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CONCEITOS E ORIGENS DO
EMPREENDEDORISMO
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Olá!
Ao final desta aula, você será capaz de:
1 Introdução
Nesta aula, será compreendido como as teorias de administração evoluíram até os dias de hoje e como o
empreendedor deve gerar riqueza (empregos, ideias, conhecimento) para a sociedade. As novas concepções de
capitalismo, em que o foco não é a sobrevivência do maior e mais rico e sim da difusão do conhecimento. Noções
de Capitalismo tradicional, a relação entre a tecnologia, o saber e o próprio capital. O Capitalismo Cognitivo e as
novas relações entre saberes. (a fabricação dos desejos e das crenças). Como empreender a si mesmo.
2 O conceito de empreendedorismo
À primeira vista, esse campo do conhecimento traduz uma excepcional diversidade conceitual. Mas o conceito
São um ou mais fatos conhecidos ou que nos rodeiam, que podem ser organizados por
Informação meio de sinais e símbolos. Vivemos cercados de informações, que podem ou não virar
conhecimento.
descobrir aquilo que está oculto, que não está compreendido ainda. Só depois de
compreendido em seu modo de ser é que um objeto pode ser considerado conhecido.
utilizando-se destas para desvendar o novo e avançar, porque, quanto mais competente
for o entendimento do mundo, mais satisfatória será a ação do sujeito que a detém.
(Lukesi, 1996)
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Na realidade, os pesquisadores do empreendedorismo concordam em dizer que a origem desse conceito está nas
obras de Cantillon, que era um banqueiro no século XVIII, mas que hoje seria qualificado de investidor em capital
de risco.
O interesse de Cantillon pelos empreendedores não era um fenômeno isolado na época. Este interesse
harmonizava-se com o ideário dos pensadores liberais da época que exigiam, entre outros, liberdade plena para
que cada um pudesse tirar o melhor proveito dos frutos de seu trabalho. Para ele, o empreendedor era aquele
que comprava matéria-prima por um preço certo para revendê-la a preço incerto. Ele entendia, no fundo, que, se
o empreendedor lucrara além do esperado, isto ocorrera porque ele havia inovado: fizera algo de novo e de
diferente.
Em resumo: O termo empreendedor vem do inglês entrepreneur — significa aquele que assume riscos e começa
algo novo. O empreendedor é a pessoa que consegue fazer os planos acontecerem, pois é dotado de sensibilidade
para os negócios, tem desenvoltura para a área financeira e além de uma capacidade de identificar as
oportunidades.
O empreendedor de Schumpeter tem pouco a ver com os empreendedores que estudamos hoje em dia. Este
último tem o papel de atuar como empreendedor dentro de uma organização, e o denominamos "intra-
empreendedor".
Aliás, Baumol (1993) estabeleceu uma clara diferença entre empreendedor organizador de empresa e o
empreendedor inovador. Observe que, nos nomes dos economistas, colocamos links para você conhecer melhor
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Para Peter Drucker (1986), com base na análise do ambiente, o indivíduo empreendedor procura criar novos
Precisamos, aqui, voltar um pouco depois de conceituar empreendedorismo, nas teorias gerais de administração.
Com elas a gente adquire experiência e observa os erros. Afinal, como já ouvimos por aí: experiência é iluminar o
passado.
está intimamente ligado a administração e gestão. Por isso apresentaremos um quadro sucinto das principais
teorias sobre administração. Cada teoria predominou em um período na cultura das empresas.
Hoje os conceitos estão atrelados a globalização e a facilidade que esta trouxe em obter informações
rapidamente e com isso o empreendedor pode detectar tendências que podem ser trabalhadas a nível local.
Toda empresa tem sua organização e ao empreender você também vai organizar a sua sob algum princípio.
Atualmente a administração e gestão estão centradas nas teorias que envolvem o conhecimento, como a teoria
Multidão: “A cena contemporânea do trabalho e da produção, como explicaremos, está sendo transformada sob a
hegemonia do trabalho imaterial, ou seja, trabalho que produz produtos imateriais, como a informação, o
Esta ideia dos autores não invalida o trabalho braçal de milhões de pessoas, mesmo com a globalização e a
informação, mas o que se coloca em questão é que estamos gerando conhecimento subjetivo.
