contribuição sobre o conhecimento da
violência causada por armas de fogo na cidade de Goiânia e demais municípios do interior de
Goiás.

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2. JUSTIFICATIVA

Com uma abordagem da violência sob a perspectiva de saúde pública é


importante analisar e identificar dados sobre sua distribuição e seus determinantes sociais,
para, a partir desse conhecimento propor medidas preventivas multisetoriais que incluem o
setor saúde.
Devido ao grande número de pessoas, incluindo jovens, com ferimentos por armas
de fogo (PAF), atendidas e operadas no Hospital de Urgências de Goiânia , que se traduzem
num aumento da morbimortalidade por causas externas na população, principalmente na faixa
etária jovem entre 10 a 39 anos de idade gerando um impacto social e econômico importante
, estudos acerca desse problema são necessários para melhor avaliarmos como minimizá-lo.
Pode-se então com este estudo colaborar junto ao poder público no sentido de se
destinar aos locais e as pessoas que apresentam maior vulnerabilidade por acidentes por armas
de fogo, estratégias de promoção da saúde e de prevenção de doenças e agravos.

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3. OBJETIVOS

3.1 Objetivo Geral

• Este estudo visa avaliar o perfil sócio-demográfico e analisar os ferimentos das


pessoas atendidas no Hospital de Urgências de Goiânia (HUGO) provocados por
arma de fogo e que receberam algum tipo de atendimento e que não evoluíram
para óbito, durante um período estimado de 3 (três) meses.

3.2 Objetivos Específicos

• Descrever a natureza, localização e as características clínicas (gravidade) das


lesões.
• Identificar sequelas importantes decorrentes dos ferimentos.
• Identificar as regiões onde mais ocorrem os eventos ocasionados por armas de
fogo na região metropolitana de Goiânia .

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4. REFERENCIAL TEÓRICO

“A violência é um dos eternos problemas da teoria social e da prática política e


relacional da humanidade. Não se conhece nenhuma sociedade onde a violência não
tenha estado presente” (MINAYO, 1994, p. 1).
“A violência consiste em ações humanas de indivíduos, grupos, classes, nações que
ocasionam a morte de outros seres humanos ou que afetam sua integridade física,
moral, mental ou espiritual” (MINAYO e SOUZA, 1998, p. 514).
“Trata-se de um complexo e dinâmico fenômeno biopsicossocial, mas seu espaço
de criação e desenvolvimento é a vida em sociedade¨ (MINAYO,1994, p. 514).

Segundo Minayo (1994) a violência pode ser classificada em :


• Violência Estrutural - Um tipo de circunstância em que pode acontecer
quando um indivíduo entra para uma organização, instituição ou sistema em
que ele ou ela é isolado do mundo exterior ou sujeito a disciplinas rigorosas e
exigências completamente novas.
• Violência de Resistência - Constitui-se das diferentes formas de resposta dos
grupos, classes, nações e indivíduos oprimidos à violência estrutural.
• Violência da Delinquência – É aquela que se manifesta nas ações fora da lei
socialmente estabelecida.
Segundo (PERES, 2004, p. 1) “ a violência é um problema de saúde pública e que
significa, de um ponto de vista prático, afirmar a necessidade de compreensão da violência a
partir de determinantes individuais,culturais, relacionais, coletivas e sociais, ou seja,
determinantes ou fatores multicausais, conhecer a sua freqüência e distribuição em grupos
populacionais, identificar fatores de risco e propor medidas preventivas, avaliar e monitorar as
ações”.
“A violência social que ocorre no Brasil e se expressa nos indicadores
epidemiológicos e criminais a partir de eventos letais e não letais tem demonstrado
uma magnitude e uma intensidade sem precedentes maiores até do que as
observadas em países em situação de guerra” (SOUZA , 2006, p. 1).

