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BANCÁRIOS
Mercado de Capitais
SISTEMA DE ENSINO
Livro Eletrônico
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS
Mercado de Capitais
Douglas Xavier
Sumário
Introdução......................................................................................................................................... 4
Mercado de Capitais........................................................................................................................ 5
O que É o Mercado de Capitais?.................................................................................................... 5
Ações.................................................................................................................................................. 7
Conceito............................................................................................................................................. 7
Características................................................................................................................................. 8
Direitos dos Acionistas................................................................................................................... 9
Companhias Abertas e Companhias Fechadas. . ...................................................................... 10
Abertura de Capital e IPO............................................................................................................. 10
Tipos de Underwriting...................................................................................................................13
Inplit e Split......................................................................................................................................13
Mercado Primário e Mercado Secundário................................................................................ 14
Funcionamento do Mercado à Vista de Ações..........................................................................16
Conceito............................................................................................................................................16
Negociação.......................................................................................................................................16
Formação de Preços...................................................................................................................... 18
Liquidação.........................................................................................................................................19
Derivativos...................................................................................................................................... 20
Mercado a Termo. . .......................................................................................................................... 20
Mercado Futuro.............................................................................................................................. 20
Mercado de Opções....................................................................................................................... 20
Modelo Black & Scholes............................................................................................................... 22
Calculadora Black-Scholes.......................................................................................................... 24
Operações com Ouro..................................................................................................................... 24
Cotação............................................................................................................................................. 25
Mercado de Balcão........................................................................................................................ 27
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Conceito........................................................................................................................................... 27
Tipos de Operações....................................................................................................................... 28
Mapas Mentais............................................................................................................................... 30
Questões de Concurso.................................................................................................................. 32
Gabarito............................................................................................................................................46
Gabarito Comentado..................................................................................................................... 47
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Introdução
Olá, concurseiro(a) dedicado(a)! Como estão as coisas? Firme nos estudos?
Na presente aula, iremos tratar do mercado de capitais, um assunto cada vez mais recor-
rente nos concursos da área bancária. Diante da relevância e abrangência do tema, iremos
focar nos aspectos mais importantes para sua prova.
O intuito é finalizarmos o estudo dessa aula tendo noções suficientes sobre os seguin-
tes tópicos:
• Conceito de mercado de capitais, bem como sua estrutura, instituições e agentes parti-
cipantes;
• O conceito de ações e suas principais características;
• Funcionamento do mercado à vista de ações;
• Modelo de precificação de derivativos – Black & Scholes;
• Operações com ouro;
• Mercado de Balcão.
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Mercado de Capitais
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MERCADO DE CAPITAIS
O que É o Mercado de Capitais?
A disciplina de Conhecimentos Bancários possui como foco central a compreensão da
dinâmica de funcionamento do Sistema Financeiro Nacional (SFN). Para tanto, já estudamos a
estrutura do SFN, bem como as entidades normatizadoras e supervisoras.
Na sequência, vimos as instituições operadoras, as quais realizam a intermediação entre
os agentes superavitários e deficitários na Economia. Tal intermediação é realizada por meio
da comercialização dos chamados produtos e serviços financeiros.
Tais produtos são transacionados no chamado “mercado financeiro”, o qual é composto,
basicamente, de 4 segmentos:
• Mercado Monetário: onde são realizadas operações de curtíssimo e curto prazo, visan-
do o provimento de liquidez aos agentes da economia. É no mercado monetário que
ocorre a efetivação da Política Monetária do Governo Federal, por meio das operações
com títulos públicos (o chamado Open Market), que consiste na compra e venda de títu-
los públicos, a fim de retirar ou injetar moeda na economia. Vejamos como isso se dá:
− Venda de títulos: suponha que o BACEN deseje retirar R$ 100 do sistema econômico,
para reduzir a atividade econômica e, portanto, a inflação. Assim, ele venderá R$ 100
em títulos (geralmente para os bancos, que são os maiores proprietários de títulos
públicos) retirando, dessa forma, R$ 100 da economia, já que o comprador entregará
esse valor ao BACEN, que o reterá em seu caixa. Esse é um exemplo de política mo-
netária contracionista, pois contrai a quantidade de moeda em circulação;
− Compra de títulos: é o contrário da operação anterior. Nessa transação, o BACEN
compra R$ 100 em títulos, o que impõe o pagamento desse valor ao vendedor e, com
isso, uma ampliação da quantidade de moeda na economia. Esse é um exemplo de
política monetária expansionista;
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As operações com títulos públicos são liquidadas no Sistema SELIC (Sistema Especial
de Liquidação e de Custódia). Trata-se do sistema que realiza a custódia e o registro de
transações com títulos emitidos pelo Tesouro Nacional, os títulos públicos federais;
• Mercado de Câmbio: local onde são realizadas as transações com moedas estrangei-
ras, também chamadas de “divisas”. É no mercado de câmbio que se compra e vende
moedas, tais como o dólar. Não se preocupe, pois teremos uma aula específica para o
estudo do mercado de câmbio;
• Mercado de Crédito: onde são realizadas as operações de empréstimo e financiamen-
to, em sua maioria, por intermédio de bancos. Trata-se de um importante elemento de
impacto no desenvolvimento socioeconômico do País, uma vez que é responsável pelo
financiamento do consumo de indivíduos, bem como de capital de giro, capital fixo e
demais necessidades de recursos de empresas. É frequentemente chamado, também,
de mercado bancário;
• Mercado de Capitais: é o que vamos estudar na presente aula. Vamos lá!
1
https://www.investidor.gov.br/portaldoinvestidor/export/sites/portaldoinvestidor/publicacao/Cadernos/CVM-Caderno-7.pdf
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• Empresas: participam captando recursos por meio da emissão de títulos e valores, como
ações e debêntures;
• Corretoras e Distribuidoras de títulos e valores mobiliários: são instituições autorizadas
pelo BACEN a operarem fazendo a intermediação entre os investidores e os mercados
organizados de títulos e valores mobiliários. Para investir em ativos transacionados em
Bolsa de Valores, por exemplo, os investidores abrem uma conta em uma Corretora e/ou
Distribuidora, que fará a intermediação das transações junto à Bolsa;
• Agentes autônomos de investimentos: são profissionais credenciados pela ANCORD
(Associação Nacional das Corretoras e Distribuidoras de Títulos e Valores Mobiliários,
Câmbio e Mercadorias) para atuarem nas Corretoras e Distribuidoras, na prospecção de
clientes, prestação e informações sobre produtos, dentre outros serviços. Também po-
dem atuar sob a forma de sociedade ou firma individual, desde que sejam constituídas
exclusivamente para essa finalidade;
• Demais instituições financeiras autorizadas: além das Corretoras e Distribuidoras, ou-
tras instituições são autorizadas a atuarem no mercado de capitais, a exemplo dos Ban-
cos de Investimento, sobretudo na subscrição de títulos, como veremos adiante;
• Bolsa de Valores: no Brasil, temos a B3 (Brasil, Bolsa e Balcão): é uma entidade privada,
de capital aberto, responsável pela “criação e administração de sistemas de negociação,
compensação, liquidação, depósito e registro para todas as principais classes de ativos,
desde ações e títulos de renda fixa corporativa até derivativos de moedas, operações
estruturadas e taxas de juro e de commodities” (B3, 2021)2;
• Comissão de valores mobiliários: a CVM é responsável pela fiscalização e regulação do
mercado de capitais, tendo como principal atribuição:
− zelar pelo funcionamento eficiente, pela integridade e pelo desenvolvimento do mer-
cado de capitais, promovendo o equilíbrio entre a iniciativa dos agentes e a efetiva
proteção dos investidores3.
