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Plasma Rico
em Plaquetas
(PRP)

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO ............................................................................................. 3
O SANGUE .................................................................................................. 4
AS PLAQUETAS ......................................................................................... 5
INDICAÇÃO E CONTRAINDICAÇÃO ......................................................... 6
MECANISMO DE AÇÃO ............................................................................. 7
PRÉ PROCEDIMENTO ............................................................................... 9
VENOPUNÇÃO ......................................................................................... 12
HEMÓLISE ................................................................................................ 14
A CENTRIFUGAÇÃO ................................................................................ 15
O PLASMA GEL ........................................................................................ 17
CONTRAINDICAÇÕES ............................................................................. 18
REFERÊNCIAS ......................................................................................... 19

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INTRODUÇÃO

Segundo Marx (2001) o plasma rico em plaquetas – PRP é um volume


de plasma autólogo que possui uma concentração de plaquetas acima dos
valores basais.
O PRP como uma nova biotecnologia com possíveis efeitos terapêuticos
deu-se a partir de estudos realizados por Marx et al. (1998), cuja proposta de
trabalho foi justamente introduzir estudos com PRP e explorar seu potencial de
aumentar a proporção de formação óssea. Atualmente o pubmed possui mais de
9.000 artigos com palavra-chave plasma rico em plaquetas.
Entre essas publicações, encontram-se aplicações clínicas incluindo a
cirurgia oral e maxilofacial, periodontal, cirurgia plástica estética, cirurgia
ortopédica, lesões de pele, queimaduras, tratamento de rejuvenescimento facial,
indução ao colágeno, regeneração de unidades foliculares do couro cabeludo,
entre outras.
Conhecido também como plasma autógeno de plaquetas, plasma
enriquecido com plaquetas e outras denominações similares. O PRP é um
concentrado autólogo de plaquetas obtido a partir da centrifugação do sangue
paciente, temos isso como nosso conceito.
O potencial efeito do PRP é através da liberação de fatores de
crescimento presentes nos alfa-grânulos plaquetários. Esses grânulos são
abundantes fontes de fatores de crescimento, mais a frente iremos debater mais
esse tema.

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O SANGUE

O sangue é um tecido fluido, formado por uma porção celular que circula
em suspensão a meio líquido, o plasma. A porção do plasma é constituída de
91% de água, os 9% restantes são formados por proteínas, sais e outros
constituintes orgânicos em dissolução (FIGURA1).
A fase celular é constituída por glóbulos vermelhos ou eritrócitos,
glóbulos brancos ou leucócitos e plaquetas.
Os glóbulos vermelhos, também chamado de hemácias, são células em
maior quantidade nos humanos. Possuem a forma de um disco côncavo de
ambos os lados e não apresentam possuem núcleo. Eles são produzidos pela
medula óssea, ricos em hemoglobina, uma proteína cujo pigmento vermelho dá
a cor característica ao sangue. Ela tem a propriedade de transportar o oxigênio,
desempenhando papel fundamental na respiração.
Os glóbulos brancos, também chamados de leucócitos são produzidos
na medula óssea. São células de defesa do organismo que pertencem ao
sistema imunológico. Eles destroem os agentes estranhos, como bactérias, vírus
e as substâncias tóxicas que atacam nosso organismo e causam infecções ou
outras doenças. Além disso, também possuem papel importante na coagulação
do sangue. No sangue há diversos tipos de leucócitos com diferentes formatos,
tamanhos e formas de núcleo: neutrófilos, monócitos, basófilos, eosinófilos e
linfócitos. Os leucócitos são maiores que as hemácias, porém, a quantidade
deles no sangue é bem menor. Quando o organismo é atacado por agentes
estranhos, o número de leucócitos aumenta significativamente.

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FIGURA 1 – O SANGUE CENTRIFUGADO

Fonte: do autor 2019

AS PLAQUETAS
Também chamado de trombócito, integrando a composição dos
elementos figurados do sangue, as plaquetas são pequenos fragmentos
celulares discoides (aproximadamente 1-3 μm) cuja principal função está ligada
à hemostasia tecidual. Em média um indivíduo adulto normal, apresenta 125.000
a 450.000 plaquetas milímetro cúbico de sangue e cerca de 30.000 são
formadas diariamente. As plaquetas são formadas a partir de células
denominadas megacariócitos, presentes na medula óssea, através de
fragmentação do citoplasma.
As plaquetas atuam na reparação de vasos sanguíneos, na coagulação
do sangue para evitar perda de sangue e, ainda, liberam enzimas lisossomais
que auxiliam na remoção do coágulo sanguíneo. Estas atividades ocorrem
devido ao conteúdo dos grânulos alfas, delta (ou densos) e lambda das
plaquetas. Os grânulos alfas contêm fibrinogênio e fator de crescimento

