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Um dos pontos mais abordados na Constelação familiar corresponde ao

envolvimento afetivo e emocional entre pais e filhos. Para entender como esta
dinâmica ocorre, é necessário entender as ordens do amor apresentadas pelo
criador desta terapia, Bert Hellinger. São elas:

• Pertencimento: “...todo membro da família tem igual direito de


pertencimento.”
• Hierarquia: quem veio antes é maior do que quem veio depois.
• Equilíbrio entre dar e receber: precisamos buscar equilibrar o que damos
e o que recebemos nas relações entre iguais.

A constelação trabalha em respeito a estas ordens. Assim, quando nos é


apresentada uma dada situação na qual um filho rejeita, nega ou exclui um dos
pais (e até mesmo os dois), há um impedimento de que a vida siga a diante. Isto
pode ocorrer quando os filhos acreditam saber mais do que seus pais, querendo
tomar a vida deles como fosse suas. Começam a tomar suas dores e problemas.
Filhos que assim vivem entram na fantasia de uma missão impossível : Livrar os
pais de suas angústias. Conforme citado acima, não há como fazer algo por eles.
Vieram antes de nós, construíram seu legado e, errando e acertando, nos deram
a vida.

Sob a consideração de que a vida chegou até nós através de várias histórias,
cabe-nos olhar para os nossos pais e perceber a grandeza das histórias que
viveram até aqui. A ideia é de que isto nos faça reconhecer nosso lugar no
sistema familiar, o que se traduz em: ao acolher os pais, me integro à soma das
biografias de avós bisavós, tios e tias, irmãos etc.

A solução que compete aos filhos está na resolução de seus próprios problemas,
uma vez que não é possível pagar pela vida nos dada. Porém, é possível fazê-
lo aos nossos filhos, vide a alegria dos pais com os netos, pois percebem que a
vida segue a diante através de nós.

Uma outra saída é a de olhar para além de nossas exigências sobre eles e,
assim, exercer a nossa liberdade em fazer escolhas, cuidar e ser responsável
por elas. É também entender que os nossos pais fizeram o que podiam com os
recursos que dispunham, de que nada nos devem, mas que nos deram a vida.

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