Ações
Conceito
Segundo o Portal do Investidor do Governo Federal, ação é: “a menor parcela do capital
social das companhias ou sociedades anônimas”. “É, portanto, um título patrimonial e, como
2
http://www.b3.com.br/pt_br/b3/institucional/quem-somos/
3
https://www.gov.br/cvm/pt-br/acesso-a-informacao-cvm/institucional/missao-valores-e-objetivos-estrategicos
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tal, concede aos seus titulares, os acionistas, todos os direitos e deveres de um sócio, no limite
das ações possuídas”.
Vamos esmiuçar essa definição para entendermos bem o que é uma ação. Antes de tudo,
precisamos dizer que o capital social de uma empresa são todos os recursos, financeiros ou
materiais, investidos pelos sócios para a constituição dela. Pois bem! No caso das Sociedades
Anônimas (S.A) também chamadas de companhias, esse capital social é dividido em ações.
Nesse sentido, cada ação representa uma parcela do capital da empresa, ou seja, de seu
patrimônio – é por isso, que ela é um título patrimonial. Consequentemente, quem a detém, ou
seja, o(a) acionista é sócio(a) da empresa, no limite de suas ações. Se Maria possui 20% das
ações da empresa “Muito Gás Refrigerantes S.A”, quer dizer, grosso modo, que ela responde
por até 20% das obrigações e direitos sobre essa empresa.
Características
Vamos ver as principais características das ações, as quais podem ser cobradas na sua
prova. Vamos lá!
Escriturais: na atualidade, as ações são, em sua maioria, títulos escriturais, isto é, circulam
por meio eletrônico, não sendo necessária sua existência corpórea (em papel). Ao contrário de
um título físico, as ações escriturais não possuem um documento individual que certifique sua
existência.
Funciona da seguinte forma: quando se compra ações, é aberta uma conta de depósitos
no nome de quem adquire, na qual são mantidas informações sobre o comprador e as ações
compradas. À medida que são feitas transações de compra e venda de ações, essa conta é
movimentada de forma eletrônica, subtraindo a quantidade negociada da conta de quem ven-
de e somando na conta do comprador.
Tal atividade de abertura de contas e manutenção de registros sobre transações de ações é
denominada escrituração de valores mobiliários e é realizado por instituições autorizadas pela
Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e contratadas pela companhia emissora das ações.
Nominativas: as ações são nominativas, isto significa que devem ser registradas em nome
de quem as detém - o titular. Não é mais permitido que as ações sejam emitidas e negociáveis
como “ao portador”.
Classificação: a classificação das ações quanto à espécie, é a seguinte: a) ordinárias, b)
preferenciais, e c) de fruição.
Ordinárias: são ações, cuja principal caraterística é conferir o direito a voto nas assem-
bleias de acionistas da companhia.
Preferenciais: são ações, normalmente, sem direito a voto (podem até ter direito a voto,
mas não é comum), mas que possuem algumas vantagens definidas no Estatuto social da
companhia, as quais podem ser, segundo a Lei das S.A.:
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Art. 17, I – Em prioridade na distribuição de dividendo, fixo ou mínimo;
II – Em prioridade no reembolso do capital, com prêmio ou sem ele; ou
III – Na acumulação das preferências e vantagens de que tratam os incisos I e II.
Apesar das ações preferenciais poderem apresentar qualquer uma das vantagens citadas,
em prova você vai encontrar, com frequência, o seguinte: as ações preferenciais não possuem
direito a voto, mas garantem prioridade na distribuição de dividendos.
De Fruição: são resultantes da amortização de ações ordinárias ou preferenciais, isso é, de-
volvem ao acionista o valor investido. As ações de fruição não são muito cobradas em provas.
Frequentemente, é feita apenas a distinção entre as ações ordinárias e preferenciais.
Art. 15, § 2º O número de ações preferenciais sem direito a voto, ou sujeitas a restrição no exercício
desse direito, não pode ultrapassar 50% (cinquenta por cento) do total das ações emitidas.
O principal atrativo dos instrumentos de renda variável é que esses produtos possibilitam
maiores ganhos, quando comparados aos de renda fixa (por exemplo: títulos públicos e CDBs),
mas o risco de perdas também é maior, justamente porque estão mais suscetíveis a fatores
desconhecidos.
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Juros sobre o capital próprio: assim como os dividendos, os juros sobre o capital próprio
são proventos em dinheiro. A diferença é que são dedutíveis do lucro tributável da empresa.
As empresas atualmente estão bastante preocupadas em “agradar” seus acionistas, diante
do contexto de concorrência exacerbada e a dependência de venda de ações para a susten-
tabilidade da empresa. Com isso, o pagamento de juros sobre o capital próprio é uma forma
de “agradar” os acionistas, ao mesmo tempo em que possui a vantagem, para a empresa, de
poder ser deduzido dos impostos pagos sobre o lucro dela.
Bonificações: trata-se de distribuição de novas ações para atuais acionistas, devido a au-
mentos de capital. A bonificação também pode ser em dinheiro, mas é menos comum.
Direito de subscrição: imagine que você seja um(a) magnata e possua 10% em ações da
petrolífera X. Ok, mas a empresa depois de certo tempo aumenta o capital e, então, decide
vender mais ações. Perceba que agora com o capital maior o seu percentual não representa
mais 10% - agora é, por exemplo, 8%. Nessa situação, o direito de subscrição garante que você,
acionista, compre parte dessas novas ações, com preço e prazo determinados, para que você
mantenha a participação no capital da empresa.
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rs!). Pois bem! Vocês têm grandes planos de investimentos e ampliação da empresa, mas fal-
tam recursos. Nesse cenário, vocês possuem basicamente duas possibilidades:
• tomar empréstimo em instituição financeira, o que pode envolver altas taxas de juros.
Além disso, há um limite até o qual é seguro o endividamento da empresa;
• convidar mais sócios para investir no negócio. Suponhamos que vocês optem por convi-
dar uma pessoa de sua confiança para se tornar o terceiro sócio da empresa. Acontece
que essa pessoa, certamente, irá se envolver na administração do negócio e vocês terão
que dividir o controle da empresa, o que, às vezes, não é desejável. Esse é um dos mo-
tivos pelos quais pode ser mais vantajoso “vender” pequenos pedacinhos da empresa
para milhares de sócios, que entregarão seus recursos, mas sem exercer controle sobre
a empresa. Assim vocês dois, que serão detentores da maior quantidade de ações, con-
tinuarão no comando da empresa.
É nesse contexto que surge a abertura de capital, que se trata, portanto, da disponibiliza-
ção de ações de determinada empresa para o público em geral, tornando-se uma Sociedade
Anônima de capital aberto. O processo de abertura de capital é regulamentado pela Comissão
de Valores Mobiliários e é algo um tanto quanto complexo, mas é bastante interessante para a
captação de recursos por parte das empresas.
A abertura de capital se concretiza com o IPO (do inglês, Initial Public Offering), que se
trata, como a tradução diz, da oferta pública inicial de títulos, como ações e debêntures. Para
simplificar, vamos entender o IPO como a “estreia” de uma companhia no mercado de ações,
por exemplo. No entanto, para realizar o IPO, as empresas precisam seguir alguns passos, se-
gundo a B3. Vejamos os principais:
• Solicitar o registro da Comissão de Valores Imobiliários (CVM), o qual autoriza a oferta
pública de ações;
• Realizar o processo de listagem na B3;
• Lançar um aviso ao mercado com importantes informações sobre a empresa (como
demonstrações financeiras), de modo a atrair o interesse de possíveis investidores - é
chamado de prospecto;
• Estabelecer um período de reserva, no qual os investidores interessados poderão reser-
var as ações antes de seu lançamento;
• Depositar o prospecto na CVM e obtenção do registro;
• Início da venda de ações.
É importante dizer que a empresa não realiza tudo sozinha. Ela precisa obter assessoria
para a efetivação de todo esse processo. Para tanto, ela deve contratar um intermediário finan-
ceiro, que pode ser: i) Bancos de Investimento; ii) Sociedades Corretoras de Valores Mobiliá-
rios; iii) Sociedades distribuidoras de Valores Mobiliários. Tais intermediários farão a subscri-
ção das ações, também chamada de operação de Underwriting.