‘Citando COSTA (2002),” Isto ocorre porque a diferença e a exploração são o


fundamento de nossas sociedades. Mas, a emergência desses comportamentos pode estar
relacionada a uma sociedade fortemente individualizada e competitiva, em crise de
legitimidade política, produtora do que Le Breton denominou de “ordália moderna” (Le
Breton, 1995). Esses adolescentes são o produto de uma sociedade individualista, competitiva
e que não perdoa o fracasso. Eles são filhos de pais que não entram em seus quartos por
considerarem isso como “invasão de privacidade”, de um sistema que pune aqueles que não
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atingem metas de sucesso socialmente estabelecidas e que acaba purgando as suas frustrações
através de um ritual de sangue e morte”. O que, mais uma vez, recoloca em cena as análises
de Bataille e Le Breton. O clima de insegurança em relação ao futuro, que atingiu duramente
a classe média americana, aliado ao aumento das taxas de criminalidade, contribuiu para o
crescimento da intolerância nos Estados Unidos (Luttwak, 1996)
Segundo o Ministério da Saúde a violência se configura como causa externa de
morbidade e mortalidade e dela fazem parte as agressões/homicídios, suicídios, tentativas de
suicídios,abusos físicos, sexuais e psicológicos (BRASIL, 2010).
Para fins de elaboração deste trabalho serão abordados temas relativos à
agressões/homicídios, suicídios e tentativas de suicídio.
Segundo (GAWRYSZESKI, 2005,p.631) “ embora generalizada, a violência tem
elegido os jovens das regiões metropolitanas como alvo e instrumento preferencial, atingindo
as pessoas no início de sua vida produtiva. Essas perdas precoces de vidas já apresentam
reflexos na expectativa de vida da população”.
Ainda de acordo com GAWRYSZESKI (2005) a causa básica é uma informação
fundamental para a orientação de medidas preventivas acerca das mortes violentas, no
entanto, o conhecimento da natureza da lesão é igualmente importante para orientar o
planejamento e organização dos serviços de saúde, que devem alocar recursos e profissionais
para o atendimento das vítimas para as quais a prevenção não logrou êxito. A natureza da
lesão é também um dado importante para se saber a magnitude da morbidade das lesões por
arma de fogo, haja vista o enorme impacto social e econômico que causa.
No Brasil, os dados acerca da natureza da lesão, constantes nas declarações de
óbito, não são geralmente utilizadas por serem consideradas de baixa qualidade,
A arma de fogo , álcool e drogas são fatores que geram e aumentam os crimes por
homicídios ,principalmente num contexto de violência social em que vive o Brasil
atualmente. Porém, as armas de fogo são somente um meio para perpetração do crime, pois
outros fatores devem estar envolvidos. Por isso aponta-se a necessidade da realização de mais
estudos para elucidar os fatores ligados ao uso de armas de fogo no País :
Como são essas áreas mais afetadas?
O que pode nos ajudar a entender não só a continuidade mas o crescimento dessa
violência?
Fatores de risco e de proteção associados à violência : CARDIA (2002) cita
fatores de risco e de proteção associados à violência. Ele cita como fatores de risco para a

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violência a falta de capital social, ausência de direito à saúde , à educação,à cultura e ao laser.
O autor cita como forte fator de proteção à violência a estabilidade da população
em seu bairro, a qual leva à uma maior coesão social e disposição dos moradores para agirem
em prol do bem comum e até para intervir de forma a evitar atos de violência CARDIA
(2002).
Segundo PERES (2004) na população masculina, os homicídios por arma de fogo
estão significativamente correlacionados com densidade domiciliar, coleta de lixo, renda
nominal média, escolaridade e IDH.
Isto ocorre porque a diferença e a exploração são o fundamento de nossas
sociedades.
De acordo com (Zaluar,1996) no Brasil, o tema da violência urbana torna-se, cada
vez mais, objeto de preocupação nacional. Um dos pontos é que seu crescimento deve ser
analisado levando-se em conta o fato de que vivemos em um sistema globalizado. Todavia,
existem particularidades e fragmentações locais que podem nos auxiliar a entender as
diferenças na forma como a violência urbana se manifesta nacionalmente, regionalmente ou
localmente. Daí a importância dos estudos e pesquisas que procuram interpretar essas
especificidades, articulando-as com análise dos fatores mais gerais do sistema.

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5. METODOLOGIA

5.1. Tipo de Estudo

O estudo é um estudo observacional descritivo, sendo a amostra não probabilística


por conveniência, onde serão escolhidos para estudo todos os prontuários dos pacientes que
forem internados com ferimentos por arma de fogo no Hospital de Urgências de Goiânia, num
intervalo estimado de três meses.

5.2. Cenário de estudo

O estudo será desenvolvido no Hospital de Urgências de Goiânia. Este Hospital é


um Hospital público, e faz parte do programa Rede VIVA SENTINELA no estado de Goiás,
do Ministério da Saúde.

5.3. Período de estudo

O estudo será realizado de Abril de 2012 à Fevereiro de 2013.O estudo para a


coleta de dados se fará após a seleção dos prontuários dos pacientes que forem internados
com ferimentos por arma de fogo num intervalo estimado de 03 meses.

5.4. Sujeitos da pesquisa

Critérios de Inclusão

Serão escolhidos todos os pacientes internados no Hospital de Urgências (HUGO)


com ferimentos por arma de fogo num período estimado de 03 meses, e que tenham idade
superior a 18 anos.

Critérios de Exclusão

Pacientes que evoluírem para óbito no atendimento inicial, ou seja, os pacientes


que forem atendidos na sala de Emergência e evoluírem para óbito. Estes pacientes não terão

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prontuários abertos, portanto, não farão parte do estudo.

5.5. Amostragem

Serão selecionados para o trabalho todos os pacientes que sofreram algum tipo de
lesão por arma de fogo que forem atendidos no Hospital de Urgências de Goiânia num
período estimado de três meses. Serão escolhidos todos os prontuários dos pacientes atingidos
por arma de fogo e que não evoluíram para óbito no atendimento inicial. A expectativa é de
que pelo menos 100 prontuários sejam selecionados.

