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Implantação de planta produtora


de radiofármacos PET
CI RF T3 SP

2
Raquel Benedetto

Farmacêutica, graduada pela Universidade Federal de Ouro Preto (2008). PhD, em


desenvolvimento pelo IPEN ( 89 Zr-Imuno-PET/ 111 In-Imuno-SPECT : Estudo comparativo baseado
nos processos de conjugação e radiomarcação do anticorpo monoclonal cetuximab e avaliação biológica
do potencial para aplicação clínica ). Mestre em Ciências na área de Radiologia pela UFRJ
(2011), especialista em Radiofarmácia pelo Instituto Israelita de Pesquisa Albert
Einstein (2012), Atividades de pesquisa na área Radiofarmácia industrial com os
métodos de radiofármacos Fludeoxyglucose- 18F e controle de qualidade de
medicamentos radiofármacos (CDTN / CNEN- 2007/08). Projeto da Farmacopéia
Brasileira com análises de drogas monografias e processos de validação, UFMG
(2007). Farmacêutico responsável no Hospital Universitário Pedro Ernesto - UERJ -
Departamento Radiofarmácia. Tem formação como o Auditor de Qualidade - ISO
9001: 2008 e cursos em Gestão da Qualidade e Gestão de Projetos. Serviços
prestados de consultoria a GE Healthcare (Brasil e América Latina) em projetos de
instalação Radiofarmacêuticas - Ciclotrons e indústrias. Trabalhou como e gerente de
Planejamento e novos negócios. Atualmente, é consultora na empresa MCE Farmácia
Industrial - departamento de Assuntos Regulatórios - Radiofarmácia.

3
Programação

1. Introdução
2. Radiofármacos PET
3. PET Tracer Center
4. Fluxo de Produção – PET Tracer center
5. Produção do Radioisótopo – Cíclotron
6. Produção do Radiofármaco – Módulo de Síntese
7. Controle em Processo
8. Fracionador de Doses
9. Controle de Qualidade
10. Procedimentos de Implantação da planta produtora de radiofármacos PET
11. Gerenciamento de Projeto
12. Legislação
13. Procedimentos para Liberação de Indústria Farmacêutica
14. Construção
15. Instalação
16. Qualificação e Validação
17. Boas Práticas de Fabricação
5
Introdução
CONCEITOS

6
Conceitos - Radiofarmácia
• Tipos de Radiofármacia

Tipos de Radiofarmácia

Hospitalar Centralizada Industrial

7
Conceitos - Radiofarmácia
• Tipos de Radiofármacia

Radiofarmácia Industrial

Produtora de Insumos – radiofármacos, kits liofilizados,


geradores, radionuclídeos

Produção em lote – distribuição em larga escala

8
Conceitos - Radiofarmácia
• Radiofarmácia industrial - Definição

adquire matéria-prima radioativa ou não radioativa


ou produz seu próprio radionuclídeo produz radiofármacos
seguindo regulamentação específica.
Para operar, precisa de licenças
 radiofármaco produzido deve ser registrado nos órgãos
específicos (ex. ANVISA) antes da comercialização.

9
Radiofármacos PET

10
Radiofármacos PET

PET ISOTOPES Oxygen-15


Carbon-11
Generated in Cyclotrons n p +
+p +
n
+ p +
15
pnp+n n+
p n
8 O pn
+ n 11 Positron Emitters + p
p
n p+ 6 C n+
p+np+ n +p
Isotope Halflife p
11
C 20.35 min
13
N 9.96 min
Nitrogen-13 15
O 2.05 min
Fluorine-18
18
F 109.74 min n p +
n + +
pn+p n n
p+ p
n np +
p+ p+n 13 N np+p+ p+
18 + n n
np+ p+ 7
n 9 F p n p +
p+n
Radiofármacos PET

• FDG -18F
Radiofármacos PET

• FDG -18F
Radiofármacos PET

• FDG -18F
Radiofármacos PET
• Exame PET
Radiofármacos PET
• Exame PET
PET Tracer Center

