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Agrupamento de Escolas de Reguengos de Monsaraz

Regulamento interno
2018/2022
Conselho Pedagógico/Conselho Geral
Julho de 2018

«Regulamento interno» - o documento que define o regime de funcionamento do


agrupamento de escolas, de cada um dos seus órgãos de administração e gestão, das
estruturas de orientação e dos serviços administrativos, técnicos e técnico - pedagógicos,
bem como os direitos e os deveres dos membros da comunidade escolar.
Índice
Preâmbulo Pág.5

1 – Definição e âmbito de aplicação


Pág.5

2 – Oferta formativa e horários

2.1 – Oferta formativa - Pág.6

2.2 – Horários - Pág.7

3 – Órgãos de administração, direção e gestão

3.1– Conselho geral - Pág.9

3.2– Diretor - Pág.12

3.3 – Conselho pedagógico - Pág.20

3.4 – Conselho administrativo - Pág.23

3.5 – Coordenador de estabelecimento - Pág.23

4 – Organização pedagógica

4.1 – Estruturas de coordenação e supervisão - Pág.25

4.1.1 – Departamentos curriculares - Pág.25

4.1.2 – Grupo de ano do 1ºciclo - Pág.28

4.1.3 – Grupo de recrutamento - Pág.29

4.2 – Estruturas de avaliação das atividades e articulação entre a escola e as famíliasPág.30

4.2.1 – Conselho de docentes do 1ºciclo - Pág.30

4.2.2 – Conselho de turma/diretor de turma - Pág.31

4.3 – Outras estruturas de coordenação - Pág.36

4.3.1 – Coordenadores de diretores de turma - Pág.37

4.3.2 – Estruturas dos cursos de educação formação - Pág.38

4.3.3 – Estruturas dos cursos profissionais- Pág.38

4.3.4 – Comissão de autoavaliação - Pág.41

1
5 – Serviços

5.1 – Serviços administrativos - Pág.42

5.1.1 – Ação social escolar - Pág.44

5.1.1.1 – Apoios económicos - Pág.44

5.1.1.2 – Seguro escolar e assistência em situação de emergência - Pág.45

5.1.1.3 – Papelarias – Pág.45

5.1.1.4 – Bufetes - Pág.45

5.1.1.5 – Refeitório/cozinha - Pág.45

5.2 – Serviços técnicos – pedagógicos - Pág.45

5.2.1 – Bibliotecas - Pág.46

5.2.2 – Clubes - Pág.47

5.2.3 – Gabinete de apoio ao aluno - Pág.48

5.2.4 – Serviços especializados de educação especial - Pág.50

5.2.5 – Serviços de psicologia - Pág.52

5.2.6 – Equipa técnico-pedagógica e técnicos de intervenção local – medida P.I.E.F. Pág.52

5.2.7 – Atividades de enriquecimento curricular - Pág.53

5.2.8 – Atividades de animação e de apoio à família - Pág.54

5.3 – Outras estruturas e outros serviços - Pág.54

5.3.1 – Instalações específicas - Pág.54

5.3.2 – Espaços de convívio - Pág.55

5.3.3 – Diretor de instalações - Pág.56

5.3.4 – Reprografia - Pág.57

5.3.5 – Estrutura organizacional de segurança - Pág.57

6 – Outras normas de funcionamento


6.1 – Afixação de informação, exposição de materiais, comercialização de produtos e
angariação de fundos - Pág.59

6.2 – Acesso e circulação nos espaços escolares - Pág.59

6.3 – Cartão eletrónico - Pág.61

2
6.4 - Comunicação interna - Pág.62

6.5 – Proteção de dados pessoais - Pág.63

6.6 – Utilização de alimentos em espaços escolares - Pág.64

6.7 – Visitas de estudo - Pág.64

6.8 - Ocupação dos tempos escolares - Pág.65

7 – Direitos e deveres da comunidade educativa


7.1 – Direitos e deveres gerais - Pág.65

8 – Alunos
8.1 – Direitos e deveres gerais - Pág.67

8.2 – Representação dos alunos - Pág.72

8.2.1 – Delegados e subdelegados de turma - Pág.72

8.2.2 – Associação de estudantes - Pág.74

8.2.3 – Quadros de valor e de excelência - Pág.74

8.3 – Processo individual dos alunos e outros instrumentos de registo - Pág.74

8.4 – Avaliação das aprendizagens - Pág.76

8.5 – Assiduidade e faltas - Pág.78

8.6 – Disciplina – alunos - Pág.86

9 – Pessoal docente
9.1 Direitos e deveres – Pág.88

10 – Pessoal não docente


10.1 Direitos e deveres – Pág.93

11 – Pais e encarregados de educação


11.1 Direitos e deveres – Pág.96

12 – Outras entidades
12.1 Autarquia – Pág.99
12.2 Outras parcerias – Pág.99

13 – Disposições finais
Pág.100

3
Anexos

1 - Manual de Procedimentos do Sistema de Controlo Interno:

I - Introdução; II - Processos e procedimentos da organização administrativa; III - Execução orçamental da


receita; IV - Execução orçamento da despesa; V - Disponibilidades; VI - Contas a terceiros; VII -
Existências; VIII - Imobilizado; IX - Disposições finais.

Anexo I – Funcionamento dos órgãos colegiais – reuniões e atas.

Anexo II – Regimento do Conselho Administrativo.

Anexo III – Regulamento de controlo de acesso às instalações e pagamento de bens e serviços.

Anexo IV – Regulamento de faltas – docentes e não docentes.

Anexo V – Regulamento dos serviços de impressão e de fotocópia.

Anexo VI – Regulamento dos serviços de papelaria.

Anexo VII – Regulamento dos serviços de bufete e refeitório.

Anexo VIII – Regulamento do seguro escolar.

Anexo IX – Regulamento de assistência em situação de emergência.

Anexo X – Regulamento de deslocações em serviço e ajudas de custo e de subsidio de transporte.

2 – Regulamento de elaboração de horários.

3 – Regulamento dos cursos profissionais.

4 – Regulamento das bibliotecas.

5 – Regulamento do gabinete de apoio ao aluno.

6 – Regulamento das U.A.A.M. 1 e 2 e da sala Snoezelen.

7 – Regulamento das atividades de enriquecimento curricular (A.E.C.).

8 – Regulamento das atividades de animação e de apoio à família.

9 – Regulamentos de instalações específicas.

10 – Plano de segurança.

11 – Regulamento de utilização de alimentos em espaços escolares.

12 – Regulamento de visitas de estudo.

13 – Regulamento de permutas e substituições.

14 – Estatutos da associação de estudantes.

15 – Regulamento dos quadros de valor e de excelência.

16 – Regulamento de constituição de turmas.

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Preâmbulo
A 26 de abril de 2013, em Coimbra, tomou posse a Comissão Administrativa Provisória da
agregação de Escolas do Concelho de Reguengos de Monsaraz, com a designação de
Agrupamento de Escolas Nº1 de Reguengos de Monsaraz. Mais tarde, em fevereiro de 2014, o
Ministério da Educação e Ciência, através da Portaria n.º 30/2014 de 5 de fevereiro, formalizou a
constituição do agrupamento em Diário da República sob o nome de Agrupamento de Escolas de
Reguengos de Monsaraz. De acordo com a mesma portaria fazem parte do Agrupamento os
seguintes estabelecimentos de ensino:

• Escola Secundária Conde de Monsaraz (sede de agrupamento);


• Escola Básica n.º 1 de Reguengos de Monsaraz;
• Escola Básica n.º 2 de Reguengos de Monsaraz (com jardim de infância);
• Jardim de Infância da Caridade;
• Escola Básica das Perolivas (com jardim de infância);
• Jardim de Infância de São Marcos do Campo;
• Escola Básica de São Marcos do Campo;
• Jardim de Infância do Campinho;
• Escola Básica do Campinho;
• Escola Básica de São Pedro do Corval (com jardim de infância);
• Escola Básica do Outeiro (com jardim de infância).

1 – Definição e âmbito de aplicação

Artigo 1º - Definição

1 - O projeto educativo, o regulamento interno, os planos anual e plurianual de atividades e o


orçamento constituem instrumentos do exercício da autonomia de todos os agrupamentos de
escolas e escolas não agrupadas.

2 - O regulamento interno é o documento que define o regime de funcionamento do agrupamento


de escolas, de cada um dos seus órgãos de administração e gestão, das estruturas de orientação e
dos serviços administrativos, técnicos e técnico-pedagógicos, bem como os direitos e os deveres
dos membros da comunidade escolar.

3 - O regulamento interno é elaborado e aprovado para um horizonte de 4 anos sem prejuízo de


alterações, por necessidade imperiosa, a concretizar no final de cada ano letivo.

4 - Os anexos constantes do presente regulamento devem respeitar sempre o disposto no mesmo,


e poderão ser alvo de revisão anual que carecerá de aprovação do conselho geral.

5 - As normas contidas neste regulamento devem ser interpretadas sem prejuízo das disposições
legais vigentes.

Artigo 2º - Âmbito da aplicação

1 - O presente regulamento interno aplica-se a todos os elementos da comunidade educativa:


alunos, pessoal docente e não docente, pais e encarregados de educação, representantes do
município e da comunidade local.

2 - Aplica-se ainda a terceiros que, por qualquer motivo, estabeleçam algum tipo de relação com
o agrupamento de escolas.

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3 - É aplicável a todas as instalações do agrupamento direta ou indiretamente afetas a atividades
escolares, bem como aos espaços livres compreendidos no seu perímetro.

4 - Estão igualmente sujeitos às suas normas os atos praticados no exterior das instalações do
agrupamento, se os seus agentes estiverem no desempenho das suas funções.

2 – Oferta formativa e horários

2.1 – Oferta formativa

Artigo 3º - Objeto e âmbito

1 - O Decreto-Lei 139/2012, na sua versão mais recente, estabelece os princípios orientadores da


organização e da gestão dos currículos dos ensinos básico e secundário, da avaliação dos
conhecimentos a adquirir e das capacidades a desenvolver pelos alunos.

2 - As disposições constantes no Decreto-Lei 139/2012, na sua versão mais recente, aplicam-se


às diversas ofertas curriculares dos ensinos básico e secundário.

3 - A existência de ofertas específicas no agrupamento obriga a uma regulamentação própria que


constará em anexo deste regulamento; a mesma deve respeitar a legislação adequada e o presente
regulamento interno.

Artigo 4º - Ofertas de educação pré-escolar

1 - A educação pré-escolar refere-se às crianças dos 3 anos até ao ingresso na escolaridade


obrigatória e é ministrada em estabelecimentos de educação pré-escolar.

2 - A frequência da educação pré-escolar é facultativa, reconhecendo à família o primeiro papel


na educação dos filhos, consagrando-se contudo, a sua universalidade para as crianças que
perfazem 4 anos de idade.

Artigo 5º - Ofertas formativas no ensino básico

1 - O ensino básico visa assegurar uma formação geral comum a todos os portugueses,
proporcionando a aquisição dos conhecimentos basilares que permitam o prosseguimento de
estudos.

2 - Os critérios que determinam a definição da oferta educativa no ensino básico devem-se a três
fatores:

a) Às expetativas educativas do meio envolvente;

b) À existência de recursos humanos e estruturas físicas no agrupamento;

c) À organização da rede escolar definida pela tutela.

3 - Decorrente do exposto no número anterior, a oferta educativa no ensino básico poderá


compreender:

a) O ensino básico geral;

b) Curso de ensino artístico especializado - articulado da música (2º e 3º ciclos).

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4 - As ofertas previstas no número anterior não prejudicam a existência de outras ofertas
específicas devidamente autorizadas por despacho do membro do Governo responsável pela área
da educação, nomeadamente as atualmente existentes:
a) Percursos curriculares alternativos (P.C.A.);
b) Programa integrado de educação e formação (PIEF);
c) Cursos de nível básico de dupla certificação, designadamente os cursos de educação e
formação (CEF), destinados preferencialmente a alunos em risco de abandono escolar,
permitindo um ensino profissional inicial como via privilegiada de transição para a vida
ativa e simultaneamente a continuação de estudos.

Artigo 6º - Ofertas formativas no ensino secundário

1 - Oferta formativa no ensino secundário neste agrupamento pode compreender:

a) Cursos científico-humanísticos de Ciências e Tecnologias, de Ciências Socioeconómicas,


de Línguas e Humanidades e de Artes Visuais, vocacionados para o prosseguimento de
estudos de nível superior;

b) Cursos profissionais vocacionados para a qualificação profissional dos alunos,


privilegiando a sua inserção no mundo do trabalho e permitindo o prosseguimento de
estudos;

c) Curso de ensino artístico especializado - articulado da música vocacionado para o


prosseguimento de estudos de nível superior.

2.2 – Horários

Artigo 7º - Horário dos estabelecimentos de educação pré-escolar

1 - Nos termos da lei, o horário de funcionamento do Jardim de Infância deverá contemplar


períodos de atividades educativas e de atividades de apoio e acompanhamento à família, podendo
ser ajustado anualmente.

2 - As atividades letivas iniciam-se às 9 horas e terminam às 15:30 horas, sendo o período da hora
de almoço entre o meio-dia e as treze horas e trinta minutos.

3 - Existe um regulamento específico de elaboração de horários que se encontra no anexo 2.

Artigo 8º - Horário dos estabelecimentos de ensino do 1º ciclo

1 - As atividades letivas do 1º ciclo iniciam-se às 9 horas e terminam às 15:30 horas, com o tempo
de almoço a decorrer das 12:00 horas até às 13:30 horas. No caso dos 3º e 4º anos, até à produção
de efeitos do Decreto – Lei n.º 55/2018, de 6 de julho, dois dos dias terminam às 16:45h, em razão
da introdução da disciplina de inglês nestes anos de escolaridade.

2 - As atividades de enriquecimento curricular decorrem diariamente após as atividades letivas


das componentes do currículo.

3 - Existe um regulamento específico de elaboração de horários que se encontra no anexo 2.

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4 - De acordo com os números anteriores, estabelece-se a seguinte grelha horária:

Tempo Letivo Entrada Saída


1 09:00h 10:30h
Intervalo de 20 minutos
2 10:50h 12:00h
Almoço (90 minutos)
3 13:30h 14:30h
Intervalo 10 minutos
4 14:40h 15:30h
Intervalo 15 minutos
5 15:45 16.35/16:45

Artigo 9º - Horário dos estabelecimentos de ensino dos 2º e 3º ciclos e ensino secundário

1 – Os 2º e 3ºciclos do ensino básico e o ensino secundário funcionam em horário diurno, entre


as 8 horas e as 17 horas e 45 minutos.

2 - De acordo com o número anterior, estabelece-se a seguinte grelha horária:

Tempo Letivo Entrada Saída


1 08:00h 08:45h
2 08:45h 09:30h
Intervalo de 30 minutos
3 10:00h 10:45h
4 10:45h 11:30h
Intervalo de 15 minutos
5 11:45h 12:30h
6 12:30h 13:15h
Almoço (01:15h)
7 14:30h 15:15h
8 15:15h 16:00h
Intervalo de 15 minutos
9 16:15h 17:00h
10 17:00h 17:45h

3 - De forma a facilitar os almoços ao nível dos 2º e 3º ciclos parte das turmas deverão sair no
período da manhã às 12:30 horas, todos os dias exceto à quarta-feira.

4 - O tempo letivo a partir das 16:15 horas destina-se, fundamentalmente, ao apoio ao estudo,
salas de estudo, apoio pedagógico personalizado (A.P.P.) e apoio a exame.

5 - Salvo medida excecional e devidamente fundamentada pelo diretor não existem toques sonoros
em nenhum estabelecimento de ensino, com exceção de todas as escolas do 1º ciclo e dos toques
de emergência.

6 – Existe um regulamento específico de elaboração de horários que se encontra no anexo 2.

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3 – Órgãos de administração, direção e gestão

Artigo 10º - Definição

1 - Os órgãos colegiais de administração e gestão e as estruturas de coordenação educativa e


supervisão pedagógica são os previstos no Decreto-Lei n.º 75/2008 de 22 de abril, na sua versão
mais recente.
2 - Compete aos órgãos elaborar os seus regimentos, de acordo com o Manual de Procedimentos
do Sistema de Controlo Interno, anexo I- Funcionamento dos órgãos colegiais- reuniões e atas.

3 - O regimento é elaborado ou revisto nos primeiros 30 dias do mandato do órgão ou estrutura a


que respeita, de acordo com o Manual de Procedimentos do Sistema de Controlo Interno,
anexo I - Funcionamento dos órgãos colegiais - reuniões e atas.

Artigo 11º - Cargos

1 - Todos os cargos das estruturas de coordenação educativa e supervisão pedagógica são de


aceitação obrigatória.

2 - Com exceção da participação no conselho geral, não é permitida a acumulação de mais de dois
cargos.

3 – As reduções horárias, letivas e não letivas, que sejam devidas ao desempenho de cargos,
constam no regulamento de elaboração de horários – anexo 2.

3 - Os casos omissos são regulamentados pelo conselho geral, no respeito pela legislação em
vigor.

3.1– Conselho geral

Artigo 12º - Definição

1 - O conselho geral é o órgão de direção estratégica responsável pela definição das linhas
orientadoras da atividade do agrupamento, assegurando a participação e representação da
comunidade educativa.

Artigo 13º - Composição

1 - O conselho geral é constituído por 17 elementos, sendo:

a) Seis representantes do pessoal docente;

b) Três representantes dos pais e encarregados de educação;

c) Dois representantes do pessoal não docente (sendo aconselhável um dos representantes


pertencer aos serviços da administração escolar);

d) Dois representantes da comunidade;

e) Dois representantes da autarquia;

f) Dois representantes dos alunos (maiores de 16 anos).

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Artigo 14º - Competências

1 - Sem prejuízo das competências que lhe sejam cometidas por lei, ao conselho geral compete:

a) Eleger o respetivo presidente, de entre os seus membros, à exceção dos representantes


dos alunos;
b) Eleger o diretor, nos termos dos artigos 21º a 23º do referido Decreto-Lei n.º 75/2008, de
22 de abril, na sua versão mais recente;

c) Aprovar o projeto educativo e acompanhar e avaliar a sua execução;

d) Aprovar o regulamento interno do agrupamento;

e) Aprovar os planos anuais e plurianuais de atividades;

f) Apreciar os relatórios periódicos e aprovar o relatório final de execução do plano anual


de atividades;

g) Aprovar as propostas de contratos de autonomia;

h) Definir as linhas orientadoras para a elaboração do orçamento;

i) Definir as linhas orientadoras do planeamento e execução, pelo diretor, das atividades no


domínio da ação social escolar;

j) Aprovar o relatório de contas de gerência;

k) Apreciar os resultados do processo de autoavaliação;

l) Pronunciar-se sobre os critérios de organização dos horários e da constituição de turmas;

m) Acompanhar a ação dos demais órgãos de administração e gestão;

n) Promover o relacionamento com a comunidade educativa;

o) Definir os critérios para a participação do agrupamento em atividades pedagógicas,


ambientais, científicas, culturais e desportivas;

p) Dirigir recomendações aos restantes órgãos, tendo em vista o desenvolvimento do projeto


educativo e o cumprimento do plano anual de atividades;

q) Participar nos termos definidos em diploma próprio, no processo de avaliação do


desempenho do diretor;

r) Decidir os recursos que lhe são dirigidos;

s) Aprovar o mapa de férias do diretor.

2 - O presidente é eleito por maioria absoluta dos votos dos membros do conselho geral em
efetividade de funções.

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Artigo 15º - Designação de representantes

1 - Os representantes do pessoal docente são eleitos por todos os docentes e formadores em


exercício de funções no agrupamento de escolas ou escola não agrupada.

2 - Os representantes dos alunos e do pessoal não docente são eleitos separadamente pelos
respetivos corpos, nos termos definidos no artigo seguinte.

3 - Os representantes dos pais e encarregados de educação são eleitos em assembleia geral de pais
e encarregados de educação, sob proposta da A.P.E.E.A.E.R.M.

4 - Os representantes do município são designados pela câmara municipal, podendo esta delegar
tal competência nas juntas de freguesia.

5 - Os representantes da comunidade local, quando se trate de individualidades ou representantes


de atividades de caráter económico, social, cultural e científico, são cooptados pelos demais
membros.

6 - Os representantes da comunidade local, quando se trate de representantes de instituições ou


organizações são indicados pelas mesmas.

Artigo 16º - Eleições

1 - Os representantes referidos no n.º 1 e n.º 2 do artigo anterior candidatam-se à eleição,


apresentando-se em listas separadas.

2 - As listas devem conter a indicação dos candidatos a membros efetivos, em número igual ao
dos respetivos representantes no conselho geral, bem como dos candidatos a membros suplentes,
em número igual a metade dos membros efetivos.

3 - As listas do pessoal docente devem assegurar a representação dos diferentes níveis e ciclos de
ensino.

4 - A conversão dos votos em mandatos faz-se de acordo com o método de representação


proporcional da média mais alta de Hondt.

5 - O calendário do processo eleitoral é fixado em regulamento eleitoral a elaborar pela respetiva


comissão de eleições, a designar pelo conselho geral de entre os seus pares.

