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Curso de Pós-graduação ”Lato Sensu” em Proteção Radiológica e Segurança de Fontes

8.2 Garantia da Qualidade em


Medicina Nuclear

7. Calibração
Fatores que afetam as
exposições médicas
 Escolha do método
 Otimização da atividade administrada
 Métodos de redução da dose absorvida
 Rotinas de segurança para evitar má-administração
 Controle de Qualidade dos radiofármacos e dos
equipamentos.

8.2.7 Calibração 2
CONTROLE DE QUALIDADE DOS
RADIOFÁRMACOS

• Pureza Radionuclídica (outros radionuclídeos?)


• Pureza Radioquímica (eficiência de marcação)
• Pureza Química (substâncias tóxicas?)
• Esterilidade
• Ausência de pirogênios

Responsibilidade do fabricante e fornecedor


aprovado

8.2.7 Calibração 3
GARANTIA DE QUALIDADE DOS
RADIOFÁRMACOS

• Controle de qualidade dos radiofármacos.


• Procedimentos escritos e treinados na preparação e
manipulação segura dos radiofármacos
• Uso de código de rastreamento de todos os
componentes da preparação.
• Registros dos radionuclídeos, kits etc.
• Identificação de frascos e seringas.
• Medidas da atividade.

8.2.7 Calibração 4
CLASSIFICAÇÃO

Radiofarmácia Industrial: centros que preparam ou produzem os


conjuntos de reagentes não radioativos e/ou radioativos para
serem usados nos Serviços de Medicina Nuclear. Industria, centros
ou institutos nucleares. Ex. IPEN, IEN.

Radiofarmácia Hospitalar: quando os Radiofármacos são


preparados na Radiofarmácia dos Serviços de Medicina Nuclear de
hospitais ou clínicas

Radiofarmácia Centralizada: quando existe um centro


distribuidor de radiofármacos (prepara, controla e distribui para
outros Serviços de Medicina Nuclear)

Radiofarmácia para radionuclídeos de meia vida ultra curta :


centros de preparação e produção de Radiofármacos para PET
(IEN)

8.2.7 Calibração 5
GARANTIA DA QUALIDADE (BSS)
II.23. Os programas de garantia da qualidade
para exposições médicas devem incluir:

(a) Medidas dos geradores de radiação,


dispositivos de imagem e instalações de
irradiação no comissionamento e controles
periódicos.

8.2.7 Calibração 6
USO OTIMIZADO DO EQUIPAMENTO
•Pessoal bem treinado com acesso aos manuais
•Programa de controle de qualidade
•Manutenção regular

8.2.7 Calibração 7
MEDIDOR DE ATIVIDADE
CALIBRATOR DE DOSE

8.2.7 Calibração 8
Suporte de fonte
Eletrodo coletor
Eletrodo externo
ATICVÍMETRO

Blindagem de chumbo

Amplificador
DC

Seletor de
radionuclídeo

Regulador de zero

Alta
tensão

8.2.7 Calibração 9
FONTES DE CALIBRAÇÃO
BSS II.19
Registrados e licenciados devem assegurar que:

(a) A calibração de fontes usadas em exposições


médicas sejam rastreáveis a um laboratório de
dosimetria de referência;

(d) Fontes não seladas para procedimentos de


medicina nuclear sejam calibradas em termos de
atividade dos radiofármacos a serem administrados e
estas sejam registradas no tempo de administração;

8.2.7 Calibração 10
Medidor de Atividade

Considerações operacionais

Ajuste do radionuclídeo
Radiação de fundo (Background)
Reprodutibilidade

8.2.7 Calibração 11
Controle de Qualidade do medidor de atividade
(o que deve ser feito e quem deve fazer)

Aceitação Diário Mensal Anual


Alta voltagem/display P T T P
Ajuste de zero P T T P
Background P T T P
Acurácia P P
Precisão P T P
Resposta relativa P T P
Calibrações auxiliares P
Linearidade P P
Segurança elétrica P P
Vazamento de radiação P P