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PEGADINHA DA BANCA
É importante que você, concurseiro(a) esperto(a), não confunda Underwriting, que é o proces-
so de subscrição de ações, com o IPO, que seria a “estreia” das ações da empresa. Não se
pode confundir, uma vez que o Underwrting não é realizado somente em IPO. Ele também é
realizado para empresas que já possuem ações ofertadas publicamente e, portanto, desejam
fazer NOVA oferta.
A propósito, a oferta de ações de empresas que já possuem capital aberto é chamada de Follow on.
Sei que pode ser um pouco chato ficar falando desses termos em inglês, mas é importante que
você se familiarize, pois pode cair essa linguagem nas provas.
Resumindo:
IPO = Primeira oferta de ações da companhia
Follow on = ofertas adicionais de ações da companhia
Underwriting = o processo de subscrição de ações realizada por um intermediário chamado de
underwriter, seja para a primeira oferta (IPO) ou para a oferta adicional (Follow on).
Vamos ver como a banca pode tentar nos confundir com isso.
Como acabamos de ver, a subscrição ou underwriting é realizada tanto no IPO (oferta pública
inicial) quanto em novas ofertas, que foram chamadas pela questão de “operações secundárias”.
Errado.
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Tipos de Underwriting
Nós vimos que além de intermediar a relação entre a empresa contratante com os investi-
dores (vendendo as ações e demais títulos), os underwriters (subscritoras) assumem alguns
riscos envolvidos no processo de subscrição.
Pois bem! Os processos de underwriting se diferenciam conforme o nível de riscos assu-
midos. Vejamos:
• Underwriting firme: praticamente todos os riscos de subscrição ficam a cargo da subs-
critora, pois ela se compromete a subscrever todos os títulos antes de iniciar a venda.
Dessa forma, ela compra os títulos e revende no mercado. Se houver alguma parcela
que não for vendida, esta deve ser assumida pela subscritora. Tal modalidade também
é conhecida como “garantia firme” ou “Straight”;
• Underwriting stand-by: a underwriter se compromete a negociar os títulos no mercado
por determinado prazo estipulado. Ao fim desse prazo, ela pode assumir as ações (subs-
crevê-las) ou devolvê-las à companhia emissora;
• Underwriting melhor esforço: nessa modalidade a underwriter se compromete, como o
nome diz, a realizar o maior esforço possível para negociar os títulos no mercado, não
sendo responsável pelos que não forem vendidos.
Inplit e Split
Existem, ainda, as operações de grupamento e desdobramento de ações, as quais vamos
ver rapidamente. Se acalme, concurseiro(a), pois você verá que são conceitos bem simples de
compreender.
Inplit (Grupamento): é realizado para reduzir a quantidade de ações, aumentando o valor
de cada ação. Tem como um dos objetivos conter a volatilidade no valor das ações e diminuir
o risco de desvalorização.
Por exemplo: Suponha que uma companhia, cujas ações estão sendo cotadas por 1,00,
anuncie um grupamento (ou inplit) de 10 para 1. Nesse caso, um investidor que possuía 10
ações no valor de 1,00 vai passar a possuir somente 1 ação no valor de 10 reais. Perceba que
se alterou a quantidade de ações e seu valor, mas não o capital aplicado pelo investidor.
O grupamento ou inplit é muito utilizado quando os preços das ações estão muito baixos.
Inclusive, faz parte das atribuições da Bolsa (B3) notificar a companhia quando a cotação de
suas ações estiver abaixo de 1,00 por 30 dias consecutivos, para que ela tente resolver a ques-
tão, sob pena de ser retirada do mercado.
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Isso é feito para aumentar a liquidez das ações no mercado, isto é, a quantidade de ações
em circulação e reduzir seu valor, o que facilita a entrada de novos investidores, sobretudo os
que operam com pouco capital.
Para não cairmos em pegadinhas na prova, é importante deixar bem claro que, nesses processos
de Inplit e Split, o capital, isto é, o montante investido pelos investidores, não se altera. O que muda
é apenas a composição das carteiras deles – maior ou menor número de ações e o valor delas.
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O PULO DO GATO
A principal função do mercado secundário é conferir liquidez aos títulos emitidos no merca-
do primário.
Sei que vimos muitas informações nesse tópico, mas não se preocupe, pois à medida que
formos respondendo questões os conceitos vão se fixando. A seguir, apresento um mapa que
resume as principais características das ações – para facilitar nossa vida!
Preferenciais Normalmente, sem direito a voto Não devem ultrapassar 50% do total de ações
Dividendos
Direito de subscrição
A resposta para essa questão será dada no próximo tópico, no qual veremos o ambiente de
negociação mais importante para o mercado de capitais e para nossa prova, que é o mercado
à vista de ações.
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Negociação
Imagine que você queira vender as ações da Bom Demais Refrigerantes S.A, que você pos-
sui. Concorda que é não é uma transação tão fácil de ser realizada? Você precisa encontrar
um comprador interessado, saber qual o valor justo para venda, dentre outros elementos. Além
disso, há riscos como o não recebimento do pagamento, por exemplo.
Para mitigar esses riscos e dificuldades da revenda direta, existem instituições que admi-
nistram sistemas centralizados e seguros para a negociação dos valores mobiliários. Atual-
mente, no Brasil, temos a B3 – Brasil Bolsa e Balcão.
A B3 é única bolsa de valores que existe atualmente no Brasil, sendo resultado da fusão
entre a Bovespa, BM&F e Cetip. A B3 é o ambiente no qual a compra e venda de ações e outros
ativos (derivativos de ações, títulos de renda fixa, commodities agropecuárias, dentre outros)
são realizadas de fato.
Por meio de sistemas eletrônicos, a B3 mantém informações sobre os ativos, registros,
compensação e liquidação das transações de compra e venda. O principal objetivo desse so-
fisticado sistema de intermediação é oferecer transparência, segurança às negociações, bem
como garantir a liquidez dos ativos transacionados.
Leve para a prova que a B3 é a principal instituição responsável pela operação do mercado
secundário de valores mobiliários.
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No entanto, como a vida do(a) concurseiro(a) não é assim tão fácil, precisamos entender
que existem alguns tipos de ordens de compra e venda. Vejamos:
• Ordem a mercado: é o tipo de ordem que deve ser executada independentemente do
valor do ativo no mercado. Nesse caso, o investidor só especifica a quantidade e as ca-
racterísticas dos ativos a serem comprados ou vendidos. A ordem a mercado deve ser
executada no instante em que é recebida pela instituição intermediária;
• Ordem limitada: como o nome sugere, esse tipo de ordem só deve ser executado caso o
valor do ativo seja igual ou melhor que o valor especificado pelo investidor.
• A ordem limitada de venda é chamada de venda a limite: tente intuir esses nomes.
Pense que existe um limite mínimo de valor pelo qual o investidor aceita vender deter-
minadas ações dele.
• Já na compra a limite, é o contrário, existe um limite máximo pelo qual o investidor acei-
ta pagar por determinado ativo.
• Ordem on-stop: a ordem de compra ou venda é executada quando o ativo atinge deter-
minado preço indicado na ordem;
• Ordem administrada: esse tipo de ordem determina apenas a quantidade e as caracte-
rísticas dos ativos a serem negociados. No entanto, a execução da ordem fica a critério
da instituição intermediária (geralmente, corretora);
• Ordem casada: com o nome intuitivo, a ordem casada é aquela na qual existe uma ordem
de venda e uma ordem de compra que só podem ser executadas juntas. Por exemplo: o
investidor envia a ordem para vender as cotas do fundo de investimento X e comprar do
fundo Y. Nesse caso, as duas ordens precisam ser executadas simultaneamente.
Executada imediatamente e
independentemente do valor
Existe uma ordem de venda e A mercado do ativo no mercado.
uma de compra que só podem
ser executadas juntas. Casada
Executada caso o valor do
ativo seja igual ou melhor
Ordens que o valor especificado pelo
Limitada investidor.