6 - O processo eleitoral realiza-se por sufrágio direto, secreto e presencial.

7 -No caso de eleitores, que ao momento, revelem incapacidade física ou outra, devidamente
comprovada, para exercerem o seu direito de voto em conformidade com a alínea anterior,
poderão fazê-lo através de carta registada, até ao dia fixado no respetivo regulamento eleitoral,
contendo no seu interior um envelope com o voto expresso.

8 - As convocatórias mencionam as normas práticas do processo eleitoral, locais de afixação das


listas dos candidatos, hora e local de escrutínio sendo afixadas nos locais habituais e colocadas
na página do agrupamento.

9 - O pessoal docente, o pessoal não docente e os alunos reúnem em separado, em data prévia à
realização das eleições, para escolha das mesas eleitorais, as quais serão constituídas por um
presidente e dois secretários eleitos individualmente.

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10 - As urnas mantêm-se abertas durante oito horas, a menos que tenham votado todos os eleitores
inscritos nos cadernos eleitorais.

11 - A abertura das urnas é efetuada perante a respetiva mesa eleitoral, lavrando-se ata, a qual
será assinada pelos componentes da mesa.

Artigo 17º - Homologação

1 - As atas das assembleias eleitorais serão entregues ao presidente do conselho geral cessante,
salvo impedimento legal, para homologação e posse.

2 - No caso de existir impedimento legal a homologação será efetuada pela maioria de votos do
conselho geral cessante em reunião convocada para o efeito.

Artigo 18º - Mandato

1 - O mandato dos membros do conselho geral tem a duração de quatro anos, incluindo o
mandato dos representantes dos pais e encarregados de educação e dos alunos, sem prejuízo
do disposto nos números seguintes.

2 - Os membros do conselho geral são substituídos no exercício do cargo se entretanto


perderem a qualidade que determinou a respetiva eleição ou designação.

3 - As vagas resultantes da cessação do mandato dos membros eleitos são preenchidas pelo
primeiro candidato não eleito, segundo a respetiva ordem de precedência, na lista a que
pertencia o titular do mandato.

Artigo 19º - Reunião do conselho geral

1 - O conselho geral reúne ordinariamente uma vez por trimestre e extraordinariamente sempre
que convocado pelo respetivo presidente, por sua iniciativa, a requerimento de um terço dos
seus membros em efetividade de funções ou por solicitação do diretor.

2 - As reuniões do conselho geral devem ser marcadas a partir das dezassete horas e trinta
minutos, de modo a permitir a participação de todos os seus membros.

3.2– Diretor

Artigo 20º - Definição

1 - O diretor é o órgão de administração e gestão do agrupamento de escolas ou escola não


agrupada nas áreas pedagógica, cultural, administrativa, financeira e patrimonial.

Artigo 21º - Subdiretor e adjuntos do diretor

1 - O diretor é coadjuvado no exercício das suas funções, de acordo com os diplomas em vigor,
por um subdiretor e por três adjuntos.

2 - Os critérios de fixação do número de adjuntos do diretor são estabelecidos por despacho do


membro do Governo responsável pela área da educação.

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Artigo 22º - Competências

1 - Compete ao diretor submeter à aprovação do conselho geral o projeto educativo elaborado


pelo conselho pedagógico.

2 - Ouvido o conselho pedagógico, compete também ao diretor:

a) Elaborar e submeter à aprovação do conselho geral:

• As alterações ao regulamento interno;

• Os planos anual e plurianual de atividades;

• O relatório anual de atividades;

• As propostas de celebração de contratos de autonomia.

b) Aprovar o plano de formação e de atualização do pessoal docente e não docente,


ouvido também, no último caso, o município.

3 - No ato de apresentação ao conselho geral, o diretor faz acompanhar os documentos referidos


na alínea a) do número anterior dos pareceres do conselho pedagógico.

4 - Sem prejuízo das competências que lhe sejam cometidas por lei ou regulamento interno, no
plano da gestão pedagógica, cultural, administrativa, financeira e patrimonial, compete ao
diretor, em especial:

a) Definir o regime de funcionamento do agrupamento de escolas ou escola não


agrupada;

b) Elaborar o projeto de orçamento, em conformidade com as linhas orientadoras


definidas pelo conselho geral;

c) Superintender na constituição de turmas e na elaboração de horários;

d) Distribuir o serviço docente e não docente;

e) Designar os coordenadores de escola ou estabelecimento de educação pré-escolar;

f) Propor os candidatos ao cargo de coordenador de departamento curricular nos termos


definidos no n.º 5 do artigo 43.º do Decreto-Lei n.º137/2012, de 2 de julho, e designar
os diretores de turma entre outros detentores de cargos previstos neste regulamento;

g) Planear e assegurar a execução das atividades no domínio da ação social escolar, em


conformidade com as linhas orientadoras definidas pelo conselho geral;

h) Gerir as instalações, espaços e equipamentos, bem como os outros recursos educativos;

i) Estabelecer protocolos e celebrar acordos de cooperação ou de associação com outras


escolas e instituições de formação, autarquias e coletividades, em conformidade com
os critérios definidos pelo conselho geral nos termos da alínea o) do n.º 1 do artigo 13.º
do Decreto-Lei n.º137/2012, de 2 de julho;

j) Proceder à seleção e recrutamento do pessoal docente, nos termos dos regimes legais
aplicáveis;

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k) Assegurar as condições necessárias à realização da avaliação do desempenho do
pessoal docente e não docente, nos termos da legislação aplicável;

l) Dirigir superiormente os serviços administrativos, técnicos e técnico-pedagógicos.

5 - Compete ainda ao diretor:

a) Representar a escola;

b) Exercer o poder hierárquico em relação ao pessoal docente e não docente;

c) Exercer o poder disciplinar em relação aos alunos nos termos da legislação aplicável;

d) Intervir nos termos da lei no processo de avaliação de desempenho do pessoal docente;

e) Proceder à avaliação de desempenho do pessoal não docente.

6 - O diretor exerce ainda as competências que lhe forem delegadas pela administração
educativa e pela câmara municipal.

7 - O diretor pode delegar e subdelegar no subdiretor, nos adjuntos ou nos coordenadores de


escola ou de estabelecimento de educação pré-escolar as competências referidas nos números
anteriores, com exceção da prevista da alínea d) do n.º 5.

8 - Nas suas faltas e impedimentos, o diretor é substituído pelo subdiretor.

Artigo 23º - Recrutamento

1 - O diretor é eleito pelo conselho geral.

2 - Para recrutamento do diretor, desenvolve-se um procedimento concursal, prévio à eleição,


nos termos do artigo seguinte.

3 - Podem ser opositores ao procedimento concursal referido no número anterior docentes de


carreira do ensino público ou professores profissionalizados com contrato por tempo
indeterminado do ensino particular e cooperativo, em ambos os casos com, pelo menos, cinco
anos de serviço e qualificação para o exercício de funções de administração e gestão escolar,
nos termos do número seguinte.

4 - Consideram-se qualificados para o exercício de funções de administração e gestão escolar


os docentes que preencham uma das seguintes condições:

a) Sejam detentores de habilitação específica para o efeito, nos termos das alíneas b) e c)
do n.º 1 do artigo 56.º do Estatuto da Carreira Docente dos Educadores de Infância e
dos Professores dos Ensinos Básico e Secundário;

b) Possuam experiência correspondente a, pelo menos, um mandato completo no


exercício dos cargos de diretor, subdiretor ou adjunto do diretor, presidente ou vice-
presidente do conselho executivo, diretor executivo ou adjunto do diretor executivo ou
membro do conselho diretivo e ou executivo, nos termos dos regimes aprovados
respetivamente pelo presente decreto-lei, pelo Decreto-Lei n.º 115-A/98, de 4 de maio,
alterado pelo Decreto-Lei n.º 75/2008, de 22 de abril, pela Lei n.º 24/99, de 22 de abril,
pelo Decreto-Lei n.º 172/91, de 10 de maio, e pelo Decreto-Lei n.º 769-A/76, de 23 de
outubro;

14
c) Possuam experiência de, pelo menos, três anos como diretor ou diretor pedagógico de
estabelecimento do ensino particular e cooperativo;

d) Possuam currículo relevante na área da gestão e administração escolar, como tal


considerado, em votação secreta, pela maioria dos membros da comissão prevista no
artigo 22.º B do Decreto-Lei n.º 75/2008, de 22 de abril, na sua versão mais recente.

5 - As candidaturas apresentadas por docentes com o perfil a que se referem as alíneas b), c) e
d) do número anterior só são consideradas na inexistência ou na insuficiência, por não
preenchimento de requisitos legais de admissão ao concurso, das candidaturas que reúnam os
requisitos previstos na alínea a) do número anterior.

6 - O subdiretor e os adjuntos são nomeados pelo diretor de entre os docentes de carreira que
contem pelo menos cinco anos de serviço e se encontrem em exercício de funções no
agrupamento de escolas ou escola não agrupada.

Artigo 24º - Abertura do procedimento concursal

1 - Não sendo aprovada a recondução do diretor cessante, o conselho geral delibera a abertura
do procedimento concursal até 60 dias antes do termo do mandato daquele.

2 - Em cada agrupamento de escolas ou escola não agrupada, o procedimento concursal para


preenchimento do cargo de diretor é obrigatório, urgente e de interesse público.

3 - O aviso de abertura do procedimento contém, obrigatoriamente, os seguintes elementos:

a) A designação do agrupamento de escolas para que é aberto o procedimento concursal;

b) Os requisitos de admissão ao procedimento concursal fixados na lei e transcritos no


artigo anterior;

c) A entidade a quem deve ser apresentado o pedido de admissão ao procedimento, com


indicação do respetivo prazo de entrega, forma de apresentação, documentos a juntar
e demais elementos necessários à formalização da candidatura;

d) Os métodos utilizados para a avaliação da candidatura.

4 - O procedimento concursal é aberto por aviso publicitado do seguinte modo:

a) Na vitrina da entrada, junto ao telefonista, da escola sede do agrupamento;

b) Na página eletrónica do agrupamento de escolas http://aermonsaraz.com/ e na página


da DGEstE;

c) Por aviso publicado no Diário da República, 2.ª série, e divulgado em órgão de


imprensa de expansão nacional através de anúncio que contenha referência ao Diário
da República em que o referido aviso se encontra publicado.

5 - Com o objetivo de proceder à apreciação das candidaturas, o conselho geral incumbe a sua
comissão permanente ou uma comissão especialmente designada para o efeito de elaborar um
relatório de avaliação.

6 - Para efeitos da avaliação das candidaturas, a comissão referida no número anterior considera
obrigatoriamente:

15
a) A análise do curriculum vitae de cada candidato, designadamente para efeitos de
apreciação da sua relevância para o exercício das funções de diretor e do seu mérito;

b) A análise do projeto de intervenção na escola;

c) O resultado de entrevista individual realizada com o candidato.

Artigo 25º - Candidatura

1 - A admissão ao procedimento concursal é efetuada por requerimento acompanhado, para


além de outros documentos exigidos no aviso de abertura, pelo curriculum vitae e por um
projeto de intervenção no agrupamento de escolas ou escola não agrupada.

2 - É obrigatória a prova documental dos elementos constantes do currículo, com exceção


daquela que já se encontre arquivada no respetivo processo individual existente no
agrupamento de escolas ou escola não agrupada onde decorre o procedimento.

3 - No projeto de intervenção o candidato identifica os problemas, define a missão, as metas e


as grandes linhas de orientação da ação, bem como a explicitação do plano estratégico a realizar
no mandato.

Artigo 26º - Avaliação das candidaturas

1 - As candidaturas são apreciadas pela comissão permanente do conselho geral ou por uma
comissão especialmente designada para o efeito por aquele órgão.

2 - Sem prejuízo do disposto no n.º 1 do artigo 24.º, os métodos utilizados para a avaliação das
candidaturas são aprovados pelo conselho geral, sob proposta da sua comissão permanente ou
da comissão especialmente designada para a apreciação das candidaturas.

3 - Previamente à apreciação das candidaturas, a comissão referida no número anterior procede


ao exame dos requisitos de admissão ao concurso, excluindo os candidatos que os não
preencham, sem prejuízo da aplicação do artigo 76.º do Código do Procedimento
Administrativo.

4 - Das decisões de exclusão da comissão de apreciação das candidaturas cabe recurso, com
efeito suspensivo, a interpor para o conselho geral, no prazo de dois dias úteis e a decidir, por
maioria qualificada de dois terços dos seus membros em efetividade de funções, no prazo de
cinco dias úteis.

5 - A comissão que procede à apreciação das candidaturas, além de outros elementos fixados
no aviso de abertura, considera obrigatoriamente:

a) A análise do curriculum vitae de cada candidato, designadamente para efeitos de


apreciação da sua relevância para o exercício das funções de diretor e o seu mérito;

b) A análise do projeto de intervenção no agrupamento de escolas ou escola não


agrupada;

c) O resultado da entrevista individual realizada com o candidato.

6 - Após a apreciação dos elementos referidos no número anterior, a comissão elabora um


relatório de avaliação dos candidatos, que é presente ao conselho geral, fundamentando,
relativamente a cada um, as razões que aconselham ou não a sua eleição.

16
7 - Sem prejuízo da expressão de um juízo avaliativo sobre as candidaturas em apreciação, a
comissão não pode, no relatório previsto no número anterior, proceder à seriação dos
candidatos.

8 - A comissão pode considerar no relatório de avaliação que nenhum dos candidatos reúne
condições para ser eleito.

9 - Após a entrega do relatório de avaliação ao conselho geral, este realiza a sua discussão e
apreciação, podendo para o efeito, antes de proceder à eleição, por deliberação tomada por
maioria dos presentes ou a requerimento de pelo menos um terço dos seus membros em
efetividade de funções, decidir efetuar a audição oral dos candidatos, podendo nesta sede serem
apreciadas todas as questões relevantes para a eleição.

10 - A notificação da realização da audição oral dos candidatos e as respetivas convocatórias


são efetuadas com a antecedência de, pelo menos, oito dias úteis.

11 - A falta de comparência do interessado à audição não constitui motivo do seu adiamento,


podendo o conselho geral, se não for apresentada justificação da falta, apreciar essa conduta
para o efeito do interesse do candidato na eleição.

12 - Da audição é lavrada ata contendo a súmula do ato.

Artigo 27º - Eleição

1 - Após a discussão e apreciação do relatório e a eventual audição dos candidatos, o conselho


geral procede à eleição do diretor, considerando-se eleito o candidato que obtenha maioria
absoluta dos votos dos membros do conselho geral em efetividade de funções.

2 - No caso de o candidato ou de nenhum dos candidatos sair vencedor, nos termos do número
anterior, o conselho geral reúne novamente, no prazo máximo de cinco dias úteis, para proceder
a novo escrutínio, ao qual são admitidos consoante o caso, o candidato único ou os dois
candidatos mais votados na primeira eleição, sendo considerado eleito aquele que obtiver maior
número de votos favoráveis, desde que em número não inferior a um terço dos membros do
conselho geral em efetividade de funções.

3 - Sempre que o candidato, no caso de ser único, ou o candidato mais votado, nos restantes
casos, não obtenha, na votação a que se refere o número anterior, o número mínimo de votos
nele estabelecido, é o facto comunicado ao serviço competente do Ministério da Educação e
Ciência.

4 - O resultado da eleição do diretor é homologado pelo diretor-geral da Administração Escolar


nos 10 dias úteis posteriores à sua comunicação pelo presidente do conselho geral,
considerando-se após esse prazo tacitamente homologado.

5 - A recusa de homologação apenas pode fundamentar-se na violação da lei ou dos


regulamentos, designadamente do procedimento eleitoral.

Artigo 28º - Posse

1 - O diretor toma posse perante o conselho geral nos 30 dias subsequentes à homologação dos
resultados eleitorais pelo diretor geral da Administração Escolar, nos termos do n.º 4 do artigo
anterior.

2 - O diretor designa o subdiretor e os seus adjuntos no prazo máximo de 30 dias após a sua
tomada de posse.

17
3 - O subdiretor e os adjuntos do diretor tomam posse nos 30 dias subsequentes à sua
designação pelo diretor.

Artigo 29º - Mandato

1 - O mandato do diretor tem a duração de quatro anos.

2 - Até 60 dias antes do termo do mandato do diretor, o conselho geral delibera sobre a
recondução do diretor ou a abertura do procedimento concursal tendo em vista a realização de
nova eleição.

3 - A decisão de recondução do diretor é tomada por maioria absoluta dos membros do conselho
geral em efetividade de funções, não sendo permitida a sua recondução para um terceiro
mandato consecutivo.

4 - Não é permitida a eleição para um quinto mandato consecutivo ou durante o quadriénio


imediatamente subsequente ao termo do quarto mandato consecutivo.

5 - Não sendo ou não podendo ser aprovada a recondução do diretor de acordo com o disposto
nos números anteriores, abre-se o procedimento concursal tendo em vista a eleição do diretor,
nos termos do artigo 24.º

6 - O mandato do diretor pode cessar:

a) A requerimento do interessado, dirigido ao diretor-geral da Administração Escolar,


com a antecedência mínima de 45 dias, fundamentado em motivos devidamente
justificados;

b) No final do ano escolar, por deliberação do conselho geral aprovada por maioria de
dois terços dos membros em efetividade de funções, em caso de manifesta
desadequação da respetiva gestão, fundada em fatos comprovados e informações,
devidamente fundamentadas, apresentados por qualquer membro do conselho geral;

c) Na sequência de processo disciplinar que tenha concluído pela aplicação de sanção


disciplinar de cessação da comissão de serviço, nos termos da lei.

7 - A cessação do mandato do diretor determina a abertura de um novo procedimento concursal.

8 - Os mandatos do subdiretor e dos adjuntos têm a duração de quatro anos e cessam com o
mandato do diretor.

9 - Sem prejuízo do disposto no número anterior, e salvaguardadas as situações previstas nos


artigos 35.º e 66.º do Decreto-Lei n.º137/2012, de 2 de julho, quando a cessação do mandato
do diretor ocorra antes do termo do período para o qual foi eleito, o subdiretor e os adjuntos
asseguram a administração e gestão do agrupamento de escolas ou da escola não agrupada até
à tomada de posse do novo diretor, devendo o respetivo processo de recrutamento estar
concluído no prazo máximo de 90 dias.

10 - Não sendo possível adotar a solução prevista no número anterior e não sendo aplicável o
disposto no artigo 35.º, a gestão do agrupamento de escolas ou da escola não agrupada é
assegurada nos termos estabelecidos no artigo 66.º do Decreto-Lei n.º137/2012, de 2 de julho.

11 - O subdiretor e os adjuntos podem ser exonerados a todo o tempo por decisão fundamentada
do diretor.

Artigo 30º - Regime de exercício de funções

18
1 - O diretor exerce as funções em regime de comissão de serviço.

2 - O exercício das funções de diretor faz-se em regime de dedicação exclusiva.

3 - O regime de dedicação exclusiva implica a incompatibilidade do cargo dirigente com


quaisquer outras funções, públicas ou privadas, remuneradas ou não.

4 - Excetuam-se do disposto no número anterior:

a) A participação em órgãos ou entidades de representação das escolas ou do pessoal


docente;

b) Comissões ou grupos de trabalho, quando criados por resolução ou deliberação do


Conselho de Ministros ou por despacho do membro do Governo responsável pela área
da educação;

c) A atividade de criação artística e literária, bem como quaisquer outras de que resulte a
perceção de remunerações provenientes de direitos de autor;

d) A realização de conferências, palestras, ações de formação de curta duração e outras


atividades de idêntica natureza;

e) O voluntariado, bem como a atividade desenvolvida no quadro de associações ou


organizações não governamentais.

5 - O diretor está isento de horário de trabalho, não lhe sendo, por isso, devida qualquer
remuneração por trabalho prestado fora do período normal de trabalho.

6 - Sem prejuízo do disposto no número anterior, o diretor está obrigado ao cumprimento do


período normal de trabalho, assim como do dever geral de assiduidade.

7 - O diretor está dispensado da prestação de serviço letivo, sem prejuízo de, por sua iniciativa,
o poder prestar na disciplina ou área curricular para a qual possua qualificação profissional.

Artigo 31º - Direitos do diretor

1 - O diretor goza, independentemente do seu vínculo de origem, dos direitos gerais


reconhecidos aos docentes do agrupamento de escolas ou escola não agrupada em que exerça
funções.

2 - O diretor conserva o direito ao lugar de origem e ao regime de segurança social por que está
abrangido, não podendo ser prejudicado na sua carreira profissional por causa do exercício das
suas funções, relevando para todos os efeitos no lugar de origem o tempo de serviço prestado
naquele cargo.

Artigo 32º - Direitos específicos

1 - O diretor, o subdiretor e os adjuntos gozam do direito à formação específica para as suas


funções.

2 - O diretor, o subdiretor e os adjuntos mantêm o direito à remuneração base correspondente


à categoria de origem, sendo-lhes abonado um suplemento remuneratório pelo exercício de
função.