/lazzarato-e-entrevistado-pela-carta-maior):
“Capitalismo sempre foi a relação entre a tecnologia, o saber e o próprio capital. O que muda é o tipo de
tecnologia e de saber envolvidos na relação. São tecnologias novas que concernem à mente, tecnologias
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biológicas. E o saber mudou porque diz respeito a essas relações. O Capitalismo Cognitivo trabalha
contemplando todas essas relações e saberes. Também sobre as relações cognitivas, de opinião, sobre o trabalho
A perspectiva que predominava até pouco tempo, como observamos nas teorias de administração, era a linha
bem como de atributos pessoais do indivíduo empreendedor – para ser empreendedor o comportamento exigido
era “sangue frio”, nada mais, quando empreender é gerar, além de bens materiais, novos bens imateriais, o
conhecimento, a subjetividade.
“No dito capitalismo clássico, o que estava no cerne era a fabricação do objeto. Hoje, antes de fabricar o objeto é
preciso fabricar o desejo e a crença. Por exemplo, vamos pensar na fabricação de um par de tênis. O calçado é
produzido na China, onde o trabalho dos operários custa 2% do total. Somando o custo de tecnologia e
design, que é feito no Ocidente. O capitalismo cognitivo convive com o capitalismo clássico, a fábrica, o serviço. E
há conflito entre os dois. Inclusive entre as subjetividades diferentes que vivem com capitalismos diferentes. O
problema político sobre o qual é possível refletir. Não é a tecnologia que impõe. Como disse Felix Guattari, é a
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5 Como aplicar seu conhecimento para gerar novos
conhecimentos
De acordo com DRUCKER, o recurso econômico básico no mundo contemporâneo – “os meios de produção”, para
usar uma expressão dos economistas – não é mais o capital, nem os recursos naturais (a “terra” dos
economistas), nem a “mão de obra”. Ele é e será o conhecimento. As atividades centrais de criação de riqueza não
serão nem a alocação de capital para uso produtivo, nem a “mão de obra”. [...]. Hoje o valor é criado pela
executivos que sabem como alocar conhecimento para usos produtivos, assim como os capitalistas sabiam como
alocar capital para isso, profissionais do conhecimento e empregados do conhecimento”. Por volta de 1960, esse
A maioria dos funcionários das empresas do conhecimento são profissionais altamente qualificados e com alto
nível de escolaridade – isto é, são trabalhadores do conhecimento. Lembra do começo da nossa aula, a função
Os ativos intangíveis hoje são muito mais valiosos que os bens tangíveis. Você pode questionar aqui que isso é
uma pequena minoria. Mas observe, já foi uma minoria bem menor e hoje está se expandindo. O verdadeiro líder
O “trabalhador do conhecimento”, portanto, é sobretudo alguém que incorporou ao seu modelo mental e às suas
atividades uma postura mais pró-ativa. É aquele também que, tendo em vista a complexidade do mundo em que
vive, sabe que ninguém mais detém sozinho o conhecimento necessário para que as coisas aconteçam. Portanto,
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sua autoimagem não é a de “mais uma peça na engrenagem”, um “recurso humano”, como acontecia na era
CONCLUSÃO
Nesta aula, você:
• Compreendeu os conceitos fundamentais de empreendedorismo;
• Aprendeu sobre as teorias de administração;
• Analisou o novo capitalismo, o capitalismo do conhecimento e o conceito de produção subjetiva.
Referências
LUCKESI, C. C. e PASSOS, E.S. Introdução à filosofia: aprendendo a pensar. São Paulo: Cortez, 1996.
DRUCKER, Peter. Desafios da gestão para o Séc. XXI, 2000 - Ed. Civilização, Lisboa.
http://revistaglobal.wordpress.com/2006/12/17/lazzarato-e-entrevistado-pela-carta-maior/
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