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Química
Maputo, 2016
Caderno Resumo de Química
Conteúdo
Introdução ....................................................................................................................................... 5
Química . ......................................................................................................................................... 8
Mistura ........................................................................................................................................... 8
FENÓMENOS ................................................................................................................................ 9
ORBITAL ..................................................................................................................................... 17
O tamanho do Íon.......................................................................................................................... 21
Função óxido................................................................................................................................. 28
Rendimento . ................................................................................................................................. 32
ÓXIDO-REDUÇÃO ..................................................................................................................... 33
Referencias bibliográficas
…………..……………………………………………………………………………………….…
…………38
Introdução
Desde os tempos remotos, o homem tem-se preocupado imensamente com o mundo a sua volta,
e uma das disciplinas que o homem recorre para buscar respostas a respeito dos fenómenos que
ocorrem ao seu redor tem sido a Química.
Assim sendo, este pequeno manual, aborda de forma sintetizada, objectiva e minuciosa todos os
conteúdos constantes do curriculum escolar da disciplina de química em vigor no país para o
nível médio, dando mais ênfase nos conteúdos avaliados nos exames de admissão ao ensino
superior.
As cadeiras de ciências exactas como matemática, física, química e biologia têm ganhado muita
fama nos últimos anos em Moçambique liderando o ranking das mais reprovadas tanto nos
exames gerais do ensino médio, como nos exames de admissão ao ensino superior. Na minha
opinião, um dos factores que suscita tal fenómeno de reprovações em massa, tem a ver com a
falta de material escolar das disciplinas em alusão nas bibliotecas públicas e falta de laboratórios
de ensaio nas escolas do ensino secundário geral, fazendo com que os estudantes rotulem tais
disciplinas como os monstros de reprovações e das vagas universitárias.
Por tanto, procuro através deste manual desmascarar a monstruosidade da disciplina de química,
trazendo detalhadamente e de forma simplificada os temas importantes desta cadeira.
Para a materialização deste resumo foi preciso ler e sintetizar 8 manuais de química e fazer
buscas virtuais na internet de alguns assuntos que não achasse muito bem explícitos nos manuais.
O manual não dedico apenas aos estudantes pré-universitários de Moçambique, mas também á
todos estudantes da África portuguesa, da CPLP e do mundo em geral.
Auto-biografia
Em 2007 teve que abandonar a sua família e província para ingressar no instituto médio de
ciências de saúde da Beira, na província de Sofala, onde veio a concluir em 2009 o nível médio
profissional do curso de Radiologia. Em Agosto do mesmo ano iniciou suas funções no hospital
distrital da Manhiça, na província de Maputo. No ano de 2011 foi transferido para a cidade
capital (Maputo) onde trabalha no hospital Geral da Machava no sector de radio-imagiologia.
Em foi 2011 admitido na Universidade Pedagógica, onde frequentou o curso LEIA (Línguas
Estrangeiras Aplicadas) na vertente de ensino de inglês com habilitações em francês. Mas, por
razões pessoais abandonou o curso um ano depois.
Em 2012 foi admitido na maior e mais antiga Universidade do país (UEM) Universidade
Eduardo Mondlane, onde frequentou o curso de Licenciatura em psicologia num período de 3
anos, mas por motivos de querer realizar o seu sonho de se tornar médico, cancelou a matrícula
deste curso, para concorrer o curso de licenciatura em medicina.
Em 2015 foi admitido na Universidade Lúrio onde se encontra actualmente a frequentar o curso
dos seus sonhos (Medicina)
PARTE I
QUÍMICA INORGÂNICA
Elemento químico – é o conjunto de átomos iguais. Ex: Na, H2, O2, etc.
Símbolo de elemento químico - é a representação gráfica e abreviada de um elemento
químico. Ex: Na, S, H, O, Mg, Al, etc.
Molécula – associação de átomos ligados. Ex: H2O, CO2, NaOH, H2SO4, etc.
Fórmula molecular ou bruta – indica os elementos e a quantidade de átomos de cada
elemento na molécula. Ex: H2O, CO2, NaOH, H2SO4, etc.
Substância simples – aquela em que suas moléculas são formadas por átomos iguais
(mesmo elemento). Ex: Na, H2, O2, Mg, CI2, O3, P4, etc.
Substância composta – aquela em que as moléculas são formadas por átomos diferentes
(elementos diferentes). Ex: CO2, H2O, H2SO4, C12H22O11, CH3OH, etc.
Alotropia – fenómeno em que um elemento químico dá origem várias substâncias
diferentes. Ex: Oxigénio e ozónio [O2 e O3], grafite e diamante [Cn e Cn], etc.
Mistura – é a reunião de duas ou mais substâncias diferentes. Ex: chá, água do mar, ar, etc.
Mistura homogénea – apresenta uma só fase, um único aspecto no ultramicroscópio e todas as
suas porções apresentam as mesmas propriedades. Ex: água e açúcar, álcool, ouro 18k, etc.
Mistura heterogénea – apresenta mais de uma fase. Ex: leite, água e óleo, sangue, etc.
SEPARAÇÃO DE MISTURAS
Misturas heterogéneas:
Filtração – sólido mais líquido. Ex: agua mais areia
Decantação – separação de líquidos imiscíveis. Ex: água mais óleo
Flotação – separação de sólidos de densidades bem diferentes. Ex: serragem mais
areia.
Dissolução fraccionada – separação de sólidos de solubilidades diferentes num
determinado solvente. Ex: sal mais areia
Mistura homogénea
Destilação simples – separação de um sólido dissolvido em um líquido. Ex: sal +
água.
