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contextualização do poema na estrutura interna da obra;


Fernando pessoa resgata uma figura simbólica para servir de interpelador de quem procura
o Encoberto.

Aqui, o mostrengo tem um papel diferente do poema "O Mostrengo" que consta na segunda
parte, "Mar Português". Este acaba por ser mais humano, rendendo-se ao simbolismo,
parecendo menos vivo, irreal, despido de sentimento e iluminado por uma outra luz. Numa
relação a Os Lusíadas, conclui-se que lá, é o Adamastor que se transforma em cabo, sendo
que aqui ocorre o contrário, sendo o cabo (realidade) que se transfigura numa essência
(irrealidade)

Foi um relâmpago de Deus que iniciou este "novo dia sem acabar". "Um novo dia" significa
uma nova era e um novo princípio. Neste momento, o mostrengo fala e avisa, ao contrário
das suas acções anteriormente. Aqui, tem uma atitude motivadora, e não assustadora,
criando um caminho limpo e mais fácil, não obstáculos ao mesmo.
· relação do poema com a inscrição latina que abre a obra e a parte na qual o poema se insere;
PAX IN EXCELSIS
· informação sobre a figura e/ou o acontecimento histórico e/ou mítico que está na origem do poema;
a figura do herói na obra;

O Monstrengo é uma figura criada por Fernando Pessoa, para fazer de imagem do Encoberto, ou
seja, tudo para o qual o Homem não está preparado. Este corresponde à figura do Adamastor em
“Os Lusíadas” de Camões. Como este, é o guardião do Mar Tenebroso, no Cabo das Tormentas, mais
tarde denominado da Boa Esperança. Face a “O Monstrengo” de Mar Português conclui-se que
Pessoa quer de novo simbolizar o medo do desconhecido, agora não do mar ignoto, mas da via para
o Quinto Império na qual Portugal ainda não se lançara (está dormindo). No entanto o monstrengo
que um dia foi soberano é agora servo de Portugal (o medo já não será nosso, mas de outros) que
procura, debalde, para o início do caminho. O nome deste poema indica que está a chegar a hora, “a
madrugada do novo dia”

· coexistência do épico e do lírico;


Marcas do discurso épico:
- Uso da 3 pessoa, Importância conferida à História, Concretização de uma acção heróica e admirável
com a ajuda de um ser sobrenatural
Marcas do discurso lírico:
- Expressaão da subjectividade, Função emotiva da linguagem
· simbologia presente;

Na simbologia proposta para a última subdivisão do “O Encoberto”, este poema é o equivalente da


Europa, o quarto império intelectual.

Todo o poema se desenrola num mar sem forma, a bordo de uma nau imaterial, sempre navegando
“no fim do mar”.

Segundo a Segunda Epístola de S. Pedro, os Mundos são divididos em três: O Primeiro Mundo-
Criação
· presença dos mitos – sebastianismo, Quinto Império;
Morte das energias de Portugal simbolizada no “nevoeiro”, afirmação do sebastianismo representado
na forma de “encoberto”, apelo e ânsia messiânica da construção do Quinto Império
· relação do conteúdo do poema com o título;
"Antemanhã" é a fase do dia associada à luz ténue que pretende o nascer do dia. Esta
ainda não é nada, pois nada consegue iluminar, no entanto é o começo de alguma coisa,
neste caso, a manhã. Este poema é o equivalente à Europa, o quarto Império Intelectual.
Depois da "Noite", a alma decide em "Tormenta" sair do estado em que se encontra, o que
a leva à "Calma" resultante da sua decisão. Agora segue-se o nascer de um novo dia, numa
"Antemanhã" que levará a um futuro ainda desconhecido.

· exploração do conteúdo do poema (linhas ideológicas, sentimentos do sujeito poético) e referência à


estrutura formal;
Aabaaca aabaaba versos decassilábicos emais
· análise da expressividade da linguagem – recursos expressivos, tempos verbais, tipos de frase,
adjetivação, pontuação, seleção lexical, maiusculização de vocábulos;
Perginta retórica, Anáfora
· exploração de um conteúdo gramatical pertinente no contexto do poema.
· relação do poema com outros poemas da obra e com a epopeia camoniana;
· reflexão sobre a atualidade do poema;
· intertextualidade com literatura, música, pintura, fotografia, cinema...;

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