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INSTITUTO POLITÉCNICO DE PORTALEGRE

ESCOLA SUPERIOR DE TECNOLOGIA E GESTÃO

Métodos Quantitativos

ESTUDO DE UMA FUNÇÃO


5x
f(x) = 7+ x 2

Docente
Cristina Paula da Silva Dias
Discente
Mariana Vicente Rodrigues

Gestão 2021-2022
5x
Função f ( x)= 2
7+ x

Índice

Objetivos e metodologia 4
Introdução 5
Introdução à análise matemática 6 a 14
Função6 a 7
Classificação de funções 7
Função inversa 7
Função cujo gráfico é uma reta 8
Função quadrática 9
Função polinomial 10
Regra de Ruffini 11
Função racional 12
Função irracional 12
Função exponencial 13 a 14
Conjuntos 14
5x
Estudo da função f ( x )= 15
7+ x 2
Domínio 15
Zeros 15 a 16
Paridade 16
Assimetrias 17
Assíntotas verticais 17
Assíntotas horizontais 17 a 18
Derivada 18
Derivada no ponto 19
Monotonia e extremos 19 e 20
Contradomínio 20

GESTÃO
MÉTODOS QUANTITATIVOS 2
5x
Função f ( x)= 2
7+ x

Concavidade e pontos de inflexão 21


Gráfico da função
Primitiva
Área de intervalo
Conclusão
Webgrafia

Objetivos e Metodologia

GESTÃO
MÉTODOS QUANTITATIVOS 3
5x
Função f ( x)= 2
7+ x

A realização deste trabalho tem como principal objetivo desenvolver os conteúdos


lecionados na presente cadeira, melhorando assim a nossa capacidade de resolução de
problemas semelhantes, facilitando a preparação para a frequência que se realizará ainda
no presente semestre. Visa melhorar a nossa aprendizagem relativamente a esta cadeira e
a nossa capacidade de raciocínio.

A metodologia assenta no estudo da matéria lecionada na cadeira de Métodos


Quantitativos, assim como nos apontamentos das aulas, a consulta da bibliografia no
programa da cadeira, na matéria disponibilizada na plataforma online PAE, na pesquisa via
Internet e os conhecimentos adquiridos em sala de aula.

Introdução

GESTÃO
MÉTODOS QUANTITATIVOS 4
5x
Função f ( x)= 2
7+ x

A realização deste trabalho está inserida no âmbito da cadeira de Métodos Quantitativos,


do Curso de Gestão da Escola Superior de Tecnologia e Gestão do Instituto Politécnico de
Portalegre, a cadeira é lecionada pela Docente Cristina Paula da Silva.

O presente trabalho pretende ajudar a aprofundar o estudo das várias matérias


lecionadas até ao presente momento, onde estão inseridas na área da análise
matemática, de forma, a enfrentarmos as frequências com outra segurança e tendo o
sucesso como principal objetivo. Por outro lado, a consolidação destes conhecimentos é
importante pois servirá de suporte para outras cadeiras do curso. A docente sugeriu a
5x
função f ( x )= com a função que nos foi dada iremos fazer o estudo da função, como
7+ x 2
o aprofundamento do estudo do domínio, os zeros, a paridade, a assimetria, as assíntotas
verticais que na função em estudo não tem, mas irei explicar o porquê, o crescimento que
inclui a monotonia e extremos, a concavidade, o gráfico, a derivada, a derivada no ponto e
a primitiva. Irei também realizar uma breve introdução relacionada ao assunto que vou
estudar, de modo a vir clarificar a respetiva análise e o seu desenvolvimento.

Para facilitar a análise da função e ilustração gráfica da mesma irá recorrer-se ao uso de
alguns programas informáticos como o Word equação, Geogebra, o wolframalpha e irei
também recorrer à plataforma online PAE disponível no site do IPP.

Introdução à análise matemática


Função

GESTÃO
MÉTODOS QUANTITATIVOS 5
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Função f ( x)= 2
7+ x

Uma função é uma correspondência idêntica entre dois conjuntos.

Ao conjunto de partida, dá-se o nome de domínio


(e representa-se por D), e os seus elementos
dizem-se os objetos. Aos seus correspondentes,
que são elementos do conjunto de chegada, dá-se
o nome de imagens. O conjunto das imagens é o
contradomínio da aplicação (representa-se por D’
ou CD), que pode coincidir com o conjunto de
chegada ou ser um subconjunto deste.