Destilação fraccionada – separação de líquidos miscíveis de pontos de ebulição
diferentes. Ex: água + acetona, petróleo, etc.
FENÓMENOS
Unidade de massa atómica (u.m.a) – é a unidade para medir a massa de um átomo ou de uma
molécula.
u.m.a = 12
Massa atómica ou peso atómico – é a massa de um átomo medida em u.m.a. ex: C = 12, O =
16, H = 1, N = 14.
Massa molecular ou peso molecular – é a massa de uma molécula medida em u.m.a, isto é, a
soma das massas atómicas de todos os átomos que formam a molécula. Ex: C6H12O6 teremos,
C=12, H=1, O=16, logo, MM = 6×12 + 12 × 1 + 16×6 = 180 u.m.a
Átomo-grama (atg) – é numericamente igual a massa atómica em gramas. 1atg contem 6,02
×1023 átomos (número de Avogadro).
Ex:
Fórmula molecular – indica os elementos e números de átomos de cada elemento. Ex: fórmula
molecular de glicose: C6H1206.
Fórmula mínima ou empírica – indica os elementos e a proporção de átomos de cada elemento.
Ex: fórmula mínima de C6H1206 será CH2O.
Fórmula percentual – indica a percentagem de cada elemento em massa, isto é, a massa de cada
elemento existente em 100g de composto. Ex: a formula percentual de H2O é 11,11% de H e
88,89% de O.
Por exemplo, digamos que a composição centesimal de determinado composto é dada por:
40,00% de C, 6,67% de H e 53,33% de O. Passamos esses valores para grama, considerando
uma massa de 100 g de amostra do composto. Assim, temos: 40 g de C, 6,67 g de H e 53,33 g
de O.
Agora é necessário passar esses valores para a quantidade de matéria (mol). Fazemos isso
dividindo cada um dos valores encontrados por suas respectivas massas molares:
C: 40/12 = 3,33
H: 6,67/1 = 6,67
O: 53,33/16 = 3,33
Visto que os valores não são inteiros, usamos o seguinte artifício: dividimos todos os valores
pelo menor deles, pois dessa maneira a proporção existente entre eles não é alterada.
C: 3,33/3,33 = 1
H: 6,67/3,33 = 2
O: 3,33/3,33 = 1
Cálculo da fórmula molecular – compara-se o valor da massa mínima com o valor da massa
molecular.
Hipótese de Avogadro – volumes iguais de gases diferentes nas mesmas condições de pressão e
temperatura, apresentam igual número de moléculas.
Volume de um gás – é o volume ocupado por um mol de um gás. Nas condições normais de
temperatura e pressão, o volume de um gás (1mol de gás) é equivalente á 22,4 l. Isto á 0ºC e 1
atm.
ESTRUTURA DE ÁTOMO
MODELOS ATÓMICOS
Modelo atómico de Dalton (bola de bilhar)
O átomo seria um aglomerado composto de uma parte de partículas positivas pesadas (protões) e
de partículas negativas (electrões) mais leves.
Átomo seria constituído de um núcleo muito pequeno carregado positivamente (no centro do
átomo) e muito denso, rodeado por uma região comparativamente grande onde estariam os
electrões em movimentos orbitais (electrósfera).
Postulados de Bohr:
Dimensões do átomo
Diâmetro do átomo ≅ 10-8cm = 1 Angstrom, isto é, o diâmetro do átomo é ≅ 10 000 × diâmetro
do núcleo.
K L M N O P Q
2 8 18 32 50 72 98
K L M N O P Q
2 8 18 32 32 18 2
Nos átomos dos 110 elementos conhecidos, os subníveis 5g, 6f, 6g, 6h, 7d, 7f, 7g, 7h, 7i
estão vazios.
S P d F
2 6 10 14
Os subníveis são preenchidos em ordem crescente de energia. Linus Pauling descobriu que a
energia dos subníveis cresce na ordem: 1s2s2p3s3p4s3d4p5s4d5p6s4f5d6p7s5f6d…
Exemplo:
Exemplo:
ORBITAL
Representação de orbital - ou
K L M N
S P d f
0 -1 0 +1 -2 -1 0 +1 +2 -3 -2 -1 0 +1 +2 +3
Isótopos – são átomos do mesmo número atómico (Z), isto é, mesmo elemento mas de
diferentes números de massa e de neutrões. Ex: 1H1, 1H2 e 1H3(prótio, deutério e trítio
respectivamente) são isótopos de hidrogénio.
Isóbaros – átomos com mesmo número de massa (A) mas de diferentes número atómico
e de neutrões. Ex: 18Ar40 e 20Ca40.
Isótonos – são átomos de diferente número atómico e de massa, mas com o mesmo
número de neutrões. Ex: 5B11 e 6C12 ambos apresentam 6 neutrões.
LIGAÇÕES QUÍMICAS
Ligação química – é a união de dois átomos ou mais, que “trocam elétrons entre si” ou “usam
elétrons em parceria”, procurando atingir a configuração electrónica de um gás nobre.
Os átomos ligam-se para adquirir maior estabilidade. Um átomo adquire estabilidade quando
possui 8 elétrons na camada electrónica mais externa, ou 2 elétrons quando possui apenas a
camada K.
A ligação iónica é, em geral, bastante forte e mantém os íons firmemente “presos” no reticulado.
Por isso, os compostos iónicos são sólidos (cristais), duros e quebradiços, em geral, têm ponto de
fusão e ponto de ebulição elevados. Como sólidos não conduzem corrente eléctrica, pois os ions
encontram-se presos no retículo cristalino. Quando fundidos (estado líquido) ou em solução
aquosa conduzem corrente eléctrica, pois, os ions encontram-se livres para se moverem.
