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Declaração de Conflitos de Interesse

• Nada a declarar.
41º Congresso Brasileiro de Patologia Clínica
Medicina Laboratorial
4 a 7 de setembro de 2007

Mesa redonda
Plaquetopatias e plaquetopenias

AVALIAÇÃO LABORATORIAL DA
ATIVIDADE PLAQUETÁRIA
Cláudio Brandão
Setembro 2007
Plaquetas
PLAQUETA

vWf

PLAQUETA
PLAQUETA
FT

vWf
FT

PLAQUETA
PLAQUETA
FT

vWf
FT

PLAQUETA
FT

PLAQUETA

FT

PLAQUETA
FT

PLAQUETA

FT

PLAQUETA
Ca++

Ca++
FT
Ca++

PLAQUETA

FT

PLAQUETA
Ca++
ADP

Ca++
Serotonina

FT
Ácido Araquidônico

PLAQUETA

Ca++

FT
TxA2
ADP

PLAQUETA
Ca++
ADP

FT

PLQTA
Ácido Araquidônico
Ca++
Ca++
FT

PLAQUETA
ADP
ADP

FT

PLQTA
Ácido Araquidônico
Ca++
Ca++ Ca++
FT
PLAQUETA ADP
FT
ADP
PLAQUETA
PLQTA
Ácido Araquidônico
Ca++
Ca++ Ca++
PLQTA FT
PLAQUETA ADP
FT

ADP ADP

Ca++

Ca++
Ácido Araquidônico

Ca
FT
++
FT

FT
VII
FT

IX + VIII
vWF
X - Xa II - Trombina FI
Va
VII
FT
Granulos densos

Plaquetas (ADP, ATP, Ca++, serotonina, etc.)

Granulos alfa
(albumina, fibronectina,
FP4,FV, FI, vWf.)

• Utiliza glicose para a


produção de energia
Glicogênio
• Contém reservas de
ADP e ATP
• Não sintetiza proteínas
• Produz glicogênio
• Possui sistema contrátil
Actina Miosina.

Membrana fosfolipídica rica em carbohidratos


(contém receptores responsáveis por adesão e
agregação
Plaquetas

ATIVAÇÃO E SECREÇÃO Glicogênio


• Contração do sistema
Actina Miosina.
Plaquetas
Alterações Plaquetárias

Sangramento

Tromboembolismo
↓ Número ATIVIDADE ↑ Número
↓ Função PLAQUETÁRIA Ausência de
Inibidores
Inibidores
↑ Estímulo
Anormalidades Sistêmicas da Atividade
Plaquetária que predispõem a sangramentos

Quantitativa: Trombocitopenia

Qualitativas: Alterações de função


Anormalidades Sistêmicas da Atividade
Plaquetária que predispõem a sangramentos

Trombocitopenia
• Seqüestro:
Hiperesplenismo ↑ baço.

• Hipoprodução:
Aplasias
Displasias

• Hiperdestruição:
PTI
Droga Indução
Anormalidades Sistêmicas da Atividade
Plaquetária que predispõem a sangramentos

Trombocitopenia
Causas hipolásticas, hipoprodução ou
hiperdestruição?
HIPOPRODUÇÃO:
↑ megacariócitos na M.O. afasta a suspeita de hipoplasia
ou aplásia.
HIPERDESTRUIÇÃO:
O diagnóstico requer testes de avaliação de sobrevida com
plaquetas radioativas marcadas (complicado e arriscado)
Anormalidades Sistêmicas da Atividade
Plaquetária que predispõem a sangramentos

Trombocitopenia
Causas hipolásticas, hipoprodução ou
hiperdestruição?
É necessário um teste rápido e não invasivo para avaliar atividade de
megacariócitos em M.O. e sobrevida plaquetária.

Compara 3 métodos
para a avaliação de
trombocitpoenia:
•Plaquetas reticuladas
(RPs),
•Trombopoetina
plasmática (TPO) e
•Níveis plasmáticos
de glicocalicina (GC).
Plaquetas Reticuladas (RPs)
RPs são plaquetas jovens produzidas recentemente semelhantes aos
reticulócitos da eritropoiese.
A contagem de RPs refletem a eficiência da trombocitopoiese.
Pacientes com PTI (iditopática), uma trombocitopenia hiperdestrutiva
que cursa com RPs em sujeitos saudáveis.
São normais os níveis de RPs de ~ 4,5% dentre as plaquetas maduras.
Níveis elevados de RPs estão correlacionados a elevados MPVs.
Nas trombocitopenias hipoplásicas as RPs estão diminuídas.
Trombopoetina (TPO)
Fator de crescimento e diferenciação de megacariócitos.
Nas hipoplasias de M.O., níveis plasmáticos de TPO estão muito elevados.
Nas PTIs os níveis plasmáticos de TPO são pouco ou não elevados.
Glicocalicina (CG)
Glicocalicina é um fragmento hidrofílico rico em carboidrato com PM de 135 kd.
Representa a porção externa da subunidade alfa da glicoproteína Ib da
membrana plaquetária.
Está significativamente elevada nas trombocitopenias hipoplásicas mas não no
paciente normal ou quando há elevação de megacariócitos sugerindo que a
GC seja um indicador de efetiva produção plaquetária.
O índice GC (nível de GC plasmático em relação a relação à contagem
individual de plaquetas) está elevado em pacientes com PTI mas não em
pacientes com anemia aplástica (AA), sendo este índice um indicador da razão
de destruição plaquetária.
A dosagem de GC plasmática e a medida do índice GC são considerados
recursos úteis para a classificação das trombocitpoenias.
Não há trabalhos avaliando a sensibilidade e especificidade dos
marcadores RP, TPO e GC em para o diagnóstico diferencial de
trobocitopenias
O estudo avaliou os marcadores quanto a utilidade no diagnóstico das
trombocitopenias.
Os marcadores foram medidos simultaneamente em pacientes com
diagnósticos já estabelecidos de plaquetopenias por hiperdestruição e
hipoplasia da M.O..
Comprovada a utilidade das medidas de RP e TPO para discriminar
plaquetopenia hiperdestrutiva e por hipoplasia da M.O..
Os níveis e/ou índice de GC obteve um menor valor auxiliar para o
diagnóstico.
RP, TPO e GC ainda são medições laboratoriais trabalhosas e pouco
difundidas.
A aplicação e utilidade do PVM ainda necessita resultados que
orientem a sua utilidade
Principais Disfunções que
afetam as Plaquetas:
PLAQUETA
II b
Alterações de Ca++ III a
receptores
Fibrinogênio Disfibrinogenemia
Defeitos de
secreção Ca++
II b
III a Trombastenia de Glanzmann

