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COLÉGIO ESTADUAL DA POLÍCIA MILITAR DE GOIÁS – HUGO DE CARVALHO RAMOS


ATIVIDADE COMPLEMENTAR
ANO LETIVO 2022 RECUPERAÇÃO
SEMESTRAL
Série Turma (s) Turno
1ª Série do Ensino Médio ABCDEFGHIJ MATUTINO
Professor: Nilton Ururahy Disciplina: Cultura Goiana
Aluno (a): Nº da chamada:
Visto do Professor Nota da Atividade
Data: / / 2022

Escola de Civismo e Cidadania

ATIVIDADE REFERENTE À PRÉ-HISTÓRIA EM GOIÁS E PERÍODO COLONIAL EM


GOIÁS

1. (Ueg) Grande parte da presença humana na Terra é explicada pelos historiadores tendo como referência o
termo “pré-história”.
Sobre esse período, discorra sobre os seguintes tópicos:

a) o significado da revolução neolítica;


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b) as limitações conceituais do termo “pré-história”.


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2. “Da largura que a terra do Brasil tem para o sertão eu não trato, porque até agora não houve quem a andasse
por negligência dos portugueses, que, sendo grandes conquistadores de terras, não se aproveitam delas, mas
contentam-se em andar arranhando ao longo do mar como caranguejos”.

(História do Brasil, de Frei Vicente do Salvador -1627)

O documento histórico do século XVII de Frei Vicente destaca a carência de um projeto colonizador para o sertão
no Brasil. Assim, a colonização portuguesa nos primeiros duzentos anos foi efetiva nas regiões litorâneas
brasileiras.

De acordo com os estudos em sala de aula, indique e explique dois fatores que demostram o desinteresse inicial
da Coroa português em colonizar efetivamente as terras do sertão (interior) brasileiro.
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3. Ao mineiro, sempre apressado e inquieto, faltavam o tempo e a paciência para atrair o índio mediante uma
política pacífica. A invasão dos seus territórios e as perseguições de capitães-do-mato, respondiam os índios
com contínuas represálias”

(PALACÍN, Luís. História de Goiás).

O historiador Luís Palacín destaca a violência colonizadora com descoberta do ouro nas terras que hoje se
denominada Goiás. Uma das consequências “das contínuas represálias” foi o genocídio dos habitantes originais
da região.

De acordo com esse período da história brasileira e goiana, identifique e explique os fatores que contribuíram
para o genocídio de diversas populações e etnias indígenas que habitavam as terras brasileiras e goianas.
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4. Observe a imagem:

Bandeirantes de apresamento escoltando prisioneiros nativos, tela de Jean-Baptiste Debret.

Leia as referências historiográficas:

Texto 01

Neste caso, como em quase tudo, os adventícios [que chegaram depois] deveriam habituar-se às soluções e muitas
vezes aos recursos materiais dos primitivos moradores da terra. Às estreitas veredas e atalhos que estes tinham
aberto para uso próprio nada acrescentariam aqueles de considerável, ao menos durante os primeiros tempos.
Para o sertanista branco ou mameluco, o incipiente sistema de viação que aqui encontrou foi um auxiliar tão
prestimoso e necessário quanto o fora para o indígena. Donos de uma capacidade de orientação nas brenhas
selvagens, em que tão bem se revelam suas afinidades com o gentio, mestre e colaborador inigualável nas
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entradas, sabiam os paulistas como transpor pelas passagens mais convenientes as matas espessas ou as
montanhas aprumadas, e como escolher sítio para fazer pouso e plantar mantimentos.

(HOLANDA, Sérgio Buarque de. Caminhos e Fronteiras. São Paulo: Companhia das Letras, 2008, pág. 19).

Texto 02

Ilha do Bananal, atual Estado de Tocantins, ano de 1750. Um grupo de homens descalços, sujos e famintos se
aproxima de uma aldeia carajá. Cautelosamente, convencem os índios a permitirem que acampem na vizinhança.
Aos poucos, ganham a amizade dos anfitriões. Um belo dia, entretanto, mostram a que vieram. De surpresa,
durante a madrugada, invadem a aldeia. Os índios são acordados pelo barulho de tiros de mosquetão e correntes
arrastando. Muitos tombam antes de perceber a traição. Mulheres e crianças gritam e são silenciadas a golpes de
machete. Os sobreviventes do massacre, feridos e acorrentados, iniciam, sob chicote, uma marcha de 1500
quilômetros até a vila de São Paulo – como escravos.