A ligação iónica ocorre, em geral, entre átomos de metais com átomos de não-metais, pois:
Mecanismo
Ayx+ Bx-y
Os elementos da coluna IVA têm quatro elétrons na última camada. Eles não apresentam
tendência nem para perder nem para ganhar elétrons. Por esse motivo, quando esses elementos se
unem a outros para atingir um octeto completo, tendem a não formar ligações iónicas.
O tamanho do Íon
Quando um átomo perde elétrons, o núcleo passa a atrair mais intensamente os elétrons restantes;
desse modo, o diâmetro ou raio do cátion é sempre menor que o diâmetro ou raio do átomo
original. Ao contrário, quando um átomo recebe elétrons, a carga total da electrósfera (negativa)
torna-se maior do que a carga do núcleo (positiva); desse modo, a atracão do núcleo sobre o
conjunto dos elétrons é menor e, consequentemente, o raio do Ânion é sempre maior que o raio
do átomo original.
A ligação covalente ocorre quando um não-metal combina com hidrogénio ou outro não-metal e
entre hidrogénio com outro hidrogénio. Os átomos emparelham electrões (spins opostos)
formando uma molécula.
As fórmulas em que os elétrons aparecem indicados pelos sinais (•) e (x) são chamadas
fórmulas electrónicas ou fórmulas de Lewis. Quando os pares electrónicos covalentes são
representados por traços (-), chamam-se essas representações de fórmulas estruturais
planas.
a) Ligação covalente simples – ocorre entre dois átomos que partilham pares de electrões.
Os átomos participantes da ligação devem contribuir com um eléctron cada, para a
formação de cada par electrónico.
Ex: na molécula do hidrogénio (H2) cuja distribuição electrónica é: 1s1, falta um electrão para
cada átomo de hidrogénio para completar a camada K (2 electrões). Assim, os dois átomos de
hidrogénio se unem formando um par electrónico comum e cada átomo de hidrogénio atinge
estrutura do gás nobre hélio. H●* H ou H ̶ H
Exemplos:
O dióxido de enxofre (SO2) tem a seguinte distribuição electrónica para cada átomo:
Por essa estrutura o carbono seria bivalente, isto é, teria dois electrões desemparelhados, mas por
estado activado, através de absorção de energia, um electrão 2s é removido para 2p.
1s2 2sp3
O orbital é esférico, os orbitais p tem forma de halteres e orbitais sp3 a forma de um queijo
mussarela. Os 4 orbitais sp3 se dirigem para os vértices de um tetraedro regular.
FORÇAS INTERMOLECULARES
+p
H-Cl-p→←+pH-Clp-
Condições:
Substância polar dissolve substância polar (são solúveis em agua devido aos pontes de
hidrogénio);
Substância apolar dissolve em substância apolar (são insolúveis em agua).
c) Ligação Metálica – é a força que mantém unidos os átomos e cations dos metais.
Teoria do mar de electrões ou de nuvem electrónica – a principal característica dos
metais é a electropositividade (tendência de doar electrões). No entanto o metal seria um
aglomerado de átomos neutros e cátions, imersos num mar de electrões livres que estaria
funcionando como ligação metálica, mantendo unidos os átomos e cátions dos metais.
FUNÇÕES INORGÂNICAS
Electronegatividade
Teoria de Arrhenius
Ácidos – são compostos que, em solução aquosa, libertam exclusivamente como cátion o
íon hidrónio (H3O+) ou simplesmente (H+). Exemplos:
HCl + H2O ↔ H3O+ + Cl-;
HNO3 + H2O ↔ H3O+ + NO3-
H2SO4 + H2O ↔ H3O+ + HSO4-
HSO4-+ H2O ↔ H3O+ + SO4-
Bases – são todas substâncias que em solução aquosa, libertam, exclusivamente, como
ânion o íon hidroxila ou hidróxido (OH-). Exemplos:
NaOH → Na+ + OH-
Sais – são todos compostos que, em solução aquosa, libertam pelo menos um cátion
diferente de H3O+ e pelo menos um anion diferente de OH-. Exemplos:
NaCl → Na+ + Cl-
Neutralização de ácido-base - ácido + base → sal + água
1. FUNÇÃO ÁCIDA
Nomenclatura:
a) Hidrácidos (ácidos não oxigenados)
Coloca-se a palavra ácido, seguido do nome do elemento ou radical, ligado ao hidrogénio, com a
terminação ídrico.
Ácidos ICO – coloca-se a palavra ácido seguido do nome do elemento central (diferente
de O e H) com a terminação ICO. Ex: H2SO4 (acido sulfúrico), HNO3 (acido nítrico),
H3PO4 (acido fosfórico), HCO3 (acido carbónico), etc.
Ácidos OSO – são derivados do ICO por retirada de um oxigénio da fórmula ICO. E para
nomeá-los coloca-se a palavra ácido, depois o nome do elemento central mais oso. Ex:
HNO2 (ácido nitroso), H3PO3 (ácido fosforoso), H2SO3 (ácido sulfuroso), HClO2 (ácido
cloroso), etc.
Ácidos HIPO – são derivados do oso por retirada de um oxigénio da fórmula oso. Na
nomenclatura acrescenta-se o prefixo Hipo ao nome do ácido oso. Ex: H3PO2 (acido hipo
fosforoso), HClO (acido hipo cloroso), etc.