Uma função pode ser definida por diferentes


processos tais como diagrama de setas, tabelas, expressões analíticas ou gráficos
cartesianos. Quando temos uma função definida pela sua expressão analítica, o domínio
da função é o domínio dessa expressão. Nem todas as correspondências entre conjuntos
são funções. A condição necessária e suficiente para que uma correspondência seja
função é que seja idêntica, isto é, que cada objeto tenha uma e uma só imagem.

Podemos encarar cada uma das propriedades que fazemos corresponder como variáveis.
Dizemos então que a “variável imagem”
é a variável dependente, e a “variável
objeto” é a variável independente.
Num gráfico cartesiano, a variável
independente corresponde ao eixo das
abcissas (x) e a dependente ao eixo das ordenadas (y). Podemos então dizer que uma
correspondência entre duas variáveis é uma função se a cada valor da variável
independente corresponde um e um só valor da variável dependente.

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MÉTODOS QUANTITATIVOS 6
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Função f ( x)= 2
7+ x

Zero de uma função f é todo o valor do domínio para o qual a função se anula, isto é, x é
zero de f  xDf f(x)=0.

Classificação de funções

Par: se elementos simétricos têm a mesma imagem  x Df −x Df f (−x )=f ( x ) .


Ímpar: se elementos simétricos têm imagens simétricas  x Df −x Df f (−x )=−f ( x ) .
Monótona Crescente ( ) em I Df : se x 1 , x 2 I x 1> x 2 f ( x 1 ) > f ( x 2 ) . Monótona Decrescente
( ) em I Df : se x 1 , x 2 I x 1> x 2 f ( x 1 ) < f ( x 2 ) .

Função inversa

Sendo (f) uma função injetiva de A em B, a correspondência inversa é uma função (de B
em A) também injetiva, a que se dá o nome de função inversa de f, designa-se por f -1 e
fica definida do seguinte modo:

a A f (a)=b B f −1(b)=a .

A correspondência inversa de uma função não injetiva não é unívoca e, por isso, não é
uma função. Uma função que admite inversa diz-se invertível. Para que uma função seja
invertível, basta que seja injetiva.

Funções cujo gráfico é uma reta

Trata-se de funções do tipo y = ax + b, a, b R e os seus gráficos são retas.

A constante (a) chama-se declive da reta e indica-nos a sua inclinação. Assim, temos:

GESTÃO
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Função f ( x)= 2
7+ x

a > 0  reta com inclinação positiva (corta os quadrantes ímpares); será o gráfico de uma
função monótona crescente.
a < 0  reta com inclinação negativa (corta os quadrantes pares); será o gráfico de uma
função monótona decrescente.
a = 0  reta horizontal, sem inclinação (paralela ao eixo dos xx); será o gráfico de uma
função constante.

À constante b chama-se ordenada na origem e corresponde à imagem de zero, ou seja, é


o valor de y quando x = 0 (x = 0  y = b).
As constantes a e b podem ser quaisquer elementos de R, pelo que podem também ser
zero. As situações em que a ou b é zero são casos especiais da função afim, como veremos
a seguir. Função constante  a = 0

Trata-se de uma função da forma y = b, b  R, e cujo gráfico é uma reta paralela ao eixo
das abcissas (xx), ou seja, com declive nulo. Propriedade desta função:  b  R: xDf
f(x) = b  D’f = b

Função linear  b = 0

Trata-se de uma função da forma y = ax, a  R, e cujo gráfico é uma reta que contém a
origem. Traduz uma relação de proporcionalidade direta entre as duas variáveis, ou seja,
estas são diretamente proporcionais

Função quadrática

É uma função da forma y = a x 2 + bx + c, a, b, c  R, a  0 e o seu gráfico é uma parábola.

Os zeros de uma função deste tipo são as soluções da equação ax2 + bx + c = 0. Assim, a
função terá zeros (um ou dois) apenas se esta equação for possível (b2 - 4ac  0).

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Função f ( x)= 2
7+ x

Se a função tem zeros, o eixo de simetria da parábola é a reta vertical que contém o
ponto médio dos mesmos.

O vértice da parábola é o ponto de coordenadas [ ( )]


−b
2a
,f
−b
2a
, que é um ponto do eixo

dos xx quando b=0.

