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Contagem de plaquetas

Tempo de sangramento

Profa. Dra. Solange Lúcia Blatt


Stem cell Hemocitoblasto
Progenitor linfóide

Progenitor mielóide

Progenitor MegE Progenitor GM

Monoblasto

Mieloblasto

Proeritroblasto
Megacarioblasto

Megacariócito basófilo

Megacariócito acidófilo

MEDULA
ÓSSEA Megacariócito
plaquetogênico

Plaqueta
Plaquetas

Sangue
MEDULA ÓSSEA

Mega bas plaq


MEGACARIÓCITOS
PLAQUETAS

• Fragmentos citoplasmáticos de megacariócitos

• Forma discóide

• Vida média: 8-14 dias

• VR: 150.000 – 400.000/mm3


PLAQUETAS
A produção de plaquetas é característica:

havendo endomitoses (apenas o núcleo se divide- 32 núcleos


produzindo de 60 a 70 mil plaquetas

A cinética de produção das plaquetas leva em torno de 10 dias

O megacariócito encontra-se próximo ao sinusóide para liberação


das plaquetas que não fazem diapidese na circulação sanguínea

Das 100% plaquetas: 80% circulação sanguínea


20% no baço circulando lentamente

VR: 1% da MO normal
150 a 400 mil/mm3
Zona Periférica PLAQUETAS
• Membrana celular lipoprotéica, composta por
colesterol glicolipídeos e glicoproteínas
• Sistema canicular aberto  intercâmbio de
substâncias

Zona Sol-Gel
• Composta por microtúbulos e por filamentos de
actina  emissão de pseudópodes (após ativação),
eliminação e secreção dos grânulos plaquetários
Plaquetas
Zona de organelas
• Mitocôndrias, lisossomos, aparelho de Golgi

• Corpúsculos densos  ATP, ADP, serotonina e


cálcio

• Grânulos α  fator 4 plaquetário, β-


trombomodulina, fibrinogênio, FvW
Ultra-estrutura das plaquetas

GRÂNULOS ELÉTRON-DENSOS
(Delta)
Adenina nucleotídeo, cálcio e serotonina

ALFA GRÂNULOS ESPECÍFICOS


Fator de crescimento, fibrinogênio ,
fator V e fator de von Willebrand,
fibtronectina, β-tromboglobina,
antagonista da heparina e
trombospondina

LISOSSOMOS
Hidrolases ácidas

MEMBRANA PLASMÁTICA
Receptores para os fatores de
coagulação
Agentes agregantes
ULTRA-ESTRUTURA DAS PLAQUETAS

A plaqueta possui um número grande de receptores de


superfície que permitem sua aderência entre si ou a qualquer
superfície que não sejam células endoteliais.
Hemostasia
HEMOSTASIA PRIMÁRIA Vasoconstricção
vásculo-plaquetária Adesão e agregação plaquetária
•Vasoconstrição reflexa dos vasos, adesão e
agregação plaquetária.

HEMOSTASIA SECUNDÁRIA Ativação dos fatores de coagulaçã


ou plasmática
Formação de Fibrina
•Ativação dos fatores da coagulação e
posterior formação de fibrina.

HEMOSTASIA TERCIÁRIA Fibrinólise


• Compreende o sistema fibrinolítico. Dissolução do
trombo gradualmente afim de restaurar o fluxo
sanguíneo normal.
Hemostasia primária

Lesão vascular (exposição do subendotélio)

Adesão plaquetária

Ativação e agregação plaquetária

Tampão plaquetário
Hemostasia primária
• Adesão  ligação do FvW à plaqueta (GPIb)

• Ativação  modulada pelos agonistas: colágeno,


ADP, TXA2, trombina, epinefrina, serotonina,
vasopressina e o fator de ativação plaquetária.

• Agregação  ligação do fibrinogênio a plaqueta


(GPIIb/IIIa).
 1. Adesão plaquetária
 2. Ativação plaquetária
 3. Agregação plaquetária
Ativadores plaquetários
degranulação agregação
 3. Agregação plaquetária
Pontes de fibrinogênio
Trombina FIBRINA
Intrínseco Extrínseco
Fibrinogênio
Fase de Xa
contato GP IIb-IIIa

Va

ADP Receptor
de
ADP PLAQUETA
Trombina
ADP
receptor PLAQUETA Fibrinogênio
ADP

AA

TXA2 GP
Ib
FvW

FvW FvW FvW FvW

Célula Endotelial
FvW

Subendotélio
Teste de triagem para diagnóstico dos desvios da
hemostasia e coagulação
Contagem de plaquetas
• Contadores automáticos ou método manual em
câmera de Neubauer

Tempo de sangria ou sangramento


• Mede o tempo de sangramento após incisão
• Depende da função plaquetária e da integridade
funcional do vaso
Avaliação Hematológica


 Plaquetograma
Plaquetograma

 Avaliação
Avaliaçãomorfológica
morfológica

 Defeitos qualitativos
 Defeitos quantitativos
Avaliação Hematológica

CONTAGEM DE PLAQUETAS /mm3

Diluição usual 1:20


MÉTODO HEMOCITÔMETRO
DILUENTE: oxalato de amônia a 1%, filtrado e centrifugado

Amostra: sangue total com EDTA

Diluição 1:20, esperar em câmara úmida 20 minutos


Ler em câmara de Newbauer

idem eritrócitos: 1/5 da área central

Fórmula:
número de plaquetas do paciente x diluição ½ x106 p/L=

Número de plaquetas contadas x 1000 mL

Valor de referência: 150.000-400.000/mm3


Automação em Hematologia
IMPEDÂNCIA ELÉTRICA

30

< 30 fL será contado como plaqueta


> 50 fL será contado como eritrócito
Plaquetopenias PÚRPURAS
MEGACARIÓCITOS
Doença de von Willebrand