Ácidos PER – são derivados do ICO por adição de um oxigénio a fórmula ICO. Na
nomenclatura acrescenta-se o prefixo per ao nome do ácido ico. Ex: HClO4 (acido per
clórico).
Uma molécula orto (-) menos uma molécula de H2O = META. Ex: H3PO4 – H2O =
HPO3 (ácido meta fosfórico).
Duas moléculas orto (-) menos uma molécula de H2O = PIRO. Ex: 2H3PO4 – 1 H2O =
H4P2O7 (ácido piro fosfórico).
2. FUNÇÃO BASE
Nomenclatura
Ex: Fe(OH)2 (hidróxido de ferro II ou hidróxido ferroso), Fe(OH)3 (hidróxido de ferro III ou
hidróxido férrico), etc.
3. FUNÇÃO SAL
Coloca-se o nome do anion derivado do ácido por troca de terminação e o nome do cation
derivado da base. Ex: HCl + NaOH → NaCl + H2O (Cloreto de sódio).
Tabela para a nomenclatura dos sais através dos Ânions derivados do ácido:
Ácido Ânion
Ídrico Eto
Ico Ato
Oso Ito
Exemplos:
4. FUNÇÃO ÓXIDO
Óxidos – são compostos binários que contêm oxigénio como o elemento mais electronegativo.
Nomenclatura:
Exemplo: Na2O + 2 HCl → NaCl + H2O; óxidos básicos: (Na2O, CaO, FeO, AgO…).
Óxidos ácidos – são aqueles que reagem com base para formar sal e água.
Exemplo: CO2 + Ba(OH)2→ BaCO3 + H2O; óxidos ácidos: (SO2, SO3, P2O5, CO2…). Excepções:
Mn2O7, CrO3.
Óxido anfótero - aquele que pode reagir tanto com ácido como com base.
Óxido neutro ou indiferente – é aquele que não reage nem com água, nem com ácido e
nem com base. São eles: CO, NO e N2O
Peróxidos – reagem com ácidos para darem sal e mais água oxigenada.
Ex: H2SO4, m = 4 – 2 = 2.
Exemplos:
HClO4, HMnO4, … (ácidos muito fortes); HNO3, H2SO4, …(ácidos fortes); H3PO4, H2SO3,
…(ácidos moderados) e HClO, H3BO3, …(ácidos fracos).
NB: o ácido H2CO3 é uma excepção, embora o seu m = 1 ele é considerado ácido fraco.
Hidrácidos (HxE) – cada hidrogénio está ligado ao elemento por um traço (-) que
representa a ligação covalente. Exemplos: H-Cl, H-S-H, H-C=N
Oxiácidos (HxEzOy) – Para escrever a fórmula estrutural dos Oxiácidos, é preciso
proceder da seguinte maneira:
Primeiro escrever o elemento central;
Ligar o elemento central a tantos grupos (OH), quantos forem os hidrogénios
ionizáveis;
Ligar o elemento central aos oxigénios restantes por uma dupla ligação ou ligação
dativa. Exemplos:
CÁLCULO ESTEQUIMÉTRICO
Exemplo básico:
Pureza – é o quociente entre a massa da substancia pura e a massa total da amostra. Pode ser
expressa em percentagem.
P=
× 100
Ex: qual a massa de CaCO3 presente numa amostra de 200g de calcário cuja pureza é de 80%?
200g de calcário x
×
x= → x= → x = 160g de CaCO3
Exemplo: qual a massa de CaCO3 obtida na reacção de 2 mol de CaO com 2 mol de CO2, se o
rendimento de 60%.
Dados:
Resolução:
X 60%
× %
X= → X= → x = 120 g de CaCO3
%
ÓXIDO-REDUÇÃO
1. Número de oxidação (NOX) – é a carga real ou aparente adquirida por um átomo
ligado;
2. Tabela de NOX
Fe2O3 → oxidante
+3 redução 0
+4 -2 +1 -1 +2 -1 0 +1 -2
∆ = −
-1 ∆ = 1-0 =1 0
+4 ∆ = 4-2 =2 +2
3ª Regra – escolher um elemento de ramal oxi e outra de ramal red. Não se pode escolher
substancia de ramal repetido. Ex: oxi MnO2 e red Cl2
4ª Regra – multiplicar os ∆ pela atomicidade dos elementos que sofrem oxidação e redução.
Inverter os resultados obtidos (simplificando-os se possível) que serão os coeficientes das
substâncias escolhidas.
MnO2
Exemplo: 2× 1 = 2 1
Simplificando
Cl2
1× 2 = 2 1
5ª Regra acertar a equação pelo método das tentativas. Deixar para o fim o hidrogénio e o
oxigénio.
Casos especiais
0 redução -1 +5
Oxidação
2. Agua oxigenada – dependendo da reacção a água oxigenada pode actuar como oxidante
ou redutor.
-1 Redução -2 -1 Oxidação 0
1× 1 = 1 FeBr2 = 1
-1 Redução ∆ = 2-1=1 -2
1× 2 = 2
3. Equação Iónica – a soma das cargas do 1º membro é iguala á soma das cargas do 2º membro.
-1 ∆= 1 0 5 Cl2 2×1 = 2 5
2º Membro: 2 (+2) = +4
Reacção de Óxido-Redução
É toda reacção onde ocorre transferência de eléctron. É toda reacção onde ocorre a variação de
Nox de algum elemento.
O número total de electrões cedidos deve ser igual ao número total de electrões
recebidos.
Uma reacção de dupla-troca não é de reacção de Óxido-Redução.