Execução a critério
da corretora. Administrada Executada quando o ativo
atinge determinado preço
On-stop indicado na ordem.
Como nem só de teoria vive o(a) concurseiro(a) dedicado(a), vamos resolver uma ques-
tão de prova!
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dada por um cliente à sociedade corretora para a execução de uma compra ou uma venda de
ações. Conforme definição constante no artigo 1º, inciso V, da Instrução CVM 505, de 27 de se-
tembro de 2011, ordem é o ato pelo qual o cliente determina que um intermediário negocie ou
registre operação com valor mobiliário, em seu nome e nas condições que especificar.
https://www.investidor.gov.br/menu/Menu_Investidor/funcionamento_mercado/tipos_de_ordens.html
A Ordem a Mercado é uma das que podem ser aceitas no sistema de negociação no mercado
de ações, e é aquela na qual o cliente especifica:
a) somente a quantidade e as características dos valores mobiliários a serem comprados ou vendi-
dos, sem que seja fixado o preço, devendo ser executada a partir do instante em que for recebida.
b) uma ordem de venda de um ativo e uma ordem de compra de outro ativo que devem ser
executadas em conjunto.
c) somente o nível de preço a partir do qual a ordem deve ser executada.
d) somente a quantidade e as características dos ativos ou direitos, ficando a execução a cri-
tério do intermediário.
e) o preço, que deve ser tomado como parâmetro de decisão, e as características dos ativos.
A questão pede a alternativa que define corretamente a ordem a mercado. No entanto, vamos
ver cada uma das alternativas, como forma de revisar essa parte do conteúdo.
a) Certa. Apresenta características da ordem a mercado.
b) Errada. Refere-se à ordem casada.
c) Errada. Refere-se à ordem on-stop.
d) Errada. Trata da ordem administrada.
e) Errada. Refere-se à ordem limitada.
Letra a.
Formação de Preços
Os preços das ações são formados no chamado pregão. O pregão é o período de negocia-
ções de ativos na Bolsa. Resumindo: é o período durante o qual a Bolsa está “aberta”, que no
caso da B3 é das 10h às 17h.
No pregão, os investidores (pessoas físicas e jurídicas) negociam as ações e outros ativos
entre si. É essa negociação que forma os preços, de acordo com a maior ou menor procura por
determinado ativo.
Exemplo: suponha que ocorra um anúncio de expansão da empresa Bom Demais Refrigeran-
tes S.A e, consequentemente, um aumento expressivo da procura pelas ações dessa empresa.
Certamente, o preço das ações dessa companhia irá subir. Simplificando por motivos didáti-
cos, é dessa forma que são formados os preços no mercado à vista de ações.
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Mercado de Capitais
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https://investindonapratica.com/o-que-e-a-bolsa-de-valores/
Certamente, você já deve ter visto fotos como a apresentada acima ou uma cena parecida
em filmes. Esse era o chamado pregão viva-voz. Em um grande salão na Bolsa, ficavam vários
operadores, os quais efetivavam as ordens de compra e venda de ativos, se comunicando entre
si. No entanto, o pregão viva-voz foi sendo gradualmente substituído pelo sistema eletrônico
de negociações da Bolsa, sendo extinto definitivamente em 1º de julho de 2009. Atualmente,
as operações são realizadas no Pregão Eletrônico.
Já vimos o conceito de mercado à vista, a forma como são realizadas as negociações de
compra e venda de ações, bem como a formação de preços no pregão eletrônico. O último
ponto que vamos tratar sobre o mercado à vista refere-se à liquidação das transações de com-
pra e venda. Sigamos!
Liquidação
Você, concurseiro(a) inteligente que é, se lembra que a negociação é feita por meio do
envio de ordens de compra e venda. Após a execução da ordem por parte da corretora junto à
Bolsa, ocorre a liquidação física e financeira de tal transação.
Liquidação Física: transferência da propriedade das ações para o comprador(a).
Liquidação Financeira: pagamento e/ou recebimento dos valores.
É importante dizer que até 27 de maio de 2019 a liquidação das operações no mercado à vista
ocorria em D+3. Acontece que, na data referida, o Bacen e a CVM concederam autorização
para que a B3 reduzisse o ciclo de liquidação para D+2, ou seja, dois dias após a transação de
compra e venda.
Portanto, cuidado com questões desatualizadas. Recapitulando: o prazo de liquidação no mer-
cado à vista é de D+2.
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Mercado de Capitais
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Derivativos
Derivativos são contratos cujo valor deriva de outro ativo, taxa de referência ou índice. O
ativo subjacente pode ser físico (commodities, como café) ou financeiro (ex: ações, taxas de
juros). Por exemplo, os contratos derivativos de ações possuem seu valor derivado do valor de
determinada ação.
Os derivativos podem ser classificados, entre outros, como:
• A termo;
• Futuro;
• Opções de compra e venda.
Mercado a Termo
No mercado a termo são negociados contratos para compra e venda de ativos com liquida-
ção em data futura, com um preço e prazo determinado. Os prazos dos contratos nesse mercado
variam entre 16 e 999 dias, geralmente. Os preços dos ativos dependem (derivam) do valor deles
no mercado à vista, além de uma taxa de juros esperada para o período de validade do contrato.
Outra característica importante do mercado a termo, é que o sistema de liquidação da B3
exige um depósito de garantia por parte dos investidores, para a segurança das negociações
A liquidação pode ser no vencimento do contrato, ou antecipada, ou seja, antes da data do
vencimento do contrato. A liquidação antecipada só pode ser realizada pelo comprador (até 3
dias antes do vencimento = V-3)
Mercado Futuro
Tal como no mercado a termo, no mercado futuro ocorrem operações de compra e venda
de ativos para liquidação em data futura, mas com data especificada. Uma característica dis-
tintiva do mercado futuro é que nele o valor dos contratos é ajustado diariamente.
O preço do contrato é dado em função do valor do ativo no mercado à vista e da taxa de
juros esperada para o período do contrato.
Mercado de Opções
Opção trata-se de um contrato que dá o direito ao investidor de comprar ou vender um
ativo em determinada data futura por um preço preestabelecido. Complicado? Vamos ver um
exemplo para ficar mais claro!
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Imagine que você, concurseiro(a) magnata, fazendo sua análise de mercado, chega à con-
clusão de que o valor das ações da Bom Demais Refrigerantes, que custa 10,00, irá subir no
futuro. Por outro lado, você conhece alguns investidores que acreditam no contrário, ou seja,
que o valor irá cair. Aí, você pensa o seguinte: eu posso lucrar com isso!
Nesse caso, você pode adquirir uma opção de compra que lhe garantirá o direito de com-
prar as ações em determinada data pelo valor de 10,00. Assim, se as ações dessa companhia
estiver em 12,00 na data estipulada, você poderá exercer sua opção de compra e comprá-las
por 10,00, lucrando com tal diferença.
Um contrato de opção é como se fosse uma aposta. O comprador, chamado de titular da
opção, aposta que o valor irá subir, por exemplo. Enquanto o vendedor (chamado de lançador)
aposta que irá cair.
Para adquirir um contrato de opção, o investidor paga um valor para o lançador, chamado
de “prêmio”. Assim, caso a aposta do investidor se concretize e ele exerça a opção, o lançador
deve entregar as ações no valor estipulado em contrato, suportando as perdas.
De outro lado, se a aposta do comprador não se concretizar, ele pode deixar de exercer a opção.
Dessa forma, o vendedor não entrega as ações e lucra com o prêmio que foi anteriormente pago.
Preço de exercício = o preço que o titular da opção paga pelo bem, caso ele exerça a opção
Prêmio = valor pago pelo titular para adquirir a opção de compra ou venda.
Os contratos de opção são bastante utilizados por produtores agrícolas para se protege-
rem de eventuais flutuações nos preços dos produtos que comercializam.
