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DOENÇAS QUE ACOMETEM A BANANEIRA

1. Manchas foliares: causadas pela ação de fungos, os quais constituem o


principal grupo de fitopatógenos da bananeira, tornando-se algumas vezes, um
fator que limita o cultivo de algumas espécies.

2. Sigatoka-amarela ou cercosporiose: uma das mais importantes doenças da


bananeira. É uma doença causada pelo Mycosphaerella musicola. Para que a
doença ocorra há uma deposição do esporo sobre uma folha suscetível. Na
presença de umidade, na forma de água livre, o esporo germina e assim
causando a infecção do estômato da planta.

3. Sigatoka-negra: a doença da bananeira mais temida no mundo. Foi identificada


no Brasil em fevereiro de 1998, no Amazonas, o qual foi se espalhando por
diversos estados do país (Rondônia, Pará, Roraima, Amapá, Mato Grosso, etc).
É uma doença causada por um fungo conhecido como Mycosphaerella fijiensis.
O esporo sexual de P. fijiensis (conídio) se faz presente nas fases de estrias ou
manchas jovens da doença. A fase sexuada é considerada a mais importante no
aumento da doença, uma vez que grande número de ascósporos (esporos
sexuais) são produzidos em estruturas, cujo nome é psedotécios (formam-se
principalmente na face superior da folha) durante as fases de pico da doença. O
desenvolvimento das lesões e a disseminação da doença sofrem influencias
principalmente da umidade, temperatura e vento. O vento em conjunto com a
umidade, são os principais responsáveis pela liberação dos esporos (que se
aderem sobre as folhas novas de variedades suscetíveis) e pela disseminação do
mesmo. No Brasil a disseminação também é feita através de folhas doentes que
circulam pelos barcos e caminhões de transporte da bananeira, as quais são
usadas como forma de “proteção” dos frutos durante o transporte. Outro fator de
disseminação são as bananeiras infectadas que são levadas pelo rio durante as
cheias na Amazônia.

4. Mal-do-Panamá ou Fusariose: é uma doença que atinge todas as regiões


produtoras de banana do mundo. É uma doença causada por Fusarium
oxysporum, fungo do solo que apresenta alta capacidade de sobrevivência na
ausência do hospedeiro, devido à formação de estruturas de resistência
chamadas de clamidósporos. A doença pode ser disseminada pelo contato dos
sistemas radiculares das plantas sadias com esporos liberados por plantas
doentes e também pelo uso de materiais de plantio contaminados. Além disso
pode ser disseminado através da água de irrigação, de drenagem e de inundação,
pelo homem, por animais, etc. Atualmente está presente em todos os estados
brasileiros produtores de banana.

5. Bactérias – Moko: é uma doença que ocorre principalmente no Equador,


Colômbia e Venezuela, apresenta uma maior infecção e mais rápida se
comparada ao Mal do Panamá. É causada pela bactéria Ralstonia
(Pseudonamas). Na região do Brasil, principalmente em Amazonas e Amapá,
essa doença se tornou um dos maiores problemas fitossanitários da
bananicultura. Causam murcha rápida em todos os grupos de bananeiras
transmitida por insetos que visitam a inflorescência. Ocorre pús bacteriano em
cortes do pseudocaule, engaço e pecíolo.

6. Podridão-da-coroa: geralmente é originada através do ferimento deixado na


prática do despencamento. Os fungos associados a essa doença são: Fusarium
sp, Cephalosporium sp, Verticillium sp, Botriodiploidia theobromae;
Colletotrichum musae; Deighthoniella torulosa e Ceratocystis paradoxa. Eles
adentram na parte onde ocorreu o corte ocasionando o escurecimento e necrose
do tecido, com aparecimento de sinais de patógenos na superfície. Os sintomas
começam a aparecer após 7 dias do despencamento, espalhando-se de forma
rápida durante a maturação.

7. Antracnose: é caracterizada pela formação de lesões escuras e deprimidas, as


quais em alta temperatura evidenciam frutificações rosadas do fungo. Essa
doença é causada pelo fungo Colletotrichum musae. Pode se apresentar de duas
formas: Antracnose de frutos maduros (resultante de infecção latente, ocorrida
no campo sem ajuda de ferimentos, permanece dormente até o início da
maturação) e Antracnose não latente (resultante da invasão do Colletotrichum
musae através de ferimentos nos frutos verdes.

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