Artigo 33º - Direitos Deveres específicos

19
1 - Para além dos deveres gerais dos trabalhadores que exercem funções públicas aplicáveis ao
pessoal docente, o diretor e os adjuntos estão sujeitos aos seguintes deveres específicos:

a) Cumprir e fazer cumprir as orientações da administração educativa;

b) Manter permanentemente informada a administração educativa, através da via


hierárquica competente, sobre todas as questões relevantes referentes aos serviços;

c) Assegurar a conformidade dos atos praticados pelo pessoal com o estatuído na lei e
com os legítimos interesses da comunidade educativa.

Artigo 34º - Assessoria da direção

1 - Para apoio à atividade do diretor e mediante proposta deste, o conselho geral pode autorizar
a constituição de assessorias técnico-pedagógicas, para as quais são designados docentes em
exercício de funções no agrupamento de escolas ou escola não agrupada.

2 - Os critérios para a constituição e dotação das assessorias referidas no número anterior são
definidos por despacho do membro do Governo responsável pela área da educação, em função
da população escolar e do tipo e regime de funcionamento do agrupamento de escolas ou escola
não agrupada.

3.3 – Conselho pedagógico

Artigo 35º - Definição

1 - O conselho pedagógico é o órgão de coordenação e supervisão pedagógica e orientação


educativa do agrupamento de escolas, nomeadamente nos domínios pedagógico-didático, da
orientação e acompanhamento dos alunos e da formação inicial e contínua do pessoal docente.

Artigo 36º - Composição

1. O conselho pedagógico é constituído pelos seguintes elementos:

a) O diretor;

b) O coordenador de departamento da Educação Pré-escolar;

c) O coordenador de departamento do 1.º Ciclo do Ensino Básico;

d) O coordenador de departamento de Línguas;

e) O coordenador de departamento de Ciências Sociais e Humanas;

f) O coordenador de departamento de Matemática e Ciências Experimentais;

g) O coordenador de departamento de Expressões;

h) O coordenador de departamento de Educação Especial;

i) O coordenador dos diretores de turma do 2.º ciclo do ensino básico;

j) O coordenador dos diretores de turma do 3.º ciclo do ensino básico;

20
k) O coordenador dos diretores de turma do ensino secundário;

l) Um representante dos cursos profissionais;

m) Um representante dos percursos alternativos;

n) Um representante dos coordenadores de projetos/clubes;

o) O coordenador da comissão de autoavaliação;

p) O coordenador das bibliotecas escolares;

q) O coordenador do Gabinete de Apoio ao Aluno.

2 - O diretor é, por inerência de funções, presidente do conselho pedagógico.

Artigo 37º - Eleição e designação de membros

1 - Os representantes do pessoal docente no conselho geral não podem ser membros do


conselho pedagógico.

2 – O coordenador de departamento curricular deve ser um docente de carreira detentor de


formação especializada nas áreas de supervisão pedagógica, avaliação do desempenho docente
ou administração educacional.

3 - Quando não for possível a designação de docentes com os requisitos definidos no número
anterior, por não existirem ou não existirem em número suficiente, podem ser designados
docentes segundo a seguinte ordem de prioridade:

a) Docentes com experiência profissional, de pelo menos um ano, de supervisão


pedagógica na formação inicial, na profissionalização ou na formação em exercício ou
na formação em serviço de docentes;

b) Docentes com experiência de pelo menos um mandato de coordenador de


departamento curricular ou de outras estruturas de coordenação educativa previstas
neste regulamento, designadamente delegado de grupo disciplinar;

c) Docentes que, não reunindo os requisitos anteriores, sejam considerados competentes


para o exercício da função.

4 - O coordenador de departamento é eleito pelo respetivo departamento, de entre uma lista de


três docentes, propostos pelo diretor para o exercício do cargo.

5 - Para efeitos do disposto no número anterior considera-se eleito o docente que reúna o maior
número de votos favoráveis dos membros do departamento curricular.

6 - O mandato dos coordenadores dos departamentos curriculares tem a duração de quatro anos e
cessa com o mandato do diretor.

7 - Os coordenadores dos departamentos curriculares podem ser exonerados a todo o tempo por
despacho fundamentado do diretor, após consulta ao respetivo departamento.

21
8 - Os restantes representantes serão designados pelo diretor, anualmente, ou nomeados por
inerência de função/cargo.

Artigo 38º - Competências

1 - Ao conselho pedagógico compete:

a) Elaborar a proposta de projeto educativo a submeter pelo diretor ao conselho geral;

b) Apresentar propostas para a elaboração do regulamento interno e dos planos anual e


plurianual de atividade e emitir parecer sobre os respetivos projetos;

c) Emitir parecer sobre as propostas de celebração de contratos de autonomia;

d) Elaborar e aprovar o plano de formação e de atualização do pessoal docente;

e) Definir critérios gerais nos domínios da informação e da orientação escolar e


vocacional, do acompanhamento pedagógico e da avaliação dos alunos;

f) Propor aos órgãos competentes a criação de áreas disciplinares ou disciplinas de


conteúdo regional e local, bem como as respetivas estruturas programáticas;

g) Definir princípios gerais nos domínios da articulação e diversificação curricular, dos


apoios e complementos educativos e das modalidades especiais de educação escolar;

h) Adotar os manuais escolares, ouvidos os departamentos curriculares;

i) Propor o desenvolvimento de experiências de inovação pedagógica e de formação, no


âmbito do agrupamento de escolas ou escola não agrupada e em articulação com
instituições ou estabelecimentos do ensino superior vocacionados para a formação e a
investigação;

j) Promover e apoiar iniciativas de natureza formativa e cultural;

k) Definir os critérios gerais a que deve obedecer a elaboração dos horários;

l) Definir os requisitos para a contratação de pessoal docente, de acordo com o disposto


na legislação aplicável;

m) Propor mecanismos de avaliação dos desempenhos organizacionais e dos docentes,


bem como da aprendizagem dos alunos, credíveis e orientados para a melhoria da
qualidade do serviço de educação prestado e dos resultados das aprendizagens;

n) Participar, nos termos regulamentados em diploma próprio, no processo de avaliação


do desempenho do pessoal docente.

Artigo 39º - Funcionamento

1 - O conselho pedagógico reúne ordinariamente uma vez por mês e extraordinariamente


sempre que seja convocado pelo respetivo presidente, por sua iniciativa, a requerimento de um
terço dos seus membros em efetividade de funções ou sempre que um pedido de parecer do
conselho geral ou do diretor o justifique.

2 - Nas reuniões plenárias ou de comissões especializadas, designadamente quando a ordem


de trabalhos verse sobre as matérias previstas nas alíneas a), b), e), f), j) e k) do artigo anterior,

22
podem participar, sem direito a voto, a convite do presidente do conselho pedagógico,
representantes do pessoal não docente, dos pais e encarregados de educação e dos alunos.

3.4 – Conselho administrativo

Artigo 40º - Definição


1 - O conselho administrativo é o órgão deliberativo em matéria administrativo-financeira do
agrupamento, nos termos da legislação em vigor. Os princípios de funcionamento encontram-se
de acordo com o Manual de Procedimentos do Sistema de Controlo Interno, Anexo II -
Regimento do conselho administrativo.

Artigo 41º - Composição

1 - O conselho administrativo tem a seguinte composição:

a) O diretor, que preside;

b) O subdiretor ou um dos adjuntos do diretor, por ele designado para o efeito;

c) O coordenador técnico dos serviço administrativos, ou quem o substitua.

Artigo 42º - Competências

1 - Compete ao conselho administrativo:

a) Aprovar o projeto de orçamento anual, em conformidade com as linhas orientadoras


definidas pelo conselho geral;

b) Elaborar o relatório de conta de gerência;

c) Autorizar a realização de despesas e o respetivo pagamento, fiscalizar a cobrança de


receitas e verificar a legalidade da gestão financeira;

d) Zelar pela atualização do cadastro patrimonial.

Artigo 43º - Funcionamento

O conselho administrativo reúne ordinariamente uma vez por mês e extraordinariamente


sempre que o presidente o convoque, por sua iniciativa ou a requerimento de qualquer dos
restantes membros.

3.5 – Coordenador de estabelecimento

Artigo 44º - Definição e designação

1 - A coordenação de cada estabelecimento de educação pré-escolar ou de escola é assegurada


por um coordenador.

2 - Na escola sede do agrupamento, bem como nos estabelecimentos de educação pré-escolar


e escolas que tenham menos de três docentes em exercício efetivo de funções, não há lugar à
designação de coordenador.

3 - O coordenador é designado pelo diretor, de entre os professores em exercício efetivo de


funções na escola ou no estabelecimento de educação pré-escolar.

23
4 - O mandato do coordenador de estabelecimento tem a duração de quatro anos e cessa com
o mandato do diretor.

5 - O coordenador de estabelecimento pode ser exonerado a todo o tempo por despacho


fundamentado do diretor.

Artigo 45º - Competências

1 - Compete ao coordenador de escola ou estabelecimento de educação pré-escolar:

a) Coordenar as atividades educativas, em articulação com o diretor;

b) Cumprir e fazer cumprir as decisões do diretor e exercer as competências que por este
lhe forem delegadas;

c) Transmitir as informações relativas a pessoal docente e não docente e aos alunos;

d) Promover e incentivar a participação dos pais e encarregados de educação, dos


interesses locais e da autarquia nas atividades educativas.

2 - Em relação à alínea b) do ponto anterior são delegáveis as seguintes competências:

a) Supervisionar na constituição de turmas;

b) Distribuir o serviço não docente;

c) Assegurar a execução das atividades no domínio da ação social escolar, em conformidade


com as linhas orientadoras definidas pelo conselho geral e pelo diretor;

d) Gerir as instalações, espaços e equipamentos, bem como os outros recursos educativos;

e) Assegurar as condições necessárias à realização da avaliação do desempenho do pessoal


docente e não docente, nos termos da legislação aplicável;

f) Representar a escola;

g) Exercer o poder hierárquico em relação ao pessoal docente e não docente;

h) Exercer o poder disciplinar em relação aos alunos nos termos da legislação aplicável;

i) Proceder à avaliação de desempenho do pessoal não docente.

4 – Organização pedagógica

4.1 – Estruturas de coordenação e supervisão

Artigo 46º - Definição

24
1 – São as estruturas que colaboram com o conselho pedagógico e com o diretor, no sentido de
assegurar a coordenação, supervisão e acompanhamento das atividades escolares e promover o
trabalho colaborativo.

2 - O regimento é elaborado ou revisto nos primeiros 30 dias do mandato da estrutura a que


respeita, de acordo com o Manual de Procedimentos do Sistema de Controlo Interno, anexo
I - Funcionamento dos órgãos colegiais - reuniões e atas.

3 - As reduções horárias, letivas e não letivas, que sejam devidas ao desempenho de cargos,
constam no regulamento de elaboração de horários – anexo 2.

Artigo 47º - Estruturas

1 – Consideram-se as seguintes estruturas de coordenação e supervisão pedagógica:

a) Departamentos curriculares;

b) Grupo de ano do 1ºciclo;

c) Grupo de recrutamento.

4.1.1 – Departamentos curriculares

Artigo 48º - Composição

1 - É constituído por todos os docentes, em efetividade de funções no agrupamento, dos grupos


de recrutamento que compõem o departamento.

2 - Os departamentos curriculares terão a seguinte composição:

DEPARTAMENTOS GRUPOS
Pré-escolar 100
1.ºciclo 110/120
Línguas 120/200/220/300/330/350
Ciências sociais e humanas 200 / 290 / 400 / 410 / 420 / 430 / 530
Matemática e ciências experimentais 230/500/510/520/550
Expressões 240 / 250 / 260 / 530/ 600 / 610 / 620
Educação especial 910/E.L.I.

a) Os docentes do grupo 200 e do grupo 530 deverão integrar o departamento


correspondente às disciplinas em que têm maior carga horária;

b) Caso o número de horas seja equivalente, cabe ao diretor indicar o departamento que o
docente integrará;

c) Os técnicos especializados reunirão e cooperarão com o departamento a que pertence o


diretor do curso que lecionam;

d) Os técnicos especializados, sem componente letiva, reunirão, sempre que necessário, com
o departamento de educação especial;

25
e) Os docentes do grupo de recrutamento 120 deverão pertencer a dois departamentos,
1ºciclo e línguas, e de acordo com a ordem de trabalhos participarão nas reuniões/serviços
que os coordenadores e diretor acharem mais conveniente.

Artigo 49º - Competências

1 - Ao departamento curricular incumbe o desenvolvimento de medidas que reforcem a


articulação e gestão curricular na aplicação dos planos de estudo, designadamente:

a) Planificar e adequar à realidade da escola a aplicação dos planos de estudo estabelecidos


ao nível nacional;

b) Elaborar e aplicar medidas de reforço no domínio das didáticas específicas das


disciplinas;

c) Assegurar, de forma articulada com outras estruturas de orientação educativa da escola,


a adoção de metodologias específicas destinadas ao desenvolvimento quer dos planos de
estudo, quer das componentes de âmbito local do currículo;

d) Analisar a oportunidade de adoção de medidas de gestão flexível dos currículos e de


outras medidas destinadas a melhorar as aprendizagens e a prevenir a exclusão;

e) Elaborar propostas curriculares diversificadas, em função da especificidade de grupos de


alunos;

f) Assegurar a coordenação de procedimentos e formas de atuação nos domínios da


aplicação de estratégias de diferenciação pedagógica e da avaliação das aprendizagens;

g) Identificar necessidades de formação dos docentes;

h) Analisar e refletir sobre as práticas educativas e o seu contexto.

Artigo 50º - Reuniões

1 - O departamento curricular reúne ordinariamente no princípio do ano letivo, convocado para o


efeito pelo diretor, e nos oito dias seguintes à realização de cada conselho pedagógico, convocado
pelo coordenador do respetivo departamento curricular.

2 - O departamento curricular reúne extraordinariamente sempre que convocado pelo coordenador


ou por requerimento de um terço dos seus membros em efetividade de funções ou sempre que um
pedido de parecer do diretor o justifique.

3 - As convocatórias devem ser enviadas por correio eletrónico e afixadas em espaço próprio na
escola sede, 48 horas antes das datas das reuniões, das quais serão lavradas atas de acordo com o
Manual de Procedimentos do Sistema de Controlo Interno, anexo I - Funcionamento dos
órgãos colegiais - reuniões e atas.

4 – Sempre que o coordenador de departamento achar importante podem reunir secções do


departamento curricular, nomeadamente grupos de ano, de escola/jardim de infância ou grupos
de recrutamento.

Artigo 51º - Competências do coordenador de departamento

26
1. Compete ao coordenador entre outras:

a) Promover a troca de experiências e a cooperação entre todos os docentes que integram o


departamento curricular;

b) Representar os docentes do respetivo departamento no conselho pedagógico e transmitir


as opiniões/decisões dos membros do departamento;

c) Transmitir orientações provenientes do conselho pedagógico e do diretor ao


departamento curricular;

d) Assegurar a participação do departamento na elaboração, desenvolvimento e avaliação


do projeto educativo da escola, bem como, na apresentação de propostas de elaboração
do plano de atividades e regulamento interno do agrupamento de escolas e emissão de
pareceres;

e) Elaborar a planificação anual do departamento (incluí reuniões e atividades de


complemento curricular);

f) Promover a elaboração das planificações didáticas de todas as disciplinas;

g) Promover reuniões periódicas para aferição do grau de cumprimento da planificação


didática;

h) Supervisionar o cumprimento das planificações didáticas;

i) Promover a reestruturação das planificações didáticas quando necessário;

j) Supervisionar os procedimentos e desempenhos na prática pedagógica;

k) Promover a aplicação de estratégias diferenciadas para alunos com necessidades


educativas especiais;

l) Analisar, em departamento, a prática pedagógica;

m) Analisar, em departamento, os resultados escolares dos alunos (por período);

n) Incentivar a elaboração de propostas para melhoria do rendimento dos alunos;

o) Analisar, em departamento, os resultados da avaliação interna versus avaliação externa;

p) Coordenar a elaboração de informações-provas de equivalência à frequência, critérios e


respetivas provas de equivalência e exames a nível de escola;

q) Elaborar, em departamento, propostas para definição de critérios de avaliação;

r) Elaborar, em departamento, propostas para adoção de manuais escolares;


s) Apresentar ao conselho pedagógico propostas de agrupamentos flexíveis de tempos
letivos semanais para as diferentes disciplinas depois de analisadas no respetivo
departamento curricular;

27
t) Promover a articulação entre a formação inicial e a formação contínua dos professores
do departamento;

u) Colaborar com as estruturas de formação contínua na identificação das necessidades de


formação de professores do departamento;

v) Apresentar, ao diretor, o relatório crítico anual.

4.1.2 – Grupo de ano do 1ºciclo

Artigo 52º - Composição

1 - É o órgão constituído pelos titulares de turma que lecionam o mesmo ano de escolaridade, de
todos os estabelecimentos de ensino do 1º ciclo do agrupamento.

2 - Os titulares de turma que lecionem, em simultâneo, mais que um ano de escolaridade optarão,
fundamentadamente, no início de cada ano letivo, pelo grupo de ano a integrar.

Artigo 53º - Competências

1 - São competências, designadamente:

a) Promover a troca de experiências e a cooperação entre todos os docentes que integram o


mesmo ano de escolaridade;
b) Supervisionar os procedimentos e desempenhos na prática pedagógica.

Artigo 54º - Delegado

1 - O delegado de cada grupo de ano é um docente, designado pelo diretor, tendo em conta a
sua competência pedagógica e científica.

Artigo 55º - Reuniões

1 - O delegado preside aos conselhos de grupo de ano.

2 - As reuniões de grupos de ano terão lugar uma vez por mês, preferencialmente, num máximo
de 8 dias após a reunião de departamento.

3 - As convocatórias devem ser enviadas por correio eletrónico e afixadas em espaço próprio na
escola sede do agrupamento, 48 horas antes das datas das reuniões, das quais serão lavradas atas,
de acordo com o Manual de Procedimentos do Sistema de Controlo Interno, anexo I -
Funcionamento dos órgãos colegiais - reuniões e atas.

Artigo 56º - Mandato do delegado

1 - O mandato de delegado de grupo de ano tem a duração de um ano, podendo, todavia, cessar a
todo o tempo, por decisão fundamentada do diretor, a pedido do interessado ou sob proposta
fundamentada de pelo menos dois terços dos professores do grupo.

28
4.1.3 – Grupo de recrutamento

Artigo 57º - Composição

1 - É constituído por todos os docentes, em efetividade de funções no agrupamento, que compõem


cada grupo de recrutamento, excluindo os de código 100 e 110.

2 - No caso dos grupos compostos por menos de três docentes, estes serão colocados em grupos
afins. A decisão do grupo a integrar será da responsabilidade do diretor.

3 - Os casos omissos em relação à divisão dos docentes serão decididos, fundamentadamente,


pelo diretor.

Artigo 58º - Delegado

1 - O delegado de grupo de recrutamento é a estrutura de apoio ao coordenador do departamento


curricular em todas as questões específicas do grupo. O cargo só é atribuído se o grupo de
recrutamento for constituído por um mínimo de três elementos. O coordenador de departamento
acumula o cargo de delegado do respetivo grupo de recrutamento.

2 - O delegado do grupo de recrutamento é um docente do grupo, designado pelo diretor, tendo


em conta a sua competência pedagógica e científica.

Artigo 59º - Competências

1 - Compete ao delegado:

a) Promover a troca de experiências e a cooperação entre os docentes do respetivo grupo;

b) Supervisionar os procedimentos e desempenhos na prática pedagógica;

c) Colaborar com o coordenador de departamento, nomeadamente, na elaboração do plano


anual de atividades assegurando a colaboração de todo o grupo disciplinar;

d) Promover a elaboração de planificações das atividades curriculares do seu grupo


disciplinar;

e) Apresentar ao departamento curricular propostas de agrupamentos flexíveis de tempos


letivos semanais para as diferentes disciplinas depois de analisadas no respetivo grupo
disciplinar;

f) Apresentar ao diretor um relatório crítico anual.

Artigo 60º - Reuniões

1 - As reuniões de conselho de grupo ocorrerão sempre que o coordenador de departamento, o


delegado de grupo, ou dois terços do grupo o considerem pertinente.

3 - As convocatórias devem ser enviadas por correio eletrónico e afixadas em espaço próprio na
escola sede, 48 horas antes das datas das reuniões, das quais serão lavradas atas de acordo com o

29
Manual de Procedimentos do Sistema de Controlo Interno, anexo I - Funcionamento dos
órgãos colegiais - reuniões e atas.

Artigo 61º - Mandato do delegado

1 - O mandato de delegado de grupo de recrutamento tem a duração de um ano, podendo, todavia,


cessar a todo o tempo, por decisão fundamentada do diretor, a pedido do interessado ou sob
proposta fundamentada de pelo menos dois terços dos professores do grupo.

4.2 – Estruturas de avaliação das atividades e articulação entre a escola e as famílias

Artigo 62º - Definição

1 – São as estruturas que colaboram com o conselho pedagógico e com o diretor, no sentido de
assegurar a organização, o acompanhamento e a avaliação das atividades a desenvolver com os
alunos e a articulação entre a escola e as famílias.