+1 -1 +1 -1 +1 -1 +1 -1
Exemplos: P (Z=15) K L M
2 8 5
O fósforo está no terceiro período.
2. Grupo
a) Elementos representativos: grupos A, 1B e 2B. O número de electrão de valência na
última camada é o número do grupo. Exemplo P (z = 15) 1s22s22p63s23p3, indica que o
fósforo está no 5º grupo A da tabela periódica.
b) Elementos de transição – a soma do número de electrões dos subníveis “s” e “d” mais
externos, constituem o número do grupo. Exemplo: V (z = 23) 1s22s22p63s23p64s23d3.
Indica que o vanádio se encontra no 5º grupo da família B da tabela periódica.
4. Electronegatividade e electropositividade
Electronegatividade - tendência do átomo para receber eléctron.
Electropositividade – tendência do átomo para ceder eléctron.
1. Lei de Lavoisier (lei da conservação da massa) – numa reacção química, a soma das
massas dos reagentes é igual a soma das massas dos produtos.
2. Lei de Proust (lei das proporções constantes, definidas ou fixas) - quando, em várias
experiencias, substancias se reúnem para formar um composto, sempre o fazem numa
mesma proporção.
Composição centesimal;
Cálculos estequiométricos
3. Lei de Dalton (lei das proporções múltiplas) – se uma massa fixa de um elemento se
combina com massas diferentes de um segundo elemento, para formar compostos
diferentes, estas massas estão entre si numa relação de números inteiros pequenos.
Se esses dois elementos combinarem entre si, suas massas estarão na mesma proporção,
do que quando reagirem com o primeiro elemento.
Equivalente-grama
5. Lei de Gay Lussac (só vale para reacções entre gases) – numa reacção onde só
participam gases e nas mesmas condições de temperatura e pressão, existe uma proporção
de números inteiros entre os volumes dos gases participantes da reacção.
PARTE II
FÍSICO QUÍMICA
FÍSICO-QUÍMICA
1. Teoria de Arrhenius:
a) Ácido – é toda espécie química que em água se dissocia dando como único cation H+.
Modificação da definição
Hoje sabe-se que o ácido em solução aquosa ioniza-se com a formação de H3O+, chamado
hidrónio.
b) Base–é toda espécie química que em água se dissocia dando como único anion o OH-,
chamado hidróxido.
H O
Ex: NaOH (sólido) 2 Na+ + OH-
Ácido + base = sal + água
c) Neutralização ácido-base -
2. Teoria de Brönsted-Lowry:
HCl ……………………….Cl-
H2SO4…………………….HSO4-
e) Espécie anfótera ou anfiprótica – é aquela que pode actuar como acido ou como base
dependendo do meio em que ocorre o fenómeno.
Isto é, a água frente ao HCl comporta-se como base porque é a espécie que recebe o próton (H+)
e quando esta frente ao NH3 comporta-se como ácido porque é a espécie que doa o próton (H+).
3. Teoria de Lewis:
A reacção ácido-base de Lewis consiste na formação de uma ligação covalente dativa entre um
ácido e uma base.
Par conjugado:
Em um par conjugado ácido-base, se o ácido é forte a base é fraca, e se o ácido é
fraco a base é forte.
Por exemplo, o HCl apresenta 1000 moléculas dissolvidas e 900 moléculas ionizadas formando
um ácido de ∝ = = 0,9 × 100% = 90% Ionizado, isto implica que o HCl é um ácido forte.
PARA HIDRÁCIDOS:
Nos grupos da tabela periódica, quanto maior o tamanho do átomo, maior é a força do
ácido correspondente.
Observações:
Alvido Bernardo Muaviraca Página 44
Maputo, 2016
Caderno Resumo de Química
PARA OXIÁCIDOS
Exemplo: HClO > HBrO porque o cloro (Cl) tem maior electronegatividade que o bromo (Br).
PARA BASES
Fortes : LiOH, NaOH, KOH, RbOH, CsOH, FrOH, Ca(OH)2 e Ba(OH)2
Fracas: as demais.
1. Ácidos carboxílicos
Quando maior for o número de carbonos, menor é a força do ácido.
Ex.: O O
OH OH isto quer dizer que o Ácido acético é mais forte que o ácido
propanoíco. Isto é, o Ácido acético é mais forte que o ácido propanoíco, porque o primeiro tem
menos carbonos na sua cadeia, ao passo que o segundo tem mais carbonos na sua cadeia.
Grupos eléctron-atraentes– são grupos de átomos que atraem elétrons e quando presentes em
um acido carboxílicos,
Exemplos:
O O
OH OH
O Ácido acético é menos forte que o ácido fluoracético porque este ultimo, contem o flúor que é
mais electro-atraente que os ácidos carboxílicos.
2. Fenóis
3. Aminas
Grupos eléctron-repelentes
São aqueles que repelem elétrons, e quando ligados ao nitrogénio de uma amina, aumentam a sua
densidade electrónica tornando-a mais básica.
Amina secundária > amina primária > amina terciária > NH3 >amina
HCO3- CO3-
C6H5OH C6H5O- (fenóxido)
H2O OH-
C2H5OH C2H5O- (etóxido)
NH3 NH2-
H2 H- (hidreto)
CH4 CH3- (metileto)
+Forte
III. SOLUÇÕES
i. Dispersões
1. Coeficiente de solubilidade – é a maior massa do soluto que pode ser dissolvida em uma
dada massa de solvente, a uma dada temperatura.
Exemplo: cs(g/100gH2O)
Na2SO4
Ce2(SO4)3
t ºC
RELAÇÃO MASSA-MASSA:
1. Título ou fracção em massade uma solução (T) - é o quociente entre a massa do soluto e
a massatotal da solução (soluto + solvente).
