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TRANSFUSÃO DE SANGUE HETERÓLOGA DE CÃO DOMÉSTICO (Canis familiaris)

EM LOBO-GUARÁ (Chrysocyon brachyurus)

Letícia G. Rufato, DMV, graduanda, UFLA, Raquel L. Urbano, DMV, graduanda, UFLA,

Gustavo J. Salles, DMV, graduando, UFLA, Samantha M. Favoretto, DMV, PhD, UFLA,

5 Gustavo F. de Brito, médico veterinário residente, UFLA, Rodrigo N. Pereira, DMV, PhD

UFLA, e Antonio Carlos L. Junior, DMV, PhD, UFLA

Rua das Aroeiras, n°21, Jardim Eldorado, Lavras, Minas Gerais, 37202-628, Brasil; Endereços.

Present address Gustavo Brito: ... [só para quem se mudou]

Resumo: O lobo-guará se classifica como quase ameaçado segundo a IUCN. Dentre as

10 ameaças à espécie, está a infecção por hemoparasitas. Foi atendido, na Universidade Federal de

Lavras, um lobo, macho jovem, apresentando dispnéia, taquicardia, apatia, hematócrito de 11,7%

e inclusões citoplasmáticas em eritrócitos - Babesia sp. Em virtude da anemia severa, após os

devidos testes de compatibilidade foi realizada transfusão sanguínea heteróloga de cão

doméstico. Foi instituído tratamento com Dipropionato de Imidocarb e Cloridrato de

15 Doxiciclina. Existem três outros relatos de babesiose em lobos-guará nos quais foi necessária

transfusão sanguínea, nestes intraespecífica. A transfusão sanguínea heteróloga, embora

arriscada, é possível, já que canídeos domésticos e selvagens possuem os mesmos grupos

sanguíneos. Após a transfusão, o animal demonstrou melhora na condição clínica, com

manutenção do hematócrito em 27,1% quatro dias após o procedimento. Além disso, os

20 parâmetros hematológicos retornaram aos valores normais para espécie em 21 dias após o

procedimento.
BRIEF COMMUNICATION

O lobo guará (Chrysocyon brachyurus) é o maior canídeo brasileiro8, é uma espécie considerada

ameaçada no Cerrado10 e quase ameaçada, pela International Union for Conservation of Nature12.

25 Uma das ameaças à continuidade da espécie é a suscetibilidade desses animais a vários parasitas

e infecções severas. Muitas dessas infecções são encontradas em animais domésticos 13, e têm

sido diagnosticadas em animais de vida livre, como Dioctophyma renale, Uncinaria

stenocephala, Dirofilaria immitis, Ancylostoma caninum, além de ectoparasitos como

Ctenocephalides felis, Rhipicephalus sanguineus, Amblyomma sp.3.

30 Dentre as parasitoses, a Babesia sp. é um protozoário hemoparasita com distribuição

cosmopolita, e que pode causar quadros graves de anemia. Esta se dá em decorrência da

hemólise intravascular, e anemia intravascular imunomediada2.

O tratamento da afecção se dá por fármacos com atividade antiprotozoária e terapia de suporte. A

depender do estado geral do animal e da gravidade da anemia, uma das terapias preconizadas é a

35 transfusão de sangue e fluidoterapia13.

A transfusão sanguínea é uma terapia comumente preconizada para cães que apresentam o

hematócrito menor que 15%, ou animais que perderam mais de 30% do volume sanguíneo total 9.

Tal procedimento garante a restauração da capacidade de transporte de oxigênio aos tecidos, bem

como restabelece o fluxo sanguíneo e suplementa proteínas plasmáticas e outros componentes do

40 sangue14.

Um lobo guará (C. brachyurus), de aproximadamente 7 meses, macho, pesando 8,5 kg foi

encaminhado ao Ambulatório de Animais Selvagens da Universidade Federal de Lavras (UFLA),

pelo Instituto Estadual de Floresta (IEF) de Minas Gerais. O animal havia sido previamente

atendido em outro local.


45 O paciente apresentava caquexia, hiporexia, fezes diarreicas com conteúdo não digerido, urina

com coloração amarela escura e ataxia. Ao exame físico, sob contenção física, evidenciou-se que

o lobo estava normohidratado, com mucosas pálidas, grande quantidade de ectoparasitos da

ordem Ixodida, linfonodos submandibulares e pré-escapulares reativos, além de frequências

cardíaca e respiratória aumentadas. Foram coletados sangue e urina para hemograma e urinálise.

50 Os resultados dos exames laboratoriais (Ver tabela 1) indicaram severa anemia normocítica

hipocrômica, eosinopenia, linfocitopenia e hipoproteinemia, além de grande quantidade de

Babesia sp., diagnosticada por meio da visualização da morfologia em esfregaço sanguíneo de

sangue periférico (Ver figura 1). Na urina foi observada proteinúria, bilirrubinúria, piócitos,

grande quantidade de bactérias, células da pelve renal, células vesicais e células escamosas.