17
PET Tracer Center
• Fluxo de Produção comparativo - 99mTc & 18F

99Mo/ 99mTc Radiopharmaceutical Radiochemical Cyclotron


Generator Kit Synthesis makes
18F

Radiolabeled
Radiolabeled Product
Product

QC/QA QC/QA

Patient Patient
Doses Doses
PET Tracer Center
• Fluxo de Produção

19
PET Tracer Center
• Centros PET no Brasil
PET Tracer Center
• Centros PET na América Latina

Quito - Centro de
Medicina Nuclear

Guayaquil –
SOLCA

Lima -
Ciclotron Perú

Montevideo -
CUDIM

Buenos Aires -
FLENI
PET Tracer Center
• Principios Basicos

Qualquer instalação utilizada


para a produção de FDG deve
seguir os regulamentos,
normas e orientações que
assegurem proteção e
segurança dos funcionários,
pacientes e do ambiente, bem
como para fornecer produtos
que satisfaçam as
especificações.

Technical Report Series No. 471, IAEA, Vienna, 2009.


23
PET Tracer Center
• Principios Basicos

24
PET Tracer Center
• Principios Basicos

GE TRACERcenter-GMP Video

25
Fluxo de Produção –
PET Tracer center

27
Fluxo de Produção – PET Tracer center
• Fluxo do Processo Industrial
Fluxo de Produção – PET Tracer center
• Fluxo do Processo Industrial
Produção do Radioisótopo –
Ciclotron

30
Produção do Radioisótopo – Cíclotron

• Acelerador de prótons

• Irradiação  1 ou 2 h
18F-

Emissor de
+ p+ pósitrons
pn+pn n
np+p+np+ 18
F 109,7min
n np+ p+n n+pn+ 9
pn+p++n n pn (Fluor)
np+p+ p+ Emissor Pósitron
p+ p n+
nn p
p+n 1
n 0 n
(Oxigênio pesado) (Nêutron )
Água enriquecida, H218O
Produção do Radioisótopo – Cíclotron

obtenção do radioisótopo Flúor-18 através de irradiação no acelerador de partículas  ciclotron


Produção do Radioisótopo – Cíclotron
• Subsistemas do Cíclotron

Extraction
system

Magnet pole

RF system (Dee)

Ion source

Targets

Vacuum system
Produção do Radioisótopo – Cíclotron
• Irradiação – Duplo alvo
Extraction System Carbon (stripper) foils

H-

18F e-
2 H+
11C 6
H-

13N
4

15O 3 Ion Source

H-
2
D-

1
18F-
Produção do Radioisótopo – Cíclotron
Produção do Radiofármaco –
Módulo de Síntese

36
Produção do Radiofármaco – Módulo de Síntese
• Radiotracer Production

18F-
Radioisotope

production
Tracerlab
MX or FX

[18F]-FDG
Cyclotron Radiochemical/RadioTracer
Minitrace or Pettrace

Tracercenter
approval

[18F]-FDG
Radio-
pharmaceutical
Produção do Radiofármaco – Módulo de Síntese
• Síntese do Radiotraçador

• Síntese de FDG -18F


• Substituição Nucleofílica
• Alto rendimento
• Curto tempo de preparo
• Pureza elevada do produto final
• Proteção Radiológica
Produção do Radiofármaco – Módulo de Síntese
• Hot Cell
Produção do Radiofármaco – Módulo de Síntese
• Síntese do Radiotraçador
Produção do Radiofármaco – Módulo de Síntese
• Transferência do 18F para as Caixas de Síntese
Produção do Radiofármaco – Módulo de Síntese
• Transferência do 18F para as Caixas de Síntese
High reproducible yields ~ 60% (non decay corrected)

Synthesis time 25 min

Fast set up < 5min preparation time

Cartridge based design Prevents cross contamination, allows


back to back production runs

Low maintenance needs No cumulative damage

User friendly design Automated record keeping compliant


with GMP
Ready to use reagent set, color
coded.

Production costs ~ $350

Enriched water recovery >95%


Produção do Radiofármaco – Módulo de Síntese
• Processo Químico - TRACERlab MXFDG

Separação [18F]F- da
[18O]H2O

[18F-] in irradiated
[18O]- water  [18F-].