2 - O regimento é elaborado ou revisto nos primeiros 30 dias do mandato da estrutura a que


respeita, de acordo com o Manual de Procedimentos do Sistema de Controlo Interno, anexo
I - Funcionamento dos órgãos colegiais - reuniões e atas.

3 - As reduções horárias, letivas e não letivas, que sejam devidas ao desempenho de cargos,
constam no regulamento de elaboração de horários – anexo 2.

Artigo 63º - Estruturas

1 – Consideram-se as seguintes estruturas de avaliação das atividades e articulação entre a


escola e as famílias:

a) Educadores de infância, na educação pré-escolar;

b) Professores titulares das turmas, no 1.º ciclo do ensino básico e conselho de docentes
do 1ºciclo;

c) Conselho de turma, nos 2.º e 3.º ciclos do ensino básico e no ensino secundário.

4.2.1 – Conselho de docentes do 1ºciclo

Artigo 64º - Competências

1 - O conselho de docentes é um órgão de natureza consultiva que reúne para efeito de avaliação
dos alunos.
2 - O parecer sobre avaliação dos alunos, a emitir pelo conselho de docentes, deve resultar do
consenso dos professores que o integram, admitindo-se o recurso ao sistema de votação quando
se verificar a impossibilidade de obtenção desse consenso.

Artigo 65º - Composição


1 - Tendo em conta a dimensão do agrupamento, e por questões de eficácia operacional das
reuniões, é ordinariamente constituído pelos professores titulares de turma do 1.º ciclo, podendo,
extraordinariamente e por motivos de excecional importância, serem convidados a participar, pelo
diretor, outros professores ou técnicos que intervenham no processo de ensino e aprendizagem,
serviços com competência em matéria de apoio educativo e serviços ou entidades cuja contribuição

30
seja considerada conveniente.

Artigo 66º - Reuniões

1 - Sendo um órgão vocacionado para as avaliações dos alunos, reúne ordinariamente com
periodicidade trimestral, podendo reunir extraordinariamente, por decisão do respetivo presidente
ou por solicitação de dois terços dos seus membros, desde que o assunto da reunião se
circunscreva à avaliação dos alunos. Preside a este órgão um docente designado anualmente pelo
diretor.

2 - As convocatórias devem ser enviadas por correio eletrónico e afixadas em espaço próprio na
escola sede do agrupamento, 48 horas antes das datas das reuniões, das quais serão lavradas atas,
de acordo com o Manual de Procedimentos do Sistema de Controlo Interno, anexo I -
Funcionamento dos órgãos colegiais - reuniões e atas.

Artigo 67º - Outras reuniões

1 – Considerando que os docentes de educação especial e de apoio educativo, bem como os


terapeutas, psicólogos e demais técnicos especializados, não podem constituir–se como elementos
do referido conselho de docentes, serão convocadas reuniões de articulação entre os intervenientes
no processo educativo dos alunos com necessidades educativas não supridas pela aplicação das
medidas universais, a fim de se proceder à reavaliação dos respetivos documentos conforme
legislação em vigor. Das reuniões será lavrada uma ata que constará no processo dos alunos. As
informações/reavaliações decorrentes destas reuniões, que se considerem pertinentes, serão
incluídas no relatório de turma dos docentes titulares.

4.2.2 – Conselho de turma/diretor de turma

Artigo 68º - Competências

1 - Compete ao conselho de turma:

a) Planificar as atividades e projetos a desenvolver, anualmente, de acordo com as


orientações do conselho pedagógico;

b) Articular com os diferentes departamentos curriculares o desenvolvimento de conteúdos


programáticos e objetivos de aprendizagem;

c) Cooperar com outras estruturas de orientação educativa e com os serviços especializados


de apoio educativo na gestão adequada de recursos e na adoção de medidas pedagógicas
destinadas a melhorar as aprendizagens;

d) Dinamizar e coordenar a realização de projetos interdisciplinares das turmas;

e) Identificar necessidades de formação no âmbito da direção de turma;

f) Assegurar o desenvolvimento do plano curricular aplicável aos alunos da turma numa


perspetiva de articulação interdisciplinar;

g) Detetar dificuldades, ritmos de aprendizagem e outras necessidades dos alunos,


colaborando com os serviços existentes;

h) Promover ações que estimulem o envolvimento dos pais e encarregados de educação no


processo ensino-aprendizagem;

31
i) Analisar situações de insucesso disciplinar e colaborar em medidas de apoio;

j) Avaliar os alunos tendo em vista a legislação em vigor;

k) Elaborar e avaliar o plano anual de atividades da turma em articulação com o previsto no


plano de atividades da escola;

l) Encaminhar para os serviços de avaliação psicológica, ou outros serviços especializados,


alunos a quem se detetem limitações no seu perfil de funcionalidade biopsicossocial.

Artigo 69º - Composição

1 - O conselho de turma, nos 2.º e 3.º ciclos do ensino básico e no ensino secundário, tem a
seguinte constituição:

• Os professores da turma;

• Dois representantes dos pais e encarregados de educação;

• Um representante dos alunos, no caso do 3.º ciclo do ensino básico e no ensino


secundário.

Artigo 70º - Reuniões

1 - Para coordenar o trabalho do conselho de turma, o diretor designa um diretor de turma de


entre os professores da mesma, sempre que possível pertencente ao quadro do agrupamento e
respeitando os critérios estabelecidos, constantes no artigo 72º deste documento.

2 - Para secretariar o trabalho do conselho de turma, o diretor designa um professor de entre os


professores do mesmo, que, sempre que possível, não exerça a função de diretor de qualquer
outra turma.

3 - Nas reuniões do conselho de turma em que seja discutida a avaliação individual dos alunos
apenas participam os membros docentes.

4 – Podem, ainda, ser designados professores tutores para o acompanhamento, em particular,


do processo educativo de um grupo de alunos.

5 - Nas reuniões do conselho de turma quando destinadas a aspetos disciplinares não podem
participar os alunos que detenham a posição de interessados no procedimento referido.

6 - As convocatórias devem ser enviadas por correio eletrónico e afixadas em espaço próprio na
escola sede, 48 horas antes das datas das reuniões, das quais serão lavradas atas de acordo com o
Manual de Procedimentos do Sistema de Controlo Interno, anexo I - Funcionamento dos
órgãos colegiais - reuniões e atas.
Artigo 71º - Funcionamento

1 - O conselho de turma reúne ordinariamente no início do ano letivo, e no final de cada período,
para avaliação sumativa e, sempre que razões de ordem pedagógica, disciplinar ou de interesse
para a turma o exijam, de acordo com o estipulado em conselho pedagógico.

32
2 - Reúne extraordinariamente sempre que um motivo de natureza pedagógica ou disciplinar o
justifique ou em cumprimento da legislação em vigor, nas suas versões mais recentes.

3 - Os conselhos de turma são convocados pelo diretor, pelo diretor de turma ou por dois terços
dos elementos que os compõem.

4 - O conselho de turma para efeitos de avaliação dos alunos, é um órgão de natureza deliberativa,
sendo constituído por todos os professores da turma, nomeadamente os professores de educação
especial e presidido pelo diretor de turma:

a) Compete ao conselho de turma para efeitos de avaliação:

• Apreciar a proposta de classificação apresentada por cada professor, tendo em


conta as informações que a suportam e a situação global do aluno;

• Deliberar sobre a classificação final a atribuir em cada disciplina;

b) As deliberações do conselho de turma devem resultar do consenso dos professores que o


integram, tendo em consideração a referida situação global do aluno;

c) Quando se verificar a impossibilidade de obtenção de consenso, admite-se o recurso ao


sistema de votação, em que todos os membros do conselho de turma votam
nominalmente, não havendo lugar a abstenção e sendo registado em ata o resultado dessa
votação;

d) A deliberação é tomada por maioria absoluta, tendo o presidente do conselho de turma


voto de qualidade, em caso de empate;

e) Nos conselhos de turma podem intervir, sem direito a voto, outros professores ou
técnicos que participem no processo de ensino e aprendizagem, os serviços com
competência em matéria de apoio educativo e serviços ou entidades cuja contribuição o
conselho pedagógico considere conveniente;

f) Sempre que se verificar ausência de um membro do conselho de turma, a reunião é


adiada, no máximo por 48 horas, de forma a assegurar a presença de todos;

g) No caso de a ausência a que se refere o número anterior ser superior a 48 horas, o conselho
de turma reúne com os restantes membros, devendo o respetivo diretor de turma dispor
de todos os elementos referentes à avaliação de cada aluno, fornecidos pelo professor
ausente;

h) Na ata da reunião de conselho de turma devem ficar registadas todas as deliberações e a


respetiva fundamentação.

5 - Quando o conselho de turma se reunir por questões de natureza disciplinar é presidido pelo
diretor ou por quem as suas vezes fizer, podendo ser convocado também o professor tutor, quando
exista e não seja professor da turma.

6 - No caso dos conselhos de turma da medida PIEF, reunirão ordinariamente semanalmente.

7 - Uma vez que os professores de educação moral e religiosa podem ter reuniões coincidentes,
informarão os diretores de turma das reuniões onde não estarão presentes e enviarão com a
antecedência mínima de 48 horas as propostas de atribuição de níveis e todos os documentos

33
necessários. Nas atas das reuniões onde o professor estiver ausente deve referir-se este ponto do
regulamento interno e a circular 176/87, de 9 de dezembro. O professor deverá assinar essas atas.
Deve ainda deixar as informações sobre a avaliação e/ou comportamento dos alunos ao respetivo
diretor de turma.

8 - Os docentes referidos no ponto anterior, serão informados do conteúdo da reunião através de


documentos oficiais: ata/pauta de avaliação da turma.

Artigo 72º - Designação dos diretores de turma

1 - Os diretores de turma são designados pelo diretor respeitando os seguintes critérios:

a) Deve, preferencialmente, ser um professor que lecione a totalidade dos alunos da turma;

b) Deverá ser designado, sempre que possível, o docente que no ano letivo anterior tenha
exercido tais funções na turma a que pertenceram os alunos, sem prejuízo do disposto na
alínea anterior;

c) O cargo deve ser atribuído a professor do quadro do agrupamento e em efetividade de


funções;

d) Não podem ser acumuladas mais do que duas direções de turma.

Artigo 73º - Competências dos diretores de turma

1 - Compete ao diretor de turma, no desempenho das suas funções:

a) Presidir ao respetivo conselho de turma;

b) Desenvolver ações que promovam e facilitem a correta integração dos alunos na vida
escolar;

c) Promover um acompanhamento individualizado dos alunos, divulgando junto dos


professores da turma a informação necessária à adequada orientação educativa dos
alunos;

d) Garantir aos professores da turma a existência de meios e documentos de trabalho e a


orientação necessária ao nível do conhecimento da turma;

e) Garantir uma informação atualizada junto dos pais e encarregados de educação acerca da
integração dos alunos na comunidade escolar, do aproveitamento escolar, das faltas a
aulas e outras atividades escolares, facilitando a orientação e acompanhamento dos alunos
por parte dos seus encarregados de educação, fomentando a sua participação;

f) Sugerir à direção da escola a mobilização e coordenação dos recursos educativos


existentes com vista a desencadear respostas adequadas às necessidades dos alunos;

g) Assegurar a participação dos professores, pais/encarregados de educação e alunos na


aplicação de medidas de apoio educativo decorrentes de situações de insucesso;

34
h) Coordenar o processo de avaliação formativa e sumativa, garantindo o seu carácter
globalizante e integrador;

i) Dar cumprimento às decisões dos órgãos pedagógicos do agrupamento;

j) Reunir com os alunos sempre que necessário, por sua iniciativa, a pedido do delegado de
turma ou da maioria dos alunos;

k) Receber individualmente os pais e encarregados de educação em dia e hora para tal fim
indicados, sem prejuízo de outras diligências que junto destes se tornem necessárias;

l) Elaborar e pôr em execução, em colaboração com o conselho de turma, o plano de


trabalho de turma (no caso do ensino básico), os programas educativos individuais, os
currículos específicos individuais para alunos com necessidades educativas especiais;

m) Garantir a operacionalização da disciplina de oferta complementar (no caso do ensino


básico);

n) Assegurar o processo de eleição do delegado e subdelegado de turma até ao final da


primeira quinzena de aulas do primeiro período;

o) Convocar uma reunião no início do ano letivo (1ª semana) com os encarregados de
educação da turma onde se elegerá os representantes dos mesmos. a eleição realizar-se-á
por escrutínio secreto e presencial e eleger-se-ão dois dos encarregados de educação
presentes na dita reunião;

p) Em relação às duas alíneas anteriores far-se-á ata das respetivas eleições;

q) Coordenar os trabalhos dos docentes do conselho de turma, por forma a evitar a realização
de duas provas de avaliação sumativa no mesmo dia e mais do que três na mesma semana;

r) Coordenar a marcação de testes;

s) Informar os alunos e os encarregados de educação dos critérios gerais de avaliação


aprovados pelo conselho pedagógico no início de cada ano letivo;

t) Dar conhecimento do regulamento interno do agrupamento e o estatuto do aluno aos


representantes dos encarregados de educação dos alunos da turma, em reunião a realizar
no início do ano letivo;

u) Solicitar a autorização aos encarregados de educação para o uso da imagem dos seus
educandos nos meios de divulgação da escola e/ou de parceiros das atividades escolares,
mediante documento próprio;

v) No caso do diretor de turma da medida PIEF poderá ainda competir promover a


intervenção articulada das entidades envolvidas na execução do plano e informar
regularmente as entidades responsáveis pela avaliação da evolução da execução do plano,
bem como, propor a revisão e alteração deste, sempre que necessário, sendo de prever um
número de horas devidas a este serviço de acordo com as necessidades objetivas desse
acompanhamento.

2 - Na distribuição de serviço deve existir uma hora de atendimento aos encarregados de educação
no horário do diretor de turma.

35
3 - O delegado e o subdelegado de turma têm o direito de solicitar a realização de reuniões da
turma com o respetivo diretor de turma sem prejuízo do cumprimento das atividades letivas.

4 - O pedido é apresentado ao diretor de turma, sendo necessário que seja assinado por 1/3 dos
alunos da turma. Serão necessários 2/3 quando o delegado e o subdelegado não assinarem o
pedido.

5 - No pedido dos alunos pode constar a necessidade da participação dos representantes dos pais
e encarregados de educação. Deve o diretor de turma providenciar para esse efeito.

6 - Todas as reuniões a efetuar a pedido dos alunos da turma devem realizar-se na hora de
assembleia de turma ou no caso do ensino secundário fora do horário letivo.

7 - Em tudo o mais que não esteja previsto nestas competências, sobreleva a legislação em vigor.

4.3 – Outras estruturas de coordenação

Artigo 74º - Definição

1 – São outras estruturas, para além das anteriores, as que colaboram com o conselho pedagógico
e com o diretor.

2 - O regimento é elaborado ou revisto nos primeiros 30 dias do mandato da estrutura a que


respeita, de acordo com o Manual de Procedimentos do Sistema de Controlo Interno, anexo
I - Funcionamento dos órgãos colegiais - reuniões e atas.

3 - As reduções horárias, letivas e não letivas, que sejam devidas ao desempenho de cargos,
constam no regulamento de elaboração de horários – anexo 2.

Artigo 75º - Estruturas

1 – Consideram-se outras estruturas de coordenação as seguintes:

a) Coordenadores de diretores de turma;

b) Estruturas dos cursos de educação formação;

c) Estruturas dos cursos profissionais;

d) Comissão de autoavaliação.

4.3.1 – Coordenadores de diretores de turma

Artigo 76º - Competências

1 - Compete aos coordenadores dos diretores de turma:

a) Coordenar a ação do respetivo conselho, articulando estratégias e procedimentos;

b) Colaborar com os diretores de turma e serviços de apoio educativo na elaboração de


estratégias pedagógicas destinadas aos anos que coordena;

36
c) Colaborar com os diretores de turma e serviços de apoio educativo na resolução de
problemas disciplinares e burocráticos;

d) Assegurar a articulação entre as atividades desenvolvidas pelos diretores de turma que


coordena e as realizadas por cada departamento curricular;

e) Divulgar junto dos diretores de turma toda a informação necessária ao adequado


desenvolvimento das suas competências;

f) Coordenar os projetos interdisciplinares;

g) Representar os diretores de turma do ciclo correspondente em conselho pedagógico;

h) Submeter ao conselho pedagógico as propostas do conselho que coordena;

i) Colaborar com o conselho pedagógico na apreciação de propostas relativas a atividades


de complemento curricular;

j) Planificar, em colaboração com o conselho de diretores de turma que coordena, as


atividades a desenvolver anualmente e proceder à sua avaliação;

k) Elaborar, anualmente, um relatório estatístico de assiduidade, aproveitamento e o apoio


pedagógico dos anos que coordena;

l) Apresentar ao diretor um relatório crítico, anual, do trabalho desenvolvido.

Artigo 77º - Designação

1 - Os coordenadores de diretores de turma são docentes designados, pelo diretor, de entre os


membros que integram cada um dos conselhos de diretores de turma dos 2º e 3ºciclos do ensino
básico e do ensino secundário.

Artigo 78º - Mandato

1 - O mandato dos coordenadores dos diretores de turma têm a duração de um ano, podendo,
todavia, cessar a todo o tempo, por decisão fundamentada do diretor, a pedido do interessado ou
sob proposta fundamentada de pelo menos dois terços dos diretores de turma do ciclo de estudos
correspondente.

4.3.2 – Estruturas dos cursos de educação formação

Diretor de curso:

Artigo 79º - Competências

1 – Coadjuvar o diretor nos assuntos relativos aos cursos;

2 – Organizar e manter atualizado o dossiê de curso;

3 - Acompanhar o ato das matrículas e assegurar o aconselhamento e integração dos alunos no


curso;

37
4 - Verificar o cumprimento das horas de formação e articular as permutas/aulas de compensação;

5 - Assegurar a articulação com os alunos, pais e encarregados de educação;

6 - Promover a comunicação e formas de trabalho cooperativo entre professores e alunos;

7 - Articular as atividades da turma com os pais e encarregados de educação promovendo a sua


participação;

8 - Apresentar à direção um relatório crítico anual do trabalho desenvolvido.

Artigo 80º - Designação

1 - Os diretores de curso são docentes designados, pelo diretor, de entre os membros que
integram cada um dos conselhos de turma.

Artigo 81º - Mandato

1 - O mandato dos diretores de curso tem a duração de um ano, podendo, todavia, cessar a todo o
tempo, por decisão fundamentada do diretor, a pedido do interessado ou sob proposta
fundamentada de pelo menos dois terços dos docentes do conselho de turma correspondente.

Artigo 82º - Conselho de diretores de curso

1 - O representante dos diretores de curso, no conselho pedagógico, deve convocar e presidir o


conselho de diretores de curso sempre que tal seja solicitado pelo presidente do conselho
pedagógico.

4.3.3 – Estruturas dos cursos profissionais

Artigo 83º - Coordenação dos cursos profissionais

1 - De acordo com o estabelecido por lei, a coordenação dos cursos profissionais do nível
secundário é exercida pelo diretor do agrupamento, o qual poderá delegar esta competência nos
termos da legislação em vigor.

Artigo 84º - Coordenação pedagógica dos cursos profissionais

1 - De acordo com o estabelecido por lei, a coordenação pedagógica é assegurada pelo diretor de
curso e pelo diretor de turma.

Artigo 85º - Conselho de diretores de cursos profissionais

1 - O conselho de diretores de cursos profissionais deverá ser presidido pelo coordenador dos
cursos profissionais do agrupamento.

2 - As reuniões do conselho de diretores de curso deverão ocorrer periodicamente, e


preferencialmente, mensalmente.

38
3 - Os elementos com assento, neste conselho, serão todos os diretores de cursos profissionais em
funcionamento no agrupamento.

4 - Na primeira reunião de cada ano letivo deverá ser eleito o representante dos cursos
profissionais, com assento no conselho pedagógico, de entre os diretores de cursos profissionais
em funcionamento no agrupamento.

5 - Cabe ao coordenador dos cursos profissionais, fixar as datas de realização dos conselhos de
diretores de cursos profissionais.

Artigo 86º - Diretor de curso profissional

1 - O diretor de curso profissional é designado pelo diretor do agrupamento, sendo este,


preferencialmente, docente da componente técnica/tecnológica.

2 - Tendo em consideração o previsto na lei, as competências do diretor de curso são as


preconizadas no respetivo regulamento dos cursos profissionais do agrupamento, que se encontra
no anexo 3.

3 - O diretor de curso preside ao conselho de curso da respetiva turma do ensino profissional.

Artigo 87º - Conselho de curso profissional

1 - O conselho de curso profissional é presidido pelo diretor de curso e secretariado pelo elemento
indicado para esta função no respetivo conselho de turma.

2 - Deverá ocorrer um mínimo de um conselho de curso por período, em cada ano letivo, sempre
que tal se justifique.

3 - Cabe à direção do agrupamento fixar as datas de realização dos conselhos de curso.