Exemplo: um produtor de açúcar que ainda não colheu a sua safra possui o receio de que
quando ele for vendê-la, daqui a 90 dias, o preço do açúcar terá caído. Nesse caso, ele pode
encontrar alguém que acredita no oposto e negociar uma opção de venda.
Suponha que o produtor de açúcar negocie uma opção de venda no valor de 120 reais a saca,
pagando um prêmio de 10 reais por saca. Caso, a cotação do açúcar daqui a 90 dias esteja
em 100 reais, o produtor poderá exercer sua opção de venda e vender para o comprador sob o
valor de 120 reais anteriormente acordado.
Perceba que, dessa forma, o produtor recebeu:
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Portanto, o produtor recebeu mais do que os 100 reais que o mercado está pagando atualmente
pela saca de açúcar.
Isso demonstra que o contrato de derivativo, nesse caso, o de opções, pode ser utilizado
visando a proteção do produtor/vendedor de um bem frente a eventuais riscos de oscilação no
valor da mercadoria. Tal atividade é chamada de HEDGE (do inglês, “proteção”) e o agente que
realiza um hedge, no nosso caso, o produtor de açúcar, é chamado de Hedger.
No mercado de derivativos (onde se incluem as opções) é muito comum a presença de outros dois
participantes, quais sejam: especulador e arbitrador. Vejamos, brevemente, o papel desses agentes.
Especulador: ao contrário do hedger que busca proteção para alguma negociação no mer-
cado físico (o caso do produtor agrícola), o especulador é um participante com o propósito de
obter lucro. Nesse sentido, ele realiza a compra e venda de contratos de opções, por exemplo,
visando o ganho com o diferencial de preços.
A presença do especulador é importante para o mercado, pois é ele que assume os riscos
dos quais o hedger busca se proteger, por exemplo. No entanto, ele lucra, caso a aposta do
hedger não se concretize.
Arbitrador: também objetiva o lucro, mas, ao contrário do especulador, o arbitrador não
assume os riscos. A atuação desse agente consiste em encontrar distorções de preços entre
mercados. Para tanto, ele compra em um mercado, no qual o preço esteja mais baixo e vende
em outro, onde esteja mais alto, lucrando com a diferença.
Ok! Entendi do que se trata um contrato de opções, mas como saber qual seria o preço
justo a ser pago por ele, professor?
Para responder essa pergunta são utilizadas algumas ferramentas chamadas de “modelos
de precificação de derivativos”. O mais utilizado deles é o Modelo Black & Scholes, o qual va-
mos ver a seguir.
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Com base nas hipóteses, foram criadas fórmulas para se calcular a volatilidade e a ex-
pectativa de retorno de uma opção. Não se preocupe, concurseiro(a), que não vamos precisar
estudar tais cálculos (ufa!). Basta que saibamos do que se trata o modelo e suas hipóteses.
Ademais, atualmente, existem várias ferramentas online que facilitam nossa vida aplican-
do o modelo, conforme as informações que inserimos no sistema. É o caso da calculadora que
apresento a seguir.
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Calculadora Black-Scholes
https://opcoes.net.br/calculadora-Black-Scholes
Art. 1º O ouro em qualquer estado de pureza, em bruto ou refinado, quando destinado ao mercado
financeiro ou à execução da política cambial do País, em operações realizadas com a interveniência
de instituições integrantes do Sistema Financeiro Nacional, na forma e condições autorizadas pelo
Banco Central do Brasil, será desde a extração, inclusive, considerado ativo financeiro ou instrumen-
to cambial.
A partir da definição vista acima, o que mais nos interessa saber é que o ouro, após extraí-
do nos garimpos, pode ser destinado ao mercado financeiro. Isto ocorre por meio da aquisição
desse metal por parte de instituições financeiras autorizadas pelo Banco Central do Brasil a
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realizarem tal transação e o pagamento do Imposto sobre Operações financeiras (IOF), no ato
da compra. As instituições autorizadas a operarem com ouro são:
• Bancos comerciais;
• Bancos múltiplos com carteira comercial e/ou de investimento;
• Bancos de investimento;
• Corretoras e Distribuidoras de Títulos e Valores Mobiliários.
O PULO DO GATO
O ouro se transforma, efetivamente, em ativo financeiro quando é adquirido pelas instituições
financeiras autorizadas pelo Bacen e mediante o pagamento por estas do Imposto sobre Ope-
rações Financeiras (IOF).
Após adquirido o ouro bruto do garimpo, ele é, geralmente, refinado em empresas fundi-
doras, para que se atinja o grau de pureza que se encaixe nos padrões aceitos pelo mercado.
Uma vez refinado, a instituição financeira que adquiriu o ouro pode comercializá-lo das
seguintes formas:
• Comercializar a barra de ouro para pessoas físicas ou jurídicas;
• Exportá-lo, na forma prevista na legislação tributária;
• Custodiá-lo na Bolsa, que concede um certificado que pode ser comercializado junto
aos clientes/investidores. Essa é a forma mais comum de operação com ouro realizada
pelas instituições financeiras.
Cotação
A cotação do ouro, isto é, o seu valor, se dá de forma diferente quando se considera o Brasil
e o exterior. Explico:
• No exterior, sobretudo Estados Unidos e Reino Unido, a cotação se dá em relação à onça
troy, uma medida que equivale a aproximadamente 31,104 gramas;
• No Brasil, a cotação do ouro se dá em reais por grama de ouro puro. Por exemplo: 300
reais o grama;
• É importante dizer, também, que a cotação do ouro no Brasil sofre influência dos seguin-
tes fatores:
− Cotações do ouro em Londres e Nova York;
− Cotações do dólar no mercado flutuante.
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Caso você, concurseiro(a) magnata, deseje investir em ouro, poderá fazê-lo das seguin-
tes formas:
• Compra do ouro em barras: eu sei que você está imaginando aquelas cenas de filmes,
com cofres cheios de barras de ouro (rs!) nas casas dos personagens. Saiba que a re-
alidade é diferente. Na verdade, o que acontece é que você precisará (por motivos de
segurança) manter o ouro em um banco (instituição custodiante), o que implica no pa-
gamento de uma taxa de custódia. Além disso, há uma burocracia relativamente grande
nesse tipo de operação. Isso torna esse tipo de prática pouco utilizada;
• Compra via contrato na B3: nesse caso, compra-se por intermédio da Bolsa. Essa tran-
sação é realizada por meio dos contratos, que podem ser negociados nos mercados que
já vimos. Revisando:
− Mercado à vista: é negociado o ouro físico para entrega imediata;
− Mercado a termo: negocia-se entrega futura com preço acertado previamente;
− Mercado futuro: negocia-se entrega futura com preço sujeito às oscilações de mer-
cado;
− Mercado de opções: são realizadas negociações de opções de compra e venda, as
quais podem ser exercidas (ou não) em data estabelecida;
• Fundos de investimento em ouro: é uma forma de se investir em ouro muito utilizada.
Nessa modalidade, o investidor compra cotas em fundos de investimentos lastreados
em contratos com ouro. Em outras palavras: são os gestores do fundo que, efetivamen-
te, realizam as operações com ouro no mercado. A vantagem desses fundos é que o
investidor “foge” da burocracia e do trabalho, o qual fica à cargo dos profissionais ges-
tores do fundo.
Como vimos, no Brasil, a cotação do ouro se dá em reais por grama de ouro puro. Por exemplo:
300 reais o grama.
É importante dizer, também, que a cotação do ouro no Brasil sofre influência dos seguin-
tes fatores:
• Cotações do ouro em Londres e Nova York;
• Cotações do dólar no mercado flutuante.
Errado.
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Simples a questão! Não é mesmo? O assunto operações com ouro não é tão explorado em
prova e quando aparece são questões mais simples, como essa. Exatamente por isso vamos
ter esse tema “na ponta da língua” para não perdermos ponto à toa.