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plaquetário. Os grânulos delta contêm serotonina, ADP e ATP e, por fim, os


grânulos lambda contêm enzimas lisossomais das plaquetas.
A plaqueta circula no sangue durante 10 dias, em média. Depois disso,
ela é retirada pelo baço e destruída. Quando o baço está com sua função
afetada ou quando uma pessoa retirou o baço (paciente esplenectomizado)
ocorre um aumento do número de plaquetas. No caso de uma pessoa com
hiperesplenismo (atividade aumentada do baço) ocorre uma diminuição do
número de plaquetas.
Quando um vaso sanguíneo é lesado, ocorre exposição da plaqueta ao
colágeno. Neste momento ocorre a secreção de fator de von Willebrand (FvW)
que irá se ligar a uma proteína presente na membrana superficial das plaquetas,
a glicoproteína (GPIb). O fator de von Willebrand serve como uma ponte de
ligação entre as plaquetas e o endotélio. Quando uma pessoa tem falta de GPIb,
ela é acometida pela síndrome de Bernard-Soulier. Pessoas que tem falta,
diminuição ou um fator de von Willebrand disfuncional elas são acometidas pela
doença de von Willebrand. Em ambos os casos, suas plaquetas não conseguem
aderir normalmente ao subendotélio.
Após a adesão das plaquetas ao subendotélio, novas plaquetas são
ativadas e acabam aderindo a essas plaquetas. Durante esta ativação, as
plaquetas mudam sua forma, emitindo pseudópodes e se agregam. Os grânulos
plaquetários são liberados.

INDICAÇÃO E CONTRAINDICAÇÃO

Indicação na estética:
 Modular e induz produção de MEC.
 Aumenta vascularização local.
 Aumenta aporte oxigênio e nutrição na pele.
 Induz a cicatrização por primeira intenção.
 Liberação de fatores de crescimento.
 Gera novos folículos

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 Trata:
o Rugas.
o Linhas de expressão.
o Sulcos.
o Poros dilatados.
o Estrias.
o Alopecia.
o Flacidez de pele (incluindo pós bariátrico e lipoaspiração).
o Efeito lifting.
o Cicatriz atrófica, ex. acne.
o Previne quelóide e cicatriz hipertrófica.
Contraindicação
 Hemofílicos.
 Hepatite.
 HIV.
 Presença de células cancerígenas no local.
 Região Infectada.
 Doença autoimune.
 Hipotireodismo.
 Falta vitamina D.
 Abuso de nicotina.

MECANISMO DE AÇÃO

As plaquetas contêm uma grande variedade de fatores de crescimento,


em 2001 Marx descreveu 7 fatores de crescimento do PRP. Em 2011 Wu
descreveu 1500 fatores de crescimento responsáveis pelo efeito do PRP. Na
revisão bibliográfica de Arshdeep & Kumaran de 2014 listaram os principais
fatores de crescimento do PRP para estética (TABELA 1).

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TABELA 1 – FATORES DE CRESCIMENTO NO PRP.

FATORES DE EFEITOS
CRESCIMENTO
• Quimiotático para fibroblasto e
PDGF-αα, αβ, ββ
macrófago.
FATOR DE CRESCIMENTO
• Mitogênico para fibroblastos, células
DERIVADO DA PLAQUETA
musculares lisa e células endoteliais.
• Media a angiogênese.
• Quimiotático para fibroblastos.
Queratinócitos e macrófagos.
TGF- β, β2
• Mitogênico para fibroblastos e cél.
FATOR DE CRESCIMENTO
Musculares lisa.
TRASNFORMADOR
• Inibe a cél.endotelial, queratinócito e
linfócito.
• Regula as proteínas da matriz.
FCEV • Quimiotático e mitogênico para
FATOR DE CRESCIMENTO células Endoteliais
ENDOTELIAL VASCULAR • Media a angiogêneses.
FCE • Media a angiogênese
FATOR DE CRESCIMENTO • Mitogênico para fibroblastos, cél.
EPIDÉRMICO Queratinócito e endoteliais
FCH
FATOR DE CRESCIMENTO • Media a regeneração
DE HEPATÓCITOS
FGF
• Media a organização e regeneração
FATOR DE CRESCIMENTO
de tecido
DE FIBROBLASTOS
• Incentiva a geração de novos
FGF-9
folículos

Fonte: Arshdeep & Kumaran (2014)

Devemos lembrar que os fatores de crescimento começam a ser liberados


do momento da coleta até a aplicação, ou seja, temos perda, por isso alguns

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detalhes são extremamente importantes para termos uma boa quantidade e


qualidade de fatores no momento da aplicação.