Artigo 88º - Conselho de diretores de turma de cursos profissionais

1 - O conselho de diretores de turma de cursos profissionais deverá ser presidido pelo coordenador
dos cursos profissionais do agrupamento.

2 - As reuniões do conselho de diretores de turma de cursos profissionais não têm periodicidade


obrigatória, devendo, no entanto, e se possível, ocorrer no final de cada período e antes dos
respetivos conselhos de turma de avaliação.

3 - Os elementos com assento neste conselho serão todos os diretores de turma dos cursos
profissionais em funcionamento no agrupamento.

4 - Cabe à direção do agrupamento, fixar as datas de realização dos conselhos de diretores de


turma dos cursos profissionais.

Artigo 89º - Diretor de turma de curso profissional

1 - O diretor de turma de curso profissional é designado pelo diretor do agrupamento.

2 - Tendo em consideração o previsto na lei, as competências do diretor de turma de cursos


profissionais são as preconizadas no respetivo regulamento dos cursos profissionais do
agrupamento.

39
3 - O diretor de turma de cursos profissionais preside ao respetivo conselho de turma do ensino
profissional.

Artigo 90º - Conselho de turma de cursos profissionais

1 - O conselho de turma de cursos profissionais é presidido pelo diretor de turma e secretariado


pelo elemento indicado para esta função.

2 - Deverá ocorrer um mínimo de um conselho de turma por período, em cada ano letivo, podendo
este ser coincidente com o conselho de turma de avaliação que ocorre no final de cada período.

3 - Cabe à direção do agrupamento, de acordo com o regime jurídico aplicável, fixar as datas de
realização dos conselhos de turma dos cursos profissionais.

Artigo 91º - Formador orientador da formação em contexto de trabalho (F.C.T.) de cursos


profissionais

1 - Atendendo ao disposto na lei, o formador orientador da FCT é designado pelo diretor do


agrupamento, ouvido o diretor de curso, de entre os professores que lecionam as disciplinas da
componente de formação técnica.

2 - A afetação do exercício das funções de formador orientador da FCT, no horário de trabalho


do docente designado para o efeito, rege-se pela legislação aplicável em vigor.

3 - Tendo em consideração o previsto na lei, as competências específicas do formador orientador


da FCT são as preconizadas no respetivo regulamento dos cursos profissionais do agrupamento.

Artigo 92º - Formador orientador da prova de aptidão profissional (P.A.P.) de cursos


profissionais

1 - Atendendo ao disposto na lei, o formador orientador da PAP é designado pelo diretor do


agrupamento, de entre os professores que lecionam as disciplinas da componente de formação
técnica.

2 - A afetação do exercício das funções de formador orientador e acompanhante do projeto


conducente à PAP, no horário de trabalho do docente ou docentes designados para o efeito, rege-
se pela legislação aplicável em vigor.

3 - Tendo em consideração o previsto na lei, as competências específicas do formador orientador


da PAP são as preconizadas no respetivo regulamento dos cursos profissionais do agrupamento.

4.3.4 – Comissão de autoavaliação

Artigo 93º - Definição, alcance e competências

1 - Comissão de autoavaliação é o órgão responsável pela análise e avaliação das práticas de


funcionamento e de desempenho do agrupamento, incluindo aquelas que têm impacto no processo
ensino-aprendizagem.

2 - A aplicação de um modelo de autoavaliação justifica-se com os benefícios que pode trazer ao


agrupamento. Escolhemos o modelo C.A.F. (Common Assessment Framework), com as
necessárias adaptações, tendo em vista que foi concebido para as organizações do setor público,
já considerando as suas especificidades

40
Nessa esteira a utilização do modelo C.A.F. proporcionará ao agrupamento um instrumento de
melhoria contínua permitindo, entre outros, os seguintes objetivos:

a) Avaliar com base nas evidências;

b) Focalizar a ação no cliente;

c) Promover e partilhar boas práticas;

d) Aumentar o grau de consciencialização e de comunicação na organização;

e) Identificar claramente os pontos fortes do agrupamento e as áreas de melhoria;

f) Identificar as ações de melhoria.

Artigo 94º - Composição

1 - A comissão de autoavaliação do agrupamento é nomeada pelo diretor (docentes e não


docentes) sendo os restantes elementos designados pelas respetivas organizações de
proveniência, é constituída pelos seguintes elementos:

1.1 - Comissão restrita – 4 docentes representativos de cada ciclo de ensino com exceção de um
dos representantes que acumula a representação do 3º ciclo e do ensino secundário.

1.2 – Comissão alargada:

a) Os docentes da comissão restrita;

b) Um representante dos assistentes operacionais;

c) Um representante dos assistentes técnicos;

d) Um representante da associação de pais e encarregados de educação;

e) Um representante da associação de estudantes da Escola Secundária Conde de


Monsaraz;

f) Um amigo crítico a cooptar pelos demais elementos da comissão alargada.


Artigo 95º - Designação do coordenador

1 - O coordenador da comissão de autoavaliação será nomeado pelo diretor, de entre os


representantes do pessoal docente, tendo assento no conselho pedagógico.

Artigo 96º - Mandato

A comissão de autoavaliação do agrupamento é nomeada durante o período máximo da duração


do mandato do diretor, podendo, todavia, cessar a todo o tempo, por decisão fundamentada do
diretor ou sob proposta fundamentada de pelo menos dois terços dos seus elementos,
considerando para este efeito a estrutura alargada.

Artigo 97º - Funcionamento

1 - A comissão de autoavaliação reúne, ordinariamente, mensalmente e, extraordinariamente, por


iniciativa do respetivo coordenador, por requerimento de um terço dos seus membros em

41
efetividade de funções, considerando para este efeito a estrutura alargada, ou sempre que um
pedido de parecer do conselho geral ou do diretor o justifique.

5 – Serviços

5.1 – Serviços administrativos

Artigo 98º - Definição

1 - Os serviços administrativos são um serviço de apoio a toda a comunidade educativa, e


compete-lhes, genericamente, executar os procedimentos legais necessários ao correto
funcionamento administrativo do agrupamento nas suas diversas áreas.

Artigo 99º - Composição

Os serviços administrativos asseguram os serviços de:

a) Expediente geral;

b) Alunos;

c) Pessoal;

d) Contabilidade;

e) Tesouraria;

f) Ação social escolar.

Artigo 100º - Funcionamento

1 – Estão sedeados na escola sede do agrupamento.

2 - Prestam apoio aos órgãos de gestão e têm à sua guarda os livros e processos relativos aos
serviços.

3 - São geridos pelo conselho administrativo que possui a autonomia administrativa, que
anualmente presta contas ao Tribunal de Contas e cumpre as regras da contabilidade pública.

4 - As áreas funcionais estão sob direta responsabilidade da coordenadora técnica.

5 - O horário de funcionamento dos serviços administrativos é das nove às dezassete horas e trinta
minutos, sem interrupção.

6 - O horário de atendimento deverá ser definido anualmente pelo diretor, e deve estar afixado ao
público, em local visível. Durante o mês de agosto os serviços encerram à hora de almoço, assim
como nas pausas do Natal e da Páscoa.

7 - Os serviços administrativos devem organizar-se de modo a permitir um atendimento


personalizado, sem prejudicar o seu normal funcionamento.

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8 - Os serviços administrativos devem organizar-se de acordo com o Manual de Procedimentos
do Sistema de Controlo Interno, em anexo 1.

Artigo 101º - Competências

1 - Atender e informar corretamente;

2 - Receber as verbas apuradas nos diferentes sectores e atividades do agrupamento;

3 - Adquirir, nos termos da lei, e depois de autorizados pelo conselho administrativo, os materiais,
equipamentos e serviços requisitados pelos diversos sectores do agrupamento;

4 - Fornecer, aos vários sectores, os livros de relação de necessidades;

5 - Expor, em local público, normas para preenchimento de documentos e toda a informação de


interesse para o público;

6 - Aceitar e encaminhar os documentos de justificação de faltas;

7 - Tratar da correspondência entre o agrupamento e o exterior;

8 - Distribuir pelos respetivos sectores a correspondência chegada ao agrupamento de escolas,


depois do despacho do diretor;

9 - Manter organizada e atualizada toda a legislação e normas aplicadas ao funcionamento do


agrupamento de escolas e aos seus utentes;

10 - Informar os interessados das alterações da lei;

11 – Fornecer os dados atualizados para se proceder ao inventário geral do agrupamento de


escolas;

12 - Emitir os cartões magnéticos para professores, não docentes e alunos;

13 - Disponibilizar os cartões de identificação escolar e de visitante;

14- Manter atualizados os processos de pessoal e alunos;

15 - Cumprir todas as disposições previstas na lei para o funcionamento dos serviços.

5.1.1 – Ação social escolar

Artigo 102º - Competências gerais

1 - Aos assistentes técnicos, afetos à área, compete genericamente a organização das tarefas
inerentes aos serviços e programas de apoio socioeducativo nomeadamente os serviços das
papelarias, bufetes, refeitório/cozinha, transportes escolares, candidaturas a apoios económicos
e/ou bolsas de estudo, banco de manuais e seguro escolar.

Artigo 103º - Competências específicas

1 - Organizar os serviços das papelarias, desenvolvendo ações constantes e com espírito de


iniciativa de forma a pôr à disposição de alunos e/ou professores o material julgado necessário e
de boa qualidade, nomeadamente artigos que dificilmente se encontrem no comércio local;

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2 - Organizar os serviços do refeitório/cozinha, proporcionando uma alimentação correta em
ambiente condigno;

3 - Organizar os serviços dos bufetes de forma a proporcionar aos alunos um serviço


complementar de alimentação, fornecendo géneros e bebidas essenciais tais como sandes, leite e
produtos afins, evitando os supérfluos ou prejudiciais à saúde;

4 - Organizar os processos de candidatura a subsídios e providenciar no sentido de possibilitar


aos detentores de menores recursos a atribuição de manuais e material escolar, alimentação e
transportes especiais, no caso de alunos de necessidades educativas especiais;

5 - Executar ações de prevenção, no âmbito do seguro escolar;

6 - Em caso de acidente, organizar os processos, providenciar o envio do sinistrado à unidade


hospitalar e acompanhar, quando possível, o tratamento e a evolução das lesões, bem como os
encargos que vão sendo assumidos;

7 - Planear e organizar, em colaboração com a autarquia, os transportes escolares e o serviço


complementar de alimentação;

8 - Assegurar aos alunos e encarregados de educação a adequada informação sobre os direitos e


os deveres, no que diz respeito aos apoios complementares e aos procedimentos a tomar em caso
de acidente na atividade escolar;

9 - Supervisionar, de acordo com o previsto na legislação e em articulação com a autarquia, o


ministério da saúde e a segurança social todo o processo referente à atribuição de auxílios
económicos, leite escolar, seguro escolar e saúde e higiene escolar.

5.1.1.1 – Apoios económicos

Artigo 104º - Definição e funcionamento

1 - Os apoios económicos são formas de ação social que visam apoiar os alunos com menos
recursos económicos, de acordo com as dificuldades socioeconómicas do agregado familiar.

2 - Os alunos devem candidatar-se às bonificações, nas condições e prazos estabelecidos por lei.

3 - Cabe aos serviços a divulgação e organização de todos os procedimentos em articulação com


os diretores de turma e coordenadores de estabelecimento no caso da educação pré-escolar e do
primeiro ciclo.

5.1.1.2 – Seguro escolar e assistência em situação de emergência

Artigo 105º - Definição e funcionamento

1 - O seguro escolar e a assistência em situação de emergência abrangem todos os alunos que se


encontram matriculados no agrupamento, de acordo com o Manual de Procedimentos do
Sistema de Controlo Interno - Anexo VIII - Regulamento do seguro escolar – Anexo IX
Regulamento de assistência em situação de emergência.

2 - Os alunos fora da escolaridade obrigatória, deverão pagar, no ato da matrícula, o quantitativo


estipulado pelo ministério da educação.

5.1.1.3 – Papelarias

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Artigo 106º - Definição e funcionamento

1 - A papelaria é um serviço de ação social escolar, destina-se a servir toda a comunidade escolar
e funcionará na Escola Sede e na E.B.n.º1 de Reguengos de Monsaraz. De acordo com o Manual
de Procedimentos do Sistema de Controlo Interno- Anexo VI- Regulamento dos serviços de
papelaria.

5.1.1.4 – Bufetes

Artigo 107º - Definição e funcionamento

1 - Os bufetes das escolas constituem um serviço complementar ao do refeitório, de fornecimento


de refeições intercalares aos alunos e restante comunidade educativa, e devem observar os
princípios de uma alimentação equilibrada e promotora de saúde. O serviço de bufete encontra-
se de acordo com o Manual de Procedimentos do Sistema de Controlo Interno- Anexo VII-
Regulamento dos serviços de bufete e refeitório.

5.1.1.5 – Refeitório/cozinha

Artigo 108º - Definição e funcionamento

1 - Os refeitórios e as cozinhas constituem um serviço de ação social escolar destinado a assegurar


aos alunos uma alimentação correta. Rege-se pelo Manual de Procedimentos do Sistema de
Controlo Interno- Anexo VII- Regulamento dos serviços de bufete e refeitório.

5.2 – Serviços técnico - pedagógicos

Artigo 109º - Definição

1 - Os serviços técnico - pedagógicos são serviços de apoio e compete-lhes, genericamente,


executar os procedimentos necessários a promover a existência de condições que assegurem a
plena integração escolar dos alunos.

Artigo 110º - Estruturas

1 - Os serviços técnico pedagógicos asseguram os serviços de:

a) Bibliotecas;
b) Clubes escolares;
c) Gabinete de apoio ao aluno;
d) Serviços especializados de educação especial;
e) Serviços de psicologia;
f) Equipa técnico-pedagógica e técnicos de intervenção local – medida P.I.E.F.;
g) Atividades de enriquecimento curricular;
h) Atividades de animação e apoio à família.

5.2.1 – Bibliotecas

Artigo 111º - Definição e funcionamento

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1 - As bibliotecas escolares do agrupamento constituem-se como uma estrutura educativa que
presta um serviço técnico/pedagógico a todas as escolas que constituem o agrupamento e que
possuem biblioteca. As bibliotecas do agrupamento são as seguintes:

a) Biblioteca Escolar da Escola Básica nº1 de Reguengos de Monsaraz;

b) Biblioteca Escolar da Escola Básica nº2 de Reguengos de Monsaraz;

c) Biblioteca Escolar da Escola Básica do Campinho;

d) Biblioteca Escolar da Escola Básica de São Marcos do Campo;

e) Biblioteca Escolar Prof. Manuel Talhante da Escola Secundária Conde de Monsaraz.

Artigo 112º - Integração e regras

1 - As bibliotecas do agrupamento inserem-se na Rede de Bibliotecas Escolares.

2 - As regras das bibliotecas escolares do agrupamento respeitam o regulamento das mesmas, que
se encontra no anexo 4.

Artigo 113º - Funções

1 - As bibliotecas escolares do agrupamento são estruturas pedagógicas que desempenham as


funções educativa, formativa, cultural e recreativa, assentando a sua ação nos seguintes pontos:

a) No apoio ao currículo;

b) No desenvolvimento da literacia da informação;

c) Na formação de leitores;

d) Na colaboração em atividades livres;

e) Na gestão pedagógica e documental.

Artigo 114º - Competências do professor bibliotecário

1 - As competências dos professores bibliotecários estão definidas na Portaria nº 756/2009, de 14


de julho.

2 - Nas bibliotecas do agrupamento, poderão existir colaboradores que apresentem um perfil


adequado, e que serão designados pelo diretor. As bibliotecas escolares deverão dispor de
assistentes operacionais vinculados exclusivamente ao seu serviço.

3 - O coordenador das bibliotecas escolares integra o conselho pedagógico.

5.2.2 – Clubes

Artigo 115º - Definição

1 - Os clubes escolares constituem um conjunto de atividades não curriculares que se


desenvolvem de modo a colmatar dificuldades identificadas no projeto educativo.

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2 - São de frequência facultativa.

3 - Estas atividades têm uma natureza eminentemente lúdica, cultural e formativa.

4 - A fim de proporcionar e facilitar a formação integral e a realização pessoal dos alunos, as


atividades de enriquecimento curricular a desenvolver podem ser, nomeadamente, de caráter:

a) Desportivo, científico, artístico, tecnológico, ambiental, cívico, solidário e voluntário,


linguístico, informativo e jornalístico;
b) Preventivo na área da saúde.

Artigo 116º - Propostas e implementação

1 - Proponentes:

a) Um professor ou grupo de professores, ou;

b) Um grupo de alunos e um professor responsável, ou;

c) A associação de pais e encarregados de educação e um professor responsável, ou;

d) Pessoal não docente e um professor responsável.

2 - As propostas deverão ser apresentadas e aprovadas pelo conselho pedagógico,


preferencialmente no final do ano letivo anterior ao da sua implementação.

3 - A formulação da proposta deve enunciar os seguintes requisitos:

a) Atividade a desenvolver;

b) Responsáveis;

c) Destinatários;

d) Recursos materiais;

e) Regras de funcionamento;

f) Calendarização;

g) Local e horário de funcionamento;

h) Indicação do local de inscrição no clube.

Artigo 117º - Duração

1 - Os clubes terão a vigência de um ano, podendo ser extintos ou renovados pelo conselho
pedagógico, no final de cada ano letivo.

Artigo 118º - Regras complementares

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1 - A participação dos alunos nos clubes necessita de autorização prévia dos encarregados de
educação.

2 - Será feito um controle da assiduidade dos alunos, comunicando o professor responsável pelo
clube as faltas dos alunos aos respetivos diretores de turma.

3 - O professor responsável por cada clube deverá apresentar um plano de atividades, a integrar
no plano anual de atividades e, no final do ano letivo, elaborar uma relatório de avaliação das
atividades, acompanhado de um registo de presenças dos alunos.

4 - A renovação das propostas de clubes, calendarizados para além de um ano, poderá ser
concedida após aprovação do relatório pelo conselho pedagógico.

5 - Sempre que possível e tendo em conta a relevância do clube, o diretor pode atribuir aos
professores envolvidos nas atividades uma redução na componente letiva ou não letiva.

5.2.3 – Gabinete de apoio ao aluno

Artigo 119º - Definição

1- O gabinete de apoio ao aluno integrará a equipa de educação para a saúde e a equipa de


disciplina.

2 - Além do estipulado no número anterior, o gabinete de apoio ao aluno tem, como princípios
orientadores da sua atividade as seguintes orientações:

a) A mediação de conflitos entre alunos, entre alunos e professores e entre alunos e não
docentes;

b) O combate à falta de assiduidade;

c) A prevenção de comportamentos de risco;

d) A melhoria das relações intrapessoais e interpessoais.

Artigo 120º - Objetivos

1 - Este gabinete tem como objetivos:

a) Articular as respostas às necessidades educativas com os recursos existentes noutras


estruturas, nomeadamente na área da saúde e noutros serviços locais;

b) Esclarecer os alunos sobre as dúvidas e problemas no âmbito da educação para a saúde e


educação sexual, bem como questões sobre o bem-estar físico e psicológico;

c) Promover a educação para a cidadania;

d) Criar um espaço informativo para os alunos;

e) Abrir espaços de debate;

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f) Apoiar ações de solidariedade.

Artigo 121º - Competências e funcionamento

1 - A escola, enquanto local de aprendizagem e de socialização, constitui uma estrutura básica,


oferecendo condições privilegiadas para a promoção da saúde individual e social dos seus alunos,
pessoal docente e não docente, famílias e restante comunidade educativa. Deste modo, o Projeto de
Educação para a Saúde visa a promoção da saúde em meio escolar.

2 - De acordo com os objetivos delineados para o projeto, através de diversas


atividades/metodologias (atividades de pesquisa, dinâmicas de grupo, campanhas/ comemorações
de eventos, exposições de trabalhos/produtos, palestras/debates/sessões de informação –
sensibilização, workshops, rastreios, concursos, entre outras), deverão ser abordadas as seguintes
temáticas, ao longo do ano letivo: alimentação e atividade física; consumo de substâncias
psicoativas; educação sexual; infeções sexualmente transmissíveis, nomeadamente VIH/SIDA;
bullying, civismo e cidadania, solidariedade e outros temas que se mostrem pertinentes em
determinado período de tempo.

3 - As regras de funcionamento do gabinete devem constar no seu regimento interno, que se


encontra no anexo 5.

4 - A equipa responsável pelo projeto deve ter o acompanhamento dos profissionais de saúde da
unidade de saúde local e ainda estabelecer protocolos de parceria com organizações, devidamente
reconhecidas e especializadas nesta área para desenvolvimento de projetos específicos.

5 - O Gabinete de Apoio ao Aluno deve funcionar como um espaço destinado principalmente a


alunos, que podem frequentá-lo de modo voluntário ou encaminhados pelos docentes.

6 - Os alunos podem, de uma forma confidencial, esclarecer dúvidas e problemas no âmbito da


educação para a saúde e da educação sexual, bem como questões sobre o bem-estar físico e
psicológico e/ou de outro âmbito.