(TORAL, A. e BASTOS, G. Os brutos que conquistaram o Brasil. In: Revista Superinteressante, abril de 2000.
Fonte: http://super.abril.com.br/historia/brutos-conquistaram-brasil-441292.shtml).

As referências historiográficas enfatizam o processo das entradas e das bandeiras, que foram expedições de
desbravamento territorial, que ocorreram no Brasil Colônia entre os séculos XVII e XVIII.

Sobre o bandeirismo, identifique a composição étnico-social e indique os principais objetivos das bandeiras.
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05 – Observe a fotografia:

Leia o documento:

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[…] se me representou que, pelas notícias que tinham adquirido com as entradas que haviam feito pelos sertões
dessa América, se lhes fazia certo haver neles minas de ouro e prata, e pedras preciosas, cujo descobrimento
senão havia intentado pela distância em que ficaram as tais terras, aspereza dos caminhos, e povoações de índios
bárbaros que nelas se achavam aldeados; […] e porque deste descobrimento de minas podiam resultar grandes
interesses à minha fazenda, se ofereciam a me irem fazer esse serviço tão particular, à sua custa, não só
conquistando com guerra aos gentios bárbaros que se lhes opuserem mas também procurando descobrir os
haveres que nas ditas terras esperavam achar, […] e que fazendo o serviço que se ofereciam esperavam ser-lhes
remunerado com as honras e prêmios.

(Resposta de D. João V ao pedido de licença dos bandeirantes, 14 de fevereiro de 1721. In: PALACÍN, Luís;
GARCIA, Ledonias; AMADO, Janaína. História de Goiás em documentos. Goiânia: Editora da UFG, 1995. p.
22).

A fotografia mostra duas estátuas que representam bandeirantes paulistas do século XVII e trazem conteúdos de
uma mitologia criada em torno desses personagens históricos. O documento remete às relações entre o Rei
português e os colonos (bandeirantes), no período colonial no Brasil, estabelecendo que a recompensa dos
bandeirantes estaria assegurada em caso de sucesso da expedição.

Sobre a representação do bandeirante da história do Brasil, analise a mitologia construída em torno dos
bandeirantes paulistas e indique dois aspectos da atuação dos bandeirantes que, em geral, são omitidos por essa
mitologia.
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6. Observe o mapa:

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Leia os fragmentos acadêmicos:

Texto 01

“Por mais de um século o Brasil foi o principal exportador mundial de açúcar. De 1600 a 1650 o açúcar respondia
por 90% a 95% dos ganhos brasileiros com exportações. Mesmo no período em torno de 1700, quando o setor
açucareiro declinou, ele continuava a representar 15% dos ganhos do Brasil com exportações.”

(SKIDMORE, Thomas E. Uma história do Brasil. São Paulo: Paz e Terra, 1998, p. 36).

Texto 02

"Durante sua permanência no Brasil, os holandeses adquiriram o conhecimento de todos os aspectos técnicos e
organizacionais na indústria açucareira. Esses conhecimentos vão constituir a base para a implantação e
desenvolvimento de uma indústria concorrente, de grande escala, na região do Caribe".

(FURTADO, Celso. Formação econômica do Brasil. São Paulo: Cia. Editora Nacional, 1997).

As referências acadêmicas abordam a queda de rendimento do setor açucareiro brasileiro a partir da segunda
metade do século XVII. A crise do açúcar, então, estimulou a Coroa portuguesa e alguns colonos a promoverem
expedições que visavam procurar riquezas no interior brasileiro.

Sobre os desdobramentos da crise do açúcar do século XVII, destaque dois fatores que incentivaram a
organização das bandeiras e explique a importância da capitania de São Vicente no processo de formação dessa
expedição.
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07. Observe a imagem:

Anchieta e Nóbrega na cabana de Pindobuçu, de Benedito Calixto, 1920.