Alterações plaquetárias por medicamentos


Avaliação Hematológica

• TEMPO DE SANGRAMENTO (TS)


• PROVA DO LAÇO
• PESQUISA DE ANTICORPOS ANTIPLAQUETAS
• TESTE DE AGREGAÇÃO PLAQUETÁRIA
• TEMPO DE COAGULAÇÃO DO SANGUE TOTAL (TC)
• TEMPO DE TROMBOPLASTINA PARCIAL ATIVADO
(TTPA)
• TEMPO DE PROTROMBINA (TP)
• TEMPO DE TROMBINA
• DOSAGEM DE FIBRINOGÊNIO
TEMPO DE SANGRAMENTO (TS)

O Tempo de Sangramento é um teste indicativo de


distúrbios plaquetários ( em relação ao número à
funcionalidade das mesmas) e de alterações da
integridade vascular.

As alterações mais evidentes do Tempo de


Sangramento são encontradas nas púrpuras
trombocitopênicas e trombopáticas
TEMPO DE SANGRAMENTO (Método de Duke)

PRINCÍPIO
O Tempo de Sangramento (T.S.) avalia a capacidade de se processar a
hemostasia após o vaso ter sido lesado.
O T.S. depende da função plaquetária e da integridade funcional do vaso.

O método mais comumente utilizado é o de Duke, em que é feita uma incisão,


de tamanho padronizado, medindo-se a seguir o tempo decorrido até
que cessar o sangramento, intervindo apenas os fatores plaquetário e
vascular.
TÉCNICA
a)realizar assepsia do lóbulo da orelha (pode-se usar também a polpa digital)
com algodão embebido em álcool e deixar evaporar;

b) com auxílio de uma lanceta específica e de um só golpe, fazer uma incisão


local, com cerca de 2 mm de profundidade; disparar o cronômetro;

c) a cada 30 segundos recolher a gota de sangue em papel de filtro (tendo


o cuidado de que o mesmo não toque o lóbulo ou a polpa), até que a última
gota deixe apenas um sinal puntiforme no papel;

d) anotar o tempo decorrido entre a primeira e a última gota recolhidas.

Valor Normal: de 1 a 3 minutos.


TEMPO DE SANGRAMENTO (Método de Ivy)
É o tempo necessário para a hemostasia de um ferimento pequeno,
padronizado, feito na superfície volar do antebraço, feito na
superfície volar do antebraço, sob pressão de até 40mm de
mercúrio mantido por um manguito insuflado (método de Ivy).

Para feitura do ferimento utilizam-se lancetas apropriadas que


cortam até a profundidade de 3mm.
Na doença de Von Willenbrand´s o TS está constantemente
alongado enquanto nas coagulopatias costuma ser normal.

Avalia a capacidade funcional das plaquetas

(dependente também da quantidade).


O Método de Ivy é o procedimento tradicional para o teste.
O manguito do esfigmomanômetro é colocado no braço e inflado
até 40mmHg.
Uma lanceta ou bisturi é usado para provocar uma ferida
perfurocortante de comprimento e profundidade padronizados no
antebraço do mesmo lado.
Atualmente, o Tempo de Sangramento realizado com o uso de um
dispositivo tipo Template é o método mais confiável, reprodutível e
recomendado.
Para adultos, usa-se uma lanceta fixada ao dispositivo template
para fazer uma incisão de 5 mm de comprimento por 1 mm de
profundidade na superfície volar do antebraço (onde não haja
veias, pêlos nem cicatrizes ou feridas).
O sangramento proveniente do corte é absorvido a cada 30
segundos até que pare. O resultado (Tempo de Sangramento) está
então imediatamente disponível.
Locais de eleição para a incisão
Fontes potenciais de variabilidade e erros

Erros que levam a resultados falsamente positivos


Manter a pressão venosa elevada (>40mmHg.).
Incisão muito profunda, devida à pressão excessiva sobre o
dispositivo.
Perturbar a formação do coágulo com o papel de filtro.
Níveis reduzidos de fibrinogênio (<100 mg/dl) ou de plaquetas
(<100.000 /mm3).
Uso de medicamentos que afetam a função plaquetária
(Ex: aspirina).

Erros que levam a resultados falsamente negativos


Pressão sanguínea mantida muito baixa (<40 mmHg).
Incisão muito superficial.
O Tempo de Sangramento é um teste da hemostasia
primária, vascular e função plaquetária, e está
usualmente prolongado em casos de defeitos
congênitos ou adquiridos.

As principais condições clínicas que levam ao seu


prolongamento são:
Trombastenia
Doença de Von Willebrand
Doença por armazenamento dos grânulos
Síndrome de Bernard Soulier
Sensibilidade à Aspirina
Interpretação dos Resultados
Um Tempo de Sangramento prolongado pode se dever a:

- Trombocitopenia - Paciente com contagem de plaquetas inferior a


50.000/mm3 pode sangrar prolongadamente, inclusive com dificuldade de
estancamento;

- Distúrbios da função plaquetária - Podem ser congênitos, como a


trombastenia, defeito de armazenamento, etc. ou adquirido, causado por
drogas, presença de paraproteínas, ou em síndromes mielodisplásicas e
mieloproliferativas.

- vWD – Nesta há uma aderência defeituosa das plaquetas ao subendotélio, na


falta de quantidade normal do fator de von Willebrand, ou em presença de vWF
não-funcional.

Anormalidades vasculares - É o caso da Síndrome de Ehlers-Danlos e do


pseudoxantoma elástico.

- Ocasionalmente, em deficiências graves do Fator V ou do fator XI e na


afibrinogenemia.

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