5.6. Procedimento de coleta de dados

Através da leitura dos prontuários serão coletados os dados sócio-demográficos


contidos na ficha de Caracterização Social do Serviço Social (Anexo C) e na ficha de
admissão (Anexo D). Serão anotadas as seguintes variáveis : idade, sexo, cor, estado civil,
local de moradia, local da ocorrência do acidente, profissão, grau de escolaridade , renda e uso
de álcool ou drogas. A coleta de dados referentes as características clínicas das lesões
provocadas pelos ferimentos ocorrerá por meio do preenchimento do protocolo de avaliação
(Anexo B ) - lado da lesão, região acometida, lesões associadas e complicações precoces. Os
dados levantados irão para apresentação tabular.

5.7. Instrumentos de coleta

• Serão utilizados todos os prontuários dos pacientes com ferimentos por


arma de fogo, durante um período estimado de 03 (três) meses, onde se
encontram a ficha de Caracterização Social do Serviço Social e a ficha de
admissão para coleta de dados sócio-demográficos.
• Para coleta de dados sobre as características clínicas das lesões será
utilizado o protocolo de Avaliação baseado no estudo destes prontuários.

5.8. Análise dos Dados

A análise de dados será realizada utilizando-se programas específicos com


aplicação de testes estatísticos conforme necessidade. Os resultados serão categorizados e
apresentados em forma de tabelas e figuras.
19
5.9. Aspectos éticos legais

Com vistas ao cumprimento dos aspectos éticos e legais necessários para pesquisa
envolvendo seres humanos, preconizados pela Resolução 196/96 do Conselho Nacional de
Pesquisa (BRASIL, 1998), o projeto será submetido ao Comitê de Ética em Pesquisa do
Hospital de Urgências de Goiânia ( Anexo A ).

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6. CRONOGRAMA

2012 2013
ITENS
ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ JAN FEV MAR ABR

Levantamento
Bibliográfico
Análise e parecer
ético CEP/HUGO
Coleta de dados
Tabulação dos dados
Análise dos dados
Apresentação para
Banca

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7. ORÇAMENTO

Nenhum paciente que for participar do trabalho receberá algum benefício


econômico.

ITEM QUANTIDADE VALOR


CANETAS 30 30,00
CARTULHO IMPRESSORA 03 70,00
PAPEL 300 30,00
XEROX 300 50,00
COMPUTADOR 01 3000,00
MATERIAL IMPRESSÃO E GRÁFICO 40 1000,00
TOTAL - 4.180,00

OBS: Todo o custo necessário para a realização do trabalho será arcado pelos seus integrantes

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8. REFERÊNCIAS

ANDRADE, S. S. C. A.; SÁ, N. N. B.; CARVALHO, M. G. O.; LIMA, C. M. Perfil das


vítimas de violências e acidentes atendidas em serviços de urgência e emergência
selecionados em capitais brasileiras: Vigilância de Violências e Acidentes. Epidemiologia
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25
ANEXOS
ANEXO A

Carta de Encaminhamento ao Comitê de Ética em Pesquisa do Hospital de Urgências


de Goiânia

Goiânia, de de 2012.

Para:

Dr ª. Larissa Silva Barbosa

Coordenadora do Comitê de Ética em Pesquisa/

Hospital de Urgências de Goiânia

Encaminhamos o projeto de pesquisa intitulado “------------------------------------


…................................................................ “,cujo objetivo geral é----------------e justifica-se
pela necessidade de------------------------, para análise e parecer ético deste Comitê.de Ética
em Pesquisa/CEP/HUGO/SES.

Confirmamos que:

• Todos os pesquisadores envolvidos nesta pesquisa realizaram a leitura e estão


cientes do conteúdo da resolução 196/96 do CNS.
• Esta pesquisa ainda não foi iniciada,
• Não há participação estrangeira nesta pesquisa,
• Comunicaremos ao CEP/HUGO os eventuais adversos ocorridos com o (os)
voluntário (os),
• Apresentaremos o relatório final desta pesquisa ao CEP/HUGO

Atenciosamente,

______________________

….../Pesquisador responsável

26
ANEXO B

PROTOCOLO DE AVALIAÇÃO

LESÕES PROVOCADAS POR PROJETES DE ARMA DE FOGO (PAF)

Prontuário.:

Sexo: Masculino ( ) Feminino ( )

Idade: 18-30 ( ) 30-45 ( ) acima de 45 ( )

Região acometida:

Lesões associadas:

Fraturas: ( ) Expostas ( ) Fechadas

Traumatismo torácico ( )

Traumatismo crânio-encefálico ( )

Lesão de partes moles ( )

Complicações precoces:

Lesão nervosa: sim ( ) não ( )

Localização da lesão nervosa:

Lesão Vascular: sim ( ) não ( )

Localização da lesão vascular:

Lado da lesão: esquerdo ( ) direito ( )

ANEXO C

27
28
ANEXO D

29

Ficha de Atendimento do Paciente-Prontuário

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