Mercado de Balcão
Nós já estudamos nessa aula sobre a importância do mercado secundário para a negocia-
ção de valores mobiliários. Apenas para relembrar: o mercado primário é quando a companhia
vende os ativos para os investidores, seja em sua primeira oferta (IPO) ou nas ofertas adicionais.
Enquanto o mercado secundário é onde os próprios investidores negociam os ativos entre si.
Vimos também que o principal ambiente de negociação no mercado secundário é a Bol-
sa de Valores. Sabemos que para ofertar ações e outros títulos em Bolsa, as companhias
precisam atender a diversos critérios, o que pode dificultar a entrada de algumas empresas,
sobretudo as pequenas. Em razão disso, existe outro ambiente de negociação que pode ser uti-
lizado. Trata-se do Mercado de Balcão, também chamado de Over The Counter (OTC). Vamos
estudar os principais aspectos dele!
Conceito
É o ambiente de negociação, a princípio sem local fixo, no qual são negociados títulos e va-
lores mobiliários que não possuem autorização para serem negociados em bolsa de valores. O
nome mercado de balcão nasceu das negociações que eram feitas “no balcão” das empresas.
São títulos e valores negociáveis em mercado de balcão:
• Ações;
• Debêntures;
• Commercial papers;
• Contratos de opções;
• Cotas em fundos de investimento;
• Bônus de subscrição;
• Outros títulos e valores autorizados pela legislação brasileira.
Perceba que são basicamente os mesmos ativos negociados em bolsa. A principal diferen-
ça mesmo é a maior possibilidade de acesso a companhias que não conseguem cumprir todas
as exigências para ofertarem seus ativos em bolsas de valores.
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Vamos ver um pouco de história, pois às vezes aparece em prova: a primeira instituição
autorreguladora, responsável por manter os registros das operações no mercado de balcão
organizado foi a Sociedade Operadora de Mercado de Ativos (SOMA), criada em 1996, e ins-
pirada no Mercado de Balcão organizado dos EUA. A SOMA foi adquirida pela antiga BM&F
Bovespa em 2002, passando a ser chamada de SOMA FIX. Antes da criação da SOMA, inexistia
um mercado de balcão organizado no Brasil.
Atualmente, o mercado de balcão organizado é administrado pela “Brasil Bolsa e Balcão”, a
famosa B3. Veja que curioso: apesar de a bolsa de valores e o mercado de balcão organizado
serem dois ambientes diferentes de negociação de valores mobiliários, ambos são operados,
na prática, pela mesma instituição.
Embora seja mais acessível quando comparado à bolsa de valores, os agentes que operam
em mercado de balcão organizado devem seguir algumas regras estabelecidas pelo BACEN e
a Comissão de Valores Mobiliários (CVM), sendo esta última responsável pela autorização e
supervisão das instituições que operam o mercado de balcão organizado.
Tipos de Operações
Para comprar e vender no mercado de balcão organizado, tal como na bolsa de valores, os
agentes (pessoa física ou jurídica) precisam procurar intermediários, geralmente corretoras ou
bancos. Tais intermediários recebem as ordens dos clientes/investidores para efetuarem as
transações no mercado - o mesmo funcionamento das operações na bolsa.
A seguir, revisaremos os tipos de ordens mais comuns, pois é um assunto bem importante
para as provas.
Ordem a mercado: é o tipo de ordem que deve ser executada independentemente do valor
do ativo no mercado. Nesse caso, o investidor só especifica a quantidade e as características
dos ativos a serem comprados ou vendidos. A ordem a mercado deve ser executada no instan-
te em que é recebida pela instituição intermediária.
4
https://www.investidor.gov.br/portaldoinvestidor/export/sites/portaldoinvestidor/publicacao/Cadernos/CVM-Ca-
derno-7.pdf
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Ordem limitada: como o nome sugere, esse tipo de ordem só deve ser executado caso o
valor do ativo seja igual ou melhor que o valor especificado pelo investidor. A ordem limitada de
venda é chamada de venda a limite: tente intuir esses nomes. Pense que existe um limite mínimo
de valor pelo qual o investidor aceita vender determinadas ações dele. Já na compra a limite, é
o contrário, existe um limite máximo pelo qual o investidor aceita pagar por determinado ativo.
Ordem on-stop: a ordem de compra ou venda é executada quando o ativo atinge determi-
nado preço indicado na ordem.
Ordem casada: é aquela na qual existe uma ordem de venda e uma de compra que só
podem ser executadas juntas. Por exemplo: o investidor envia a ordem para vender as cotas
do fundo de investimento X e comprar do fundo Y. Nesse caso, as duas ordens precisam ser
executadas simultaneamente.
Ordem administrada: esse tipo de ordem determina apenas a quantidade e as caracterís-
ticas dos ativos a serem e negociados. No entanto, a execução da ordem fica a cargo da insti-
tuição intermediária (geralmente, corretora).
A seguir, apresento um mapa que resume as características do mercado de balcão
que vimos.
Também chamado de OTC
(Over The Counter)
😅 Cansado(a)? Chegamos ao fim da parte teórica da nossa aula. Obrigado por me acom-
panhar até aqui!
Sugiro que você tome um fôlego (quem sabe um cafezinho!) e volte para entrarmos na
parte das questões comentadas, para que possamos fixar o conhecimento adquirido. Vamos
lá! Força!!
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MAPAS MENTAIS
Preferenciais Normalmente, sem direito a voto Não devem ultrapassar 50% do total de ações
Dividendos
Direito de subscrição
Executada imediatamente e
independentemente do valor
Existe uma ordem de venda e A mercado do ativo no mercado.
uma de compra que só podem
ser executadas juntas. Casada
Executada caso o valor do
ativo seja igual ou melhor
Ordens que o valor especificado pelo
Limitada investidor.
Execução a critério
da corretora. Administrada Executada quando o ativo
atinge determinado preço
On-stop indicado na ordem.
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QUESTÕES DE CONCURSO
001. (CESGRANRIO/BB/ESCRITURÁRIO/2014/Q703162) Atualmente, as instituições finan-
ceiras oferecem aos seus clientes diversos tipos de investimentos, dentre os quais está o in-
vestimento em ações de companhias abertas que podem ser negociadas na Bolsa de Valores.
A característica mais atrativa do investimento em ações é a
a) possibilidade de ganhos superiores aos oferecidos em fundos de investimento
b) isenção de imposto sobre operações financeiras no ato de negociação das ações
c) baixa probabilidade de perdas financeiras
d) alta probabilidade de perdas financeiras
e) isenção de imposto de renda
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adaptada
No que diz respeito aos negócios realizados na B3, uma ação tende a ser valorizada quando
a) os efeitos da lei de oferta e da procura ficam evidentes no momento em que uma maior
quantidade de ações da empresa é oferecida para venda.
b) ocorre uma interferência da Comissão de Valores Mobiliários que deixe a empresa em me-
lhores condições para desenvolver suas atividades em relação aos seus concorrentes.
c) uma empresa recebe autorização para que suas ações possam ser ofertadas publicamente
no mercado de valores mobiliários.
d) é negociada exclusivamente no mercado primário de ações.
e) uma empresa tem boas perspectivas de crescimento a longo prazo, quando mais pessoas
irão querer apostar nos papéis dela; com isso poderá haver uma corrida no mercado por esses
papéis, o que poderá gerar um aumento no preço dessas ações.
(fia.com.br/blog/b3-brasil-bolsa-balcao/)
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Na B3, Brasil Bolsa e Balcão, as operações no mercado à vista de ações são liquidadas em
a) D0, D+0, ou D zero
b) D1 ou D+1
c) D2 ou D+2
d) D3 ou D+3
e) D4 ou D+4
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b) Denominam-se arbitradores aqueles usuários dos mercados futuros que, por meio de ope-
rações de compra e venda, procuram eliminar o risco de perda determinado por variações
adversas de preço.
c) O especulador não é bem-visto no mercado de derivativos, por ser quem pratica uma ativi-
dade perversa ou ilegal, sendo proibida essa prática no Brasil.
d) Opção é a obrigação de uma empresa comprar ou vender a uma outra empresa, até determi-
nada data, uma quantidade do ativo-objeto a um preço preestabelecido.
e) O que diferencia um contrato futuro de um contrato de opção é a obrigação que o primeiro
apresenta de se adquirir ou vender algo no futuro. O contrato de opção, ao contrário, registra
unicamente o direito do titular de exercer sua opção de compra ou venda a determinado preço
no futuro, não sendo obrigatório seu exercício.
