Este documento discute vários aspectos da teologia cristã, incluindo: (1) a conexão entre cristologia e soteriologia; (2) como Cristo modela uma vida redimida; (3) as expectativas messiânicas no Novo Testamento.
Descrição original:
Título original
Fichamento _ Teologia Sistemática, Histórica e Filosófica
Este documento discute vários aspectos da teologia cristã, incluindo: (1) a conexão entre cristologia e soteriologia; (2) como Cristo modela uma vida redimida; (3) as expectativas messiânicas no Novo Testamento.
Este documento discute vários aspectos da teologia cristã, incluindo: (1) a conexão entre cristologia e soteriologia; (2) como Cristo modela uma vida redimida; (3) as expectativas messiânicas no Novo Testamento.
FICHAMENTO | TEOLOGIA SISTEMÁTICA, HISTÓRICA E FILOSÓFICA
HÁ UMA CONEXÃO ENTRE A NOSSA CRISTOLOGIA E SOTERIOLOGIA
Nossa perspectiva de quem seja Jesus, basicamente reflete nosso entendimento da situação da humanidade caída. MCGRATH, Alister. Teologia Sistemática, Histórica e Filosófica. Uma introdução à teologia cristã. p. 403
CRISTO REDIME A VIDA E MODELA O ENTENDIMENTO DE COMO É UMA VIDA REDIMIDA
O Novo Testamento é fortemente cristomórfico em sua visão em relação à vida redimida, isto é, ele afirma que Jesus Cristo não apenas torna essa vida possível; mas também a modela. A imagem do Novo Testamento de “ser segundo Cristo” expressa muito bem esta noção. As questões envolvidas são de alguma importância, especialmente quanto à questão da maneira pela qual Jesus Cristo pode ser um exemplo ético ou espiritual para os cristãos. MCGRATH, Alister. Teologia Sistemática, Histórica e Filosófica. Uma introdução à teologia cristã. p. 406
A EXPECTATIVA MESSIÂNICA NO NOVO TESTAMENTO
A palavra grega Chrístos traduz o termo hebraico mashiah, mais familiar em sua forma transliterada “Messiah” [Messias], cuja raiz significa “o ungido”. Embora 0 antigo Israel ungisse profetas e sacerdotes, o termo foi principalmente reservado para a unção de um rei. No contexto da forte visão teocêntrica do antigo Israel, o rei era considerado como alguém que era apontado por Deus. Unção — isto é, esfregar ou derramar óleo de oliva sobre alguém — era assim um sinal público de ter sido escolhido por Deus para a função de rei. O termo tornou-se ligado a um conjunto de expectativas relacionadas ao futuro de Israel, que se concentrava na antecipada vinda de um novo rei que, como Davi, reinaria sobre o renovado povo de Deus. MCGRATH, Alister. Teologia Sistemática, Histórica e Filosófica. Uma introdução à teologia cristã. p. 407
A NATURALIDADE DO TERMO “FILHO DE DEUS”
O Antigo Testamento empregava o termo “Filho de Deus” em um sentido amplo, cuja melhor tradução talvez seja “aquele que pertence a Deus”. Ele era aplicado a um vasto espectro de categorias, que incluía, de modo geral, o povo de Israel (Ex 4.22) e, especificamente, o rei Davi e seus sucessores que deveriam reinar sobre esse povo (2Sm 7.14). Nesse sentido minimalista, o termo poderia ser aplicado igualmente a Jesus e aos cristãos. MCGRATH, Alister. Teologia Sistemática, Histórica e Filosófica. Uma introdução à teologia cristã. p. 409 JESUS É REFERIDO COMO DEUS NO NOVO TESTAMENTO A idéia de que alguém poderia ser descrito como “Deus” teria sido uma blasfêmia nesse contexto. Todavia, o estudioso do Novo Testamento, Raymond Brown, defendeu que existem três claras ocasiões em que Jesus é chamado de “Deus” no Novo Testamento, com importantes implicações decorrentes disso. São elas: (1) A seção de abertura do quarto evangelho que inclui a afirmação “a Palavra [...] era Deus” (Jo 1.1). (2) A confissão de Tomé, na qual ele se dirige ao Cristo ressurreto como “Senhor meu e Deus meu” (Jo 20.28). (3) A abertura da carta aos Hebreus, na qual há menção de que um salmo refere-se a Jesus como Deus (Hb 1.8). MCGRATH, Alister. Teologia Sistemática, Histórica e Filosófica. Uma introdução à teologia cristã. p. 410-411
ALGUNS RACIOCÍNIOS ACERCA DA DIVINDADE DE CRISTO
A seguir um exemplo: Jesus Cristo é Deus. Maria deu à luz a Jesus. Portanto, Maria é a Mãe de Deus. Esse tipo de argumento tornou-se lugar comum na igreja ao final do século IV; na verdade, esse tipo de argumento era frequentemente usado como uma maneira de testar a ortodoxia de um teólogo. A falha em concordar que Maria era a “Mãe de Deus” era vista como uma falha equivalente à recusa de aceitar a divindade de Cristo. Mas até que ponto poderemos impor esse princípio? Por exemplo, considere a seguinte linha de raciocínio: Jesus sofreu na cruz. Jesus é Deus. Portanto, Deus sofreu na cruz. As duas primeiras proposições são ortodoxas e exigiam um consenso geral por parte da igreja. No entanto, a conclusão decorrente delas não gozava de aceitação geral como já examinamos em nossa discussão anterior sobre a idéia de “um Deus que sofre” (vide pp. 324-330). Era incontestável, para muitos escritores patrísticos, que Deus não podia sofrer. O período patrístico viveu uma intensa agonia em torno da discussão dos limites que poderiam ser fixados em relação a esse tema. Assim, Gregório de Nazianzo insistiu no fato de que deveria considerar-se a possibilidade de Deus sofrer, pois, do contrário, questionava-se a realidade da encarnação do Filho de Deus. MCGRATH, Alister. Teologia Sistemática, Histórica e Filosófica. Uma introdução à teologia cristã. p. 420-421