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@aline_cramos
Aline Camargo Ramos, PhD
@JessicaJulioti
@EquipeMySete
NEUROCIÊNCIAS
O homem deve saber que de nenhum outro lugar, mas apenas do
encéfalo, vem a alegria, o prazer, o riso e a diversão, o pesar e o luto, o
desalento e a lamentação. E por meio dele, de uma maneira especial,
nós adquirimos sabedoria e conhecimento, enxergamos e ouvimos,
sabemos o que é justo e injusto, o que é bom e o que é ruim, o que é
doce e o que é insípido... E pelo mesmo órgão nos tornamos loucos e
delirantes, e medos e terrores nos assombram... Todas essas coisas nós
temos de suportar quando o encéfalo não está sadio... Nesse sentido,
opino que é o encéfalo quem exerce o maior poder no homem.
Hipócrates, Da Doença Sagrada (Século IV a.C.)
NEUROCIÊNCIAS
• Apesar que...
7 mil anos – trepanação
5 mil anos – Egito antigo já se sabia sintomas de lesões encefálicas
NEUROCIÊNCIAS
• História moderna ainda está sendo escrita
Compreender como o sistema nervoso funciona é um grande
desafio
Neurociências moleculares – mensageiros, fatores de
crescimento
Neurociências celulares – neurônios e glia
Neurociências de sistemas – circuitos
Neurociências comportamental – resultado final
Neurociências cognitiva – consciência, imaginação, linguagem
NEUROCIÊNCIAS
• Pesquisas:
Experimental, clínica e teórica
Cara, porém com muito impacto na vida das pessoas
Doenças causam alto custo econômico, porém maiores
custos são emocionais Paciente e familiares
Prevenção e tratamento requer conhecimento do
funcionamento normal do sistema nervoso Objetivo da
neurociência
NEUROCIÊNCIAS
• Pesquisas:
NEUROCIÊNCIAS
• Doenças causam alto custo econômico, porém maiores custos são
emocionais Paciente e familiares
NEUROCIÊNCIAS
• Prevenção e tratamento requer conhecimento do funcionamento
normal do sistema nervoso Objetivo da neurociência
SISTEMA NERVOSO
SISTEMA NERVOSO
Cérebro
Sistema
Nervoso
Central Medula
Espinhal
Sistema
Nervoso
Somático
Sistema
Nervoso Simpático
Periférico
Autônomo
Parassimpático
SN PERIFÉRICO SOMÁTICO
Cérebro
Medula espinhal
SISTEMA NERVOSO CENTRAL
• O cérebro está protegido pelo crânio (estrutura óssea), pelas
meninges e pelo líquido cerebrospinal
Unipolar
Bipolar
Multipolar
Interneurônios
SISTEMA NERVOSO CENTRAL
• As células que compõe o SNC são os neurônios e células da glia
Neurônios: células especializadas para recepção, condução e
transmissão de sinais
Unipolar
Bipolar
Multipolar
Interneurônios
SISTEMA NERVOSO CENTRAL
• As células que compõe o SNC são os neurônios e células da glia
Telencéfalo (hemisférios)
Diencéfalo (tálamo e hipotálamo)
Mesencéfalo (teto e tegumento)
Metencéfalo (ponte e cerebelo)
Mielencéfalo (bulbo)
TRANSMISSÃO SINÁPTICA
• Potencial de membrana: diferença de carga elétrica entre as partes
interna e externa
Potencial de repouso: -70mV Neurônio polarizado
TRANSMISSÃO SINÁPTICA
• Potencial de membrana: diferença de carga elétrica entre as partes
interna e externa
Potencial de repouso: -70mV Neurônio polarizado
Permeabilidade diferencial: K+ e Cl- passam com facilidade e Na+
com dificuldade
Bomba de sódio-potássio: 3Na+ para dentro e 2K+ para fora
TRANSMISSÃO SINÁPTICA
• Potencial de ação: abertura de canais de Na+ e despolarização da
membrana
TRANSMISSÃO SINÁPTICA
• Transmissão sináptica: tudo-ou-nada e saltatória
TRANSMISSÃO SINÁPTICA
TRANSMISSÃO SINÁPTICA
• Receptores:
Metabotrópicos: acoplados à proteína G
Efeito duradouro
TRANSMISSÃO SINÁPTICA
• Receptores:
Ionotrópicos: canais iônicos
Início rápido
Efeito curto
TRANSMISSÃO SINÁPTICA
TRANSMISSÃO SINÁPTICA
• Fim da transmissão:
Recaptação: removidos e reciclados
Metabolização: ação de enzimas e reutilização de subprodutos
NEUROCIÊNCIAS
aline-camargo@hotmail.com
OBRIGADA!