Fluoreto na coluna de
troca aniônica

Recuperação Água
enriquecida

SEP PAK LIGHT ACCELL PLUS QMA CARTRIDGE (BLUE RING): material hidrofílico, básico polar troca aniônica.
Produção do Radiofármaco – Módulo de Síntese
• Processo Químico - TRACERlab MXFDG

O OAc O
AcO
O S O

Ac O
OSO2CF3 CF3 Bom Grupo
Abandonador
Triflate anion
OAc
1,3,4,6-tetra-o-acetyl-2-o-trifluoromethanesulfonyl- ß-D-mannopyranose
Produção do Radiofármaco – Módulo de Síntese
• Processo Químico - TRACERlab MXFDG

Na OH Na F DG.. OH Na Na FDG Na
F DG..
F DG.. F DG.. OH FDG
K222

K Na OH Na Na
Na OH
F DG..
F DG.. FDG FDG
F DG..
F DG.. Na OH FDG Na FDG Na
F DG..

F DG.. F DG.. Na OH FDG FDG


K222

K
F DG.. FDG FDG
F DG.. F DG.. F DG.. OH FDG
F DG..
Na OH
F DG..
K222

Na Na
K
Na Na

1 2 3 4
Produção do Radiofármaco – Módulo de Síntese
• Processo Químico - TRACERlab MXFDG

Kryptofix + basic hydrolysis method = Jülich method

Precursor =
Mannose Triflate

Fluoride separation
with QMA cartridge
Nucleophilic
Substitution
With Fluoride [18F]F-
Fluoride elution with
Kryptofix

Basic Hydrolysis with


NaOH on solid
support
TEMPO TOTAL DE SÍNTESE: 28 min
Final Purification with VOLUME DE FDG-18F: 17 ml (límpida,
t-C18 and Alumina incolor, neutra e isotônica)
cartridges
Controle em Processo

47
1-15
1-16

1-17

1-23
1-18

1-20
1-19
2-5

2-3
1-21
2-1
Controle em Processo
• Display do Synthera
Fracionador de Doses

52
Fracionador de Doses
• Transferência do FDG - 18Fpara o Theodorico – Sistema de envase

53
Fracionador de Doses
• Fracionamento - Theodorico

 Processo automatizado
 Segurança na operação
 Esterilização Final
 Dispensação em frasco ou seringa
Fracionador de Doses
• Display do Theodorico - Envase
Fracionador de Doses
Controle de Qualidade

57
Controle de Qualidade
• Equipamentos e Métodos de Análise

Radio HPLC Kryptofix TLC


(ion chromatograph)
Pyrogen Test (LAL)

Radio-TLC
pH Meter

Gas Dose Calibrator


Chromatography
Sterility Test

Gamma Spectroscope
Osmometer
Controle de Qualidade
• Métodos de Análise

Físicos Físico- Químicos


Microbiológicos
Químicos Radioquímicos

 pH • Identificação Radioquímica • Teste de Esterilidade


 Identificação Radionuclídica • Pureza Radioquímica • Pirogênio
 Pureza Radionuclídica • Pureza Química
• Solventes Residuais

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Controle de Qualidade
• Equipamentos
CQFQ - Lab. de Controle de Qualidade Fisico Químico Calibrador de Dose
MCA
HPLC
TLC (Radiogromatógrafo)
Medidor de pH
Condutivímetro
Osmômetro
Medidor de PF
CG
Balança Analítica
Capela de Exaustão
Balance, Mettler Toledo
Refrigerador com freezer
CQMB - Lab. de Controle de Qualidade Microbiológico
PTS endosafe
Agitador de tubos
Incubadora bact. 10-25°
Incubadora bact. 30-38°
Capela de fluxo laminar

60
Controle de Qualidade

61
Procedimentos de Implantação da
planta produtora de radiofármacos
PET

62
Projeto TRACER center
• Etapas principais

Prospect Design Build Install Turnover

Initial Concept Pre- Installation PQ & GMP


Inquiry Design Construction
Start-up & PV
Proposal Detailed Delivery & Calibration
Design Rigging
Acceptance
Construction Tests
Applications
IQ & OQ
Procedimentos de Implantação da
planta produtora de radiofármacos
PET
Gerenciamento de Projeto