55 O paciente foi tratado com Dipropionato de Imidocarb (IMIZOL, Dipropionato de Imidocarb

MSD Saúde Animal, São Paulo, São Paulo, 04583-110, Brasil, 5 mg/kg, SC, dose única),

seguido de Atropina (HYTROPIN, Hipofarma, Ribeirão das Neves, Minas Gerais, 33805-330

Brasil, 0,044mg/kg, SC, dose única), por via subcutânea no dia que se seguiu ao seu

atendimento inicial. O mesmo tratamento foi repetido no dia 29/01. Além disso, foi feita uma

60 administração subcutânea de Ivermectina (Ivermectina 1%, Chemitec, Ipiranga, São Paulo,

04210-040, Brasil; 0,4 mg/kg, SC, dose única) e prescreveu-se Cloridrato de Doxiciclina

(Cloridrato de Doxiciclina, EMS, Hortolândia, São Paulo, 13186-901, Brasil, 5,8 mg/kg, PO,

q12h, por 28 dias).

Devido à anemia severa o paciente foi submetido a uma transfusão sanguínea dois dias após o

65 primeiro atendimento. A doadora foi uma cadela da raça Labrador, de aproximadamente 3 anos,

saudável, com hematócrito de 44,8% e compatível no teste de reação rápida. Nenhum dos

animais necessitou de contenção química. Foram transfundidos 240 ml de sangue total.


Antes da transfusão foram administrados, por via intravenosa, os anti-histamínicos Hidroxizina

(Geolab, Anápolis, Goiás, 75132-085, Brasil; 50 mg/ml, IV, dose única) e Prometazina (Sanofy

70 Medley, Suzano, São Paulo, 08613-010, Brasil; 2 mg/ml, IV, dose única). A Prometazina foi

prescrita para os três dias subsequentes, uma vez ao dia, na dose de 0,4mg/kg, via intramuscular.

Quatro dias após a transfusão sanguínea, o hemograma foi repetido, e observou-se aumento

considerável do hematócrito, anisocitose e policromasia de eritrócitos, indicando uma resposta

regenerativa (Ver tabela 1). As frequências cardíaca e respiratória, alteradas em função da

75 anemia, se normalizaram, e as mucosas do paciente estavam mais rosadas. A hipoproteinemia foi

corrigida e a amostra analisada estava negativa para hematozoários.

Passados 21 dias do procedimento, realizou-se outro hemograma, que resultou em valores

normais para os parâmetros da espécie. Além disso, ao exame físico, o animal estava bem

clinicamente.

80 Há na literatura, três relatos de transfusão sanguínea em lobos-guará com babesiose, sendo dois

deles em animais de cativeiro. Todos os relatos, embora com sinais clínicos e achados

laboratoriais variáveis, evidenciam animais altamente debilitados e carentes de cuidados

emergenciais semelhantes ao do presente relato.

Em cães domésticos a babesiose pode levar a anemia grave, com quadro clínico que pode ser

85 agudo, caracterizado por anorexia, apatia, diarreia, pneumonia, febre, hemoglobinúria, anemia, e

em alguns casos icterícia. Esse quadro pode levar o animal ao óbito ou a recuperação lenta5.

A patogenia da doença está, de maneira geral, relacionada à hemólise provocada pelo parasita no

momento de sua multiplicação. Esse rompimento provoca a anemia pela destruição direta das

células, além da liberação de hemoglobina, que geram a hemoglobinúria e bilirrubinemia5.


90 O lobo-guará chegou ao hospital veterinário apresentando caquexia, apatia, ataxia, mucosas

hipocoradas, dispneia e taquicardia. As análises clínicas indicaram severa anemia normocítica

hipocrômica, com hematócrito de 11,8% (Ver tabela 1). Além disso, foi possível visualizar

inclusões citoplasmáticas compatíveis com Babesia sp. (Ver figura 1).

A babesiose provoca queda de hematócrito em cerca de 31,4% 16 a 74% de cães7. Nos relatos de

95 babesiose em lobos guarás foram observados hematócrito de 12,7%, plasma ictérico,

trombocitopenia e anisocitose de plaquetas3, hematócrito de 6%, leucopenia, linfocitopenia,

trombocitopenia. e um animal com severa anemia regenerativa, neutrofilia com desvio à

esquerda e severa trombocitopenia11.

Devido à gravidade da anemia em todos os três casos citados 3,11,13 optou-se pela transfusão de

100 sangue, nestes, intraespecífica. No presente relato, no entanto, pela urgência do procedimento, e

impossibilidade de encontrar outro lobo-guará a tempo, optou-se por realizar a transfusão de

sangue heteróloga, a partir do sangue de uma cadela adulta e hígida.

