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Estruturas de mercado

- Caracterização do ambiente das trocas


. Mercado
. Estrutura de mercado
. Taxonomia ou classificação dos mercados
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1) Mercado: é definido como todos os elementos corpóreos e
incorpóreos envolvidos no ato de troca. O bem ou serviço, os
vendedores, os compradores, o espaço e estrutura física, incluindo
meios de comunicação, são seus elementos corpóreos. As normas
formais e informais e os costume são seus elementos incorpóreos.
Todos esses elementos formam o ambiente no qual se realizam as
trocas de um determinado bem ou serviço.
É um ambiente no qual se realiza as trocas, de um bem ou serviço.
É preciso um contexto, espaço, troca de informação, aproximação,
contato físico, normas para regularização, tudo isso para se ter a
troca.
2) Estrutura de mercado: é a caracterização desses elementos
corpóreos e incorpóreos. Por exemplo, o número de vendedores e
compradores, o tamanho relativo de cada vendedor e comprador, a
existência ou não de marcas (logomarcas) e/ou diferenciação
tecnológica, são bons exemplos dessa caracterização.
3) Taxonomia ou classificação dos mercados: representa um
recurso analítico que explora as características de mercado para a
elaboração de modelos teóricos que serão usados no
desenvolvimento de pesquisas sobre dinâmica de mercados, a
exemplo dos estudos sobre a formação de preços, noçao de
tecnologia, tipos de concorrência, eficiência de mercado, conduta
dos agentes, etc. São mercados que têm característica em comum.
Um modelo teórico elaborado pra um tipo de mercado, não
consegue explicar um outro tipo de mercado, um mercado diferente.
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Caracterização dos vendedores e compradores
- Uma taxonomia essencial
. Mercado atomizado
. Mercado não atomizado
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1.1) Mercado atomizado: “configura-se como uma estrutura em
que grande número de agentes toma decisões no mercado, porém
cada decisão individual não consegue ser captada pelo restante. As
decisões tomam um cunho individual e não conseguem surtir efeito
sobre o restante de transações que estão sendo realizadas. Em
mercado atomizado, uma empresa não consegue saber quais as
decisões que as empresas concorrentes estão tomando, e os
consumidores não têm clareza sobre as condições em que seus
pares estão realizando suas aquisições. Neste tipo de situação, os
consumidores e vendedores são tomadores de preço, e desta
maneira não têm poder para influenciar na formação do mesmo”.
(Cario, 2008).
O indivíduo não precisa pensar nos demais, no que sua decisão vai
acarretar aos outros mercados, os mercados concorrentes não tem
ciência. A oferta e demanda são atomizadas. Não existe interações
individuais. A história muda se todos os vendedores aumentarem a
produção, ou tomaram uma mesma decisão, ai têm-se um impacto
e fere a característica de mercado atomizado. Essas decisões
(tomadores de preço) são tomadas observando o preço, como ta o
preço de mercado, quanto que os vendedores estão pedindo,
pedindo x reais, eu vou decidir a quantidade que vou consumir e
comprar com base nesses x reais, não pode pegar esse valor e
pagar menos... controle de preço e quando vendedor ou
consumidor tem poder de fixar preço pra menos ou pra mais e
efetivar o ato de compra e de consumo, compra bem e pega o
preço que ele deseja, famosa pechincha... tomador de preço não
tem controle sobre preço do ponto de vista individual, seja
consumidor ou vendedor, se formarem uma organização ele impõe
um preço de compra, mais nesse caso não...
2.1) Mercado não atomizado: “refere-se a uma estrutura em que
decisões tomadas por um indivíduo são conhecidas pelos outros,
provocando alterações nas decisões que serão tomadas pelos
demais. Este mercado é, geralmente, composto por um número
restrito de agentes econômicos. Todavia, a ideia central, além do
fato de que existem poucos indivíduos, é que há compartilhamentos
de informações. Essa situação é caracterizada pela falta de
concorrência, podendo implicar desde distorções na concorrência