Podemos ter perda dos fatores de crescimento em:


 Venopunção: Ao garrotear temos máximo 2 minutos para coleta, após
isso começa perder fatores de crescimento.
 Centrifugação: Algumas plaquetas já são ativadas durante a centrifugação
devido a efeitos mecânicos
 Endogenamente as plaquetas são ativadas pelo colágeno, o sangramento
induzido por agulhas durante a injeção do PRP também pode contribuir com
fatores de coagulação endógeno. A ativação exógena através da adição de
substâncias estranhas como CaCI2 parece estar se tornando menos popular.
 Fibroblastos, leucócitos mononucleares e células tronco mesenquimais
são atraídos pelo PRP e sua proliferação é estimulada. Além disso a maior
secreção de ácido hialurônico endógeno e pró colágeno do tipo 1 pelo fibroblasto
Inúmeros estudos publicados apontam o PRP como um tratamento 100%
autólogo, portanto, com baixo risco colateral.
Entre os efeitos clínicos podemos citar:
 Textura de pele.
 Luminescência.
 Hidratação.
 Espessura e elasticidade da pele.
 Aumento do volume.
 Oxigenação olheiras.
 Aumento do número de folículo piloso

PRÉ PROCEDIMENTO

Diversos estudos publicados mostram que algumas precauções são


necessárias na pré aplicação, para obtermos um excelente resultado, como:

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 Não consumir carboidrato e lactose por 12 horas antes da coleta


sanguínea.
o Queremos os fatores de crescimento que estão dentro das plaquetas, só
que esses alimentos fazem com que elas sejam liberadas dentro do tubo de
coleta.
 Jejum de 4 horas de alimentos sólidos, mas deve aumentar a ingestão de
água (FIGURA 2).
o Obter uma melhor qualidade e quantidade dos fatores de crescimento

FIGURA 2 – QUALIDADE DO PLASMA.

Fonte do autor 2019

É sempre interessante solicitar ao paciente um hemograma completo,


devemos lembrar que nosso paciente é nossa matriz, portanto qualquer
alteração nele comprometerá nossos resultados. No hemograma devemos
observar:
 Contagem de plaquetas, abaixo 125.000 não pode realizar PRP.
 Ferro sérico e Ferritina.
o se tem algum tipo de anemia aguda não pode PRP.
 Zinco.

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o se estiver baixo não terá um colágeno bom para resultado.


 TSH e T4L.
o Analisa a tireoide: hiper ou hipotireoidismo.
 Fator antinuclear – FAN.
o demonstra se tem doença autoimune.
 Glicemia em jejum.
o Se estiver alta não pode PRP.

Assim como existe uma série de medicamentos que também comprometem o


resultado do PRP, são eles:
MEDICAÇÃO INTERRUPÇÃO ANTES REINÍCIO PÓS
PRP PRP
ABCIXIMAB 48 hrs 2 hrs
ÁCIDO 8 – 9 dias 2 hrs
ACETILSALICÍLICO
(ASPIRINA)
APIXABAN 26 – 30 dias 4 – 6hrs
CLOPIDOGREL 7 dias 6 hrs
DABIGATRAN 7 dias 5 dias
EPTIFIBATIDE 4 – 8 hrs 2 hrs
FONDAPARINUX 36 – 42 hrs 6 – 8hrs
HEPARIN 2 – 4 hrs 1 hr
ANTI- 24 hrs 2 hrs
INFLAMATÓRIO
NÃO ESTEROIDE
HEPARINA DE Profilático:10–12 hrs P: 6-8 hrs
BAIXO PESO Terapêutico: 24 hrs T: 2-4 hrs
MOLECULAR
PRASUGREL 7 – 10 dias 6 hrs
RIVAROXABAN 22 – 26 hrs 4 – 5hrs
TICAGRELOR 5 dias 6 hrs
TIROFIBAN 4 – 8 hrs 2 hrs
WARFARIN 4 – 5 hrs 2 hrs

Atenção! Todos esses medicamentos devem ser conversados com médico


responsável do paciente para verificar a disponibilidade de seguir a interrupção.