NEUROCIÊNCIAS
Aula 2 – Memória
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Aline Camargo Ramos, PhD
@JessicaJulioti
@EquipeMySete
O QUE É MEMÓRIA?
MEMÓRIA
• Processo pelo qual adquirimos, formamos, conservamos e evocamos
informações
Acervo de memórias faz com que cada ser humanos seja único
Acervo pessoal de dados
Individual (personalidade) e coletiva (costumes e culturas)
MEMÓRIA
• Codificada por neurônios, armazenada e codificada por redes neurais
Modulada por emoções, nível de consciência, e estado de humor
Alerta/bom humor – facilita
Cansaço/tristeza/ansiedade – dificulta
aline-camargo@hotmail.com
OBRIGADA!
NEUROCIÊNCIAS
Aula 3 – Aprendizado
@aline_cramos
Aline Camargo Ramos, PhD
@JessicaJulioti
@EquipeMySete
COMO É QUE NÓS APRENDEMOS?
COMO É QUE NÓS APRENDEMOS?
COMO É QUE NÓS APRENDEMOS?
• Mudança de atividade elétrica, segundos mensageiros intracelulares e
modificação de proteínas sinápticas
Mudança temporária Mudança permanente
Alteração da estrutura sináptica
Síntese de novas proteínas
Estabelecimento de novos microcircuitos
Rearranjo de circuitos existentes
Mecanismos de refinamento da circuitaria encefálica
semelhantes aos do neurodesenvolvimento
APRENDIZADO
• Aquisição e consolidação de memória
Modificação física do encéfalo causada pela entrada da informação
sensorial da transmissão sináptica entre neurônios sensoriais e
motores
APRENDIZADO
• Consolidação:
Processo pelo qual algumas informações e experiências são
selecionadas para armazenamento permanente
Algumas informações são retidas, enquanto que outras são
perdidas
• Reapresentação:
Repetidas apresentações fazem com que a resposta celular mude
e a seletividade surja
Aumento da resposta neuronal cortical Conexão mais estável
APRENDIZADO
• Reforço de sinapses Plasticidade sináptica
Alteração na estrutura sináptica
Surgimento de espinhos dendríticos pós-sinápticos Novo
contato sináptico com axônios
Maior probabilidade de disparo do potencial de ação e
liberação de GLU
Aumento da superfície pós sináptica
Aumento da força entre as sinapses Armazenamento de
informações
APRENDIZADO
• LTP Potenciação de longa duração no hipocampo
Melhora duradoura na transmissão do sinal entre dois neurônios
resultado da estimulação síncrona
Um dos principais mecanismos celulares relacionados com
aprendizagem e memória
Longevidade: pode durar muitas semanas até a vida toda
Cooperatividade: número suficiente de sinapses deve ser
atividade simultaneamente para causar somação espacial
suficiente para produzir despolarização
APRENDIZADO
• LTP Potenciação de longa duração no hipocampo
APRENDIZADO
• LTP Potenciação de longa duração no hipocampo
APRENDIZADO
• LTP Potenciação de longa duração no hipocampo
Dependente de GLU (NMDA e AMPA)
APRENDIZADO
• LTP e LTD nas sinapses hipocampais
APRENDIZADO
• LTP e LTD nas sinapses hipocampais
Dependente de NMDA
Pouca ativação de receptores NMDA no hipocampo é ruim para
o aprendizado
Hiperativação de receptores NMDA resulta em capacidade
aumentada em algumas tarefas
APRENDIZADO
• Fosforilação das proteínas pode mudar a efetividade sináptica e
formar memórias
Apenas enquanto os fosfatos estiverem ligados às proteínas
Memórias formadas podem não ser consolidadas e se
tornarem aprendizado de fato Fosforilação não é
permanente (2 semanas)
Consolidação e aprendizado dependem de mecanismos que
convertem mudanças na fosforilação de proteínas sinápticas
em algo que possa ter duração mais longa
APRENDIZADO
• Fosforilação das proteínas pode mudar a efetividade sináptica e
formar memórias
Proteínas quinases persistentemente ativas Enzimas que unem
os fosfatos às proteínas
Se quinases forem reguladas para se manterem ativas,
memórias são consolidadas e haverá aprendizado
APRENDIZADO
• Proteínas quinases persistentemente ativas
CaMK II: quando ativação inicial é suficientemente forte há mais
autofosforilação do que desfosforilação
Molécula ficará ativada Manutenção da potenciação
sináptica
APRENDIZADO
• Proteínas quinases persistentemente ativas
