Você está na página 1de 39

CLASSIFICAÇÃO DE DOENÇAS

SEGUNDO McNEW

1
CLASSIFICAÇÃO DE DOENÇAS DE McNEW

Processos fisiológicos vitais: Grupos de doenças:

1. Acúmulo de material de reserva I. Doenças que destroem órgãos de reserva

2. Desenvolvimento de tecidos jovens II. Danos em plântulas

3. Absorção de água e nutrientes III. Podridões de raíz e colo

4.Transporte de água e nutrientes IV. Doenças vasculares

5. Fotossíntese V. Interferência na fotossíntese

6. Utilização de substâncias elaboradas VI. Interferência no aproveitamento das


substâncias fotossintetizadas

2
Grupo IV – DOENÇAS VASCULARES

Processo interferido pelo patógeno:

TRANSPORTE DE ÁGUA
E NUTRIENTES

3
Grupo IV – DOENÇAS VASCULARES

doenças vasculares  murcha


. ocorre a colonização dos vasos do xilema
afetando o transporte de água e nutrientes
absorvidos pelas raízes

4
Grupo IV – DOENÇAS VASCULARES
doenças vasculares  murchas

. doenças amplamente distribuidas

. ocorrem em plantas anuais ou perenes

. comprometem a produção e longevidade da planta

5
Grupo IV – DOENÇAS VASCULARES
MURCHA  descontinuidade na translocação
pelo xilema,
da água absorvida pelas raízes

XILEMA E FLOEMA
xilema

floema

xilema

floema

6
O CAULE E A CONDUÇÃO DA SEIVA

XILEMA
transporte da seiva bruta
água e sais minerais
raiz  outras partes da planta

FLOEMA
transporte da seiva elaborada
substância rica em compostos
orgânicos formados na fotossíntese
folhas  às outras partes da planta

7
XILEMA
O xilema são vasos condutores,
que distribuem a água e os sais minerais
absorvidos pelas raízes, fornecendo
a matéria prima para a produção da solução
nutritiva dos tecidos vegetais.

Ao chegar no xilema,
o patógeno passa a se multiplicar
dentro desses vasos
e causa o entupimento,
impedindo que a água absorvida
seja utilizada no metabolismo vegetal.

8
FLOE M A

O floema é o tecido condutor cuja


responsabilidade é o transporte da
seiva elaborada que vai das folhas
da planta até suas outras regiões.
Essa seiva é produzida a partir da
água e dos sais minerais
transportados pelo xilema até as
folhas, que são usados para a
fotossíntese e acabam por produzir
os compostos orgânicos da seiva
elaborada.

9
Grupo IV – DOENÇAS VASCULARES

MURCHA  sintoma complexo

. deficiência hídrica do solo e recuperação


(murchas nas horas + quentes do dia
da turgidez nos períodos de Tº amenas)

Grupo III
. insuficiente absorção de água pelas raízes Podridões de raízes e colo

Grupo IV
. descontinuidade na translocação pelo xilema, Doença vasculares

da água absorvida pelas raízes

10
Grupo IV – DOENÇAS VASCULARES

SINTOMATOLOGIA

Fungos e bactérias  sintomas semelhantes

SINTOMAS EXTERNOS

- início: plantas mais velhas


- amarelecimento  folhas mais velhas para novas
- murcha de folhas e brotos
- necrose marginal das folhas
- queda: folhas, flores e frutos
- morte da planta

11
Grupo IV – DOENÇAS VASCULARES

SINTOMATOLOGIA

SINTOMAS INTERNOS

- escurecimento dos vasos do xilema

12
Grupo IV – DOENÇAS VASCULARES
Mal do Panamá
(Fusarium oxysporum f. sp. cubense)
SINTOMAS EXTERNOS

13
Grupo IV – DOENÇAS VASCULARES

Mal do Panamá
(Fusarium oxysporum f. sp. cubense)
SINTOMAS INTERNOS

sistemasdeproducao.cnptia.embrapa.br/FontesHT...
14
Mal do Panamá
(Fusarium oxysporum f. sp. cubense)

clamidósporos

15
Grupo IV – DOENÇAS VASCULARES

ALGODÃO - Fusarium oxysporum f. sp. vasinfectum

suscetível www.iac.sp.gov.br/.../Cultivares/Algodao.asp

16
Grupo IV – DOENÇAS VASCULARES

ALGODÃO - Fusarium oxysporum f. sp. vasinfectum

17
Grupo IV – DOENÇAS VASCULARES

TOMATEIRO
(Fusarium oxysporum f. sp. lycopersici)

18
Grupo IV – DOENÇAS VASCULARES
PEPINO
(Fusarium oxysporum f. sp. cucumerinum)

19
Grupo IV – DOENÇAS VASCULARES

TOMATEIRO (Verticillium dahliae)

erec.ifas.ufl.edu/.../verticillium-wilt.shtml

www.public.iastate.edu/.../tomatoes.html

20
Grupo IV – DOENÇAS VASCULARES

MANGUEIRA
(Ceratocystis fimbriata)