como na total ausência dela. Neste contexto, é possível que algum
dos agentes econômicos detenha alguma ou até mesmo total
influência na determinação dos preços”. (Cario, 2008).
Os demais agentes serão afetados, o próprio agente quer saber o
que os outro fazem, pois ele é afetado também. Qualquer indivíduo
que toma decisão, os outros são afetados, existe interações entre
as decisões do indivíduo. Não há mais livre
concorrência/concorrência perfeita.
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Caracterização do bem ou serviço
- Uma taxonomia essencial
. Mercado de bem puro
. Mercado de bem imperfeito
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1.3) Mercado de bem puro: “é caracterizado por ben ou serviços
puros ou homogêneos, aqueles que possam ser encontrados no
mercado em um mesmo padrão, sem grandes dificuldades. Em
verdade, estes bens não sao tão fáceis de serem exemplificados
em nosso cotidiano, porém pode-se, como fator de sugestão de
mercados puros, usar a água mineral sem gás, gasolina comum,
flores, cimentos e algun tipos de commodities. A principal questão
que define a ocorrência do mercado puro é o fato de que estes
bens/serviços podem ser substituidos, independente de quem e o
fornecedor.” (Cario, 2008)
Características do produto, são padrões, são idênticas, impossível
distinguir a origem do produto. é puro ou homogêneo. Feijão vindo
da porteira por exemplo. A substituição de produtos é plena, sem
qualquer tipo de pressão para mudança.
2.3) Mercado de bem imperfeito: “é caracterizado por produtos
tidos como diferenciados, ou seja, por produtos que apresentem
algum tipo de característica que os tornem singulares, como um pão
de uma padaria que pode ser melhor que o da padaria ao lado, por
exemplo. Neste caso, ainda que existam bens ou serviços
substitutos, estes não podem ser considerados substitutos perfeitos.
Além dos produtos ou serviços, em diversos casos existem também
alguns tipos de insumos usados na produção que podem
caracterizar diferenciação, tais como: elemento exclusivo de uma
localidade, habilidade específica da mão-de-obra, conhecimento
empregado na fabricação de díficil assimilação, tecnológica, entre
outros.” (Cario, 2008)
Produtos diferenciados, singulares, que tornem diferentes dos
demais. Alguma coisa exclusiva daquele produto. Não são
substitutos perfeitos, a decisão de largar um produto pelo outro
pode ser custoso, pode ser uma questão de pressão ou incentivo
que pode gerar isso, no caso, um exemplo disso pode ser o preço,
ou a marca, algum problema em relação ao produto, entre outros.
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Estrutura de mercado
- Classificação tradicional: No oligopólio pode-se ter bens
diferenciados e bens não diferenciados. Seria oligopólio
concentrado, onde o produto é homogêneo, por exemplo gasolina
caso a gasolina não tivesse marca, insumos químicos, etc, no caso
da gasolina, como ela tem, é oligópolio diferenciado. Oligopólio
concorrencial é onde um determinado número de empresas
abastece pelo menos metade do mercado, e a outra metade é
abastecida por empresas menores.
1.4) Bem diferenciado, é todo aquele que é possível se diferenciar
de outro produtor.
Competição perfeita: produto homogêneo e grande número de
produtores. A decisão pelos produtores não afeta os demais.
Competição monopolística: tem muitos produtores e diferencia-se
seu produto dos demais produtores.
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Estrutura de mercado
- Noções de mercados perfeito e imperfeito
. Mercado perfeito ou de concorrência perfeita
. Mercado imperfeito
. Exemplo de mercados imperfeitos
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1.5) Mercado perfeito ou de concorrência perfeita: é um
mercado com duas características fundamentais: atomização dos
vendedores e dos consumidores e a existência de bem ou serviço
puro. Implícito a essas características tem-se os pressupostos da
informação perfeita sobre preços e produtos e da mobilidade
perfeita para todos os agentes. Não tem barreiras para saída desse
mercado.
1.6) Mercado imperfeito: é qualquer mercado que apresenta