O sentido da concavidade da parábola depende do sinal de a, e consequentemente o


contradomínio da função também. Assim temos:

a>0  concavidade voltada para cima  D´=¿

b
a<0  concavidade voltada para baixo  D`= ¿−∞ ,− ¿
2a

Função polinomial

É toda a função f: R  R

x a 0 x n+a 1 x n−1+ ...+ an−1 x+ an , a 0 , … , an R e n N 0.

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Função f ( x)= 2
7+ x

À expressão que define a função chama-se polinómio de grau n, na variável x. As


“parcelas” são os termos do polinómio e os números reais a0, … , an são os seus
coeficientes. Ao expoente de cada um dos termos chama-se grau desse termo. Ao termo
de grau zero (an) chama-se geralmente termo independente, pois é uma constante.

Um polinómio de grau n diz-se completo se existem termos de todos os graus entre 0 e n,


ou seja, se os coeficientes são todos não nulos. Caso contrário, o polinómio diz-se
incompleto.

Tipos de expressão Função


Polinómio de grau zero Constante
Polinómio do 1º grau incompleto Linear
Polinómio do 1º grau completo Afim
Polinómio do 2º grau Quadrática

Regra de Ruffini

Trata-se de um processo prático para efetuar a divisão inteira de dois polinómios, quando o
divisor é da forma x - . Esta regra permite-nos determinar os coeficientes do polinómio
quociente Q(x) e o resto R da divisão.

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Função f ( x)= 2
7+ x

Apliquemos esta regra, como exemplo, à divisão de D(x) = 3x4 – 4x3 + 2x2 – 3x +1 por
d(x) = x – 2. Constrói-se uma tabela como a seguinte:

Multiplica-se aquele coeficiente (3) por  (2) e adiciona-se o produto (6) ao segundo
coeficiente do dividendo. O resultado desta soma escreve-se na linha de baixo.

Repete-se o processo sucessivamente. O último


número obtido é o resto da divisão, sendo os
anteriores os coeficientes do polinómio Q(x),
que terá de ser do 3º grau. Então, temos que:
3 x −4 x +2 x +3 x+1=( x−2 ) ( 3 x +2 x +6 x +9 ) +19
4 3 2 3 2

Podemos ainda aplicar a Regra de Ruffini no caso de o polinómio divisor ser da forma ax +

b, com a  0. Tendo em conta que ax +b=a x+ ( ba )


Aplica-se a regra de ruffini considerando como divisor o binómio x +
b
a(α=
−b
a )
. No final

obtêm-se os coeficientes do polinómio aQ(x), que têm de dividir-se por (a) para assim
encontrarmos os coeficientes do quociente pretendido

Função racional

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Função f ( x)= 2
7+ x

Chama-se função racional a toda a função cuja expressão algébrica é o quociente de dois
polinómios. Dentro destas, debruçar-nos-emos sobre as funções do tipo
ax +b
f ( x )= ,a,b,c,d ∈R,c≠0
cx + d

Neste tipo de funções, o domínio é o conjunto de todos os valores que não anulem o
denominador, isto é, será o conjunto definido por Df xR: cxd  0. Note-se que uma
função deste tipo terá sempre uma assíntota vertical, no zero do denominador. Poderá
também ter assíntotas não verticais. O estudo duma função deste tipo implicará sempre o
recurso ao cálculo.

Função irracional

Chama-se função irracional toda a função cuja expressão designatória envolva radicais, e
na qual a variável apareça no radicando. Estudarão funções do tipo f ( x )=a+b . √n p ( x ) ,
a , b ∈ R p ( x ) é um polinómio em x , cujo domínio depende do índice da raíz (n).

n ímpar Df R n par Df x R : p ( x ) 0

No caso das funções mais simples, do género y= √ x , poderá ser feita uma abordagem da
mesma a partir da função inversa, neste caso a função y=x 2 . No caso de funções com
expressões mais complexas, o seu estudo implicará o recurso ao cálculo.