PLAQUETA

Ib Síndrome de Bernard-Soulier
IV

vWF
Doença de von Willebrand
Médoos Especiais de Avaliação da
Função Plaquetária:

Testes de agregação plaquetária


• Empregando PRP
• Empregando Sangue total
• Empregando método luminescente

Teste de simulação da atividade plaquetária “in vivo”


• PFA 100 (DADE BHERING)
• DiaMed Impact-R
Teste de Agregação plaquetária

Plasma rico Reagente agregante Agregados


(agonista)
em plaquetas plaquetários
(PRP)

Transmitância Transmitância
aumentada
de base
Teste de Agregação plaquetária

Estímulo Agregação ótica


Plaqueta
normal Agregação Secreção
primária

0%

Agonista

Agregação
100% Transmittance secundária
0 5 minutos
Agregometria por impedância em
sangue total
• Sangue diluido 1:2 em salina
• Colocar o eletrodo em solução
• Plaquetas formam uma camada
sobre o eletrodo
• Adicionar o agonista e inicar o
teste. Biomédica
• O teste mede a passagem de
corrente eltrica pela camada de
eletrodo
• O teste e medido em ohms (Ω)
• Zero Ω = ausencia de agregação.

O teste é apropriado para o acompanhamento de


pacientes sob o tratamento de antagonistas ou
inibidores de receptores plaquetários
DiaMed Impact-R

Para teste funcional de plaquetas. Ele testa a adesão e agregação de


plaquetas de sangue total anticoagulado com citrato, sob condições
bem próximas às fisiológicas. O resultado é fornecido por meio de um
analisador da imagem.

http://www.diamed.com.br
PFA 100 Platelet Function Analyser (Dade-Behring Inc.
Teste é útil para o monitoramento de disfunção de plaquetária realizando a
medição combinada da adesão e agregação plaquetária

Após estimulada por uma membrana impregnada com colágeno.


O sistema emprega 2 tipos de crtuchos:
•Um com colágeno e epinefrina (COL/EPI ou CEPI ) para disfunção por defeito
plaquetário, vWd e presença de inibidores (VR 94 a 193 segundos)
•Outro com colágeno e ADP (COL/ADP ou CADP ) para avaliação a alteração
plaquetária causada pelo ácido salicilico (VR 71 a 118 segundos)
http://www.dadebehring.com/

•O teste é influenciado pelo baixo hematócrito, pelo baixo número de plaquetas


na amostra e por drogas anti-plaquetárias e pela vWd.
•Detecta Trombastenia de Glanzmann, sindrome de Bernard-Soulier, vWd, e
alterções de Pool de estocagem plaquetária
von Willebrand’s disease
Storage Pool disorders
Não se altera na afibrinogenemia congênita
•Alteração no PFA COL/EPI necessitam confirmação de vWd através de
método mais específico.
Comparou o PFA 100 com a técnica de agregometria por impedancia em
sangue total para os defeitos antiplaquetários secudários a antagonistas ou
inibidores plaquetários.
• PFA 100 é sensível em avaliar o efeito de inibidores de receptores IIb IIIa
pela via do ácido araquidônico.
• Bloqueadores de ATP não afetam o PFA 100 ao contrário da agregação
plaquetária
• O PFA 100 é um eficiente método para detecção de vWd mas não para
antagonistas ou in
• A técnica de agregometria por impedancia em sangue total é o método mais
sensível para avaliação da ação de antagonistas ou inibidores de função
plaquetária
Comparou o PFA 100 com as técnica de lumi-agregometria e agregometria
com PRP em 50 pacientes com histórias de sangramento abundante e
inexplicado e pacientes com defeitos de fatores de coagulação. Os pacientes
tinham defeitos de agregação em pelo menos dois agonistas (trombina,
epinefrina, colágeno, ac. Raquidônico, ADP e Ristocetina.

• O trabalho demonstrou a eficiência do PFA 100 para avaliar a vWd e pouca


sensibilidade do mesmo teste para avaliar defeito plaquetário em paciente
com sangramento sabidamente por alteração de função da plaqueta
Comparou o PFA 100 com a técnica de agregometria por impedância em
sangue total para avaliar a resistência a heparina em voluntários saudáveis

• O trabalho demonstrou a agregometria por impedância em sangue total é


método mais sensível para detecção de resistência a heparina em indivíduos
saudáveis.
A agregometria por impedância em sangue total é método mais sensível para
detecção de resistência a heparina em indivíduos saudáveis.
Drogas que interferem com a função plaquetária:

• Aspirina
•Antihipertensivos
•Anticoagulantes
•Anticonvulsivantes
•Penicilina
•Antiaritimicos
•Cefalosporinas
•Antidepressivos
•Antihistamínicos
Gewirtz et al. Arch Pathol Lab Med. 120: 353-356, 1996

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