64
Projeto TRACER center
• Gerenciamento de Projeto

Prospect Design

Initial Concept
Inquiry Design
Proposal Detailed
Design

65
Projeto TRACER center
• Gerenciamento de Projeto
Project Phase Action Items
City Hall License I A I R
Evaluation Technical Report (LTA) pre registration - VISA I A/R CI C
First inspection - VISA I A I R R - Action Responsibility
CNEN license I A/R C C C I
- Action
Location submission I A/R C C C I A
Accountability
Location approval I A/R C C C I
Licenses - Action
Construction approval I A/R C C C I C
Consult
Importation license for equipment I A/R C C C I
- Action
Operational approval I A/R C C C I I
Inform
Enterprise Operation Authorization - ANVISA I A/C I R
Apply for GMP certificate - ANVISA I A/C I R
Product registration - ANVISA I A/C I R
Layout Design A C C C C R C C C
Layout Approval A R I I I I I I
A/
Pre-Projects Phase Geotech survey I
R
Archt. Pre project A C C C C C C C C
Enge. Pre project A C C C R C C C C
Arch. Exec. Project A C C C C R C C C
Enge. Executive Project A C C C R C C C C
50% plan review of AE, mechanical, electrical A R C C C C C C
95% plan review A R C C C C C C
Project Phase A/
Site Planing I I/C I I
R
Executive projects approval A R C C C C C C
Construction Document A R C C
Equipment Time line and delivery (GE/CAH) A I I C C I R I
Electrical service C I C A C C I R
Construction start/finish C I I A C C I R
Construction Phase
A/
Cyclotron delivery/installation C C C C C I
R
IT/Security cabeling C C A C C C C C R
Phone system installation C C A C C C C C R
Furniture installation C C A C C C C C R
A/
Cylotron testing/validation C C C I
R
Post-construction A/
Synthesis units installation/testing/IOPQ C C C C C I
Phase R
Analytical equipment installation/IOPQ A C R I I I
Aseptic/media fill
Perform 3 PV batches
Q&R review and approval
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Open for business R I I I I I I I I I I I I I
Procedimentos de Implantação da
planta produtora de radiofármacos
PET
Legislação

68
Projeto TRACER center
• Legislação

– Anvisa RDC 063/09 - Dispõe sobre as boas práticas de fabricação de radiofármacos.


– Anvisa RDC 017/10 - Dispõe sobre as boas práticas para a fabricação de
medicamentos.
– RDC 050/02 - Dispõe sobre o Regulamento Técnico para planejamento, programação,
elaboração e avaliação de projetos físicos de estabelecimentos assistenciais de saúde.
– Guias CNEN
– Anvisa RDC 064/09 - Dispõe sobre o registro de radiofármacos.

69
Projeto TRACER center
• Legislação
Licença Local
Licença de Construção
CNEN

Licença de Importação
Licenca de operação

LTA - Avaliação de Projeto


VISA/ANVISA

Licença de Funcionamento
Autorização de Funcionamento
Boas Praticas de Fabricação

Aprovação de Construção - COMPRESP/ CONDEPHAT


Prefeitura

Elevador - CONTRU
CET
Habite-se

Corpo de Bombeiros
Meio Ambiente
Outras

Policia civil
Conselho Regional - CRF
70
Projeto TRACER center
• Procedimentos para Liberação de Indústria Farmacêutica

CNPJ
Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica
Identidade corporativa
Somente com o CNPJ é possível  abrir processos legais, fazer contratos, transações

LTA
Laudo Técnico de Avaliação
Avaliação de Projetos e Infra-estrutura
 órgão de vigilância sanitária local

Alvará de Funcionamento
(City Hall License)
Concedido pela Prefeitura.
Permissão para um estabelecimento funcionar ( bar, restaurante)
Todas as normas respeitadas  higiene sanitária, edificação,
zoneamento, segurança pública, do trabalho e do meio-ambiente.
Projeto TRACER center
• Procedimentos para Liberação de Indústria Farmacêutica

Setor de
Protocolo Expedição do alvará de construção
Entrega de
documentos para a
aprovação
Secretaria de Obras

Protocolo da
Secretaria Setor de Aprovação

Setor de Fiscalização
de Obras
Projeto de Sim
Acordo com a
Legislação
Vigente

Em Desacordo Existente de
Acordo com
Plantas ou
Lote Vazio Setor de
Expediente

Comunique-se para atendimento da Legislação Vigente

EXEMPLO
Prefeitura do Município de Vinhedo
Secretaria de Obras – Emissão de Habite-se de Projetos
Residenciais, Comerciais e Industriais
Procedimentos de Implantação da
planta produtora de radiofármacos
PET
Construção

73
Projeto TRACER center
• Construção

Build

Pre-
Construction
Delivery &
Rigging
Construction

74
Projeto TRACER center
• Construção

Áreas não – Controladas


escritório , copa, DML

Instalações
PET

Áreas Controladas
ciclotron, hot-cells, produção,
distribuição do radiofármaco,
embalagem e controle de qualidade
armazenamento (produtos devolvidos)
e resíduos radioativos.