Função exponencial

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MÉTODOS QUANTITATIVOS 12
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Função f ( x)= 2
7+ x

Generalidades sobre potências: A definição mais simples que pode fazer-se de potência é
a seguinte: Potência de base a e expoente x : ax=a a … a ,a R , x N

x fatores

Contudo, podemos definir potências com qualquer expoente real. Para um melhor
entendimento do seu significado, vejamos algumas Propriedades das Potências:

0
a =1 , a≠ 0
x x
0 =0 e 1 =1 , ∀ x ∈ R

a x =√ a , x ∈ N
1 x

−x
a =
( a1 ), a ≠ 0
x

¿¿ Potência de potência

Refiram-se ainda as Regras de Operações com Potências, nomeadamente para a


multiplicação e para a divisão.

x y x+ y
a × a =a

a x × b x =( a × b )x

ax x− y
y
=a
a

Função exponencial Trata-se de funções cuja expressão é uma potência de base positiva e
expoente real, ou seja, é qualquer função da forma: f : R R+¿ / x ax( a>0) .

Nesta função podem distinguir-se duas situações que originam curvas com características
diferentes, e que têm a ver com o valor de a.

Se a> 1, sabemos que x 1 , x 2 Df x 1> x 2 ax 1>ax 2, ou seja, a função é crescente. Contudo,


se a< 1, temos que x 1 , x 2 Df x 1> x 2 ax 1<ax 2, ou seja, a função é decrescente.

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Função f ( x)= 2
7+ x

Esta função não possui nenhuns zeros. Por definição, a base é positiva (a > 0), e não existe
expoente nenhum capaz de transformar uma potência de base não nula em zero. Além
disso, sabemos que se a = 1, teremos uma função constante da forma y = 1, pelo que
neste caso não se tem uma função exponencial.

Conjuntos

O que são conjuntos?


Os conjuntos numéricos reúnem diversos conjuntos cujos elementos são números. Os
conjuntos de números fundamentais na matemática são:

- Conjunto dos números Naturais (ℕ) são constituídos pelos números inteiros e positivos
ℕ= {1,2,3,4, 5...} Quando se pretende incluir o 0 representa-se por N 0
- Conjunto dos números Inteiros (ℤ) são constituídos pelos números inteiros positivos e
negativos ℤ={...,−4,−3,−2,−1,0,1,2,3,4,...}
- Conjunto dos números Racionais (ℚ) São constituídos pelos números inteiros mais as
dizimas finitas e infinitas periódicas ℚ={...,,−2,5,−1,0,1,333(3),2,,...}
- Conjunto dos números Reais (IR) Aqui estão incluídos todos os
números dos conjuntos anteriores. Mais as dizimas infinitas não
periódicas. IR={...,− π ,0,1,333(3),2,,...}
- Conjunto dos números Irracionais (I) é formado por todos os
números que não podem ser representados com uma fração

5x
Estudo da função f ( x)= 2
7+ x

Domínio

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MÉTODOS QUANTITATIVOS 14
5x
Função f ( x)= 2
7+ x

O domínio de uma função é o conjunto de todos os objetos possíveis para a função, ou

seja, é o conjunto de valores que a variável pode tomar no eixo x de um gráfico.


Representa-se por Df

5x
A função f (x) = é uma função racional, se o seu numerador e denominador for
7+ x 2
composto por polinómios.

Neste caso, para sabermos o domínio de uma função racional é necessário pegar no seu
denominador e diferenciá-lo a 0. 7+ x 2 ≠0

Esta operação é impossível, por isso conclui-se que a função não contém assintotas
verticais, ou seja, o seu domínio vai ser Real. Df =IR

Zeros

Designa-se por 0 de uma função todo o valor da variável independente x que tem por
imagem o valor nulo.

Para encontrarmos o 0 de uma função teremos f(x) = 0

F ( x)=0(¿)

5x
(¿) 2
=o (¿)
7+ x

(¿) 5 x=0(¿)

(¿) x=0

5x
Concluimos assim, que só existe um 0 na função f ( x)= 2 quando x=0
7+ x

GESTÃO
MÉTODOS QUANTITATIVOS 15
5x
Função f ( x)= 2
7+ x

Paridade

Para uma função ser par, por definição é necessário que ∀ x ∈ Df f ( x )=f (−x )
E dizemos que f é ímpar se, e somente se, ∀ x ∈ Df −f ( x )=f ( x )
Para saber se a função é par, ( x )=f (−x )
5 (−x ) −5 x
f (−x )= =
7+(−x ¿¿ 2) ¿ 7+ x 2
Conclui-se que:
−5 x 5x
f ( -x ) ≠f ( x ) (=) 2
≠ 2
7+ x 7+ x
Logo a função não é par
Para saber se é ímpar, por definição é necessário que ∀ x ∈ Df −f ( x )=f (−x )
Para saber se a função é ímpar,

−f ( x )=−
( )5x
7+ x 2
=
−5 x
7+ x 2
e f (−x )=
5 (−x )
=
−5 x
7+(−x ¿¿ 2) ¿ 7+ x 2

Conclui-se que:
−5 x −5 x
−f ( x )=f (−x ) ( ¿ ) 2
= 2
7+ x 7+ x
Dado −f ( x )=f (−x ) conclui-se assim então que, a função é ímpar.