algum tipo de barreira ou restrição que compromete a sua
caracterização de mercado perfeito.
1.7) Exemplos de mercados imperfeitos: monopólio, monopsônio,
oligopólio, oligopsônio, concorrência monopolista.
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Estrutura de mercado
- Monopólios e monopsônios
. Definições
. Conduta
. Condicionantes estruturais
1.8) Definições: monopólio é uma estrutura de mercado onde
existe apenas um vendedor, o qual confronta-se com uma
demanda(consumidores) de mercado atomizada. O monopsônio
representa a situação inversa, com um único comprador
confrontando-se com uma oferta(vários vendedores, um exemplo
pode ser um mercado em uma região remota) de mercado
atomizada. Por definição, não existem substitutos que possam
atingir o grau mínimo de satisfação produzido pelo bem ou serviço
do monopolista,mesmo que haja, a satisfação não é a mesma do
bem monopolista.
1.9) Conduta: em tese, um monopólio depara-se com uma curva de
demanda inelástica(pois o produto não tem substituto), o que
incentiva a redução da quantidade ofertada para forçar a alta de
preço com objetivo de atingir o máximo lucro possível. Na prática,
esta tese nem sempre se confirma, raramente se confirma. Alguns
monopólios derivam da concessão de serviços públicos(exemplo, a
empresa UNIDA, pode ser substituída por aplicativos, que têm uma
satisfação semelhante, que é um problema tecnológico pra ela) e o
governo(ás vezes liberam a patente para não haver monopólio) atua
no sentido de evitar conduta tipicamente monopolista. Quando o
monopólio advém de alguma vantagem tecnológica (patente é um
exemplo típico), existem leis que dão poder ao Estado de interferir
no mercado ou as próprias firma evitam a prática de preços
abusivos para não instigar a reação tecnológica de firmas que têm o
potencial de gerar produtos similares ou substitutos. A empresa
monopolista em termo de tomada de decisão pode ser definida
como um único agente. Aumentar preço e diminuir oferta mesmo
que as vendas caiam, pois a proporção da queda de vendas é
menor do que o faturamento dos preços.
OBS: economista ortodoxos odeiam monopólio por conta do risco
dos monopólios praticarem preços abusivos, reduzindo a
quantidade ofertada.
1.1.1) Condicionantes estruturais: a existência de um monopólio
é condicionada fundalmentalmente pelas barreiras à entrada, isto é,
fatores que bloqueiam a entrada de novos vendedores no mercado
e pela incapacidade ou impossibilidade dos consumidores de
formarem grupos organizados. Essas barreiras podem advir de
condições naturais, técnicas ou institucionais. Exploração de água
potável dentro de propriedade privada em regiões com escassez de
água é um bom exemplo de uma barreira natural. O fornecimento
de energia elétrica é bom exemplo de barreira técnica. A existência
de uma marca ou patente “forte” (pode ser por exemplo uma
patente de pharma) é um bom exemplo de barreira institucional.
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Estrutura de mercado
- Oligopólio e oligopsônios
. Definição
. Conduta
. Condicionantes estruturais
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1.1.2) Definição: oligopólio é um estrutura de mercado onde existe
um número suficientemente pequeno de vendedores para que se
possa observar interações entre eles, os quais confrontam-se com
uma demanda de mercado atomizada. Definindo em outros termos,
é uma estrutura de mercado onde a oferta não pode ser
caracterizada como monopólio nem como atomizada. Oligopsônio é
uma situação inversa, com número pequeno de compradores e
oferta atomizada. Entre as empresas, os produtos são similares ou
substitutos. Mas, fora do grupo, não existem substitutos que
possam atingir o grau mínimo de satisfação produzido pelo bem ou
serviço dos oligopolistas.
1.1.3) Conduta: existem potencialmente vários tipos de conduta. A
formação de cartel (são empresas que entre elas, elas fazem um
acordo, de fixação de preços, se uma subir de preço ou diminuir, as
outras tambpem seguem essa empresa) é uma delas. Por outro
lado, as firmas (desde que estejam em um oligopólio) podem
competir entre elas via preço, quantidade ou tecnologia(a guerra