Estas áreas diferem em muitos


aspectos - pressão do ar - pureza do ar
- piso, parede e teto – paramentação
 restrição de acesso
75
Projeto TRACER center
• Construção

As salas de descanso e refeitórios devem ser


separados das áreas de fabricação e controle.

DML separados

As áreas de manutenção devem estar situadas 76


em locais separados das áreas de produção.
Projeto TRACER center
• Construção

Art. 116. As áreas de armazenamento devem ter capacidade suficiente para possibilitar o estoque ordenado de materiais
e produtos: matérias-primas, materiais de embalagem, produtos intermediários, a granel e terminados, em sua condição
de quarentena, aprovado, reprovado, devolvido ou recolhido, com a separação apropriada.
Deve-se monitorar e registrar temperatura e umidade da área
77
Art. 119. Os produtos em quarentena devem estar em área restrita e separada na área de armazenamento.
Projeto TRACER center
• Construção

Art. 122. Deve ser dada atenção especial à amostragem e ao armazenamento seguro dos materiais de embalagem impressos,
por serem considerados críticos à qualidade dos medicamentos quanto a sua rotulagem.
78
Projeto TRACER center
• Construção

79
Projeto TRACER center
• Construção

Lavagem

80
Projeto TRACER center
• Construção

§ 1º As áreas onde são


manipulados materiais
radioativos devem ser
projetadas levando em
consideração os aspectos
relacionados à
radioproteção, condições de
limpeza e esterilidade.
81
Projeto TRACER center
• Construção – Áreas Limpas

Additional information related to cleanroom design


Sala Limpa • WHITE, W. (Editor): Clean Room Design, 2 nd edition,
John Wiley & Sons, Chichester (2000).
• International standard ISO 14644-1:1999,
Sala na qual o suprimento e a distribuição Cleanrooms and associated controlled environments
- Part 1: Classification of air cleanliness.
do ar, filtragem, materiais de construção e • International standard ISO 14644-2:2000,
procedimentos de operação, visam Cleanrooms and associated controlled environments
- Part 2: Specifications for testing and monitoring to
controlar as concentrações de partículas em prove continued compliance with ISO 14644-1.
• International standard ISO 14644-3:2005,
suspensão no ar, atendendo aos níveis Cleanrooms and associated controlled environments
apropriados de limpeza, conforme definidos - Part 3: Test methods.
• International standard ISO 14644-4:2001,
pelo usuário e de acordo com normas Cleanrooms and associated controlled environments
- Part 4: Design, construction and start-up.
técnicas vigentes. • International standard ISO 14644-5:2004,
Cleanrooms and associated controlled environments
- Part 5: Operations.
• International standard ISO 14644-6:2007,
Cleanrooms and associated controlled environments
- Part 6: Vocabulary.
• International standard ISO 14644-7:2004,
Cleanrooms and associated controlled environments
- Part 7: Separative devices (clean air hoods,
gloveboxes, isolators and mini-environments).
• International standard ISO 14644-8:2006,
Cleanrooms and associated controlled environments
NBR 13413 (1995) - Part 8: Classification of airborne molecular
contamination.
83
Projeto TRACER center
• Construção – Áreas Limpas

84
Projeto TRACER center
Projeto TRACER center
• Construção – Áreas Limpas

 Número de partículas – contaminação microbiológica


Projeto TRACER center
• Construção - Gradiente de Pressão

+20 Pa
• O motivo de uma maior
pressão no ambiente limpo é o
+5 Pa
de forçar a eventual saída do ar
limpo através de fendas ou
0 Pa
rachaduras para o exterior, não
permitindo desta forma a
-10 Pa
entrada de ar contaminado
para o interior
-200 Pa

• As áreas onde há uma chance


de contaminação radioativa
deve ser mantida a abaixo da
atmosférica enquanto as zonas
de preparação estéril deve ser
mantido acima da atmosférica.
Projeto TRACER center
• Construção

88
Projeto TRACER center
• Construção

A produção de radiofármacos deve ser supervisionada por farmacêutico com experiência comprovada em radiofarmácia e radioproteção.
Deve haver Procedimentos Operacionais Padrão para todas as operações realizadas.
As áreas de produção devem possuir sistema de tratamento de ar adequado aos produtos manipulados, às operações realizadas e ao ambiente
externo.
§ 1º O sistema de tratamento deve incluir filtração de ar adequada para evitar contaminação e contaminação cruzada, controle de temperatura
e, quando necessário, de umidade e de diferenciais de pressão.
§ 2º As áreas de produção devem ser regularmente monitoradas a fim de assegurar o cumprimento das especificações.