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043. (INÉDITA/2021) Proposto por dois cientistas ganhadores do Prêmio Nobel de 1997, cha-
mados Fisher Black e Myron Scholes, o Modelo Black & Scholes, datado de 1973, é uma ferramenta
de precificação de derivativos. Como é característico dos modelos matemáticos, o Black &
Scholes parte de algumas simplificações e hipóteses. Acerca das hipóteses do modelo, julgue
o item a seguir
Uma das hipóteses é a de que a opção é do tipo americana. Isso significa que ela só pode ser
exercida no final do prazo estabelecido em contrato, chamada de data de exercício.
044. (INÉDITA/2021). Para comprar e vender no mercado de balcão organizado, tal como na
bolsa de valores, os agentes (pessoa física ou jurídica) precisam procurar intermediários, ge-
ralmente corretoras ou bancos. Tais intermediários recebem as ordens dos clientes/investido-
res para efetuarem as transações no mercado - o mesmo funcionamento das operações na
bolsa. Entre os tipos de ordens, está a ordem a mercado a qual determina apenas a quantidade
e as características dos ativos a serem e negociados. No entanto, a execução da ordem fica a
critério da instituição intermediária
derno-7.pdf
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c) renovação da subscrição das ações colocadas no mercado e que não encontraram compra-
dores interessados.
d) oferta global das ações da empresa tanto no país quanto no exterior, assumindo todos os
riscos relacionados à oscilação de mercado.
e) prática de melhores esforços para revender o máximo de uma emissão de ações para os
seus clientes por um prazo determinado.
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GABARITO
1. a 37. e
2. E 38. C
3. d 39. C
4. C 40. e
5. E 41. E
6. d 42. a
7. b 43. E
8. e 44. E
9. b 45. C
10. c 46. C
11. E 47. a
12. C
13. d
14. b
15. b
16. C
17. e
18. e
19. a
20. E
21. b
22. c
23. d
24. C
25. c
26. a
27. C
28. c
29. e
30. c
31. c
32. c
33. C
34. E
35. C
36. b
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GABARITO COMENTADO
001. (CESGRANRIO/BB/ESCRITURÁRIO/2014/Q703162) Atualmente, as instituições finan-
ceiras oferecem aos seus clientes diversos tipos de investimentos, dentre os quais está o in-
vestimento em ações de companhias abertas que podem ser negociadas na Bolsa de Valores.
A característica mais atrativa do investimento em ações é a
a) possibilidade de ganhos superiores aos oferecidos em fundos de investimento
b) isenção de imposto sobre operações financeiras no ato de negociação das ações
c) baixa probabilidade de perdas financeiras
d) alta probabilidade de perdas financeiras
e) isenção de imposto de renda
As ações fazem parte do grupo dos instrumentos de renda variável. Trata-se de produtos cujo
rendimento não é determinado previamente, dependendo de elementos futuros, como a con-
juntura econômica, por exemplo.
O principal atrativo dos instrumentos de renda variável é que esses produtos possibilitam
maiores ganhos, quando comparados aos de renda fixa, como fundos de investimento, mas
o risco de perdas também é maior, justamente porque estão mais suscetíveis a fatores des-
conhecidos.
Letra a.
Há uma confusão de conceitos nessa assertiva. Vamos relembrar! Prêmio é o valor pago pelo
titular ao adquirir uma opção. Enquanto preço de exercício é o preço que o titular da opção
paga pelo bem, caso ele exerça a opção.
Errado.
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A principal característica das ações ordinárias é que elas conferem direito a voto nas assem-
bleias de acionistas da companhia.
Letra d.
O STR é um sistema operado pelo Bacen, de liquidação bruta em tempo real. Nele há a liqui-
dação em tempo real de todas as obrigações financeiras no Brasil. Dessa forma, os recur-
sos transferidos ficam disponíveis no mesmo dia da transferência, o que reduz os riscos nos
pagamentos.
Vários sistemas são interligados ao STR, tal como o SELIC (Sistema Especial de Liquidação e
de Custódia). Trata-se do sistema que realiza a custódia e o registro de transações com títulos
emitidos pelo Tesouro Nacional, os títulos públicos federais.
Certo.
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a) Errada. O investidor não precisa pedir autorização para investir. Na verdade, quem precisa
de autorização para operar no mercado são as Corretoras/Distribuidoras ou os bancos que
intermedeiam as negociações.
c) Errada. Não é necessário que a instituição que irá intermediar o investimento em ações do
mercado secundário tenha participado do lançamento delas no mercado primário.
d) Errada. Novamente, o investidor não precisa de autorização para investir.
e) Errada. Deve-se procurar uma instituição intermediadora.
Letra b.
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e) Para que uma companhia de capital aberto passe a ter capital fechado, é suficiente que os
valores mobiliários de sua emissão estejam admitidos à negociação no mercado de valores
mobiliários.
Art. 4º Para os efeitos desta Lei, a companhia é aberta ou fechada conforme os valores mobiliários
de sua emissão estejam ou não admitidos à negociação no mercado de valores mobiliários
Letra b.
infomoney.com.br/negocios/magazine-luiza-aprova-desdobramento- de-acoes-na-proporcao-de-1-para-8.
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A lei 6.404/76 obriga a distribuição de dividendos, caso a companhia apure lucro líquido ajus-
tado. A porcentagem do lucro a ser distribuído como dividendos obrigatórios deve ser definida
no estatuto da companhia.
Certo.
013. (CESGRANRIO/QUESTOESINÉDITAS/BB/ESCRITURÁRIO/5ºSIMULADO/2020/
Q1275252) Abrir o capital é uma das decisões mais importantes e estratégicas para qualquer
companhia. Contudo, o processo de abertura de capital pode ser longo e apresentar alguns de-
safios muito particulares que uma companhia precisa estar pronta para enfrentar. O mercado
considera que a plena abertura de capital ocorre com o lançamento de ações ao público para
negociação em bolsa ou em mercado de balcão organizado.
ibri.com.br/Upload/Conteudo/Abertura_Capital_Brasil_14.pdf
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d) empresa emite ações pela primeira vez para serem negociadas no mercado.
e) negociação é feita entre investidores, com a participação de uma corretora de valores, com
impacto no caixa da empresa emissora.
A única alternativa que se refere adequadamente a uma atividade executada no mercado pri-
mário é a letra d. No entanto, não se esqueça que não é somente a primeira emissão da compa-
nhia (IPO), que caracteriza o mercado primário. Existem também as ofertas adicionais (Follow).
O PULO DO GATO
Tenha em mente que quando é a companhia que está ofertando aos investidores trata-se do
mercado primário. Ao passo que a negociação feita entre os próprios investidores caracteriza
o mercado secundário.
Letra d.
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esforço possível para negociar os títulos no mercado, não sendo responsável pelos que não
forem vendidos.
c) Errada. Refere-se à garantia firme
d) Errada. Underwriting é feito tanto no mercado primário quanto no secundário.
e) Errada. Somente no mercado primário são oferecidas ações ao público pela primeira vez.
Letra b.
