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O Código Brasileiro de Defesa do Consumidor (CDC) prevê quanto a reclamação de

vícios do produto, a seguinte disposição constante em seu art. 26: "O direito de
reclamar pelos vícios aparentes ou de fácil constatação caduca em: I - trinta dias,
tratando-se de fornecimento de serviço e de produtos não duráveis; II - noventa dias,
tratando-se de fornecimento de serviço e de produtos duráveis". (Disponível em:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8078compilado.htm. Acesso em 02 ago
2020.).

Na decadência, que é instituto do direito substantivo, há a perda de um direito previsto


em lei, já na prescrição, temos a perda de uma pretensão em razão da inércia de seu
titular.

Você é um advogado e foi procurado por uma consumidora que retirou seu carro da
concessionária e verificou, após 10 dias que a pintura começou a descascar. Ao se
deparar com a redação do art. 26 do CDC e sabendo que ele é o dispositivo legal
aplicável à hipótese para verificação do termo legal referente à matéria, responda:
trata-se de hipótese de prescrição ou decadência o prazo a que se refere o art. 26 do
CDC? Justifique sua resposta com fundamentos jurídicos.

Resposta
Diante da situação hipotética, o art. 26 do Código de defesa do consumidor
(CDC) se trata de prazo decadência. O art. 26, logo no seu § 1°, diz que se
inicia a contagem do prazo decadencial a partir da entrega efetiva do produto
ou do término da execução dos serviços. Na situação a consumidora
verificou em 10 dias que a pintura começou a descascar, dessa forma, é direito
da mesma de reclamar pelos vícios aparentes ou de fácil verifcação no
prazo de noventa dias. Se ela não reclamar nesse prazo, perderá o
direito de reclamar sobre a pintura. A decadência, portanto, afeta o direito
de reclamar, ante o fornecedor, quanto ao defeito do produto ou serviço.

REFERÊNCIAS
Código de Proteção e Defesa do Consumidor
Lei nº. 8.078, de 11 de setembro de 1990. Código de Defesa (CDC).

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