O documento discute 3 tópicos principais:
1) O ciclo das cheias no rio e como ele afeta as comunidades locais e o ambiente;
2) Como as cheias permitiam práticas de lazer, pesca e turismo nas prainhas ao longo do rio;
3) Como o rompimento da barragem perturbou o ciclo natural das cheias, trazendo lama e água contaminada para além das três quilômetros considerados seguros, afetando assim as comunidades ribeirinhas.
Descrição original:
analise antropologica questões sobre vivencia de rio paraopeba caderno etnografico autoral
O documento discute 3 tópicos principais:
1) O ciclo das cheias no rio e como ele afeta as comunidades locais e o ambiente;
2) Como as cheias permitiam práticas de lazer, pesca e turismo nas prainhas ao longo do rio;
3) Como o rompimento da barragem perturbou o ciclo natural das cheias, trazendo lama e água contaminada para além das três quilômetros considerados seguros, afetando assim as comunidades ribeirinhas.
O documento discute 3 tópicos principais:
1) O ciclo das cheias no rio e como ele afeta as comunidades locais e o ambiente;
2) Como as cheias permitiam práticas de lazer, pesca e turismo nas prainhas ao longo do rio;
3) Como o rompimento da barragem perturbou o ciclo natural das cheias, trazendo lama e água contaminada para além das três quilômetros considerados seguros, afetando assim as comunidades ribeirinhas.
O rio em sua historicidade realiza ações não intencionais e produz efeitos nas
comunidades. O acúmulo de práticas entre as diferentes coisas e o rio tem
temporalidades marcadas, momentos de maior ou menor importância, e vão constituindo sinais que, quando seguidos, podem nos permitir enxergar sua linha de habitabilidade. Trata-se também de estabelecer noções de conhecimento socionatural suscitadas a partir das coordenações entre os agentes e as coisas que perfazem essa assembleia. Pensar em assembleias através do texto de Tsing é pensar a multiplicidade de seres e coisas que se encontram reunidos na paisagem,
CICLO DA PIRACEMA
CASO DO PESCADOR E CONHECIMENTO CINÉTICO DA CONTAMINAÇÃO (TABELA)
CICLO DAS CHEIAS
PERCEPÇÃO DA MUDANÇA DO RIO DPS DO ROMPIMENTO (COLORAÇÃO)
A LAMA NO FUNDO DO RIO (PRESENÇAS)
CHEIAS ANTES: APOSTAS, VÁRZEA FERTILIZADA
PRAINHAS As cheias também dão possibilidade às cadeias de ações ligadas ao turismo, lazer e pesca. As prainhas não são exclusivas dos momentos de cheias, pois existem como formação natural em alguns pontos do rio, mas quando há o transbordo esses espaços se multiplicam e assim se intensificam as práticas coordenadas associadas a essas paisagens
PERTURBAÇÃO PÓS ROMPIMENTO
O evento do transbordo traz novamente a lama para o plano visível, tocável, aparente na paisagem. Ao visitar o sítio de Antônio, ele me conta que essa cheia se diferenciava das outras grandes cheias, coisa que ele e outras pessoas da comunidade associavam ao Rompimento. Nas enchentes anteriores o transbordo trazia “um barro que sujava a várzea e empoçava uma água clara. Dessa vez a água está com uma cor estranha e a coisa mais esquisita é que, nos outros anos, vinha uma chuva rápida e forte nos dias seguintes e escorria o barro 3 dias depois da enchente. Esse janeiro choveu mais de 150 mm em 3 dias depois da enchente e não limpa a braquiária por nada” (depoimento registrado em caderno de campo, no dia 07/02/2020).
POÇOS ARTESIANOS ANTES DO TRANSBORDO: PODIA 3 KM
PERTURBAÇÃO PÓS ROMPIMENTO NO TRANSBORDO:
A utilização dos poços artesianos sempre gerou dúvida nas comunidades, mas com o decorrer do processo os órgãos estabeleceram que os poços artesianos que estavam a uma distância maior do que três quilômetros estavam aptos a serem utilizados. Mas o transbordo daquele ano vazou distância maior que 3 quilômetros em algumas comunidades. Então esse dano é intensificado porque muitos poços artesianos receberam água contaminada na grande cheia, inclusive de Antônio.
De realidade fraturada a patrimônio cultural: o rompimento da barragem da Samarco e a patrimonialização da Capela de Santo Antônio em Paracatu de Baixo