Antes da realização da transfusão de sangue, realizou-se o teste de compatibilidade sanguínea.

Este teste é realizado, geralmente, utilizando dois métodos: a) o teste de reação cruzada maior e

105 b) teste de reação cruzada menor. O primeiro consiste na mistura do plasma do receptor com as

hemácias do doador, já o segundo, na mistura do plasma do doador com as hemácias do receptor.

Caso exista alguma reação, essa se caracteriza por meio de aglutinação ou hemólise.

O teste de compatibilidade realizado com o sangue do paciente e da doadora resultou negativo

para aglutinações. Apesar do resultado negativo, também foi realizada, previamente, a

110 administração de anti-histamínicos, com o objetivo de prevenir a ocorrência de reações

hemolíticas imunomediadas15. A administração de anti-histamínicos em transfusão de sangue

heteróloga também foi realizada na transfusão sanguínea realizada entre um cão e uma raposa,
no qual administrou-se o anti-histamínico difenildramina, associada a um corticoide

(dexametasona)6. Em nenhum momento foi observada alguma alteração clínica que pudesse

115 indicar reação ao sangue recebido, imediatas ou tardias, o que indica que o protocolo foi efetivo.

A realização de transfusão heteróloga de cães domésticos para canídeos silvestres, lobo guará e

cachorro do mato, tem como base estudos que apontam que estas espécies apresentam os

mesmos aloantígenos que os cães domésticos, e esses animais não possuem, naturalmente,

anticorpos contra o aloantígeno 1 presente na membrana das hemácias de cães4.

120 No presente relato em hemograma realizado quatro dias após a transfusão, o hematócrito passou

de 11,8% para 27,1%. Já aos 21 dias pós transfusão o valor alcançado foi de 38,3%. Em cães, as

hemácias transfundidas têm sobrevida de 21 dias 9, portanto, o hematócrito 21° dia após o

procedimento indicou que a transfusão foi bem sucedida, e o animal já era capaz de produzir

suas próprias hemácias.

125 O tratamento para a babesiose consistiu na eliminação total do hemoparasita, o que foi obtido

pelo Dipropionato de Imidocarb (5 mg/kg). Foi associado ao protocolo o Cloridrato de

Doxiciclina (5,8 mg/kg) devido à alta frequência de co-infecção por Ehrlichia sp em lobos

guarás infectados por Babesia sp.2.

Dos relatos de transfusão intraespecífica em lobos guarás para tratamento de babesiose apenas

130 um obteve sucesso com o tratamento 11. No presente caso, embora a transfusão de sangue tenha

sido heteróloga, o que aumenta o risco do procedimento, houve um bom desfecho, com rápida

melhora clínica e nos parâmetros hematológicos, e alta médica do animal.

Em virtude do quadro clínico de severa anemia provocada pela Babesia sp., o lobo-guará

necessitou de uma transfusão de sangue com caráter de urgência. Optou-se, dessa forma, por

135 fazer a transfusão de sangue heteróloga, utilizando sangue de cão doméstico. Logo após a
transfusão, o animal já apresentou melhora clínica, e não teve nenhuma reação imediata ou tardia

ao sangue recebido. No presente relato, a transfusão foi essencial para melhoria do quadro

clínico, em virtude da anemia grave e sinais, possivelmente, decorrentes desta. Dessa forma,

conclui-se que é possível transfundir sangue entre essas espécies, desde que com o devido

140 monitoramento, e tratamento da causa primária da anemia.

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190
TABELAS E FIGURAS

Tabela 1. Resultados dos hemogramas do paciente da espécie C. brachyurus, realizados nos dias

15 e 20 de janeiro, e 06 de fevereiro de 2020, comparados aos valores de referência para lobos-

guará mantidos em cativeiro8.

15/01/2020 (1° 06/02/2020 (21°

Parâmetro Intervalo de referência* dia) 20/01/2020 (5° dia) dia)

Eritrócitos (10^6) 5,5 a 8,5 1,52 3,62 5,62

Hematócrito (%) 37 a 55 11,8 27,1 38,6

CHCM (%) 30 a 36 27,97 28,78 32,65

VCM (%) 60 a 77 77,63 74,86 68,68

Leucócitos

(cels/mm^3) 8000 a 17000 9200 12600 10800

Bastonetes (%) 0a3 0 1 0

Segmentados

(cels/mm^3) 6000 a 11100 8464 10458 8532

Eosinófilos (%) 2 a 10 1 1 2

Basófilos (%) 0a1 0 0 0

Linfócitos (%) 12 a 30 4 9 14

PPT (g/dl) 5,5 a 8 5 8,8 7,8

195 Figura 1. Esfregaço sanguíneo do sangue periférico do paciente, evidenciando hemácias com

inclusões citoplasmáticas morfologicamente compatíveis com Babesia sp. (A).

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