7 - Este gabinete presta apoio a toda a comunidade escolar com especial destaque para os alunos.

Artigo 122º - Constituição da equipa

1 - A Equipa do Gabinete de Apoio ao Aluno será definida pelo diretor do agrupamento, de acordo
com as necessidades e os recursos humanos disponíveis.

2 - O coordenador será um dos membros do gabinete, designado pelo diretor, tendo em conta a
sua formação bem como a experiência no desenvolvimento de projetos e/ou atividades
direcionadas aos alunos.

3 - O professor coordenador e os membros constituintes da equipa do projeto terão marcado


no seu horário horas da componente não letiva, destinadas ao trabalho inerente ao projeto,
assim como horas de atendimento no Gabinete de Apoio ao Aluno, a afixar em local
visível.

Artigo 123º - Competências do Coordenador

1 - O professor coordenador é responsável pela coordenação da equipa e pela ligação e articulação


com outras estruturas de orientação educativa e com instituições exteriores ao agrupamento.

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2 - O professor coordenador efetuará relatórios periódicos, onde conste, entre outras a incidência
do número de situações acompanhadas, bem como a eficácia das soluções encontradas.

3 - Representar o gabinete em Conselho Pedagógico.

5.2.4 – Serviços especializados de educação especial

Artigo 124º - Constituição, finalidade e funcionamento

1 - Os serviços especializados de educação especial consubstanciam-se na ação coordenada dos


docentes do grupo 910 (920 e 930 no caso da sua existência), dos docentes qualificados para o
efeito com colocação noutros grupos, por decisão do diretor e aceitação das instâncias
competentes, dos docentes com colocação específica nos serviços de intervenção precoce, dos
psicólogos e dos respetivos técnicos especializados e dos demais docentes pertencentes aos
conselhos de turma, dos educadores de infância e dos professores titulares de turma.

2 - Constituem-se como principais finalidades destes serviços responder às necessidades


educativas especiais dos alunos com limitações significativas ao nível da atividade e da
participação, num ou vários domínios de vida, decorrentes de alterações funcionais e estruturais,
de carácter permanente, resultando em dificuldades continuadas ao nível da comunicação, da
aprendizagem, da mobilidade, da autonomia, do relacionamento interpessoal e da participação
social e dando lugar à mobilização de serviços especializados para promover o potencial de
funcionamento biopsicossocial.

3 - Os apoios especializados podem implicar não só a adaptação de estratégias, recursos,


conteúdos, processos, procedimentos e instrumentos, bem como a utilização de tecnologias de
apoio, traduzidas nas medidas educativas constantes na legislação em vigor, mas também induzir
à implementação de medidas de mudança no contexto escolar.

4 - O regulamento de funcionamento das duas unidades de apoio especializado a alunos com


multideficiência (existentes nas Escolas Básicas n.º1 e n.º2 deste agrupamento) e da sala de
Snoezelen (Escola Básica n.º1) encontra-se no anexo 6, respeitando o disposto neste regulamento
e na legislação em vigor.

Artigo 125º - Atribuições

1 - A ação decorrente dos serviços especializados de educação especial deve objetivar-se na


inclusão educativa e social, no acesso e no sucesso educativo, na autonomia, na estabilidade
emocional, bem como na promoção da igualdade de oportunidades, na preparação para o
prosseguimento de estudos ou para uma adequada preparação para a vida profissional e para uma
transição da escola para o emprego das crianças e dos jovens com necessidades educativas
especiais nas condições descritas no ponto 2 do artigo anterior.

2 - Da responsabilidade dos serviços é também uma ação colaborativa na construção do projeto


educativo prevendo as adequações relativas ao processo de ensino e de aprendizagem, de carácter
organizativo e de funcionamento, necessárias para responder adequadamente às necessidades
educativas especiais de carácter permanente das crianças e jovens, com vista a assegurar a sua
maior participação nas atividades de cada grupo ou turma e da comunidade escolar em geral.

3 - Compete também a estes serviços, um atendimento personalizado aos pais ou encarregados


de educação dos alunos com necessidades educativas especiais, tendo os encarregados de
educação o direito e o dever de participar ativamente, exercendo o poder paternal nos termos da

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lei, em tudo o que se relacione com a educação especial a prestar ao seu filho ou educando,
podendo aceder, para tal, a toda a informação constante do processo educativo.

Artigo 126º - Procedimentos de referenciação e de avaliação especializada

1 - A referenciação visa a deteção de constrangimentos no processo de aprendizagem dos alunos,


ao nível das apetências e das atitudes e é feita aos órgãos de administração e gestão deste
agrupamento mediante o preenchimento de um documento próprio onde se explicitam as razões
que levaram a referenciar o aluno e ao qual se anexa toda a documentação considerada relevante
para o processo de avaliação, de acordo com a legislação em vigor.

2 - Na sequência deste procedimento, compete aos órgãos de administração e gestão solicitar aos
serviços especializados de educação especial a realização de uma reunião de avaliação
especializada nos termos da legislação em vigor, onde sejam identificadas, nos casos em que tal
se justifique, as razões que determinam as necessidades educativas especiais do aluno e a sua
tipologia, designadamente as condições de saúde, doença ou incapacidade; a determinação dos
apoios especializados, das adequações do processo de ensino e de aprendizagem de que o aluno
deva beneficiar e das tecnologias de apoio ou outras situações, traduzidas num relatório técnico-
pedagógico conjunto, com os contributos dos diversos intervenientes no processo.

3 - Nos casos em que se considere não se estar perante uma situação de necessidades educativas
que justifiquem a intervenção dos serviços da educação especial, deve solicitar-se o
encaminhamento dos alunos para os apoios disponibilizados pela escola que melhor se adequem
à situação específica do aluno.

4 - A avaliação deve ficar concluída até 60 dias após a referenciação com a aprovação , pelo
diretor e pelo conselho pedagógico, do programa educativo individual, documento que estabelece
e fundamenta as respostas educativas e respetivas formas de avaliação, assim como demais
atuação junto do aluno.

Artigo 127º - Cooperação e parceria

O agrupamento deve desenvolver parcerias com instituições particulares de solidariedade social,


centros de recursos especializados, ou outras, visando os fins previstos na legislação em vigor.

5.2.5 – Serviços de psicologia

Artigo 128º - Definição

1 - O serviço de psicologia escolar desenvolve a sua intervenção, nomeadamente:

a) No apoio psicopedagógico;

b) Na orientação escolar e profissional;

c) Na avaliação, na caracterização, no desenvolvimento de estratégias e no


acompanhamento de alunos com necessidades educativas especiais, sejam temporárias,
prolongadas ou permanentes.
Artigo 129º - Funcionamento

1 - A psicologia escolar desenvolve a sua intervenção de acordo com um plano anual de


atividades, integrando o plano anual de atividades do agrupamento, em articulação com o projeto
educativo.

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2 - No domínio da planificação de ações, constituem estruturas privilegiadas de articulação o
diretor da escola, o conselho pedagógico, os departamentos curriculares, o educador titular de
grupo, o professor titular de turma e os conselhos de turma.
3 - Articula, ainda, com os serviços locais de saúde, de ação social, de informação escolar e
profissional entre outros.
4 - No final de cada ano letivo, a psicologia escolar apresenta, ao diretor da escola, relatório anual
do trabalho desenvolvido.

5.2.6 – Equipa técnico-pedagógica e técnicos de intervenção local – medida P.I.E.F.

Artigo 130º - Definição e constituição

1 - A equipa técnico-pedagógica é constituída pelo conselho de turma e pelo técnico


especializado, doravante designado técnico de intervenção local (TIL). Este técnico superior tem
como habilitação mínima o grau de mestre (ou uma licenciatura pré Bolonha) em psicologia ou
numa das áreas do trabalho social, ou deter currículo relevante na área, de acordo com as
necessidades diagnosticadas.

Artigo 131º - Funcionamento

1 - A contratação do TIL é realizada pelo agrupamento de escolas, enquadrada pelo Decreto-Lei


n.º 132/2012, de 27 de junho, na sua redação atual, mediante autorização do Secretário de Estado
da Educação e da Secretária de Estado Adjunta, sob proposta da DGEstE.

2 - Tendo em vista a garantia da qualidade e da continuidade do trabalho a desenvolver com os


alunos de PIEF, o conselho de turma deverá integrar professores do quadro que reúnam o perfil
adequado. Este perfil deverá ser definido pelo diretor, ouvido o conselho pedagógico.

3 - Para lecionar os domínios “Viver em Português” e “Matemática e Realidade” dos alunos que
se encontrem a frequentar o ano de transição para o 2.º ciclo, na turma Tipo 1, deve o diretor
recorrer a docentes do 1.º ciclo ou com dupla habilitação para o 1.º e 2.º ciclos, sendo que é
prioritária e determinante uma gestão racional e eficiente dos recursos docentes existentes na
escola, designadamente dos professores do quadro afetos a disciplinas ou grupos de recrutamento
com ausência ou reduzido número de horas de componente letiva, com o perfil adequado.

4 - A equipa técnico-pedagógica reúne todas as semanas em horário estabelecido antes do ano


letivo se iniciar.

5.2.7 – Atividades de enriquecimento curricular

Artigo 132º - Considerações gerais

As atividades de enriquecimento curricular (AEC) são desenvolvidas no 1º ciclo, de acordo com


a legislação em vigor, existindo um regulamento específico das mesmas, que se encontra no
anexo 7, devendo contribuir para o esclarecimento de aspetos operacionais e de implementação
das atividades, não explícitos neste regulamento.

Artigo 133º - Funcionamento

1 - As atividades de enriquecimento curricular desenvolvem-se apenas durante os períodos em


que decorrem as atividades letivas, havendo a interrupção destas, sempre que haja interrupção
das atividades, nos termos do calendário escolar.

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2 - O horário de funcionamento das atividades será no período da tarde após o término das
atividades letivas.

Artigo 134º - Faltas e desistências dos alunos

1 - Sempre que possível, as faltas dadas devem sempre ser comunicadas com antecedência pelos
encarregados de educação ao professor titular de turma, utilizando, para o efeito, a caderneta do
aluno. As faltas deverão ser ainda justificadas por escrito, no prazo máximo de cinco dias úteis,
após a sua ocorrência.

2 - Considerar-se-á desistência do programa a ocorrência de um número de faltas consecutivas


injustificadas superior a cinco. esta situação será comunicada pelo professor titular de turma ao
encarregado de educação, através da caderneta do aluno.

3 - As desistências darão lugar à criação de vagas nas turmas, as quais serão, de imediato,
ocupadas por crianças cujos encarregados de educação tenham manifestado tardiamente o seu
interesse em inscrever os respetivos educandos no programa.

Artigo 135º - Articulação das atividades

1 - Os professores das atividades, conjuntamente com os docentes titulares de turma, deverão


reunir no início de cada ano letivo com os encarregados de educação das crianças inscritas no
programa, com a finalidade de esclarecer os seguintes pontos:

a) Plano de atividades do programa;

b) Regras de funcionamento;

c) Preenchimento de declaração onde o encarregado de educação se responsabiliza pelos


eventuais danos causados pelo seu educando, sempre que comprovadamente este tenha
agido dolosamente/intencionalmente.

2 - No caso das condições climatéricas não permitirem a realização das atividades no exterior,
devem existir atividades de substituição (previstas pelo professor das atividades) para serem
realizadas em espaços protegidos.

3 - Sempre que um professor das atividades necessite faltar em período que possa afetar a sua
atividade, deverá informar a sua entidade para ser substituído por outro.

5.2.8 – Atividades de animação e de apoio à família

Artigo 136º - Considerações gerais

1 - As atividades de animação e de apoio à família são desenvolvidas na educação pré-escolar,


de acordo com a legislação em vigor, prevendo-se a existência de um regulamento específico
das mesmas, que constará em anexo 8 ao presente regulamento interno, devendo contribuir
para o esclarecimento de aspetos operacionais e de implementação das atividades.

5.3 – Outras estruturas e outros serviços

Artigo 137º - Definição

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1 - Outras estruturas e outros serviços são estruturas e serviços de apoio não enquadráveis nos
pontos 5.1 e 5.2.

5.3.1 – Instalações específicas

Artigo 138º - Princípios gerais

1 - São consideradas instalações específicas:

a) Laboratórios de biologia, geologia, ciências naturais, física, química e físico-


química;

b) Salas de educação visual/tecnológica;

c) Salas de educação musical;

d) Salas TIC;

e) Salas específicas;

f) Gimnodesportivo e espaços desportivos;

g) Rádio escolar;

h) Auditórios.

2 - O funcionamento destas instalações rege-se por normas próprias.

3 - Respeitando o disposto neste regulamento interno, os responsáveis por estes espaços definem
as regras de utilização dos mesmos em regulamento próprio, que constará em anexo 9.

5.3.2 – Espaços de convívio

Artigo 139º - Princípios gerais

1 - São considerados espaços de convívio:

a) As salas de docentes e de não docentes;

b) Os polivalentes;

c) Os espaços exteriores.

2 - Estes espaços devem proporcionar um convívio saudável entre as pessoas que os utilizam, que
devem manifestar uma atitude de respeito pelos outros e pelos espaços, especialmente quando,
nos mesmos, decorram atividades letivas e/ou outros trabalhos de âmbito curricular.

Artigo 140º - Salas de docentes

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1 - As salas de docentes do agrupamento são espaços de convívio e de trabalho que podem ser
utilizados por todos os docentes.

2 - Apesar de também serem espaços de convívio, devem ser utilizadas sem barulho, mantidas
limpas e cumpridas as regras com vista a uma boa conservação do material.

3 - Devem providenciar condições indispensáveis de trabalho aos docentes, nomeadamente


material de trabalho e material informático em condições e em quantidade proporcional e
adequada ao corpo docente.

4 – Na escola sede devem existir expositores de informação relativos às seguintes áreas: conselho
geral, legislação/informação, convocatórias, avisos, distribuição de serviço, departamentos,
atividades escolares e sindicatos.

5 – Nas restantes escolas e estabelecimentos de educação pré-escolar devem existir expositores


de informação relativos às seguintes áreas: legislação/informação, departamentos, atividades
escolares e sindicatos.

6 - Qualquer afixação nos expositores mencionados tem que ter consentimento prévio do diretor,
no que se refere à escola sede, ou, no caso das restantes escolas e estabelecimentos de educação
pré-escolar, do coordenador de estabelecimento.

Artigo 141º - Polivalentes

1 - Os espaços polivalentes do agrupamento são espaços que podem ser utilizados por todos os
alunos e destinam-se ao convívio.

2 - Apesar de serem espaços de recreio, devem ser mantidos limpos e cumpridas as regras com
vista a uma boa conservação do material existente com o intuito de proporcionarem um convívio
agradável e de respeito entre colegas.

3 - Devem existir vitrinas/expositores para informação relativa às seguintes áreas: turmas,


horários, exames, gabinete de apoio ao aluno, A.S.E. e informação diversa. Na sede deve
disponibilizar-se um placard para a associação de estudantes.

4 – Estes espaços, quando em utilização, devem ser vigiados frequentemente por um assistente
operacional, para verificar do cumprimento das normas estabelecidas e assegurar o bom convívio
e a segurança dos locais.

5 - Na utilização dos diferentes materiais de recreio localizados nos espaços polivalentes,


nomeadamente jogos, matraquilhos, rádio escola e outros recursos, devem ser cumpridas as
normas de segurança e de cidadania.

Artigo 142º - Espaços exteriores

1 - Os espaços exteriores podem ser utilizados pelos membros da comunidade escolar.

2 - Estes espaços devem ser mantidos limpos.

3 - Os papéis e outros detritos devem ser deitados em recipientes próprios.

4 - Não devem ser tomadas atitudes violentas, grosseiras ou íntimas que choquem a sensibilidade
dos outros.

55
5 – Por estes espaços integrarem os recintos escolares é proibido fumar e consumir bebidas
alcoólicas.

6 - Podem praticar-se atividades desportivas desde que, sob a supervisão de um docente ou de um


assistente operacional, esteja assegurada a segurança dos alunos e do espaço envolvente.

5.3.3 – Diretor de instalações

Artigo 143º - Competências e designação

1 - Compete aos diretores de instalações:

a) Desenvolver as diligências necessárias para manter funcionais os equipamentos e as


instalações;

b) Informar o diretor das anomalias verificadas;

c) Manter atualizado o inventário dos materiais e dos equipamentos de que é responsável e


zelar pela sua conservação;

d) Propor a aquisição de novos equipamentos ou materiais de consumo necessários;

e) Assegurar que o regulamento das instalações seja cumprido;

f) Requisitar nos serviços administrativos o material necessário para o bom funcionamento


das atividades letivas;

g) Apresentar ao diretor um relatório crítico anual do trabalho desenvolvido.

2 - Os diretores de instalações são designados anualmente pelo diretor.

5.3.4 – Reprografia

Artigo 144º - Definição e funcionamento

1 - A reprografia é uma estrutura de apoio aos serviços administrativos e áreas pedagógicas,


funcionando na dependência direta da direção. As normas de impressão e do serviço de fotocópias
no agrupamento de escolas encontram-se de acordo com o Manual de Procedimentos do
Sistema de Controlo Interno- Anexo V- Regulamento dos serviços de impressão e fotocópias.

5.3.5 – Estrutura organizacional de segurança

Artigo 145º - Definição e funcionamento

1 - O agrupamento manterá uma estrutura organizacional de segurança constituída pelo diretor,


coadjuvado pelo subdiretor, como responsável de segurança do agrupamento, por dois delegados
de segurança, um responsável de segurança em cada unidade orgânica e respetivas subequipas de
segurança.
Artigo 146º - Delegados de segurança

56
1 - Os delegados de segurança, nomeados pelo diretor, estarão na dependência direta do
responsável de segurança do agrupamento e funcionarão em estreita cooperação e
responsabilidade partilhada.
Artigo 147º - Missão dos delegados de segurança
Os delegados de segurança terão a missão de:
a) Propor um plano de segurança que contemple as questões de segurança entendidas como
pertinentes pelo responsável de segurança do agrupamento, e que seja aplicável a todas
as escolas e aos estabelecimentos de educação pré-escolar do mesmo;

b) Articular e orientar os responsáveis de segurança de estabelecimento/escola, de forma a


haver coesão nos procedimentos e entendimentos relativos a questões de segurança;

c) Fazer a articulação entre os responsáveis de segurança de estabelecimento/escola e o


responsável de segurança do agrupamento;

d) Promover e acompanhar a concretização, ao nível de cada estabelecimento/escola, das


orientações, planos e medidas de segurança adotados no agrupamento, bem como
questões afins que, de forma indireta, possam afetar a segurança dos
estabelecimentos/escola (por exemplo manutenção de equipamentos de segurança);

e) Promover ou acompanhar, em parceria com outras entidades, ações de formação


vocacionadas para questões de segurança;

f) Articular com entidades locais, regionais ou outras, questões que se entendam pertinentes
e necessárias, relativamente à segurança dos estabelecimentos;

g) Concretizar todas as funções delegadas e orientações emitidas pelo responsável de


segurança do agrupamento.

Artigo 148º - Responsável de segurança de estabelecimento


1 - O responsável de segurança de estabelecimento/escola será o coordenador de estabelecimento
nos casos em que se aplique, e nomeado pelo diretor para estas funções, nas restantes situações.
2 - O responsável de segurança de estabelecimento/escola será o coordenador das operações e
responsável pelos equipamentos de segurança em cada estabelecimento/escola, articulando com
os delegados de segurança.
3 - O responsável de segurança de estabelecimento/escola (ou alguém delegado por este, na sua
ausência) deve:
a) Garantir o preenchimento e atualização dos registos de segurança e/ou relatórios de
segurança;

b) Em articulação com os delegados de segurança, planear e realizar pelo menos um


exercício de simulação de sinistro (simulacro) por ano letivo;

c) Determinar o estabelecimento de contacto com as entidades externas (GNR, Bombeiros,


Proteção Civil, INEM), em situação de sinistro e quando tal se justificar;

57
d) Ordenar a evacuação sempre que se justifique;

e) Monitorizar o ponto de encontro;

f) Acompanhar a receção dos meios de socorro externos em situação de sinistro;

g) Acompanhar a informação e o contacto dos pais com a escola, em situação de sinistro;

h) Determinar o regresso às instalações, após indicação dos bombeiros, em caso de sinistro;

i) Após um sinistro deve coordenar e orientar os seguintes procedimentos:


• completar a evacuação de fumos, calor e gases de combustão;
• repor nas condições adequadas todos os equipamentos do sistema de segurança;
• retirar os materiais danificados e proceder à sua substituição e providenciar a
recuperação (secagem, etc.) dos materiais e equipamentos pouco danificados;
• coordenar a limpeza e manutenção das instalações atingidas.
4 - Deve ainda manter atualizados os delegados de segurança sobre questões que repute de
importantes relativamente à segurança do estabelecimento e colaborar com estes nas solicitações
adiantadas pelos mesmos.
Artigo 149º - Subequipas de segurança
1 - As subequipas de segurança serão constituídas por pessoal não docente, e as respetivas funções
serão definidas em sede de plano de segurança.
2 - Nos casos em que a dimensão do estabelecimento não justifique nem possibilite a existência
de subequipas de segurança, as respetivas funções serão, na medida do possível, distribuídas pelo
pessoal docente e não docente existente no estabelecimento.