P: físico
A acurácia deve ser de +/- 5% T: técnico
Traceabilidade a um laboratório nacional de referência.
Intercomparações de laboratórios.
8.2.7 Calibração 12
Fontes seladas para calibração dos
medidores de atividade
Radionuclíde Energia do Atividade
Meia-vida
o fóton (keV) (MBq)
57
Co 122 271 dias 185
133
Ba 81, 356 10,7 anos 9,3
137
Cs 662 30 anos 7,4
60
Co 1.173; 1.332 5,27 anos 1,9

8.2.7 Calibração 13
MEDIDOR DE ATIVIDADE
 Mau desempenho ou manuseio
incorreto do instrumento irá resultar em
administração de atividade errada ao
paciente. Isso resulta em uma exame
ou tratamento não otimizado, ou até
não justificado.

8.2.7 Calibração 14
Gamacâmara
Considerações operacionais

•Seleção do colimador
•Montagem do colimador
•Distância colimador-paciente
•Uniformidade
•Escolha da janela de energia
•Correções (atenuação, espalhamento)
•Background
•Sistema de registros
•Tipo de exame

8.2.7 Calibração 15
Gamacâmara
Detector de cintilação

CRISTAL Detector
Detector
Amplificador
de NaI (Tl) Fotocatodo
Photocathode
cathodd
Dynodes
Dinodo
PHA
PMT

Anodo
Anode
Contador

8.2.7 Calibração 16
PRINCÍPIO DE FUNCIONAMENTO

8.2.7 Calibração 17
COMPONENTES DE UMA GAMACAMARA

Cristal de NaI(Tl)

Colimador

8.2.7 Calibração 18
COMPONENTES DE UMA GAMACAMARA

Fotomultiplicadoras

Cristal

8.2.7 Calibração 19
COMPONENTES DE UMA GAMACAMARA

Cristal e guia ótico

8.2.7 Calibração 20
COLIMADORES
 Projeta os raios gama para dentro do cristal
 O colimador é constituído de metal que absorve bem os
fótons, tal como chumbo e tungstênio.
 Furos são posicionados no colimador para que cada ponto
da superfície do cristal tenha uma visualização direta de
somente um ponto da superfície do corpo (septos).
 De fato, cada ponto do cristal deve estar capaz de ver
somente o raio gama originado de um ponto correspondente
no corpo do paciente
 Características
 A diferença entre os colimadores são: na espessura, no
número e tamanho dos furos e na maneira de orientação do
arranjo

8.2.7 Calibração 21
SISTEMA SPECT – TIPOS DE COLIMADORES

Geometria da Inclinação dos Energia Sensibilidade


Parede do Septo furos (feixe) Resolução

Paralelos Ortogonais Baixa Alta Sensibilidade


Uso Geral
Alta Resolução
Paralelos Ortogonais Média Uso Geral
Paralelos Ortogonais Alta Uso Geral
Paralelos 30º Slant Hole
Convergentes Fan Beam Com Septo
Cone Beam Com Septo
Convergentes Pin Hole Sem Septo
Divergente

8.2.7 Calibração 22
SISTEMA SPECT – EXEMPLOS DE COLIMADORES

Pin - Hole

8.2.7 Calibração 23
SISTEMA SPECT - COLIMADORES

FOV: CAMPO DE VISÃO


8.2.7 Calibração 24
SISTEMA SPECT - FOTOMULTIPLICADORA
 Fica atrás do cristal, executa duas funções específicas:
• Converter a imagem luminosa em pulso elétrico; e
• Ampliar o tamanho da imagem e / ou aumentar a intensidade
luminosa da imagem.