Assimetrias

A paridade de uma função condiciona a sua simetria. Quando uma função é par, verifica-
se uma simetria no eixo seu eixo vertical (y), quando é ímpar, existe uma simetria em
relação ao seu eixo horizontal (x)e quando não existe paridade, verifica-se uma assimetria.

GESTÃO
MÉTODOS QUANTITATIVOS 16
5x
Função f ( x)= 2
7+ x

5x
Verificou-se que função f ( x) = 2 é uma função ímpar, logo a função tem simetria no
7+ x
eixo x.

Assíntotas

Assíntotas verticais

Para uma função conter uma assintota vertical é necessário que contenha um limite
lateral no seu domínio que tenda para + ∞ou−∞ , é uma reta de equação x=a , sendo a,
um número real de variável real.
Neste caso como o domínio desta função é R concluímos que não existem assíntotas
verticais.

Assíntotas não verticais

Assíntotas Horizontais

Uma assíntota horizontal é uma função real de variável real f que tende para uma reta de
equação y=b sendo b um número real, nos seus limites +oo e -oo

Uma função de variável f, pode então assim conter no máximo duas assintotas
lim f ( x )e/ou lim f ( x ) existam, sejam finitos
horizontais, apenas no caso em que os limites x→+∞ x→-∞

e distintos.

Y =mx+b

Declive

GESTÃO
MÉTODOS QUANTITATIVOS 17
5x
Função f ( x)= 2
7+ x

m= lim
(
f x )
= lim
( )
5x
7+ x
2
= lim 5 x = lim 5 = lim x
x→+∞
7 x+ x 3 x→+∞ 7+ x 2 x→+∞ 7 x
2

x→+∞ x x→+∞ x 2
+ 2
x x
5
2
x 0
= lim 7 = ¿5¿ ¿= 0+1 = 0
x→+∞
+1
x2

Se m=0 concluímos que não existe assintota obliqua (não existe declive) e b existe, então
y=b é a reta da Assintota horizontal.

Ordenada da reta

( )
5x

( ) ( )
2
b=lim ( fx )−mx ¿ = lim = 5 x −0 x = lim = 5 x −0 x = = lim 5 x = lim x
=
x→∞ x→∞ 7+ x2 x→∞ 7+ x2 x→∞ 7+ x
2
x→∞ 7 x2
+
x2 x2

( ) ( )( )
5x 5 5
+∞
(0)
2
x x
lim = x→∞
lim
7
= 7 = 0+1 = 0
x→∞ 7 +1
+1 +1
x
2
x2 ( + ∞ )2

Logo verificamos que existe uma assintota horizontal em Y=0 quando x →−∞ e x →+∞

Derivada

A derivada de uma função, num ponto, representa a inclinação da reta tangente ao gráfico
desta função.

GESTÃO
MÉTODOS QUANTITATIVOS 18
5x
Função f ( x)= 2
7+ x

5 ( 1+ x ) -(2x)(5x) 5+5 x 2 -10x 2


2
5x ( 5 x ) '
X ( 7+ x
2
)− ( 7+ x
2 '
) X ( 5 x )
f´ ( x ) =( 2
)´ = = = =
7+ x ¿¿ (7+ x2 )2 (7+ x2 )2
5-5 x2
(7+ x2 )2

Derivada no ponto

A derivada num ponto corresponde ao valor do declive da reta tangente nesse mesmo
ponto, é possível saber a partir desse valor se a função é crescente, decrescente, ou se
atinge um valor máximo ou mínimo nesse ponto.

( ) ( )
5x 5x
-0
(
f ( x ) -f(0)
) ( ) ( )
2 2
7+ x 7+ x 5x 10 10 10
m=lim = lim = lim = lim = lim = =
x→0 x-0 x→0 x-0 x→0 x 2
x→0 x(7+ x ) x→0 7+ x
2
7+ 0 7
2

Cálculo auxiliar:
5×0 0
f (0 )= = =0
7+0 1
2

Monotonia e Extremos

A monotonia de uma função temos que calcular a primeira derivada como já obtivemos
anteriormente, calcular os zeros, fazer um quadro de sinais para saber onde é que a
função é crescente ou decrescente e calcular os extremos.