Artigo 150º - Plano de segurança


O plano de segurança estruturar-se-á em torno dos eixos definidos pelo diretor do agrupamento,
contemplará as medidas de prevenção, proteção e resposta adequadas e será anualmente
atualizado, que constará em anexo 10.

6 – Outras normas de funcionamento

6.1 – Afixação de informação, exposição de materiais, comercialização de produtos e


angariação de fundos

Artigo 151º - Princípios gerais

1 - O regime de funcionamento obedece aos seguintes princípios gerais:

a) Qualquer cartaz, mensagem escrita ou outro material só pode ser afixado no agrupamento
depois de rubricado pelo diretor, sendo passível de delegação;

b) Toda a documentação de interesse para a comunidade escolar será afixada em expositores


e dada a conhecer na página do agrupamento;

58
c) Qualquer trabalho ou outro material só pode ser exposto no agrupamento depois de
autorização dada pelo diretor, sendo passível de delegação;

d) Não é permitida a comercialização, a venda ambulante, a propaganda de qualquer


produto, a não ser nos casos em que o conselho administrativo, no respeito pela lei,
celebre acordo com alguma entidade, tendo sempre em vista a obtenção de recursos para
melhorar as instalações escolares ou adquirir equipamentos educativos;

e) A exposição e venda de material didático carecerá sempre de autorização do diretor;

f) Não é permitida a venda de trabalhos/produtos elaborados pelos alunos para angariação


de fundos destinados a custear atividades da sua iniciativa;

g) É permitido, ao diretor, autorizar a realização de estudos de índole científica relacionados


com a problemática escolar, desde que não prejudiquem o normal funcionamento das
atividades escolares e respeitem a legislação existente relativa à proteção de dados.

6.2 – Acesso e circulação nos espaços escolares

Artigo 152º - Princípios gerais

1 - Têm acesso condicionado às escolas os pais e encarregados de educação dos alunos que as
frequentam, bem como qualquer outro membro da comunidade escolar, ou outros.

2 - Será exceção ao ponto anterior, o acesso de pais e/ou encarregados de educação nos
estabelecimentos de ensino pré-escolar durante as primeiras duas semanas de aulas e nos
estabelecimentos do 1º ciclo durante a primeira semana, apenas para os pais e/ou encarregados de
educação dos alunos do 1º ano.

3 - Será ainda exceção ao ponto 1, a participação da comunidade escolar em atividades e/ou


reuniões organizadas pelo agrupamento e das quais deve ser dado conhecimento aos assistentes
operacionais responsáveis pelas portarias.

4 - Os membros da comunidade escolar devem fazer-se sempre acompanhar de um documento


que permita uma rápida identificação (cartão magnético ou, na sua falta, o B.I./CC ou idêntico).
No caso dos professores do primeiro ciclo e educadores de infância, devem entregar na portaria
o cartão de identificação fornecido pelo AERM, que será devolvido quando saírem da escola, ou
em alternativa adquirirem um cartão magnético do sistema GIAE , isto em estabelecimento que
não aquele onde lecionam.

5 - Aos visitantes será entregue nas portarias, um cartão que indique essa qualidade e um
comprovativo de circulação interna a preencher no local da visita, por troca com um documento
identificativo que será restituído à saída.

6 - Na portaria deve existir um documento próprio para registar as entradas e saídas dos
fornecedores. Logo que o fornecedor entra na escola deve ser anotada a data e hora. Quando a
entrada é feita pelo portão junto ao campo de jogos, no caso da ESCM, é da responsabilidade do
fornecedor garantir que o portão nunca fica aberto na sua ausência. Quando abandonar o
estabelecimento deve obrigatoriamente informar o funcionário da portaria, o qual deve registar a
hora de saída no respetivo documento e verificar logo que possível que o portão não ficou aberto.

59
7 - À saída do estabelecimento o visitante entrega na portaria o comprovativo de circulação
devidamente preenchido, com assinatura e / ou carimbo, recebendo de imediato o documento de
identificação.

8 - Não é permitido o acesso a pessoas que não possam cumprir o acima determinado ou que, pelo
seu porte e conduta, se presuma irão perturbar o funcionamento das escolas.

9 - O acesso aos estabelecimentos de ensino pré-escolar far-se-á em local apropriado, sendo as


crianças recebidas pelos assistentes operacionais que os encaminharão às respetivas salas.

10 - Não é permitida a entrada de quaisquer viaturas nos recintos escolares, exceto:

a) Para cargas e descargas que, pela sua natureza, não possam ser efetuadas de outro modo;

b) Transporte de alunos deficientes ou temporariamente incapacitados;

c) Viaturas de bombeiros e forças de segurança quando em serviço que exija a entrada;

d) Velocípedes, velocípedes com motor e motas de membros da comunidade educativa,


entre o portão e a zona própria de estacionamento e transportados de forma apeada.
11 - Aos alunos não é permitida a saída dos recintos escolares, durante o seu período letivo, salvo
raras exceções devidamente justificadas pelo encarregado de educação.

12 - Nas escolas do 1º ciclo e nos estabelecimentos de educação pré-escolar, os alunos só podem


sair nos horários a definir pelo diretor do agrupamento, exceto por motivos de força maior e na
presença dos pais, encarregados de educação ou outras pessoas devidamente autorizadas para tal.

13 - A autorização de saída dos alunos deve ser requerida por escrito aquando da matrícula ou,
posteriormente, caso o encarregado de educação decida alterar a situação, junto dos serviços
administrativos.

14 - O diretor de turma/professor titular de turma arquivará o pedido de autorização em local


apropriado.

15 - O aluno, sempre que pretender sair do recinto escolar, deve passar o cartão de aluno no
dispositivo eletrónico da portaria, nos estabelecimentos onde existam.

16 – Com exceção da escola sede os portões de acesso aos estabelecimentos de ensino do


agrupamento devem apenas permanecer abertos o tempo estritamente necessário para a entrada e
saída dos alunos, mantendo-se fechados durante o decorrer dos tempos letivos.

17 - Compete aos responsáveis pela portaria zelar para que sejam cumpridas estas determinações.

18 - Os átrios e corredores são exclusivamente locais de passagem e de acesso às várias salas e


setores das escolas e dos estabelecimentos de educação pré-escolar, localizando-se dentro da área
destinada à prática letiva, pelo que se consideram zona de silêncio.

19 - A circulação deverá ser feita de forma ordenada, sem atropelos, sem correrias e no maior
silêncio durante os tempos letivos. A circulação nas zonas onde existam escadarias far-se-á com
especial atenção, a fim de se evitarem possíveis acidentes.

20 - A circulação nas escadas e corredores deverá efetuar-se, preferencialmente, pela direita,


evitando-se desta forma os constantes atropelos e permitindo uma melhor circulação para todos.

60
21 - O plano de emergência das escolas e estabelecimentos de educação pré-escolar, bem como
as medidas de autoproteção, poderão determinar regras de utilização específicas, que deverão ser
tidas em conta pelos elementos da comunidade educativa.

22 - Em horário não letivo, não devem permanecer alunos nestes espaços.

6.3 – Cartão eletrónico

Artigo 153º - Definição e funcionamento

1 - O cartão eletrónico é uma ferramenta-chave nas áreas da segurança e da gestão/administração


escolar, permitindo o controlo do acesso às instalações, servindo de meio de identificação dentro
da escola e o pagamento de bens e serviços de uma forma simples, eficaz e célere. Rege-se de
acordo com o Manual de Procedimentos do Sistema de Controlo Interno - anexo III -
Regulamento de Controlo de acesso às instalações e pagamento de bens e serviços – G.I.A.E.

2 - Se o utente perder o cartão, ou se o mesmo não possibilitar a leitura pelos sensores instalados
na escola, em virtude de um dano permanente, o utente deverá solicitar nos serviços
administrativos a substituição do cartão, mediante o pagamento de três euros.

3 - Para os alunos de escalão A o cartão será gratuito e de escalão B o seu custo será de metade
do valor, ou seja, um euro e cinquenta cêntimos.

4 - Esquecimento do cartão eletrónico e autorização excecional de saída do recinto escolar:

a) No sentido de se poderem manter sob controlo situações de esquecimento sistemático do


cartão eletrónico, por parte dos alunos, os respetivos encarregados de educação (quando
estão em causa alunos menores de idade), serão avisados pelo respetivo diretor de turma,
no caso de mais de 2 faltas de cartão seguidas ou 5 interpoladas, a fim de que aqueles
possam contribuir para a regularização da situação. No caso de alunos maiores de idade,
serão os mesmos avisados pelo respetivo diretor de turma, no caso de mais de 2 faltas de
cartão seguidas ou 5 interpoladas;

b) Feito o aviso descrito no ponto anterior, sempre que não apresente cartão, o aluno só
poderá sair da escola ao último tempo do dia;

c) Ainda nas escolas com portaria eletrónica, para além das saídas do recinto escolar
regulamentarmente abrangidas pelo cartão eletrónico, haverá a considerar, para os alunos
com estatuto impedido ou condicionado, saídas excecionais, com a seguinte tipificação:
saída prevista não sistemática e saída imprevista;

• Saída prevista não sistemática- se a saída do aluno for prevista (por exemplo consulta
médica previamente agendada), o mesmo deve ser autorizado previamente, pelo
encarregado de educação, através da caderneta do aluno. Esta autorização será
apresentada na portaria ao assistente operacional presente;

• Saída imprevista-por ausência de atividade letiva (por falta de professor ou outro motivo
justificado), o aluno poderá sair do recinto escolar, se houver uma declaração do
respetivo encarregado de educação, em sede de caderneta do aluno, que autorize o aluno
a sair do mesmo nestas situações e apenas nos últimos tempos da manhã ou da tarde;

• Nos dois tipos de saída anteriores, e no caso de o aluno não estar autorizado na caderneta,
pode também haver autorizações pontuais, assinadas presencialmente pelo encarregado
de educação (ou outrem a quem este delegue tal responsabilidade), em documento

61
próprio (autorização de saída excecional), fornecido pelo assistente operacional da
portaria;

• A delegação de responsabilidade acima referida, terá que estar expressa na caderneta do


aluno, nomeando a(s) pessoa(s) em quem o encarregado de educação delega a
prerrogativa de autorizar a saída do aluno.

6.4 - Comunicação interna

Artigo 154º - Definição e funcionamento

1 - A área da comunicação interna abrange diferentes subáreas, bem delimitadas mas inter-
relacionadas, tais como, página da escola, gestão de emails institucionais, caderneta do aluno,
contacto telefónico, contacto postal, contacto presencial, rádio escola e jornal escolar.

2 - Trata-se de uma área vital para diferentes tarefas, como por exemplo, dar a conhecer à
comunidade escolar a vivência da organização, servir de canal de ligação entre os diferentes
intervenientes no processo educativo, servir de repositório de informação vital para o
funcionamento da organização, entre outras.

Artigo 155º - Princípios gerais

1 - O envio para os docentes, por parte dos serviços administrativos e/ou diretor, de
informações/documentos que não requerem assinatura, poderá ser efetuado com o recurso à caixa
de correio eletrónico do agrupamento.

2 - Toda a informação de carácter normativo e organizacional é veiculada pelo diretor e pelos


serviços administrativos, quer diretamente quer pelas vias hierárquicas estabelecidas para os
diferentes sectores do agrupamento.

3 - Toda a informação de carácter geral deverá ser afixada em placares destinados para o efeito e
colocados em locais visíveis e enviada com o recurso à caixa de correio eletrónico do
agrupamento.

4 - A comunicação entre professores e encarregados de educação deve ser feita através do caderno
diário e da caderneta do aluno.

5 - A comunicação entre o diretor de turma/professor titular/docente titular de grupo no pré-


escolar e os encarregados de educação, para além dos meios referidos no número anterior, poderá
ser feita pessoalmente no horário do atendimento estabelecido, em reuniões com os encarregados
de educação previamente convocadas, por contacto telefónico, postal ou eletrónico.

6 - O circuito de informação entre o conselho pedagógico e os professores passa pelo coordenador


de departamento curricular e coordenador dos cursos. Dado que este circuito é longo, o resumo
da informação e decisões das reuniões do conselho pedagógico, deverá ser enviada por e-mail
para todos os docentes, antes das reuniões de departamento.

7 - Na página WEB constarão a listagem e resumo da legislação nova que eventualmente possa
interessar a todos, as atividades do agrupamento e todos os documentos e regulamentos em uso
no agrupamento.

62
8 - Sempre que possível privilegiar-se-á o circuito de comunicação e informação assente nas
novas tecnologias.

6.5 – Proteção de dados pessoais

Artigo 156º - Definição e funcionamento

1 - O regulamento de proteção de dados pessoais, que constará em anexo?, surge no alinhamento


da deliberação nº 1495/2016, da Comissão Nacional de Proteção de Dados, mas corresponde
também a uma necessidade sentida pelo agrupamento, de proteger e garantir o respeito pela
informação de teor pessoal, usada por motivos administrativos, pedagógicos ou comunicacionais,
no âmbito de uma utilização alargada do recurso tecnológico, em especial no suporte internet,
mas também em outros meios e formas de comunicação, como por exemplo o jornal escolar ou
os painéis de exposição comumente utilizados na divulgação de informação de teor administrativo
e/ou pedagógico.

Artigo 157º - Âmbito de aplicação

1 - O regulamento de proteção de dados pessoais aplica-se à informação de teor pessoal utilizada


nos diversos suportes comunicacionais abertos a que a escola normalmente recorre, como por
exemplo a sua página institucional, o jornal escolar ou os painéis de exposição e divulgação de
informação, e destina-se a proteger o direito de privacidade no que respeita à divulgação de dados
pessoais de alunos e respetivas famílias, professores, pessoal não docente e outros intervenientes
e parceiros da instituição escolar.

6.6 – Utilização de alimentos em espaços escolares

Artigo 158º - Definição

1-No âmbito do regulamento de utilização de alimentos em espaços escolares, que constará em


anexo 11, consideram-se ações e estratégias educativas que impliquem a utilização de alimentos,
aquelas que, ocorrendo em contexto de aula, envolvam o consumo e /ou preparação de alimentos.

2-Não são consideradas ações e estratégias educativas que impliquem a utilização de alimentos,
as refeições fornecidas pela escola ou empresa contratualizada para tal efeito, ou os lanches da
manhã e da tarde nos bufetes, bem assim os pequenos consumos individuais, ocorrentes nos
intervalos das aulas.

Artigo 159º - Âmbito de aplicação

1 - O regulamento de utilização de alimentos em espaços escolares aplica-se a ações e estratégias


educativas que impliquem a utilização de alimentos.

6.7 – Visitas de estudo

Artigo 160º - Definição

1 - As visitas de estudo são atividades de complemento curricular que decorrem do projeto


educativo e permitem a ligação da escola à vida real e à comunidade. São organizadas por
professores, realizadas fora do espaço escolar e têm como objetivo facilitar o desenvolvimento
de competências relacionadas com o currículo e facilitar a aquisição de aprendizagens
significativas e a sociabilização.

63
2 - As viagens de alunos, organizadas pela associação de estudantes ou grupos de estudantes,
assim como todas as visitas feitas fora do horário escolar que, apesar de organizadas por
professores, não se enquadram no projeto educativo da escola não podem ser consideradas visitas
de estudo.
Artigo 161º - Aprovação e autorização

1 - As propostas de visita de estudo devem ser elaboradas em reunião de grupo disciplinar ou de


departamento, preferencialmente no ano letivo anterior, de forma a poderem ser integradas no
plano anual de atividades do agrupamento.

2 - As propostas de visitas de estudo não previstas no plano anual de atividades do agrupamento


de escolas, serão aceites e aprovadas pela direção, desde que o respetivo conselho de turma as
considere significativas para a aquisição de competências previstas no currículo.

3 - As visitas de estudo devem ser realizadas, preferencialmente, durante o 1º e o 2º períodos


letivos. No 3º período apenas podem ser realizadas visitas de estudo a título excecional e
devidamente justificadas, depois da aprovação pelo conselho pedagógico.

4 - As visitas de estudo com duração superior a um dia e as visitas de estudo ao estrangeiro têm
que ser autorizadas de acordo com a legislação mais recente. O pedido é feito com a antecedência
mínima de 30 (trinta) dias.

Artigo 162º - Outras considerações

1 – O regulamento das visitas de estudo, que deverá respeitar o anteriormente disposto, constará
em anexo 12.
6.8 - Ocupação dos tempos escolares

Artigo 163º - Definição e âmbito de aplicação

1 - A não lecionação de uma aula, por impossibilidade do respetivo docente e sendo previsível a
sua ocorrência, estará sujeita ao estabelecido nas normas para ocupação dos tempos escolares que
constará em anexo 13.

2 - Esta realidade aplica-se aos1º, 2ºe 3º ciclos do ensino básico e ensino secundário.

3 - Se por motivos imprevisíveis, o docente não lecionar uma aula, o procedimento a seguir será
o disposto no regulamento de substituição de docentes em anexo 13 a este documento.

7 – Direitos e deveres da comunidade educativa

7.1 – Direitos e deveres gerais

Artigo 164º - Responsabilidade dos membros da comunidade educativa

1 - A autonomia do agrupamento pressupõe a responsabilidade de todos os membros da


comunidade educativa pela salvaguarda efetiva do direito à educação e à igualdade de
oportunidades no acesso à escola, bem como a promoção de medidas que visem o empenho e o
sucesso escolares, a prossecução integral dos objetivos referidos no projeto educativo, incluindo
os de integração sociocultural, e o desenvolvimento de uma cultura de cidadania capaz de
fomentar os valores da pessoa humana, da democracia e exercício responsável da liberdade
individual e do cumprimento dos direitos e deveres que lhe estão associados.

64
2 - A escola é o espaço coletivo de salvaguarda efetiva do direito à educação, devendo o seu
funcionamento garantir plenamente aquele direito.

3 - A comunidade educativa referida no n.º 1, integra sem prejuízo dos contributos de outras
entidades, os alunos, os pais ou encarregados de educação, os professores, o pessoal não docente
das escolas, a autarquia e os serviços da administração central e regional com intervenção na
área da educação, nos termos das respetivas responsabilidades e competências.

Artigo 165º - Direitos gerais

1 - Participar através dos seus representantes no processo de elaboração do projeto educativo do


agrupamento e do regulamento interno e acompanhar o respetivo desenvolvimento e
concretização nos termos da lei.

2 - Apresentar sugestões e críticas relativas ao funcionamento de qualquer sector da escola e,


quando efetuados por escrito, ter, em relação a cada uma, uma resposta dos órgãos competentes.

3 - Ser ouvido em todos os assuntos que lhe digam respeito, individualmente ou através dos seus
órgãos representativos.

4 - Ser tratado com respeito e correção por qualquer elemento do agrupamento.

5 - Aceder livremente aos documentos estruturantes de atividades do agrupamento,


nomeadamente ao projeto educativo e aos planos anual e plurianual de atividades. Estes
documentos e outros considerados relevantes devem ser disponibilizados na página eletrónica da
escola. Também poderão ser disponibilizados em suporte papel, ou noutro tipo de suporte, contra
o pagamento dos respetivos custos.

Artigo 166º - Deveres gerais

1 - Consultar o regulamento interno do agrupamento.

2 - Tratar com respeito e correção qualquer elemento da comunidade educativa.

3 - Ser assíduo, pontual e responsável no cumprimento dos seus deveres e/ou tarefas que lhe forem
exigidos.

4 - Promover um convívio são, de modo a criar um clima de confiança e harmonia, baseado no


respeito mútuo.

5 - Ser recetivo a críticas relativas ao seu trabalho ou à sua conduta, aceitando sugestões que
visem melhorar os mesmos.

6 - Zelar pela defesa, conservação e asseio de todos estabelecimentos de ensino, nomeadamente


no que diz respeito às instalações, material didático, mobiliário e espaços verdes, fazendo uso
adequado dos mesmos.

7 - Respeitar os locais de trabalho e aprendizagem, mantendo o silêncio nos átrios e corredores e


não praticando atividades perturbadoras nas zonas envolventes, durante a realização de atividades
letivas.

8 - Identificar-se sempre que solicitado.

9 - Conhecer as normas e horários de funcionamento dos serviços do agrupamento.

65
10 - Alertar os responsáveis para a presença de pessoas estranhas à comunidade escolar, exceto
se devidamente identificadas com o cartão de visitante em local bem visível.

11 - Alertar para a existência de material danificado.

12 - Reconhecer e respeitar as diferenças culturais e pessoais de todos os membros da comunidade


educativa, valorizando os diferentes saberes e culturas e combatendo processos de exclusão e
discriminação.

13 - Não consumir substâncias aditivas, em especial drogas, tabaco e bebidas alcoólicas no


interior das instalações escolares e fora destas quando no desempenho das suas funções.

14 - Cumprir e zelar pelo cumprimento do regulamento interno.