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VENOPUNÇÃO

Punção venosa periférica consiste na introdução de um cateter venoso na


luz de uma veia superficial, de preferência de grande calibre. Para obtenção do
sangue é colhido em tubo azul contendocitrato de sódio que interrompe cascata
de coagulação.
A escolha do local de punção representa uma parte vital do procedimento.
O local de preferência para as venopunções é a fossa cubital, na área anterior
do braço, em frente e abaixo do cotovelo, onde está localizado muitas veias,
relativamente próximas à superfície da pele. As veias dessa localização variam
de pessoa para pessoa, entretanto, há dois ti pos comuns de regimes de
distribuição venosa: um com formato de H e outro se assemelhando a um M. O
padrão H foi assim denominado devido às veias que o compõem (cefálica,
cubital mediana e basílica) distribuírem-se como se fosse um H. Ele representa
cerca de 70% dos casos. No padrão M, a distribuição das veias mais
proeminentes (cefálica, cefálica mediana, basílica mediana e basílica)
assemelha-se à letra M. Quando as veias da fossa cubital não estão disponíveis
ou são inacessíveis, as veias do dorso da mão também podem ser utilizadas
(FIGURA 3).

FIGURA 3 – FOSSA CUBITAL.

Fonte: https://images.app.goo.gl

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O tempo de garrote não pode exceder 2 min, senão


o endotélio vascular das veias libera tromboplastina
tissular que ativa as plaquetas antes do tempo e liberam
fatores de crescimento no endotélio vascular e
concentração plaquetário será vazio.
Passo a passo para venopunção
 Abrir scalp de borboleta 23G.
 Rosquear no canhão.
 Posicionar braço do paciente na altura. do ombro.
 Assepsia com álcool ou clorexidina.
 Secar com algodão
 Garrotear o braço.
 Retirar proteção da agulha.
 Fazer punção em ângulo de 30° com bizel para cima, inserir 1 cm agulha.
 Inserir primeiro tubo no canhão.
 Lembre se desgarrotear e abrir a mão.
 Conforme encher o tubo, trocar pelo tubo vazio.
 Homogeneizar imediatamente o tubo.
 Tirar último tubo e tirar agulha, pressionar com algodão.
 Não dobrar o braço para não dar hematoma.
 Colocar curativo.

Problemas que podem ocorrer na Venopunção:


 Interrupção do fluxo de sangue
o Retornar um pouco a agulha e girar levemente o canhão.
 Veia transfixada pela agulha
o Se entrou muito agulha, só retroceder um pouco.
 Penetração parcial da veia

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o Senão tiver entrado muito agulha, já terá extravasamento o que levará


hematoma, faça compressa de gelo logo depois.
 Colateramento venoso
o Afrouxar garrote e o sangue volta.
 Se precisar fazer 2 punções aguarde 2 minutos

HEMÓLISE

A hemólise tem origem do grego hemo (sangue) e lyse (ruptura),


referindo-se à liberação de componentes intracelulares para o meio extracelular,
principalmente do conteúdo das hemácias, mas também dos trombócito e
leucócitos. Após a etapa de centrifugação, a hemólise torna-se visível no soro ou
plasma, gerando uma coloração avermelhada de variável intensidade,
decorrente da presença da hemoglobina de hemácias lisadas (FIGURA 4).

FIGURA 4 – HEMÓLISE.

Fonte: https://images.app.goo.gl

Podemos evitar a hemólise de algumas formas:


 Deixar álcool secar antes da punção.
 Evite usar agulha de menor calibre.
 Não colha em área com hematoma.

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 Bizel sempre para cima.


 Posicionar 30° de ângulo.
 Homogeneizar imediatamente pós coleta.

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A CENTRIFUGAÇÃO

Devemos lembrar que no Brasil não temos uma centrífuga específica para
o PRP, assim cada centrifuga tem um protocolo, na primeira centrifugação
usamos uma média de 10 minutos com 1.700RPM ou 8 minutos com 2.000 RPM
e na segunda centrifugação 8 minutos por 3.000 RPM somente plaquetas
(FIGURA 5). Isso se faz necessário justamente por não termos uma centrífuga
própria para PRP.

FIGURA 5 – CENTRÍFUGA.