tecnológica é a mais comum), podendo usar simultaneamente
essas três variáveis como arma competitiva. Em tese, a competição
de preço e/ou tecnológica produz resultantados semelhantes a uma
competição entre grande número de vendedores. Perdas menores
para os vendedores ocorrem com a competição via quantidade,
mas, na prática, não se observa esse tipo de competição. Na
verdade, observa-se que os oligopólios em geral criam diversos
mecanismos para evitar a competição acirrada ou a conduta
monopolista. Bons exemplos são a liderança de preço e a liderança
tecnológica por parte de uma empresa, que são parâmetros para
outras empresas, as seguidoras seguem a líder, no mundo real isso
não é comum de se aparecer. A estrutura oligopolista costuma
evitar essas guerras, carteis também não são comuns na estrutura
oligopolista.
1.1.4) Condicionantes estruturais: a existência de oligopólio é
condicionada fundalmentalmente pelas barreira à entrada, as quais
são formadas na própria dinâmica do mercado. O grupo de firma
bem sucedidas na competição acumulam capacidade produtiva,
financeira, tecnológica e mercadológica, criando assim barreiras
contra a entrada de novas firmas. Poucas empresas conseguem
entrar no mercado e ter poder de fogo, serem competitivas com
essas outras já existentes. A formação do oligopólio não é formado
por barreira natural, institucional, técnica, etc...
Na fase matura não existe barreiras de entrada, sem restrições
alguma, podem entrar e sair do mercado. Daí vai criando e
ocorrendo a concorrência dos demais variáveis fatores. Isso ocorre
antes do oligopólio. Conforme as empresas vão se estabelecendo
ou tendo mais vantagem, mais representatividade que as outras,
elas passam a dominar o mercado, pois acabam ganhando mais
poder que as demais, sendo não só uma somente, mas outras
também. Por conta desse fortalecimento, essa força criada acaba
criando barreiras de entrada(produtiva, financeira, tecnológica,
mercadológica) a outras empresas. Podendo elas cooperarem entre
si, como liderança de preços, cartel, acordos, etc...
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Estruturas de mercado
- Concorrência monopolista
. Definições
. Conduta
. Condicionantes estruturais
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Definições: concorrência monopolista é uma estrutura de mercada
em que a demanda e a oferta são atomizadas(não impacta outros
vendedores/consumidores). Mas,neste caso, existe algum fator ou
fatores de diferenciação entre os vendedores, porém havendo
facilidade de substituição de produtos e entrada de novos
vendedores no mercado. Em outros termos, o número de
vendedores é muito grande, porém existe algum fator que gera
distinção entre os vendedores sem barrar a substituição ou a
entrada de novos vendedores. O fator mais comum é a marca. A
localização é outro fator importante.
Conduta: em tese, cada vendedor depara-se com uma curva de
demanda elástica (pois são produtos de fácil substituição) e
potencialmente sujeita a deslocamento para esquerda (exclusivo, os
vendedores podem perder mercado por conta da entrada de novos
vendedores nesse mercado, e são sujeitos ás vezes a baixa de
preços e de volume de venda). As possibilidades de substituição e
de entrada de novos vendedores no mercado produzem esses
efeitos sobre a demanda de cada vendedor, respectivamente. Neste
tipo de mercado existe a tendência de uso inadequado da
capacidade de produção com obtenção insatisfatória de
rentabilidade.
Condicionantes estruturais: se existe alguma barreira, ela não
tem tanta influência para barrar ou a ausência de barreiras de
natureza econômica, financeira, tecnológica e institucional,
combinada com a possibilidade de diferenciação entre os
vendedores, são os fatores essenciais para gerar a concorrência
monopolista ou imperfeita.
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Estruturas de mercado
- Concorrência perfeita
. Definições
. Conduta
. Condicionantes estruturais
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Definições: a concorrência perfeita é uma estrutura de mercado em
que a demanda e a oferta são atomizadas, não existindo a