Uma função real de variável real é monótona, se e só se, num intervalo, for crescente ou
decrescente no seu intervalo.

GESTÃO
MÉTODOS QUANTITATIVOS 19
5x
Função f ( x)= 2
7+ x

5-5 x 2
f ' ( x )=0 ( ¿ ) 2 2
=0 ∧ (7+ x2 )2 ≠ 0 ( ¿ ) 5−5 x 2=0 ∧ (7+ x 2 ) 2 ≠ 0
(7+ x )

2 2 2 2
( ¿) 5−5 x =0 ∧ x ≠−7 ( ¿ ) −5 x =−5 ( ¿ ) 5 x =5 ( ¿ )

2
( ¿) x =1 ( ¿ )𝑥=√1 ∨ 𝑥=−√1 (=) x=1 ∨ x=-1

Conclui-se que os 0’s da derivada são 1 e -1 respetivamente.

Tabela 1 – Quadro do sinal da função

Recorrendo à Tabela,

verifica-se que a função é decrescente no intervalo¿−∞ ;−1 ¿ U ¿ e que a função é


crescente no intervalo [-1;1]

5 (−1 ) −5 −5
Mínimo da função: F (−1 ) = = =
7+ (−1 ) 2
7+ ( +1 ) 8

5 ( 1) 5 5
Máximo da função: F ( 1 )= = =
7+ ( 1 ) 2
7+ ( +1 ) 8

Contradomínio

O Contradomínio de uma função é o conjunto de todos as imagens possíveis para a

função, ou seja, é o conjunto de valores que a variável pode tomar no eixo Y de um


gráfico. Representa-se por D’f

GESTÃO
MÉTODOS QUANTITATIVOS 20
5x
Função f ( x)= 2
7+ x

Agora que fizemos o estudo da monotonia da função e encontrámos os seus máximos e


mínimos conseguimos determinar, através da Tabela 1, o contradomínio da função.
5x
f(x) = 2
7+ x
−5 5
Por isso conclui-se que D’f = [ ;= ¿
8 8

Concavidade e pontos de inflexão

Analisando uma função, no seu intervalo, quando se verifica que a curva está abaixo das
suas retas tangentes, diz-se que o gráfico tem a concavidade voltada para baixo nesse
intervalo. Ou pelo contrário, quando se verifica que a curva está acima das suas retas
tangentes, diz-se que o gráfico tem a concavidade voltada para cima nesse intervalo.

Para calcular a concavidade é necessário calcular a sua segunda derivada, calcular os


zeros, fazer um quadro de sinais para saber onde é que a função tem intervalos com
concavidades voltadas para cima ou para baixo e calcular os seus pontos de inflexão.

Sabendo já a primeira derivada calculada anteriormente:

5-5 x2
f´ ( x )=
(7+ x2 )2

A segunda derivada;
2
5-5 x ¿
f'' ( x ) =( 2 2
)’ =((5-5 x 2 ¿ ' X (7+ x 2 ) 2)−(5−5 x 2 )x (7+ x 2 ) 2)´ 2 2
)
(7+ x ) (7+ x )

GESTÃO
MÉTODOS QUANTITATIVOS 21
5x
Função f ( x)= 2
7+ x

Gráfico

Quando trabalhamos com funções, a construção de gráficos é de extrema importância.


Através do gráfico, podemos definir o tipo de função que a função é, mesmo que não
saibamos a sua lei de formação. Isto porque, cada função tem a sua própria representação
gráfica.
Independente da função trabalhada, é fundamental conhecer algumas definições como o
plano Cartesiano é o ambiente onde o gráfico será construído. Este é estabelecido pelo
encontro dos eixos cartesianos x e y, conhecidos como eixo das abcissas e eixo das
ordenadas, respetivamente. Cada ponto do gráfico é conhecido como par ordenado, pois
ele é formado pelo encontro de um valor das abcissas com um valor das ordenadas. A
linha que une, os pares ordenados é conhecida como curva da função

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Função f ( x)= 2
7+ x

Conclusão

Em relação à nossa função, podemos concluir que é uma função ímpar, por isso é
simétrica, é derivável e primitivável com domínio em ℝ.

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