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Cuiabá
2021
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1. Apresentação
estes entrevistadores erraram 54% de seus diagnósticos, não conseguindo identificar metade
das mentiras contadas no experimento.
Em comparação, entrevistadores treinados em FACS e SCAnR atingem média de
mais de 90% de assertividade, chegando a 96% (Paul Ekman), sendo efetivamente mais
precisos do que aparelhos destinados a detecção de conduta dissimulativa como o polígrafo,
que possui índice de assertividade máxima de até 86%. A discrepância de resultados obtidos
pelo técnico treinado em FACS e SCAn-R e o polígrafo ocorre porque o aparelho tende a
gerar falsos positivos, por não diferenciar sinais reais de dissimulação de possíveis alterações
psicofisiológicas ocasionadas por desconfortos fisiológicos, emoções como raiva e medo que
geram sensações como excitação e estresse, congruentes com o contexto por também serem
plausíveis de ocorrer em relatos verdadeiros, induzindo ao erro de diagnóstico.
Tecnicamente o polígrafo, pela definição de Alcântara (2015) é:
“O polígrafo, aparelho também conhecido como detector de mentiras é
composto por um conjunto de sensores que medem o ritmo da respiração, a
pressão sanguínea, os batimentos cardíacos e o suor na ponta dos dedos da
pessoa examinada. Seu funcionamento se baseia na teoria de que essas reações
do organismo se alteram quando se mente. Um teste de polígrafo também é
conhecido como um exame de detecção psicofisiológica de fraude”.
Alcântara, Jesseir C. – Juiz de Direito e Professor
Disponível em: Detector de mentiras vale como prova ? | Policia Civil do Estado
de GoiásPolicia Civil do Estado de Goiás .
As figuras 1.1, 1.2, 1.3, 1.4, 1.5, 1.6, 1.7, 1.8, 1.9 e 1.10 abaixo discriminam as
questões da pesquisa e seus respectivos percentuais de acerto:
Figura 1.1 – Percentual de acertos na Questão 1 Figura 1.2 – Percentual de acertos na Questão 2
Figura 1.3 – Percentual de acertos na Questão 3 Figura 1.4 – Percentual de acertos na Questão 4
5
Figura 1.5 – Percentual de acertos na Questão 5 Figura 1.6 – Percentual de acertos na Questão 6
Figura 1.7 – Percentual de acertos na Questão 7 Figura 1.8 – Percentual de acertos na Questão 8
Figura 1.9 – Percentual de acertos na Questão 9 Figura 1.10 – Percentual de acertos na Questão 10
Figura 4.3.1: Entendimento do assunto abordado Figura 4.3.2: Dificuldade de resolução das questões
Figura 4.3.4: Grau de interesse pessoal no assunto Figura 4.3.5: Grau de interesse pessoal no assunto
Figura 4.3.6: Estudos científicos realizados Figura 4.3.7: Interesse por novas perspectivas de interação
6. Conclusões da Pesquisa
Em resumo, a pesquisa se mostrou coerente com outras do mesmo tema
anteriormente apresentadas pelos artigos científicos citados, quanto a seu grau de dificuldade
em relação ao público-alvo (voluntários sem treinamento em FACS e SCAnR), quanto a
objetividade e aos resultados obtidos. A pesquisa de opinião demonstrou alto grau de
aceitação e interesse pelo tema por parte das pessoas que realizaram a pesquisa pela
relevância que o assunto encerra, demonstrado respectivamente nos gráficos das Figuras 1.14
e 1.15, onde 99% das pessoas demonstraram interesse pessoal em aprofundar conhecimentos
no tema e 87% das pessoas se sentiram incentivadas a estudar o tema pela forma como o
assunto foi abordado na pesquisa. Através do gráfico da Figura 1.17, 92% dos participantes
consideraram a relevância e o interesse por novas perspectivas nas interações com as outras
pessoas, pelo conhecimento de técnicas para melhor interpretação de sinais verbais e não
verbais no cotidiano.
Observa-se também a relação inversa entre o índice de entendimento do assunto e
sua aplicabilidade, o primeiro demonstrado no gráfico da Figura 1.12, onde 94% das pessoas
julgaram fácil o entendimento dos conceitos apresentados e a segunda, demonstrada no
gráfico da Figura 1.13, onde 60% das pessoas encontraram dificuldades em aplicar os
conceitos na prática, denotando que a falta de métodos de aplicação do conhecimento e a falta
de prática podem facilmente induzir a um erro de diagnóstico preciso, evidenciado na média
de pontuação geral da pesquisa onde 73% das pessoas (todas sem treinamento em FACS e
SCAnR) obtiveram de 1 (um) até 5 (cinco) pontos marcados, conforme o gráfico da Figura 1.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Alcântara, Jessier C., - Detector de mentiras vale como prova?; Polícia Civil do Estado de
Goiás. Disponível em: Detector de mentiras vale como prova ? | Policia Civil do Estado de
GoiásPolicia Civil do Estado de Goiás . Acesso em 12 Nov 2020.
DePaulo, Bella M.; Bond, Charles F. Jr; Accuracy of Deceptions Judgments. Personality and
Social Psychology Review, (2006, p.214-234).
Ekman, Paul; O’Sullivan, M.; Frank M. G.; A Few Can Catch A Liar, American
Psychological Society, v. 10, n. 3, p. 265-Table 2. May. 1999.
Ekman, Paul et al., What the Face Revels; Oxford University Press, 2005.