diferenciação entre vendedores, nem consumidores. Esta estrutura
só faz sentido se forem admitidas as hipóteses de que existe
informações perfeitas(sabem tudo a respeito sobre o produto de
forma gratuita, sem custo) sobre preço e produto para vendedores e
consumidores e facilidade de entrada ou saída do mercado, isto é,
ausência de qualquer tipo de barreira á entrada e á saída, inclusive
informacional. Sites aproxima o mercado da venda em uma
concorrência perfeita, pois neles qualquer um pode ter acesso as
informações. Os economistas ortodoxos vêem esse tipo de
concorrência como a ideal para mercado. Esse caso, não precisa
de intervenção do governo.
Conduta: neste tipo de estrutura tanto vendedores quanto
consumidores são tomadores de preço, isto é, não exercem
qualquer tipo de controle sobre preços(diferente do monopólio e do
oligopólio). A rentabilidade média de longo prazo é
aproximadamente igual á taxa média de juros(as empresas não
conseguem aplicar preços exorbitantes/abusivos), porém, existe
uma tendência das firmas ou produtores operarem com níveis de
eficiência técnica e econômica próximas do modelo mais eficiente
possível(a longo prazo, as empresas menos eficientes do ponto de
visto técnico ou econômico podem não sobreviver e acabarem
saindo do mercado). Dentro de períodos de tempo mais “curtos”,
podem ser observadas variações no números de produtores, os
quais entram no mercado quando o preço fica expressivamente
acima dos custos e saem quando ocorre situação inversa. Esse tipo
de concorrência é muito rara de acontecer, praticamente não se
observa esse tipo de estrutura no mundo.
Condicionantes estruturais: a ausência de barreiras de natureza
econômica, financeira, tecnológica e institucional, combinada com a
ausência de diferenciação entre os vendedores, são os fatores
essenciais para gerar a concorrência perfeita. A atomização da
demanda e da oferta é consequência da ausência de qualquer tipo
de barreiras á entrada. Setor de agricultura(na porteira) é o que
mais se aproxima desse sistema.
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Mensuração da atividade econômica
- A noção de agregado macroeconômico(foco na visão macro)
. Agregado econômico
. Agregado macroeconômico
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Agregado econômico: representa a soma dos valores de uma
variável(presentes nas unidades ou entidades) das unidades ou
entidades econômicas que serão objetos da referida soma. Por
exemplo, o valor do ativo permanente das empresas(todas elas) do
setor automobilístico no Brasil pode ser somado, gerando agregado
econômico que representa o valor do estoque de capital do setor
automobilístico brasileiro.
Agregado macroeconômico: ponto de partida da macroeconomia;
representa todo agregado econômico usado nas “teorias ou
modelos macroeconômicos”. Portanto, as unidades ou entidades
que serão objetos da soma que formará o agregado
macroeconômico é definido, a piori, de acordo com o objeto de
pesquisa da teoria macroeconômica(o próprio modelo define as
unidades que por exemplo serão somadas, quais agregados eu vou
usar? A partir disso eu defino a entidades ou unidades a serem
somadas e sem ele, não é possivel fazer um modelo ou teoria
macroeconômica). Por exemplo, a renda nacional(cumpre várias
funções na teoria ou modelo macroeconômico), representa a soma
de todos os rendimentos obtidos pelas famílias de um país em um
determinado período de tempo. O conceito de renda nacional é
formulado na teoria macroeconômica como sendo o fator
determinante do consumo e da poupança de um país, os quais, por
definição, são também agregados macroeconômicos.
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Mensuração da atividade econômica
- A noção de contabilidade social(parte integrante dos estudos
macroeconômicos, construção de contas nacionais em um
país, e daí tem se as medidas dos agregados
macroeconômicos, sem ela não se tem os agregados
macroeconômicos)
. Registros em partidas dobradas
. Contabilidade social
. Transações macroeconômicas
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Registros em partidas dobradas: representa a técnica contábil