T= ç
ou T =
Obs: Em qualquer solução a soma das fracções molares dos seus componentes é igual a 1.
4. Molalidade (W) .
W= ou
RELAÇÃO MASSA-VOLUME:
2. Molaridade (M) .
M= ou M =
. ×
C = M ×M1 do soluto
k Base = nº de hidróxidos;
1. Diluições - Diluir uma solução significa adicionar a ela uma porção do próprio solvente
puro.
N1V1 = N2V2
2. Mistura de soluções:
a) Mistura de duas soluções de um mesmo soluto
A massa do soluto é igual à soma das massas dos solutos em A e B;
O volume da solução também é igual à soma dos volumes das soluções A e B;
C=
V. PROPRIEDADES COLIGATIVAS
Propriedade coligativa - é a propriedade das soluções que só depende do número das partículas
dispersas.
1. Pressão máxima de vapor (PMV)–é a pressão exercida pelo vapor quando está em
equilíbrio com o líquido.
O aumento da temperatura aumenta a PMV.
2. Tonometria ou tonoscopia ou abaixamento da PVM
O abaixamento da PVM é:
∆P depende da temperatura;
∆ − ′
Abaixamentorelativo da PVM do solvente: =
∆
Independe da temperatura;
∆
3. Calculo do (lei de Raoult) e factor de Vant’Hoff (i)
∆ ∆ i= (q-1)+1
= kt x W kt= =kt× W× i
(iónico)
(molecular)
Temos:
= Grau de ionização;
q = nº de ions por formua de soluto. Ex NaCl →Na+ + Cl- (q=2); Na2SO4 → 2Na+ + SO4–2 (q=3)
VI. TERMOQUÍMICA
1. Termoquímica – é o ramo da físico-química que estuda os fenómenos térmicos que
acompanham as reacções químicas.
∆H = HP-HR
2. Entalpia de um sistema (H) – é o conteúdo energético do sistema.
b) Reacção endotérmica – é aquela que absorve calor ou aquela onde o calor é considerado
como reagente. A+B + Calor → C+D ou A+B → C+D - Calor
4. LEI DE HESS
A Lei de Hess também pode ser chamada de Lei da Soma dos Calores de Reacção. É uma forma
de calcular a variação de Entalpia através dos calores das reacções intermediárias. Podem ser
∆G = energia útil;
∆H = energia total;
ESPONTANEIDADE
A quantidade de calor libertada ou absorvida em uma reacção depende, em primeiro lugar, das
quantidades dos reagentes e dos produtos que participam da reação. Por convenção,
considera-se que o valor de ∆H, escrito ao lado de uma equação química, seja referente às
quantidades em mols escritas na equação;
4. Influência da dissolução/diluição
5. Influência da temperatura na qual se efectua a reacção química
6. Influência da pressão
Cinética Química – é a parte da físico-química que se dedica ao estudo da velocidade com que
uma reacção química se processa.
∆
Vm = ∆
Onde: ∆ = variação do numero de mols do participante e ∆ é a variação do tempo.
1. CONDIÇÕES FUNDAMENTAIS:
a) Afinidade química entre os reagentes – os gases nobres têm baixa afinidade química
para com as outras substâncias, portanto, suas reacções são difíceis e lentas quando
ocorrem;
Regra de Van’t Hoff : “um aumento de 10 ºC faz dobrar ou triplicar a velocidade da reacção.”
v = k [A]m[B]n
V1 = V2
V1 = V2, diferente de zero (equilíbrio dinâmico).
As propriedades macroscópicas não mais se alteram, e a concentração dos participantes
permanece constante.
[C]c× [D]d
KC =
[A]a× [B]b
[pC]c × [pD]d
Kp = [pA]a × [pB]b
Kp e Kc só dependem da temperatura.
2. DESLOCAMENTO DO EQUILÍBRIO
O deslocamento do equilíbrio é regido pelo princípio de Le Chatelier.
Princípio de Le Chatelier:
“ Quando uma força actua sobre um equilíbrio, este se desloca no sentido de fugir da acção da
força.”
No equilíbrio temos V1 = V2. Deslocar um equilíbrio é fazer com que V1 seja diferente de V2.
a) Temperatura:
O aumento da temperatura desloca o equilíbrio para a esquerda. Isto é, no sentido
endotérmico;
A diminuição da temperatura desloca o equilíbrio para a direita. Isto é, no sentido
exotérmico.
b) Pressão:
Aumentando a pressão, o equilíbrio se desloca para o lado de menor volume;
Diminuindo a pressão, o equilíbrio se desloca no sentido de maior volume.
c) Concentração
Aumentando a concentração, o equilíbrio se desloca para o lado oposto a adição;
Diminuindo a concentração o equilíbrio se desloca para o lado da diminuição.
4. EQUILÍBRIO IÓNICO
b) Ionização de um poliácido
Exemplo:
H2S ↔ H+ + HS- K1
HS- ↔ H+ + S- K2
H2S ↔ H+ + S- Kn
K1 > K2 Kn = K1× K2
Importante: e
“Quanto mais diluída for a solução, maior será o seu grau de ionização ou quanto mais agua mais
ions aparecem.”
Onde:
∝2× M Quando o ∝ < 10% →Ki ≅ ∝2× M
Ki =
(1-∝) Quando ∝ é dado em percentagem, devemos dividir
por 100 antes de entrar na fórmula.
c) pH e pOH
6. HIDRÓLISE SALINA
Quando um sal BA é jogado em água, pode ocorrer uma reacção chamada hidrolise, que é o
inverso da neutralização.