89
Projeto TRACER center
• Construção

 As superfícies interiores (paredes, piso e teto)  revestidas de material liso,


impermeável, lavável e resistente, livres de juntas e rachaduras, de fácil limpeza, que
permita a desinfecção e não libere partículas
 Luminárias  projetadas e instaladas de modo a facilitar a limpeza.
 Os ralos devem ser evitados

PVC; revestimento de resina epoxi - 2,5 mm de espessura. Selados – fácil limpeza


revestimento côncavo (estendendo-se a parede) para uma
altura de cerca de 15 cm contíguos com a superfície do chão.
Todas as arestas com as paredes e entre folhas devem ser
selados ou soldados para impedir o escoamento de materiais
90
derramados.
Projeto TRACER center
• Construção – RDC 50
Projeto TRACER center
• Construção – RDC 50

92
Projeto TRACER center
• Construção – Portas e Janelas

Janelas – não são permitidas em áreas controladas  que não se abrem são aceitáveis,
mas, deve ser evitada nas paredes externas de áreas controladas.

Portas - Superfícies de madeira devem ser cobertos com material laminado plástico ou
pintada com uma tinta de poliuretano/ epóxi

Controle de Acesso - Art. 251. O acesso às instalações de produção deve ser restrito ao
pessoal autorizado.

Sistema de intertravamento
Projeto TRACER center

94
Projeto TRACER center
• Construção

Art. 135. Os laboratórios de controle de qualidade devem ser separados das áreas de produção.

Art. 137. As áreas onde forem realizados os ensaios microbiológicos, biológicos ou com radioisótopos
devem ser independentes e separadas e contar com instalações independentes, especialmente o
sistema de ar.

95
Projeto TRACER center
• Construção – Equipamentos e necessidades de instalação

Art. 143. As balanças e instrumentos


de medida das áreas de produção e
de controle de qualidade devem
possuir a faixa de trabalho e a
precisão requeridas, devendo ser
periodicamente calibrados.

2º As datas de calibração,
manutenção e futuras calibrações
devem estar claramente
estabelecidas e registradas,
preferencialmente em uma etiqueta
anexada ao instrumento ou
equipamento.
Projeto TRACER center
• Construção

O acondicionamento e transporte de radiofármacos deve ser realizado segundo normas


vigentes de vigilância sanitária e radioproteção.

97
Projeto TRACER center
• Construção

Art. 118. As áreas de recebimento e expedição devem ser separadas e devem proteger os materiais e produtos das variações
climáticas.
1º Na impossibilidade de separação, procedimentos apropriados devem ser adotados para evitar misturas.
98
Projeto TRACER center
• Construção – Fluxo de Materiais e Funcionários

Personnel

Material

Product

gas
cylinder
delivery
Projeto TRACER center
• Construção – Fluxo de Materiais e Funcionários

100
Procedimentos de Implantação da
planta produtora de radiofármacos
PET
Instalação

102
Projeto TRACER center
• Instalação

Install

Installation
Start-up &
Calibration
Acceptance
Tests
Applications
IQ & OQ

103
Projeto TRACER center
• Instalação
Projeto TRACER center
• Instalação - Qualificação

Qualificação: conjunto de ações realizadas para atestar e


documentar que quaisquer instalações, sistemas e equipamentos
estão propriamente instalados e/ou funcionam corretamente e
levam aos resultados esperados. A qualificação é
frequentemente uma parte da validação, mas as etapas
individuais de qualificação não constituem, sozinhas, uma
validação de processo