PKM Zeta: atividade persistente mantém força sináptica pela
fosforilação contínua dos seus substratos
Ativação sináptica forte e aumento dos níveis de Ca2+ promove
síntese proteica e surgimento de novas moléculas Fosforila
proteínas sinápticas envolvidas na regulação do número de
receptores AMPA
APRENDIZADO
• Síntese proteica é importante para consolidação da memória
Necessário que ocorra a síntese de novas proteínas durante
período de consolidação da memória
Memória de curto prazo é convertida em memória de longo
prazo Aprendizado
APRENDIZADO
• Síntese proteica é importante para consolidação da memória
LTP causada por estimulação fraca que ativa brevemente apenas
pequeno número de sinapses decai de volta a linha de base após
algumas horas Não desencadeia síntese proteica
Episódios repetidos de estimulação forte que recrutam grande
número de sinapses estimulam síntese proteica
Capazes de gerar síntese proteica em neurônios eferentes
próximos que sofreram estimulação fraca se ocorrerem até 2
horas após
Evento trivial pode ser gravado/aprendido se ocorrer em um
intervalo de 2 horas em relação a um evento importante que
resulte em síntese proteica
APRENDIZADO
• Evento trivial pode ser gravado/aprendido se ocorrer em um intervalo
de 2 horas em relação a um evento importante que resulte em
síntese proteica
APRENDIZADO
• Síntese proteica é importante para consolidação da memória
Produção de RNAm transcrito de um gene é o primeiro passo para
a síntese proteica
Regulado por fatores de transcrição localizados no núcleo da
célula
CREB – proteína de ligação ao elemento responsivo ao AMPc
Regula expressão gênica requerida para consolidação da
memória
Modulação da expressão gênica por CREB é um
mecanismo molecular capaz de controlar força de uma
memória/aprendizado
APRENDIZADO
• Síntese proteica é importante para consolidação da memória
Produção de RNAm transcrito de um gene é o primeiro passo para
a síntese proteica
Regulado por fatores de transcrição localizados no núcleo da
célula
CREB – proteína de ligação ao elemento responsivo ao AMPc
APRENDIZADO
• Mudanças estruturais encefálicas após aprendizado
Diferença estrutural entre animais com amplas oportunidades de
aprender e àqueles com poucas chances
Ambiente enriquecido e complexo – brinquedos e outros
animais
Aumento de 25% no número de sinapses por neurônio no
córtex occipital
Formação de novos espinhos dendríticos nos córtex visual e
somatossensorial
Exposição aumentada Aumento de novas sinapses e
eliminação de sinapses antigas
Retirada do ambiente Espinhos encolhem, mas não
desaparecem
APRENDIZADO
• Mudanças estruturais encefálicas após aprendizado
Diferença estrutural entre animais com amplas oportunidades de
aprender e àqueles com poucas chances
APRENDIZADO
• Mudanças estruturais encefálicas após aprendizado
Diferença estrutural entre animais com amplas oportunidades de
aprender e àqueles com poucas chances
APRENDIZADO
• Plasticidade estrutural é limitada no encéfalo adulto
Grandes mudanças na circuitaria estão restritas aos período
críticos das fases precoces da vida
Crescimento e retração axonal na maioria dos neurônios do SNC
de adultos são restritos
Fim do período crítico não significa o fim das mudanças nas
estruturas axonais e efetividade das sinapses
NUNCA É TARDE PARA APRENDER
• Plasticidade estrutural é limitada no encéfalo adulto
Fim do período crítico não significa o fim das mudanças nas
estruturas axonais e efetividade das sinapses
APRENDER
O conteúdo desse curso foi
oferecido pelo
Centro Educacional Sete de
Setembro
em parceria com a Professora
Aline Camargo Ramos
aline-camargo@hotmail.com
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NEUROCIÊNCIAS
Aula 4 – Emoção
@aline_cramos
Aline Camargo Ramos, PhD
@JessicaJulioti
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EMOÇÕES
• Sentimentos subjetivos que suscitam manifestações
fisiológicas e comportamentais
Positivas: alegria, bem-estar, prazer
Negativas: medo, tristeza, desespero, nojo, raiva
aline-camargo@hotmail.com
OBRIGADA!