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https://www.investidor.gov.br/menu/Menu_Investidor/funcionamento_mercado/formas_de_negociacao.html,
adaptada
No que diz respeito aos negócios realizados na B3, uma ação tende a ser valorizada quando
a) os efeitos da lei de oferta e da procura ficam evidentes no momento em que uma maior
quantidade de ações da empresa é oferecida para venda.
b) ocorre uma interferência da Comissão de Valores Mobiliários que deixe a empresa em me-
lhores condições para desenvolver suas atividades em relação aos seus concorrentes.
c) uma empresa recebe autorização para que suas ações possam ser ofertadas publicamente
no mercado de valores mobiliários.
d) é negociada exclusivamente no mercado primário de ações.
e) uma empresa tem boas perspectivas de crescimento a longo prazo, quando mais pessoas
irão querer apostar nos papéis dela; com isso poderá haver uma corrida no mercado por esses
papéis, o que poderá gerar um aumento no preço dessas ações.
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Vamos exercitar um pouco da lógica. Um dos fatores que podem influenciar o valor das ações
no mercado são as perspectivas de crescimento da empresa no longo prazo. Quando os inves-
tidores observam tais perspectivas, tendem a aumentar a procura pelos títulos dessa empresa.
A maior procura pelos títulos, que estão disponíveis no mercado a uma quantidade limitada,
faz com que os preços subam – é a lei da oferta e da procura.
Letra e.
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VIII – outros contratos derivativos, independentemente dos ativos subjacentes;
IX – quando ofertados publicamente, quaisquer outros títulos ou contratos de investimento coletivo,
que gerem direito de participação, de parceria ou de remuneração, inclusive resultante de prestação
de serviços, cujos rendimentos advêm do esforço do empreendedor ou de terceiros.
§ 1º Excluem-se do regime desta Lei:
I – os títulos da dívida pública federal, estadual ou municipal;
II – os títulos cambiais de responsabilidade de instituição financeira, exceto as debêntures.
Nada disso! A Lei n. 6.404 de 1976 (Lei das S.A) determina o seguinte:
Art. 4º. Para os efeitos desta Lei, a companhia é aberta ou fechada conforme os valores mobiliários
de sua emissão estejam ou não admitidos à negociação no mercado de valores mobiliários
Portanto, não há que se falar nessa percentagem de 50%. Se possui valores mobiliários admi-
tidos à negociação no mercado de valores mobiliários (autorizados pela CVM) é companhia
aberta. Se não possui, é companhia fechada.
Errado.
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Não se assuste com os termos Call e Put. Call é uma opção de compra, enquanto Put é uma
opção de venda.
Mesmo não sabendo o significado desses termos, era possível identificar que o enunciado
estava falando do mercado de opções, sobretudo pela presença dos seguintes termos:
• instrumentos derivativos;
• mecanismo de proteção ao mercado contra possíveis perdas;
• preços de exercício;
• datas de vencimento.
Letra d.
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de capitais. É por meio da Bolsa de Valores que se permite aos investidores a aquisição de
ativos das empresas listadas e, consequentemente, a movimentação de capital para custear o
desenvolvimento econômico.
blog.rico.com.vc/mercado-de-capitais-guia-completo
a) Errada. As ações ordinárias, são as que conferem direito a voto nas assembleias de acio-
nistas. Enquanto às preferenciais são, geralmente, sem direito a voto, possuindo outras vanta-
gens, como a prioridade no recebimento de dividendos. Ambas recebem dividendos e podem
ser negociadas no mercado primário e no mercado secundário.
b) Errada. Havendo lucro, o pagamento de dividendos pelos acionistas é direito deles,
que se caracteriza pelo pagamento de parte de tais lucros das companhias por para seus
acionistas.
d) Errada. O mecanismo que confere ao acionista o direito de exercer a preferência para adqui-
rir novas ações ou ativos conversíveis em ações, em razão da proporção das ações que possui
em uma companhia, quando esta realiza aumento de capital, é denominado direito de partici-
pação nos resultados direito de subscrição.
e) Errada. É o mercado secundário que tem a função de garantir liquidez ao mercado primário.
Além disso, ambos os tipos de ações podem ser negociados nos dois mercados.
Letra c.
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financeira para disponibilizar as suas ações no mercado. As instituições que realizam essa
função têm por responsabilidade ligar a companhia ao acionista (potencial ou real), agindo em
seu nome. Como um processo destinado ao mercado primário, o underwriting pode ser feito
de formas diferentes.
maisretorno.com/blog/termos/u/underwriting
Correto. As operações com ouro podem ser feitas em todos os mercados citados.
Certo.
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I – Correta. No Brasil, a cotação do ouro se dá em reais por grama de outro puro. Por exemplo:
300 reais o grama. É importante dizer, também, que a cotação do ouro no Brasil sofre influência
dos seguintes fatores:
• Cotações do ouro em Londres e Nova York
• Cotações do dólar no mercado flutuante
II – Incorreta. As operações de câmbio somente podem ser realizadas por meio de instituições
autorizadas ou credenciadas pelo Ministério da Fazenda Banco Central do Brasil.
III – Correta. Apresenta corretamente o conceito de ação.
Letra c.
As debêntures podem ser negociadas no mercado de capitais, o qual é composto por Bolsa
de Valores e Mercado de Balcão. Um detalhe importante é que as debêntures de companhias
abertas podem ser negociadas simultaneamente em bolsa de valores e mercado de balcão,
desde que atenda as exigências de ambos os ambientes de negociação
Letra e.
Na B3, Brasil Bolsa e Balcão, as operações no mercado à vista de ações são liquidadas em
a) D0, D+0, ou D zero
b) D1 ou D+1
c) D2 ou D+2
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d) D3 ou D+3
e) D4 ou D+4
O prazo para liquidação física e financeira das operações no mercado à vista de ações é D2 ou D+2.
Lembrando que a liquidação Física é a transferência da propriedade das ações para o compra-
dor(a). Enquanto a liquidação Financeira trata-se do pagamento e/ou recebimento dos valores.
Letra c.
Em geral, as ações preferenciais são sem direito a voto (podem até ter direito a voto, mas não
é comum), mas possuem alguma vantagem definida no Estatuto social da companhia, que
costuma ser preferência no recebimento de dividendos.
A questão generalizou um pouco, mas é comum fazerem isso nas questões sobre ações ordi-
nárias e preferenciais.
Letra c.
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Por definição, não existe lugar físico para negociação em mercado de balcão.
Letra b.
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a) Errada. Os preços no mercado futuro são geralmente inferiores superiores aos praticados no
mercado à vista, dada a presença dos riscos inerentes a esse tipo de operação.
b) Errada. O agente que busca eliminar os riscos de variação de preços é o hedger.
c) Errada. Não é bem assim! Como vimos, o especulador é necessário no mercado, uma vez
que assume os riscos, dos quais o hedger deseja se proteger.
d) Errada. Trata-se do direito de comprar ou vender ao preço estabelecido, não sendo uma
obrigação.
Letra e.
No mercado a termo são negociados contratos para compra e venda de ativos com liquida-
ção em data futura, com um preço e prazo determinado. Os prazos dos contratos nesse mer-
cado variam entre 16 e 999 dias, geralmente, não podendo ser liquidados em data diferente
da acordada.
Certo.
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Execução a critério
da corretora. Administrada Executada quando o ativo
atinge determinado preço
On-stop indicado na ordem.
Errado.
derno-7.pdf
Exatamente! Os agentes que operam no mercado de balcão organizado devem seguir as regras
estabelecidas pelo BACEN e a Comissão de Valores Mobiliários (CVM), sendo esta última respon-
sável pela autorização e supervisão das instituições que operam o mercado de balcão organizado.
Certo.
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Perceba, novamente, como é comum tal generalização nas provas de concurso, pois é o que
acontece no mercado, na prática.
Ações ordinárias = direito a voto nas assembleias
Ações preferenciais = sem direito a voto, mas com prioridade no recebimento de dividendos
Certo.
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Mestre em Economia pela Universidade Federal de Uberlândia (UFU) e graduado em Ciências Econômicas
pela mesma instituição. Aprovado e convocado nos concursos de escriturário do Banco do Brasil (2013)
e escrevente do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo (2017), cargo que ocupa atualmente. Ministra
aulas na disciplina de Conhecimentos Bancários e na área de Economia.
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