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REVISÃO DIREITO DA CRIANÇA/ADOLESCENTE E ESTADO DO IDOSO NPI

A promulgação do ECA marca uma evolução com relação à legislação anterior (Código de
menores 1979) e fundamentalmente uma evolução no modo de entender a infância e
juventude.

Crianças e adolescentes tornam-se sujeitos de direitos e não mais objetos de direitos.

Analisando o histórico / estudo do abandono de crianças, abordado no texto “ O abandono de


crianças ou a negação do óbvio” estudado por nós podemos afirmar:

 As questões centrais no estudo da infância e adolescente em um período que abrange


o século XVII ao XIX estão relacionadas com o caso europeu - sobretudo França e Itália.

 Uma referência fortemente evocada são as discussões e práticas da filantropia no


Brasil

 Como resposta ao abandono infantil, inicia-se a intervenção de médicos através de


políticas ‘higienistas’ e de saúde pública, somada às medidas profiláticas (juristas), e do
Estado, acarretando um controle na vida privada.

 Há um enorme esforço em reforçar práticas em consonância com uma nova


sensibilidade burguesa.

 Aos dez anos uma criança poderia ser enviada para um artesão, sobretudo quando se
tratava de meninos. Aqueles que não tinham essa destinação poderiam aprender
alguma instrução. De qualquer forma, a partir dos dez anos de idade era difícil uma
criança ficar desocupada.

 A mulher do final do século XVIII e, sobretudo a do século XIX aceitou, com maior ou
menor rapidez, o papel de boa mãe, o abandono passou então a ser considerado um
ato de depravação dos costumes.

 Desde o século XIX está admitido o óbvio, ou seja, a existência do abandono. É a partir
de então que se passa a empregar de forma indistinta as expressões: abandonados,
rejeitados, asilados e recolhidos, confundindo-os com órfãos. A institucionalização do
abandono de recém-nascidos e de sua assistência fez parte de um esforço para mudar
o triste quadro de abandono ao relento.

 Uma forma de obter ajuda comum às Misericórdias e a todos os conventos foi a roda,
que se constituía de uma caixa cilíndrica, que girava sobre um eixo vertical. Esse
artefato passou a ser utilizado por "uma mãe pobre que colocava o filho nessa roda,
confiando na caridade das freiras para que criassem o bebê". O aumento significativo
dessa prática levou à criação de rodas especialmente para receber crianças, mais tarde
conhecidas como "rodas de expostos".

Ao refletir sobre dados históricos da ‘invenção da infância’ e o abandono de crianças, podemos


afirmar:
Até meados do século XIX, em geral, conceituava-se a criança em face do adulto,
considerando-a como algo tão irrelevante, tão desvalioso, tão inexpressivo, que seu estudo se
afigurava como desnecessário.

Desde o século XIX certos contemporâneos reconheceram o abandono como um novo


problema social e então, em vários lugares, filantropos e reformadores sociais apontavam
medidas concretas para "salvar esses inocentes da perdição".

Os pais que não tinham interesse em reaver seus filhos abandonavam-nos (fazendo uso da
Roda dos Expostos) sem fornecer as indicações, fazendo-os passarem por ilegítimos ou de pais
desconhecidos.

Relacionando-se Famílias e Políticas Sociais Públicas, podemos afirmar:

Dotar as famílias de condições materiais e comportamentais para lidar com as mudanças será
e permanece como um dos focos das políticas sociais.

Segundo os autores Lisboa, Braga e Elbert cujo texto O fenômeno bullyng ou a vitimização
entre pares na atualidade: definições, formas de manifestação e possibilidades de intervenção
foi debatido em aula, podemos considerar bullyng como:

O bullying é um fator de risco para a violência institucional e social, bem como para compor-
tamentos antissociais individuais (Lisboa, 2005) e pode significar uma forma de afirmação de
poder interpessoal por meio da agressão.

A diferença, para observadores externos ao grupo de pares, entre o bullying e as brincadeiras


de crianças, às vezes, é muito tênue; pode ser sutil ou imperceptível, mas não menos grave.

O bullying é definido como um subtipo de comportamento agressivo que gera atos violentos
e, na maioria das vezes, ocorre dentro das escolas.

Conforme pontuam os autores de texto de debatido em aula o bullying é compreendido a


partir de uma perspectiva socioecológica, que considera que o bullying sempre ocorre em
determinado contexto, mas relacionado a características das pessoas envolvidas, não menos
importantes nesse acontecimento.

As atitudes protagonizadas pelos agressores no bullying envolvem abuso de poder e ocorrem


sem motivação aparente, ou seja, sem motivo legítimo.

Com relação ao tema trabalho e violência – impactos na juventude brasileira, podemos


afirmar:

Nas sociedades ocidentais, não existe uma única classificação – por parte de pesquisadores e
instituições – do limite de idade que define adolescência e juventude.

O conceito de vulnerabilidade diz respeito à predisposição individual para desenvolver


variadas formas de psicopatologia.

Elementos contextuais também acentuam a fragilidade dos jovens na sua relação com o
trabalho.
Os adolescentes trabalhadores que apresentam menor autonomia de decisão acabam
trabalhando mais, realizando horas- extras, do que aqueles que possuem maior autonomia de
decisão.

No texto “A meninice e a institucionalização da situação de rua: práticas institucionais,


discurso e subjetividade” debatido em sala de aula, a autora traz a fala de diversas crianças e
adolescentes em situação de rua e suas representações desta vivência bem como suas
representações dos agentes de proteção à infância (Conselho Tutelar, por exemplo). Analise
tais falas a partir do debatido em aula.

Segundo AMAZARRAY e KOLLER “As dificuldades de inserção laboral e as condições precárias


e trabalho e emprego na juventude estão relacionadas, portanto, a um contexto mais amplo
de violação de direitos e de exposição a diferentes formas de violência.” Relacione o
estudado no texto supra referido com o filme “Menino de Carvão"

No final do documentário “A invenção da Infância”


( Liliana Sulzbach ) , é lançada a reflexão “Ser criança não significa ter infância”. Articule tal
reflexão com o debatido em sala de aula.

Articule teoricamente os filmes “A invenção da Infância” e “Menino de Carvão”.

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