106
Projeto TRACER center
• Instalação - Qualificação

Comissionamento
107
Projeto TRACER center
• Instalação - Qualificação

Qualificação de Instalação (QI): conjunto de operações realizadas para


assegurar que as instalações (tais como equipamentos, infra-estrutura,
instrumentos de medição, utilidades e áreas de fabricação) utilizadas nos
processos produtivos e ou em sistemas computadorizados estão
selecionados apropriadamente e corretamente instalados de acordo com as
especificações estabelecidas;

- Verificação da instalação quanto ‘a conformidade


com as especificações
- Calibração dos sensores e instrumentos
- Verificação das alimentações de energia –
elétrico, gases
- Verifica se os equipamentos estão instalados
corretamente

108
Projeto TRACER center
• Instalação - Qualificação

Qualificação de Operação (QO): conjunto de operações que estabelece, sob


condições especificadas, que o sistema ou subsistema opera conforme previsto,
em todas as faixas operacionais consideradas. Todos os equipamentos
utilizados na execução dos testes devem ser identificados e calibrados antes de
serem usados;

- Verificações funcionais sem produto


- Calibração dos sensores
- Apreciação dos aspectos de segurança
- Treinamento do pessoal
Nesta fase efetua-se medições físicas e compara com valores definidos

109
Procedimentos de Implantação da
planta produtora de radiofármacos
PET
Validação

110
Projeto TRACER center
• Pós - Instalação

Qualificação de Desempenho (QD): verificação


documentada que o equipamento ou sistema apresenta
desempenho consistente e reprodutível, de acordo com
Turnover parâmetros e especificações definidas, por períodos
prolongados. Em determinados casos, o termo "validação
de processo" também pode ser utilizado
PQ & GMP
- Verificação funcional com o produto
PV - Testes de processo em condições extremas – operacional
limits
- Estabelecimento dos parâmetros – limites críticos – alarm
action limits
- Verificação se os produtos a serem fabricados serão
produzidos em conformidade

111
Projeto TRACER center
• Pós - Instalação

Validação: ato documentado que atesta que qualquer


procedimento, processo, equipamento, material,
atividade ou sistema realmente e consistentemente leva
aos resultados esperados
Procedimentos de Implantação da
planta produtora de radiofármacos
PET
Boas Práticas de Fabricação

113
Boas Práticas de Fabricação de Medicamentos
• RDC 17 Abril 16, 2010
 Processo de Fabricação claramente definido  padrões de
qualidade exigidos
qualificações e validações necessárias;
pessoal qualificado e devidamente treinado;
instalações e espaço adequados e identificados;
 equipamentos, sistemas computadorizados e serviços

BPF adequados;
materiais, recipientes e rótulos apropriados;
 procedimentos e instruções aprovados e vigentes;
 armazenamento e transporte adequados;
 instalações, equipamentos e pessoal qualificado para controle
em processo.
 reclamações, desvios de qualidade  examinados,
investigados e documentados
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• RDC 63, Dezembro 18, 2009

 Dispõe sobre as Boas Práticas de Fabricação de Radiofármacos.

Art. 1º Esta Resolução possui o objetivo de estabelecer os requisitos mínimos a


serem observados na fabricação de radiofármacos, que deve cumprir com as Boas
Práticas de Fabricação de Radiofármacos e também com os princípios básicos de
Boas Práticas de Fabricação (BPF) de Medicamentos.

Art. 2º As exigências contempladas nessa Resolução destinam-se a suplementar


àquelas estabelecidas pela Resolução de Boas Práticas de Fabricação de
Medicamentos.

Seção II
Abrangência
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Art. 3º Esta Resolução se aplica aos seguintes processos de fabricação:


I - a preparação de radiofármacos em radiofarmácias hospitalares;
II - a preparação de radiofármacos em radiofarmácias centralizadas;
III - a produção de radiofármacos por centros e institutos nucleares ou por indústrias
fabricantes; e
IV - a preparação e produção de radiofármacos em centros de tomografia por emissão de
pósitrons (PET).