Fonte: do autor 2020

Tubos devem ser colocados simétricos e em


mesmo número.

APLICAÇÃO
Pode ser realizada com seringa e agulha 0,30x13
fazendo aplicação em pápulas, indicativo que está

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depositando o produto na derme (FIGURA 6), e/ou com caneta de


microagulhamento com agulha 36 ou 42 pontas (TABELA 2).
FIGURA 6 – APLICAÇÃO EM PÁPULAS.

Fonte: do autor 202

TABELA 2 – PROFUNDIDADE MICROAGULHAMENTO.

PROFUNDIDADE
REGIÃO OBJETIVO DO TRATAMENTO
AGULHA

FRONTAL 1,0 Suavização da pele, melhora da


estrutura da pele e de linhas e
rugas discretas

PERIORBITAL 0,5 Redução de linhas e rugas finas

PÁLPEBRA INFERIOR 0,5 Tonificação da pele

REGIÃO LÁBIO 1,0 Melhora na estrutura, tonificação e


SUPERIOR E melhora das linhas
INFERIOR

NASOLABIAL 1,0 Melhora da estrutura da pele,


tonificação

MENTO 1,0 Melhora na estrutura da pele

MALAR 0,5 – 1,0 Melhora na estrutura da pele

PESCOÇO E COLO 1,0 Melhora da estrutura da pele,

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tonificação

O PLASMA GEL

Os primeiros relatos sobem plasma gel foram feitos por Green et al


(1997), e está relacionado aos estudos na linha de pesquisa das colas teciduais,
mais especificamente ao estudo dos processos de obtenção de cola de fibrina
autóloga.
Na criação do plasma gel, partimos da base do PRP pronta após a
primeira centrifugação, a ativação de PRP + PRF, contém fibrina que fornece
maior consistência e resistência do que o plasma normal. Este é um
hemocomponente, que passando por um processo térmico, ocorrendo a
desnaturalização das proteínas do plasma se convertendo em um elemento
biocompatível com a capacidade volumização. Este gel, que apresenta
propriedades adesivas, hemostáticas e cicatrizantes, tem sido utilizado em
diversos procedimentos cirúrgicos e estéticos.
As indicações para o plasma gel são: preenchimento sulco nasogeniano,
mandibular, malar e lábios, rejuvenescimento das mãos.
Uma das maiores vantagens deste procedimento é o fato de você escolher a
densidade que deseja atuar dependendo do seu objetivo, utilizamos três
densidades:
 BAIXA DENSIDADE
o Mesma densidade do Skinbooster.
o 3 minutos com temperatura 90°C.
 MÉDIA DENSIDADE
o Utilizado para preenchimento sulcos, malar, mandibular e lábios.
o 5 minutos com temperatura 90°C.
 ALTA DENSIDADE
o MD codes e lábios.

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o 6 minutos temperatura 90°C.

Lembrando que esse tempo e temperatura é a média descrita na


literatura, pode variar de acordo com cada equipamento incubadora utilizado.
Em termos de durabilidade, depende do paciente, mas em média 4 a 6 meses,
mas devo lembrar que não se trata somente de um volumizador e sim de um
bioestimulador também, ou seja, a região trabalhada nunca volta como antes.
Quando comparamos com o ácido hialurônico tradicional a maior diferença é que
o plasma gel irá bioestimular e volumizar, enquanto o ácido hialurônico irá
hidratar e volumizar.

CONTRAINDICAÇÕES

• Gravidez ou amamentação.
• Infecção na área de tratamento (por exemplo, herpes simplex e acne).
• Doenças sistêmicas autoimunes (por exemplo, lúpus eritematoso
sistêmico).
• Pacientes com história de formação de cicatriz hipertrófica ou queloidiana.
• Distúrbios de coagulação (por exemplo, trombocitopenia e uso de
anticoagulante).
• Uso de Accutane nos últimos seis meses.
• Atrofia da pele (por exemplo, uso crônico de esteroides e síndromes
genéticas, como a de Ehlers-Danlos).
• Pacientes imunossuprimidos.
• Dermatoses ativas na área de tratamento (por exemplo, vitiligo, psoríase
e eczema).
• Condição sistêmica não controlada.
• Reação anafilática prévia.
• Múltiplas alergias severas.
• Sensibilidade ou alergia a constituintes de produtos de preenchimento
dérmico.
• Transtorno dismórfico corporal.

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• Expectativas irrealistas.

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REFERÊNCIAS

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