 O pulso elétrico vindo do PM irá para um circuito eletrônico


que criará três sinais específicos para cada fóton detectado
pela gamacâmara:
• O primeiro sinal é um pulso elétrico cujo tamanho representa
a energia do fóton gama
• Os outros dois sinais descrevem a localização do fóton
dentro da área de imagem. Tipicamente o formato de um
pulso representa a posição horizontal, e o do outro a posição
vertical

8.2.7 Calibração 25
SISTEMA SPECT - FOTOMULTIPLICADORA

 O arranjo da fotomultiplicadora (PM) é normalmente


de forma hexagonal

 O número de PM deve ser suficiente para completar


uma área do detector. Os números específicos de
PM uniformemente distribuídas no detector são :
7,19,37,61, 91 e etc.

8.2.7 Calibração 26
SISTEMA SPECT - FOTOMULTIPLICADORA

Seção transversal de um tubo fotomultiplicador

8.2.7 Calibração 27
SISTEMA SPECT – ANALISADOR DE ALTURA DE
PULSO
 O Analisador de altura de pulso (PHA) consiste de um sistema que
seleciona a altura de pulso relacionada a uma determinada faixa
(janela) de energia e despreza o resto

 Se o pulso estiver dentro da janela selecionada, passará pelo PHA


e aparecerá na tela ou na unidade de estocagem como uma
contagem

 Quando o pulso do PHA chega na unidade de observação, um


pequeno ponto de luz é criado na tela. A localização do ponto é
definida pelas coordenadas dos sinais horizontais e verticais

 A quantidade de pontos originados na mesma posição (contagens)


é cumulativa e representa uma escala de cinzas. Quanto maior a
quantidade de emissões de um ponto do corpo, maior é tonalidade
de cinza daquele ponto.

8.2.7 Calibração 28
Ajuste de colimador em uma gamacâmara de
duas cabeças

8.2.7 Calibração 29
Gamacâmara SPECT com dois detectores
(duas cabeças) de NaI (Tl)

8.2.7 Calibração 30
Gamacâmara Móvel

8.2.7 Calibração 31
GAMACÂMARA

 Desempenho ruim
ou mau manuseio
do equipamento irá
resultar em exame
não otimizado ou
não justificado.

Exame com falso positivo do


miocárdio pode ser um defeito
do colimador

8.2.7 Calibração 32
Control de Qualidade - Equipamento
Teste de aceitação / referência.
• Medidas para assegurar se a instrumentação cumpre com os
requisitos de especificação. O Manual deve estar disponível.
Teste de Rotina.
• Executado para manter a qualidade e especificação do
equipamento.
Análise dos resultados.
• Os resultados observados são significativamente diferentes dos
testes de referência?
• Os resultados observados são devidos a erros nos
procedimentos de CQ?
Registros.

8.2.7 Calibração 33
CQ GAMACÂMARA
Aceitação Diário Semanal Anual
Uniformidade P T T P
Uniformidade tomográfica P P
Display Espectro P T T P
Resolução energética P P
Sensibilidade P T P
Tamanho do pixel P T P
Centro de rotação P T P
Linearidade P P
Resolução P P
Perda de contagem P P
Múltiplas janelas P P
Desempenho total P P
(simulador)
P: físico T: tecnologista

8.2.7 Calibração 34
FONTES DE CQ DA
GAMACÂMARA

•Fonte pontual
•Fonte linear colimada
•Fonte linear
•Fonte em flood
<1 mm
99m
Tc, 57Co, 67Ga

8.2.7 Calibração 35
Simuladores (phantoms) para CQ
das gamacâmaras
• Phantom de barras
• Phantom com fendas
• Phantom com furos ortogonais
• Phantom de desempenho total

8.2.7 Calibração 36
Simuladores para CQ de
gamacâmaras

8.2.7 Calibração 37
IAEA-TECDOC-602

Documento mais
Quality control of utilizado para CQ
Nuclear medicine instruments 1991 da gamacâmara

INTERNATIONAL ATOMIC ENERGY AGENCY IAEA


May 1991

8.2.7 Calibração 38
CQ Gamacâmara

Outros
documentos

8.2.7 Calibração 39
Nada é para ser temido, apenas para ser
compreendido

PERGUNTAS?????

8.2.7 Calibração 40

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