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Leia o fragmento acadêmico:

A estratégia da penetração para o sertão, se foi amplamente aproveitada pelos colonos de São Paulo, nasce na
prática da conversão jesuítica. (...) Embora por razões opostas, tanto as incursões dos jesuítas, tímidas é
verdade, não se embrenhando muito além do núcleo piratiningano, como as bandeiras e as entradas dos colonos
tinham um mesmo objetivo: o índio.

(TORRÃO FILHO, Amílcar. A cidade da conversão: a catequese jesuítica e a fundação de São Paulo de
Piratininga. Revista USP. São Paulo, n.º 63, 2004).

O fragmento acadêmico enfatiza elementos que estimularam conflitos entre bandeirantes e jesuítas em torno da
figura do nativo. No decurso das bandeiras, os bandeirantes invadiram e destruíram importantes missões: Guairá,
entre 1629 e 1632; Itatim, em 1633; e Tape, por volta de 1636.

Sobre a invasão e a destruição das missões no Brasil Colônia, explane duas motivações que excitaram os conflitos
envolvendo os bandeirantes e os jesuítas.
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8- (Uerj 2012)

A Estrada Real, nos dias de hoje, é a reunião dos vários caminhos construídos no Brasil-Colônia, principalmente
nos séculos XVII e XVIII, para o transporte das riquezas do interior para o litoral do Rio de Janeiro, de onde
seguiam para a metrópole portuguesa. São 1.512 km que permitem mergulhar na história brasileira. A circulação
de pessoas, mercadorias e riquezas era obrigatoriamente feita por aqueles caminhos, constituindo crime de lesa-
majestade a abertura de outros não autorizados pela administração metropolitana.

Adaptado de http://360graus.terra.com.br

A expansão da colonização na América portuguesa, nos séculos XVII e XVIII, ocasionou o surgimento de novas
atividades econômicas, de núcleos de povoamento e de caminhos e estradas, como os que compuseram a Estrada
Real.
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Cite a principal atividade econômica que condicionou o surgimento dos caminhos da Estrada Real e identifique
dois interesses da Coroa portuguesa em controlar esses caminhos, no decorrer do século XVIII.
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09- (Ufg) Leia o fragmento a seguir:

[...] pois que sendo menor o número das fábricas de mineirar que ficam ao sul de São Félix, elas renderam ao
quinto na Casa Real de Fundição, em 1777, 216 marcos de ouro, e as do norte, 38 marcos. Isso demonstra que,
apesar da maior extensão do terreno e o maior número de escravos ocupado no exercício de mineirar, há muito
extravio do ouro e a necessidade de empregar a maior vigilância para evitar esse roubo no norte.

Relatório do governador José de Vasconcelos. In: PALACÍN, Luís et al. "História de Goiás em documentos".
Goiânia: Ed. da UFG, 2001. p. 97-98. [Adaptado].

O documento acima ressalta as dificuldades da coleta do tributo régio do quinto. No que se refere à mineração na
capitania de Goiás colonial e ao controle da extração aurífera,

a) explique a razão da diferença de arrecadação do quinto entre as regiões mineradoras do norte e do sul;
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b) analise a função desempenhada pelas duas Casas Reais de Fundição (Vila Boa e São Félix).
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10- (Ufrj) "Cada ano, vêm nas frotas quantidade de portugueses e de estrangeiros, para passarem às minas. Das
cidades, vilas e recôncavos e sertões do Brasil, vão brancos, pardos e pretos, e muitos índios, de que os paulistas
se servem. A mistura é de toda a condição de pessoas: homens e mulheres, moços e velhos, pobres e ricos, nobres
e plebeus, seculares e clérigos, e religiosos de diversos institutos, muitos dos quais não têm no Brasil convento
nem casa".

(André João Antonil, "DAS PESSOAS QUE ANDAM NAS MINAS E TIRAM OURO DOS RIBEIROS", in
Cultura e opulência do Brasil, 1a edição 1711)

A corrida do ouro às minas brasileiras ocorrida nas primeiras décadas do século XVIII, proporcionou
significativas mudanças na economia e na sociedade coloniais.

Identifique duas importantes transformações ocorridas na sociedade colonial a partir do ciclo do ouro, em Minas
Gerais, no século XVIII.
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