1. Sal de ácido forte e base forte – não sofre hidrólise e o pH da solução não se altera, isto
é, (pH = 7). Ex: NaCl.
2. Sal de ácido forte e base fraca – sofre hidrolise e o pH da solução é menor que 7. Ex:
NH4Cl.
3. Sal de ácido fraco e base forte – sofre hidrolise e o pH da solução é maior que 7. Ex:
Na2ClO3.
4. Sal de ácido fraco e base fraca - sofre hidrolise e o pH da solução pode ser maior,
menor ou igual a 7. Ex: NH4CN.
É toda solução cujo pH praticamente não varia quando se adiciona pequenas quantidades de
ácido ou de base.
X. ELECTROQUÍMICA
Os metais são elementos que têm tendência para ceder electrões. Na fila de reactividade eles
estão colocados em ordem decrescente na tendência para ceder electrões.
Metais alcalino, metais alcalino terroso, Al, Zn, Fe,…H, Bi, Cu, Hg, Ag, Pd, Pt, Au
Reactividade diminui.
Cada metal tem uma capacidade de dar electrões diferentes. A medida dessa capacidade é
chamada potencial de oxidação.
O valor numérico de potencial de oxidação é medido pela voltagem da pilha do metal com o gás
Hidrogénio. (Eoxi = 0).
Quanto maior o potencial de redução, maior a tendência da espécie química para receber
electrão.
∆V = Eoxi - Eoxi
(cede) (recebe)
Exemplo:
∆V = 1,10 volt
Exemplos:
Melhor redutor - Um redutor sofre oxidação, isto é, cede elétrons. Um bom redutor cede
eléctron facilmente, tem grande capacidade de sofrer oxidação, e portanto, tem grande
potencial de oxidação. O zinco é melhor redutor que o cobre pois, Eoxi do Zn Eoxi do Cu.
Oxidação do zinco: Zn0 → Zn+2 + 2e- + 0,76 V (melhor redutor);
Oxidação do cobre: Cu0→ Cu+2 + 2e- -0,34V (pior redutor).
Melhor oxidante – um oxidante sofre redução, isto é, recebe eléctron. Um bom oxidante
recebe eléctron facilmente, isto é, tem grande capacidade de sofrer redução, e portanto,
tem grande potencial de redução. O cátion Cu+2 é melhor oxidante que o cátion Zn+2,
pois, o Ered do cobre é maior que o Ered do zinco.
Redução do zinco: Zn+2 + 2e- →Zn0 - 0,76 V (pior oxidante);
Redução do cobre: Cu+2 + 2e- → -Cu00,34V (melhor oxidante).
PILHA DE DANIELL
Pilhas electroquímicas são sistemas que produzem a corrente continua e baseiam-se nas
diferentes tendências para ceder e receber elétrons das espécies químicas.
A pilha de Daniell é constituída de uma placa de zinco (Zn) e uma solução de ZnSO4 e uma
placa de Cu em uma solução de CuSO4. As duas soluções são ligadas por uma ponte salina, ou
por uma parede porosa.
Pólos da pilha:
Cátodo e ânodo
ELECTRÓLISE
Electrólise é a decomposição de uma substância pela corrente eléctrica. É conhecido pelo nome
de electrólise todo o processo químico não espontâneo provocado por uma corrente eléctrica
proveniente de um gerador (mais especificamente, uma pilha). A palavra electrólise é a
combinação de dois termos gregos: "elektró" (electricidade) e "lisis" (quebra), unidas para se
referir a uma reacção ocorrida por meio de energia eléctrica.
Características:
Tipos de electrólise
a) Electrólise ígnea
Exemplo:
∆
NaCl Na+ + Cl-
Cátodo: Na+ + e- Na0
Ânodo: Cl- e- + Cl2
b) Electrólise aquosa
sódio em meio aquoso que são produzidos a soda cáustica (NaOH), o gás hidrogénio (H2) e o gás
cloro (Cl2).
Exemplo:
H2O
NaCl Na+ + Cl-
H2O H+ + OH-
Cátodo: H+ + e- → H2
XI. TITULOMETRIA
1. Analise Quantitativa
Análise volumétrica – determina a concentração de uma solução que reage com outra de
concentração conhecida pela leitura dos volumes das soluções gastas na titulação.
2. Princípios de titulometria
NAVA =NBVB
“As soluções reagem entre si sendo, seus volumes inversamente proporcionais às suas
normalidades. “
Indicadores ácido-base
Geralmente são ácidos ou bases orgânicos fracos, que apresentam diferença de cor entre as
formas presentes em seu equilíbrio de dissociação.
XII. RADIOACTIVIDADE
2. Reacções nucleares -diz-se que há reacção nuclear quando dois núcleos se movem um
em direcção ao outro, para que haja interacção entre as partículas de um núcleo com as
do outro pelas forças nucleares, ocorrendo uma redistribuição de núcleos.
c) Radiação gama – as radiações gama não são partículas, mas sim ondas
electromagnéticas emitidas imediatamente após a saída de partículas e . Não
possuem carga nem massa. Representação: 0 0.
LEIS DA RADIOACTIVIDADE
1. 1ª Lei de Soddy:
Quando um átomo emite uma partícula , o seu número atómico diminui de 2 unidades e seu
número de massa diminui de 4 unidades. ZXA → +2
4
+ Z-2YA-4
Quando um átomo emite uma partícula , o seu número atómico aumenta de uma unidade e o
seu número de massa permanece inalterado. ZXA →-1 0
+ Z+1YA.