21
Grupo IV – DOENÇAS VASCULARES

BANANEIRA - Moko ou Murcha bacteriana


Ralstonia solanacearum
(Pseudomonas solanacearum)

22
Grupo IV – DOENÇAS VASCULARES

BANANEIRA
(Ralstonia solanacearum)

Cacho de banana

Pseudocaule Engaço

23
Grupo IV – DOENÇAS VASCULARES

BATATA – (Ralstonia solanacearum)

24
Grupo IV – DOENÇAS VASCULARES

TESTE DE EXSUDAÇÃO

(BACTÉRIAS)

corrida de bactéria

25
Grupo IV – DOENÇAS VASCULARES

ETIOLOGIA

- agentes causais: fungos e bactérias


- parasitas facultativos
- mais evoluídos - raças fisiológicas (ESPECIFICIDADE)

FUNGOS: Fusarium oxysporum


Verticillium spp.
Ceratocystis spp.

BACTÉRIAS: Pseudomonas (Ralstonia)


Xanthomonas
Clavibacter (Leifsonia )
26
Grupo IV – DOENÇAS VASCULARES
ETIOLOGIA
formas spaecialis (ESPECIFICIDADE)
Fusarium oxysporum f. sp. cubense
(bananeira)
Fusarium oxysporum f. sp. lycopersici
(tomateiro)
Fusarium oxysporum f. sp. phaseoli
(feijoeiro)
Fusarium oxysporum f. sp. vasinfectum
(algodoeiro)

27
Grupo IV – DOENÇAS VASCULARES

SOBREVIVÊNCIA:
- Restos de cultura
- Hospedeiros alternativos
- Sementes
- Estruturas de resistência

DISSEMINAÇÃO:
- Água de chuva ou irrigação
- Transporte de solo contaminado (aração, gradagem)
- Sementes e mudas contaminadas

28
Grupo IV – DOENÇAS VASCULARES

PENETRAÇÃO: - ferimentos (bactérias e fungos)


- direta (fungos)
COLONIZAÇÃO:

- obstrução dos vasos:


micélio, gomas, tiloses (fungos)
multiplicação de bactérias
- escurecimento dos vasos  oxidação e polimerização
de compostos fenólicos

pseudocaule engaço do cacho


29
Grupo IV – DOENÇAS VASCULARES
obstrução dos vasos do xilema: 2. multiplicação de bactérias

Bactéria – Xylella em vasos do xilema


1. micélio, gomas, tiloses (fungos) em folhas de citros

obstrução vascular por


gel de compostos fenólicos

tiloses

gomas

micélio
(células do fungo)

30
Grupo IV – DOENÇAS VASCULARES

Murcha

31
Grupo IV – DOENÇAS VASCULARES

CONDIÇÕES FAVORÁVEIS

- Temperaturas de 21 a 33°C - Fusarium

- Temperaturas acima de 28°C - bactérias

32
Grupo IV – DOENÇAS VASCULARES

33
Ciclo da doença Murcha do algodoeiro causada por
Fusarium oxysporum f. s. vasifectum

  

colonização das células hifas bloqueando


o lumem dos vasos sintoma de murcha escurecimento do
vasculares pelas hifas na parte aérea sistema vascular


penetração via
ferimento


morte da planta

 
estruturas do patógeno
em restos de cultura
presença de inóculo macro, microconídios e
próximo às raízes clamidósporos no solo
34
Grupo IV – DOENÇAS VASCULARES

MEDIDAS DE CONTROLE

Controle muito difícil

Patógenos de Solo – Penetram via sistema radicular


Sobrevivem muito facilmente
(estrutura de resistência ou anastomose)

ANASTOMOSE

35
Grupo IV – DOENÇAS VASCULARES

MEDIDAS DE CONTROLE

1. Variedades resistentes (Especificidade)


2. Rotação de culturas
3. Sementes e material propagativo sadios
4. Plantio em áreas isentas do patógeno (evasão)
5. Aração profunda
6. Desinfestação de ferramentas
7. Controle de nematóides e insetos vetores
8. Tratamento de solo (fumigação)
9. Controle biológico
10. Solarização do solo
36
Grupo IV – DOENÇAS VASCULARES
SOLARIZAÇÃO DO SOLO

37
Grupo IV – DOENÇAS VASCULARES
SOLARIZAÇÃO DO SOLO

38
Grupo IV – DOENÇAS VASCULARES
SOLARIZAÇÃO DO SOLO

Variação diária da temperatura em


profundidades do solo solarizado Efeito da solarização na incidência de
(linhas contínuas) e não solarizado Fusarium oxysporum f. sp. vasinfectum
(linha tracejada). Katan(1987) em algodão. (Katan et al., 1983)

39

Você também pode gostar