Art. 4º Esta Resolução se aplica às seguintes categorias de classificação de medicamentos


radiofármacos:

I - radiofármacos prontos para o uso;


II - componentes não-radioativos para marcação com um componente radioativo; e
III - radionuclídeos, incluindo eluatos de geradores de radionuclídeos.
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Art. 396. As roupas utilizadas devem ser apropriadas ao processo e à classificação da área limpa onde o
pessoal estiver trabalhando, devendo ser observado:

I - grau D: o cabelo, a barba e o bigode devem estar cobertos. Devem ser usadas vestimentas protetoras e
sapatos fechados próprios para a área ou protetores de calçados. Medidas apropriadas devem ser
tomadas a fim de evitar qualquer contaminação proveniente das áreas externas;

II - grau C: o cabelo, a barba e o bigode devem estar cobertos. Devem ser usadas vestimentas
apropriadas,
amarradas no pulso e com gola alta. A roupa não pode soltar fibras ou partículas. Além disso, devem ser
usados sapatos fechados próprios para a área ou protetores de calçados; e

III - graus A/B: deve ser utilizado capuz que cubra totalmente o cabelo, a barba e o bigode; sua borda
inferior deve ser colocada para dentro da vestimenta. Deve ser utilizada máscara de rosto, a fim de evitar
que sejam espalhadas gotas de suor. Devem ser usadas luvas esterilizadas de borracha, sem pó, além de
botas desinfetadas ou esterilizadas. As barras da calça devem ser colocadas para dentro das botas, assim
como as mangas colocadas para dentro das luvas. A roupa protetora não deve soltar nenhuma fibra ou
partícula e deve reter as partículas liberadas pelo corpo de quem a esteja utilizando.

Art. 397. As roupas de uso pessoal não devem ser trazidas para as áreas de paramentação que dão acesso
às áreas de graus B e C.

Art. 398. Todos os funcionários que estiverem trabalhando em salas de grau A e B devem receber roupas
limpas e esterilizadas a cada sessão de trabalho.
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Deve-se entrar na ante-câmara, já com a Após a limpeza das mãos, abrir a Vestir primeiramente o capuz
vestimenta interna de algodão, propés, touca, embalagem contendo o macacão e de poliéster. Amarrá-lo de
máscara e luvas. Passar álcool nas mãos já com o capuz de poliéster, maneira firme, porém
as luvas. cuidadosamente, tocando somente confortável.
nas partes internas dos mesmos.

colocar o macacão. Segure-o de maneira cuidadosa para


que o mesmo não encoste a parte externa em nenhuma
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Pessoal

• O local da produção e seu pessoal devem estar sob a responsabilidade de um


farmacêutico com formação acadêmica comprovada e experiência
demonstrada em radiofarmácia e radioproteção.

• O pessoal de apoio técnico e acadêmico deve possuir experiência apropriada


ou treinamento técnico para suas funções.

• A liberação de lotes para o uso deve ser aprovada somente por um


farmacêutico que possua experiência na produção de radiofármacos.
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Documentação

• O sistema de documentação deve seguir as diretrizes gerais contempladas


na Resolução de Boas Práticas de Fabricação.
• Os registros de processamento de lotes devem incluir o histórico completo
de fabricação de cada lote de radiofármaco.
• Devem ser mantidos registros de distribuição de todos os produtos.
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PQ
MQ

PROCEDIMENTOS

ORDENS DE PRODUÇÃO

PLANOS DA QUALIDADE

ESPECIFICAÇÕES

REGISTROS
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Procedimentos Operacionais Padrão

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Referências
1. RDC 063/09 - Dispõe sobre as boas práticas de fabricação de radiofármacos.
http://www.brasilsus.com.br/legislacoes/rdc/102076-63.html
2. RDC 064/09 - Dispõe sobre o registro de radiofármacos.
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/anvisa/2009/res0064_18_12_2009.html
3. RDC 017/10 - Dispõe sobre as boas práticas de fabricação de medicamentos.
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/anvisa/2010/res0017_16_04_2010.html
4. CNEN-NN-3.01/2014 - Diretrizes básicas de proteção radiológica.
http://www.cnen.gov.br/seguranca/normas/pdf/Nrm301.pdf
5. CNEN NN 3.05/2013 - Requisitos de segurança e proteção radiológica para
serviços de medicina nuclear.
http://www.cnen.gov.br/seguranca/normas/pdf/Nrm305.pdf
7. Resolução CNEN nº 166/2014 - Licenciamento de instalações radioativas.
http://www.cnen.gov.br/seguranca/normas/pdf/Nrm602.pdf
8. IAEA 2008. Operational Guidance for PET Instalation
http://www-pub.iaea.org/MTCD/publications/PDF/Pub1342/Pub1342_web.pdf

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