usada para estimar as relações entre fluxos(temporário-tempo) e
estoques(tempo indefinido-tempo) que se formam no momento em
que uma entidade ou unidade realiza transações de natureza
econômica ou financeira com uma outra unidade ou entidade. A
entrada ou recebimento de um valor se traduz necessariamente na
saída ou pagamento de mesmo valor em outra unidade e, portanto,
numa variação positiva ou negativa(vai depender do tipo de
transação) no valor dos itens de estoque de cada uma das unidades
envolvidas na transação. Por exemplo, uma família que empresta
um valor para outra gera um crédito, enquanto a outra gera um
débito, um débito, citando-se então a variação positiva ou negativa
especificada acima. Para se utilizar a técnica devemos saber quem
são as partes da transação(agente econômico).

Contabilidade social(contas nacionais): representa a atividade


de mediação e aferição dos agregados macroeconômicos, tendo
como base a técnica de registro de partidas dobradas. Para
viabilizar o uso desta técnica na macroeconomia, as unidades ou
entidades envolvidas no somatório que gera cada agregado
macroeconômico são intitulados de agentes econômicos(a
macroeconomia, os estudos, modelos e teorias macroeconômicas
que vão definir os agentes econômicos), a partir dos quais são
identificadas as transações que geram os agregados
macroeconômicos.

Transações macroeconômicas: representa uma construção


mental em que o sistema econômico é interpretado como um
sistema de transações entre um pequeno número de agentes
econômicos, os quais são definidos conforme o objeto de pesquisa
envolvido na teoria ou no modelo macroeconômico. No geral, os
modelos macroeconômicos são construídos com os seguintes tipos
de agentes: a) familias; b) setores produtivos; c) governo; d) setor
externo. Com base nesses agentes, é definida as transações, e
com essas transações são formados os principais agregados
macroeconômicos: a) consumo das famílias; b) consumo do
governo; c) investimento das famílias; d) investimentos do governo;
e) exportações; f) importações; g) consumo intermediário; h)
variação de estoques; i) renda das famílias; j) renda do governo; l)
impostos diretos; m) impostos indiretos; n) valor adicionado(PIB); o)
valor da produção. Cabe a contabilidade social medir e aferir esses
agregados.
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Mensuração da atividade econômica
- Importância da contabilidade social (base para se contruir as
contas nacionais de um país)
. Planejamento de políticas antidepressivas(evitar as crises,
direcionar o país no maior crescimento possível a longo prazo),
capazes de criar panoramas de sustenbilidade do crescimento da
economia, dos níveis de emprego e da produção; sem a
contabilidade social não se conseguiria planejar as políticas
econômicas;
. Conhecimento da estrutura e do potencial dos sistemas nacionais,
com o objetivo de traçar programas de desenvolvimento
socioeconômico;
. Suprimento de dados agregados internacionalmente compatíveis,
para uso das entidades multilaterais que se originaram no pós-
guerra, como a Organização das Nações Unidas – ONU, o Fundo
Monetário Internacional -FMI, e o Banco Mundial.
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Mensuração da atividade econômica
- O conceito de Produto Interno Bruto (PIB)
. Valor adicionado
. Produto Interno Bruto ou PIB
. Riqueza da nação
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Valor adicionado: representa todos os custos, acrescidos dos
lucros, que estão envolvidos na transformação de insumos em
produto final. Matérias-primas, energia, combustível, lubrificantes,
embalagens e todo e qualquer elemento necessário para iniciar o
processo de produção são insumos. Os elementos ligados à
realização do processo de produção representam os demais
custos: mão-de-obra direta e indireta, a depreciação (desgaste do
capital), o tempo de uso da terra e do capital(máquinas,
equipamentos, veículos, edificações e todo e qualquer elemento
usado no processo de produção que não é destruído ou consumido
durante este processo). Os custos envolvidos na transformação dos
insumos, incluindo a depreciação, acrescidos dos lucros,
representam a remuneração dos fatores de produção (famílias):
mão de obra, capital e terra. Esta remuneração é conhecida como
valor adicionado.