Exemplos:
Dada a equação:
Pedido determine: x e y
Resolução:
204
90X → x+2 4+ y−1 0+ 92Y192
CINÉTICA DA RADIOACTIVIDADE
Exemplo:
Temos 80g de amostra radioactiva. Sabendo-se que a meia vida vale 15 horas, quanto tempo leva
para a massa final ficar sendo 0,25g?
Logo, para que a massa final fique sendo 0,25g leva 5× 15 horas, o que implica 75 horas.
Max Planck concebeu a ideia de que um corpo, ao emitir ou absorver energia, o faz de forma
descontínua, ou seja, sob forma de pacotinhos de energia.
Cada pacotinho de energia se denomina quantum ou fóton. Cada radiação contém fótons com
energia específica que é função da sua frequência. O fóton da luz verde é diferente do fóton da
luz vermelha assim por diante.
SALTOS QUÂNTICOS
Estado excitado – o átomo absorveu energia, os eletrons passando para níveis de maior
energia.
XII. COLÓIDES
Colóide é a dispersão onde o diâmetro da partícula dispersa está compreendido entre 1 e 100 m
(10Å e 1000Å).
1. Sol – o colóide se encontra na fase sol quando as partículas dispersas se encontram bem
separadas umas das outras pelas moléculas do dispersante.
2. Gel – o colóide está no estado gel quando as partículas dispersas se encontram
aglutinadas, umas muito próximas das outras.
Exemplo: gelatina, a frio, apresenta-se bem consistente e diz-se que está no estado gel; quando
aquecido, a gelatina torna-se fluida e diz-se que está no estado sol.
A passagem de estado sol para gel é obtida pela retirada do dispersante, precipitação do
disperso ou por variações de temperatura.
1. Movimento Browniano
2. Efeito Tyndall
Quando um feixe de luz lateral incide sobre a dispersão coloidal, observa-se sobre um fundo
escuro numa direcção perpendicular á da propagação da luz, uma turvação, devida á difracção
dos raios luminosos por parte das partículas dispersas.
PARTE III
QUÍMICA ORGÂNICA
Postulados de Kekulé:
C N P O S H Cl Br I
Tetravalente Trivalente Trivalente Bivalente Bivalente (1) Monovalente Monovalente Monovalente
(4) (3) (3) (2) (2) (1) (1) (1)
Tipos de Carbono
CADEIAS CARBÓNICAS
a) Cadeia homogénea – é aquela que não apresenta heteroátomos. Isto é, átomos diferentes
de carbono e hidrogénio.
b) Cadeia heterogénea – aquela que apresenta heteroátomos. Isto é, apresenta átomos
diferentes de carbono e hidrogénio.
FUNÇÕES ORGÂNICAS
1. Hidrocarbonetos:
Fórmula geral: CxHy
Terminação “o”
Tipos hidrocarbonetos
Prefixos
MET = 1C, ET =2C, PROP = 3C, BUT = 4C, PENT = 5C, HEX = 6C, HEPT = 7C, OCT = 8C, NON = 9C, DEC =
10C, UNDEC = 11C, etc.
Quando há uma dupla ou tripla ligação, temos de localizar a dupla ou tripla ligação
numerando a cadeia principal a partir da extremidade mais próxima a insaturação.
Exemplos:
Radicais C
Exemplos:
CH2 CH2
CH3
Metilciclopropano
CH2 CH2
2. Álcoois
São compostos orgânicos que apresentam o grupo (-OH) ligado ao carbono saturado.
Nomenclatura oficial
Exemplo: OH
CH3-CH-CH2-CH-CH3. 4-metil-2-pentanol
CH3
Exemplo: OH
CH3-CH-CH2-CH2-CH3. 2-Pentanol
Exemplo: OH
CH3
3. Fenóis
Nomenclatura oficial
Exemplos: OH OH
CH3
4. Aldeídos
São compostos orgânicos que apresentam o grupo funcional aldoxila (carbonila ligada a
hidrogénio).
C H (aldoxila)
Nomenclatura oficial:
Exemplos: O O
CH3-C CH3-CH2-CH-CH2-C
H CH3 H
5. Cetonas
São compostos orgânicos que apresenta o grupo funcional carbonila ligado a carbono
secundário. O
C carbonila.
C C C propanona (acetona)
6. Ácidos carboxílicos O
OH
OH
OH
São compostos orgânicos que se derivam dos ácidos carboxílicos pela substituição do H da
hidroxila (OH) por um metal.
Exemplo: O O
CH3-C -H CH3-C
OH +Na O-Na
8. Esteres O
O R’
Nomenclatura oficial:
Exemplo: O
O CH2-CH3
9. Éteres
São compostos orgânicos derivados dos álcoois, por retirada de um “H” do “OH” e substituição
por radical derivado de hidrocarboneto.
Nomenclatura oficial:
Usa-se a partícula oxí, entre os prefixos correspondentes aos números de átomos de carbono,
acrescentando-se ao segundo sufixo ano.
10. Aminas
Nomenclatura oficial:
Dá-se o nome dos radicais presos ao nitrogénio e em seguida acrescenta-se a palavra amina.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
Usberco, João (2002). Química-volume único / João Usberco, Edgard Salvador. 5. ed.
reform. — São Paulo: Saraiva,
FOGAçA, Jennifer Rocha Vargas. "Fórmula Mínima ou Empírica"; Brasil Escola. Disponível
em <http://brasilescola.uol.com.br/quimica/formula-minima-ou-empirica.htm>. Acesso em 29 de
Novembro de 2016.