Produto Interno Bruto ou PIB: representa a soma de todo o valor


adicionado produzido na economia em um determinado período de
tempo (trimestre ou não). Visto que o valor adicionado representa o
resultado das transações entre famílias (agentes proprietários dos
fatores de produção) e as empresas, então é possível medir o PIB
pelo valor bruto da produção (inclui todos os custos, insumos e
fatores de produção, faturamento ou total de vendas, mais os
lucros) menos as despesas com insumos. Por outro lado, tendo em
vista que a produção das empresas se destinam para outras
empresas (qualquer produto que uma empresa produz e que foi
vendido para outra empresa, por definição, é considerado insumo,
isso não entra no cálculo de valor adicionado) e para os demais
agentes (famílias, governo e setor externo), toda a produção
destinada aos demais agentes e o que foi para os estoques,
representa o valor da produção de bens e serviços finais (tudo
que não é insumo), o qual também representa uma medida do
PIB, pois desconsidera os insumos.

Riqueza da nação: sendo o PIB o valor de toda renda recebida


pelas famílias, ou o valor de todos os bens e serviços que
satisfazem as necessidades das famílias (mais a variação dos
estoques), então é possível usar o valor do PIB como medida da
riqueza que foi gerada no país em um determinado período de
tempo.
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Mensuração da atividade econômica
- As óticas de mensuração do PIB
. Ótica da renda
. Ótica da despesa
. Ótica do produto
. Observação
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Ótica da renda: o total de pagamentos de salário, lucros,
dividendos, juros e aluguéis, mais a depreciação, que foi realizado
por todas as empresas de um país, representa o pagamento dos
fatores de produção (produção de bens e serviços). Esta
remuneração é a medida do PIB pela ótica da renda.

Ótica da despesa: o total de gastos com consumo das famílias,


consumo do governo, investimento das famílias, investimentos do
governo, exportações menos importações e a variação de estoques
(a qual é parte dos investimentos), representa gastos realizados
(que não sejam gastos com insumos) pelos agentes econômicos
(famílias, governos e setor externo). O total desses gastos é a
medida do PIB pela ótica do dispêndio.

Ótica do produto: todos bens e serviços produzidos no país e que


não foram usados como insumos, representa a produção de bens
e serviços finais. O valor dessa produção é a medida do PIB pela
ótica do produto.

Observação: o consumo mais o investimento do governo


representam os gastos necessários para o governo (federal,
estadual e municipal) prestar os serviços públicos. Esses gastos
são financiados com impostos diretos e indiretos e outros tipos de
rendas do governo, as quais incidem sobre a renda das famílias,
reduzindo o valor da renda que fica disponível para as famílias. A
diferença entre a renda e os gastos (consumo e investimento, mais
as transferências para famílias e empresas) representa o saldo
primário do governo, que pode ser negativo (déficit) ou positivo
(superávit). Se for negativo o governo terá que buscar fontes de
financiamento. Se for positivo, o governo faz poupança.
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Essas identidades indicam as igualdades que devem ser produzidas


pelas contas nacionais, estas(contas nacionais), tem a função de
medir os agregados macroeconômicos. Essas identidades tem a
função de aferir os agregados macroeconômicos, para saber se
essas identidades estão razoavelmente boas.
Usa base macroeconômica, fundamentais na construção de
modelos macroeconômicos ou teorias do mesmo. Elas nascem
desse meio, da teoria e dos modelos macroeconômicos, os
agregados macroeconômicos também da mesma maneira.
Ordem de cima para baixo:
1º quadrado: é a remuneração dos fatores, PIB pela ótica da renda.
2º quadrado: PIB pela ótica das despesas.
3º quadrado: PIB pela ótica da renda. As transferência do governo
para as empresas impactam nos lucros, quanto maior as
transferência maiores os lucros, lucro é renda para família. Tributos,
os governos, extraem, diminuem a renda, impostos diretos e
indiretos, financiar seus gastos. A previdência é uma transferência
do governo para as famílias, é um ganho para família.
4º quadrado: Os PIBS devem ser iguais independente do método
de cálculo utilizado.

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