8 – Alunos
8.1 – Direitos e deveres gerais

Artigo 167º - Considerações gerais

1 - No desenvolvimento dos princípios do Estado de direito democrático, dos valores nacionais e


de uma cultura de cidadania capaz de fomentar os valores da dignidade da pessoa humana, da
democracia, do exercício responsável, da liberdade individual e da identidade nacional, o aluno
tem o direito e o dever de conhecer e respeitar ativamente os valores e os princípios fundamentais
inscritos na Constituição da República Portuguesa, a Bandeira e o Hino, enquanto símbolos
nacionais, a Declaração Universal dos Direitos do Homem, a Convenção Europeia dos Direitos
do Homem e a Convenção sobre os Direitos da Criança e a Carta dos Direitos Fundamentais da
União Europeia, enquanto matrizes de valores e princípios de afirmação da Humanidade.

Artigo 168º - Direitos do aluno

1 - O aluno tem direito a:

a) Ser tratado com respeito e correção por qualquer membro da comunidade educativa, não
podendo, em caso algum, ser discriminado em razão da origem étnica, da saúde, do sexo,
da orientação sexual, da idade, da identidade de género, da condição económica, cultural
ou social ou das convicções políticas, ideológicas, filosóficas ou religiosas;

b) Usufruir do ensino e de uma educação de qualidade de acordo com o previsto na lei, em


condições de efetiva igualdade de oportunidades no acesso;

c) Escolher e usufruir do ambiente e do projeto educativo que proporcionem as condições


para o seu pleno desenvolvimento físico, intelectual, moral, cultural e cívico, para a
formação da sua personalidade;

66
d) Ver reconhecidos e valorizados o mérito, a dedicação, a assiduidade e o esforço no
trabalho e no desempenho escolar e ser estimulado nesse sentido;

e) Ver reconhecido o empenhamento em ações meritórias, designadamente o voluntariado


em favor da comunidade em que está inserido ou da sociedade em geral, praticadas na
escola ou fora dela, e ser estimulado nesse sentido;

f) Usufruir de um horário escolar adequado ao ano frequentado, bem como de uma


planificação equilibrada das atividades curriculares e extracurriculares, nomeadamente
as que contribuem para o desenvolvimento cultural da comunidade;

g) Beneficiar, no âmbito dos serviços de ação social escolar, de um sistema de apoios que
lhe permitam superar ou compensar as carências do tipo sociofamiliar, económico ou
cultural que dificultem o acesso à escola ou o processo de aprendizagem, nos termos da
lei e deste regulamento interno;

h) Usufruir de prémios ou apoios e meios complementares que reconheçam e distingam o


mérito;

i) Beneficiar de outros apoios específicos, adequados às suas necessidades escolares ou à


sua aprendizagem, através dos serviços de psicologia e orientação ou de outros serviços
especializados de apoio educativo;

j) Ver salvaguardada a sua segurança na escola e respeitada a sua integridade física e moral,
beneficiando, designadamente, da especial proteção consagrada na lei penal para os
membros da comunidade escolar;

k) Ser assistido, de forma pronta e adequada, em caso de acidente ou doença súbita, ocorrida
ou manifestada no decorrer das atividades escolares;

l) Ver garantida a confidencialidade dos elementos e informações constantes do seu


processo individual, de natureza pessoal ou familiar;

m) Participar, através dos seus representantes, nos termos da lei, nos órgãos de administração
e gestão da escola, na criação e execução do respetivo projeto educativo, bem como na
elaboração do regulamento interno;

n) Eleger os seus representantes para os órgãos, cargos e demais funções de representação


no âmbito do agrupamento, bem como ser eleito, nos termos da lei e deste regulamento
interno;

o) Apresentar críticas e sugestões relativas ao funcionamento da escola e ser ouvido pelos


professores, diretores de turma e órgãos de administração e gestão da escola em todos os
assuntos que justificadamente forem do seu interesse;

p) Organizar e participar em iniciativas que promovam a formação e ocupação de tempos


livres;

q) Ser informado sobre o regulamento interno, através dos diretores de turma/ professores
titulares e da página do agrupamento, em termos adequados à sua idade e ao ano
frequentado, sobre todos os assuntos que justificadamente sejam do seu interesse,
nomeadamente sobre o modo de organização do plano de estudos ou curso, o programa
e objetivos essenciais de cada disciplina ou área disciplinar e os processos e critérios de

67
avaliação, bem como sobre a matrícula, o abono de família e apoios socioeducativos, as
normas de utilização e de segurança dos materiais e equipamentos e das instalações,
incluindo o plano de emergência, e, em geral, sobre todas as atividades e iniciativas
relativas ao projeto educativo da escola;

r) Participar nas demais atividades do agrupamento, nos termos da lei e deste regulamento
interno;

s) Participar no processo de avaliação, através de mecanismos de auto e heteroavaliação;

t) Beneficiar de medidas adequadas à recuperação da aprendizagem nas situações de


ausência devidamente justificada às atividades escolares;

u) Que sejam coordenadas as marcações de testes (provas de aferição são contabilizadas


para o cômputo dos testes), de fichas, de apresentação de trabalhos e de outros
instrumentos de avaliação, nos conselhos de turma do início do 1º período e nas últimas
reuniões do 1º e 2ºperíodos, sobre o calendário dos mesmos nos períodos seguintes, não
permitindo que os alunos realizem mais do que:

• Um teste e/ou fichas e/ou apresentação de trabalhos e/ou outros instrumentos de


avaliação por dia;
• Três teste e/ou fichas e/ou apresentação de trabalhos e/ou outros instrumentos de
avaliação por semana;
• Dois testes em dias consecutivos.

Artigo 169º - Responsabilidade dos alunos

1- Os alunos são responsáveis, em termos adequados à sua idade e capacidade de discernimento,


pelo exercício dos direitos e pelo cumprimento dos deveres que lhe são outorgados pelo
regulamento interno da escola e pela demais legislação aplicável.

2 - A responsabilidade disciplinar dos alunos implica o respeito integral do regulamento interno


do agrupamento, do património do mesmo, dos demais alunos, funcionários e em especial dos
professores.

3 - Os alunos não podem prejudicar o direito à educação dos restantes alunos.

Artigo 170º - Deveres do aluno

1 - O aluno tem o dever, sem prejuízo do disposto no artigo anterior e dos demais deveres previstos
no regulamento interno do agrupamento, de:

a) Estudar, aplicando-se, de forma adequada à sua idade, necessidades educativas e ao ano


de escolaridade que frequenta, na sua educação e formação integral;

b) Ser assíduo, pontual e empenhado no cumprimento de todos os seus deveres no âmbito


das atividades escolares;

c) Seguir as orientações dos professores relativas ao seu processo de ensino e aprendizagem;

d) Tratar com respeito e correção qualquer membro da comunidade educativa, não podendo,
em caso algum, discriminar em razão da origem étnica, saúde, sexo, orientação sexual,

68
idade, identidade de género, condição económica, cultural ou social, ou convicções
políticas, ideológicas, filosóficas ou religiosas;

e) Guardar lealdade para com todos os membros da comunidade educativa;

f) Respeitar a autoridade e as instruções dos professores e do pessoal não docente;

g) Contribuir para a harmonia da convivência escolar e para a plena integração na escola de


todos os alunos;

h) Participar nas atividades educativas ou formativas desenvolvidas na escola, bem como


nas demais atividades organizativas que requeiram a participação dos alunos;

i) Respeitar a integridade física e psicológica de todos os membros da comunidade


educativa, não praticando quaisquer atos, designadamente violentos, independentemente
do local ou dos meios utilizados, que atentem contra a integridade física, moral ou
patrimonial dos professores, pessoal não docente e alunos;

j) Prestar auxílio e assistência aos restantes membros da comunidade educativa, de acordo


com as circunstâncias de perigo para a integridade física e psicológica dos mesmos;

k) Zelar pela preservação, conservação e asseio das instalações, material didático,


mobiliário e espaços verdes da escola, fazendo uso correto dos mesmos;

l) Respeitar a propriedade dos bens de todos os membros da comunidade educativa;

m) Permanecer na escola durante o seu horário, salvo autorização escrita do encarregado de


educação ou do diretor do agrupamento;

n) Participar na eleição dos seus representantes e prestar-lhes toda a colaboração;

o) Conhecer e cumprir o estatuto do aluno, as normas de funcionamento dos serviços do


agrupamento e este regulamento interno, subscrevendo declaração anual de aceitação do
mesmo e de compromisso ativo quanto ao seu cumprimento integral;

p) Não possuir e não consumir substâncias aditivas, em especial drogas, tabaco e bebidas
alcoólicas, nem promover qualquer forma de tráfico, facilitação e consumo das mesmas;

q) Não transportar quaisquer materiais, equipamentos tecnológicos, instrumentos ou


engenhos, passíveis de, objetivamente, perturbarem o normal funcionamento das
atividades letivas ou poderem causar danos físicos ou psicológicos aos alunos ou a
qualquer outro membro da comunidade educativa;

r) Não utilizar quaisquer equipamentos tecnológicos, designadamente, telemóveis,


equipamentos, programas ou aplicações informáticas, nos locais onde decorram aulas ou
outras atividades formativas ou reuniões de órgãos ou estruturas do agrupamento em que
participe, exceto quando a utilização de qualquer dos meios acima referidos esteja
diretamente relacionada com as atividades a desenvolver e seja expressamente autorizada
pelo professor ou pelo diretor ou supervisão dos trabalhos ou atividades em curso;

s) Não captar sons ou imagens, designadamente, de atividades letivas e não letivas, sem
autorização prévia dos professores, dos responsáveis pela direção da escola ou supervisão
dos trabalhos ou atividades em curso, bem como, quando for o caso, de qualquer membro

69
da comunidade escolar ou educativa cuja imagem possa, ainda que involuntariamente,
ficar registada;

t) Não difundir, na escola ou fora dela, nomeadamente, via Internet ou através de outros
meios de comunicação, sons ou imagens captados nos momentos letivos e não letivos,
sem autorização do diretor da escola;

u) Respeitar os direitos de autor e de propriedade intelectual;

v) Apresentar-se com vestuário que se revele adequado, em função da idade, à dignidade do


espaço e à especificidade das atividades escolares, no respeito pelas regras estabelecidas
na escola;

w) Reparar os danos por si causados a qualquer membro da comunidade educativa ou em


equipamentos ou instalações do agrupamento ou outras onde decorram quaisquer
atividades decorrentes da vida escolar e, não sendo possível ou suficiente a reparação,
indemnizar os lesados relativamente aos prejuízos causados.

Artigo 171º - Outras regras de conduta

1 - Aos alunos são também atribuídas outras regras de conduta que visam fomentar o bom
ambiente e o respeito entre os vários elementos da comunidade escolar. Desta forma, aos alunos
compete:

a) Não participar, nem fomentar, jogos de fortuna e azar na escola e fora desta, num raio
definido nos termos da legislação;

b) Contribuir para um bom ambiente entre os diferentes membros da comunidade escolar,


procurando não provocar brigas ou discussões, apaziguando eventuais conflitos e
respeitando colegas, funcionários e professores;

c) Preservar e fazer preservar o bom estado dos materiais e instalações escolares, zelando
pela sua conservação e asseio, nomeadamente, colocando o lixo sempre nos locais
apropriados. Sempre que algum aluno cause prejuízos materiais em bens públicos ou
particulares, seja na escola ou na sua esfera de ação, cabe-lhe a correspondente
responsabilidade pecuniária, independentemente de quaisquer sanções disciplinares que
venham a ser aplicadas;

d) Não permanecer na sala de aula após a saída do professor ou durante os intervalos;

e) Comportar-se sempre, de forma respeitosa, cumprindo e fazendo cumprir regras de


civismo e civilidade, a saber:

• Não mascar pastilha elástica dentro da sala de aula;

• Não usar boné, óculos escuros e gorros dentro da sala de aula;

• Desligar telemóveis, leitores de mp3 ou outros reprodutores de áudio/vídeo antes


de entrar na sala de aula;

70
• Não comer nem beber na sala de aula, salvo em caso de força maior e autorização
explícita do professor;

• Cumprir, ativamente, as tarefas propostas pelo professor em contexto de sala de


aula;

• Cumprir as tarefas propostas pelo professor, quando recebe ordem de saída da


sala de aula;

• Levar para a sala de aula o material que cada professor considere necessário às
aprendizagens.

8.2 – Representação dos alunos

Artigo 172º - Considerações gerais

1 - Os alunos do ensino secundário e do 3º ciclo do ensino básico, podem reunir-se em assembleia


de alunos ou assembleia geral de alunos e são representados pela associação de estudantes, pelos
seus representantes nos órgãos de direção da escola, pelo delegado ou subdelegado de turma e
pela assembleia de delegados de turma.

2 - A associação de estudantes e os representantes dos alunos nos órgãos de direção da escola têm
o direito de solicitar ao diretor a realização de reuniões para apreciação de matérias relacionadas
com o funcionamento da escola.

3 - O delegado e o subdelegado de turma têm o direito de solicitar a realização de reuniões da


turma, sem prejuízo do cumprimento das atividades letivas.

4 - Por iniciativa dos alunos ou por sua própria iniciativa, o diretor de turma ou o professor titular
de turma pode solicitar a participação dos representantes dos pais ou encarregados de educação
dos alunos da turma na reunião referida no número anterior.

5 - Não podem ser eleitos ou continuar a representar os alunos nos órgãos ou estruturas da escola
aqueles a quem seja ou tenha sido aplicada, nos últimos dois anos escolares, medida disciplinar
sancionatória superior à de repreensão registada ou sejam, ou tenham sido nos últimos dois anos
escolares, excluídos da frequência de qualquer disciplina ou retidos em qualquer ano de
escolaridade por excesso grave de faltas.

8.2.1 – Delegados e subdelegados de turma

Artigo 173º - Definição

1 – Os delegados e subdelegados de turma representam os interesses pedagógicos, disciplinares e


os demais dos alunos da turma, no que se refere às turmas do 5.ºano ao 12.ºano.

71
Artigo 174º - Perfil

1 - Ao exercício de funções de delegado ou de subdelegado de turma devem estar associadas as


seguintes características:

a) Ter um relacionamento fácil com todos os membros da turma;

b) Cultivar valores de respeito, responsabilidade e cooperação em relação a todos os


elementos da comunidade escolar;

c) Assumir com facilidade o papel de porta-voz dos colegas e interlocutor válido entre estes
e os professores;

d) Ser capaz de representar os colegas nas reuniões em que for necessário;

e) Não ter sido submetido a qualquer medida disciplinar corretiva ou sancionatória nos
últimos dois anos nem ter incorrido em falta de assiduidade;

f) Ter sentido crítico;

g) Ter autonomia.

Artigo 175º - Eleição

1 - O delegado e o subdelegado de turma são obrigatoriamente alunos da turma.

2 - A eleição realizar-se-á por escrutínio secreto e presencial.

3 – O escrutínio será convocado para uma aula do diretor de turma, sempre que possível na hora
de assembleia de turma.

4 - Será eleito delegado o aluno com maioria absoluta de votos, e subdelegado o de votação
imediatamente a seguir. Poderá ser necessário segunda volta com os dois alunos mais votados.

5 - Em caso de empate, que impeça a eleição de delegado e/ou subdelegado, far-se-á novo
escrutínio só com os alunos em causa.

Artigo 176º - Mandato

1 - Os mandatos referidos nas alíneas anteriores têm a duração de um ano letivo.

2 - Os delegados e subdelegados são substituídos no exercício do cargo se, entretanto, perderem


a qualidade que determinou a respetiva eleição ou designação ou por proposta de maioria de 2/3
dos alunos da turma.

3 - As vagas resultantes da cessação do mandato requerem processos eleitorais.

Artigo 177º - Competências

1 - Ao delegado de turma compete:

a) Representar os alunos da turma nos órgãos e nas estruturas em que participe;

72
b) Comunicar ao diretor de turma as opiniões dos colegas sobre assuntos relevantes
relacionados com a vida da turma;

c) Colaborar com o diretor de turma na análise e resolução de eventuais situações


problemáticas verificadas na turma;

d) Transmitir informações à turma;

e) Colaborar com os professores da turma na realização de pequenas tarefas que promovam


o bom funcionamento das aulas e das demais atividades educativas;

f) Zelar pela ordem e limpeza da sala de aula;

g) Ajudar e aconselhar os colegas sempre que estes o solicitem.

2 - Ao subdelegado de turma compete:

a) Colaborar com o delegado de turma no cumprimento das tarefas decorrentes do cargo;

b) Substituir o delegado de turma no cumprimento das suas atribuições, nos casos de falta
ou impedimento deste.

8.2.2 – Associação de estudantes

Artigo 178º - Considerações gerais

1 - Aos alunos do 3º ciclo do ensino básico e do ensino secundário é reconhecido o direito de


constituição de uma associação de estudantes.

2 - Os órgãos estatutários da associação de estudantes são eleitos, bienalmente, por voto secreto
e direto, em locais que permitam o acesso a todos os alunos do 3º ciclo do ensino básico e do
ensino secundário, de entre as listas de alunos que se constituam como candidatas.

3 - O processo eleitoral para a associação de estudantes é regulado pelos respetivos estatutos.

4 - Os estatutos da associação de estudantes constarão em anexo 14.

5 - A atividade da associação de estudantes visa, nomeadamente, as seguintes finalidades:

a) Representar os alunos junto dos órgãos de administração e gestão;

b) Propor e promover a realização de iniciativas facilitadoras da integração e vivência dos


alunos no agrupamento.

8.2.3 – Quadros de valor e de excelência

Artigo 179º - Considerações gerais

1 – Os quadros de valor e de excelência destinam-se a distinguir os alunos que, em cada ciclo de


escolaridade, preencham um ou mais dos seguintes requisitos:

a) Revelem atitudes exemplares de superação das suas dificuldades;

73
b) Alcancem excelentes resultados escolares;

c) Produzam trabalhos académicos de excelência ou realizem atividades curriculares ou de


complemento curricular de relevância;

d) Desenvolvam iniciativas ou ações de reconhecida relevância social.

2 - Os prémios dos quadros de valor e de excelência devem ter natureza simbólica ou material,
podendo ter uma natureza financeira desde que, comprovadamente, auxiliem a continuação do
percurso escolar do aluno.

3 - O regulamento dos quadros de valor e de excelência, que deverá respeitar o anteriormente


disposto, constará em anexo 15.

8.3 – Processo individual dos alunos e outros instrumentos de registo

Artigo 180º - Processo individual dos alunos

1 - O processo individual do aluno acompanha-o ao longo de todo o seu percurso escolar, sendo
devolvido aos pais ou encarregado de educação ou ao aluno maior de idade, no termo da
escolaridade obrigatória.

2 - São registadas no processo individual do aluno as informações relevantes do seu percurso


educativo, designadamente as relativas a comportamentos meritórios e medidas disciplinares
aplicadas e seus efeitos.

3 - O processo individual do aluno constitui-se como registo exclusivo em termos disciplinares.

4 - Têm acesso ao processo individual do aluno, além do próprio, os pais ou encarregados de


educação, quando aquele for menor, o professor titular da turma ou o diretor de turma, os titulares
dos órgãos de gestão e administração da escola e os funcionários afetos aos serviços de gestão de
alunos e da ação social escolar.

5 - Podem ainda ter acesso ao processo individual do aluno, mediante autorização do diretor da
escola e no âmbito do estrito cumprimento das respetivas funções, outros professores da escola,
os psicólogos e médicos escolares ou outros profissionais que trabalhem sob a sua égide e os
serviços do Ministério da Educação e Ciência com competências reguladoras do sistema
educativo, neste caso após comunicação ao diretor.

6 - O processo individual pode ser consultado em horário e local a definir, em articulação com as
partes interessadas e da conveniência dos responsáveis, num prazo máximo de cinco dias úteis,
após solicitação escrita do interessado.

7 - As informações contidas no processo individual do aluno referentes a matéria disciplinar e de


natureza pessoal e familiar são estritamente confidenciais, encontrando-se vinculados ao dever de
sigilo todos os membros da comunidade educativa que a elas tenham acesso.

8 - Do processo individual do aluno devem constar todos os elementos que assinalem o seu
percurso e a sua evolução, designadamente:

a) Elementos fundamentais de identificação do aluno;

b) Fichas de registo de avaliação, resultantes da avaliação sumativa;

74
c) Fichas individuais do aluno, resultantes das provas de aferição;

d) Documentos relativos a faltas;

e) Relatórios médicos e ou de avaliação psicológica, quando existam;

f) Plano com as medidas adequadas à resolução das dificuldades do aluno, quando exista;

g) Programas educativos individuais e os relatórios circunstanciados, no caso de aluno


abrangido pela educação especial, incluindo, quando aplicável, o currículo específico
individual;

h) Informações relativas a comportamentos meritórios e medidas disciplinares aplicadas e


seus efeitos;

i) Participação em órgãos da escola ou em associações de estudantes, projetos no âmbito do


voluntariado ou de natureza artística, cultural, desportiva, entre outros de relevante
interesse social desenvolvidos na escola;

j) Outros que a escola considere adequados.

Artigo 181º - Outros instrumentos de registo

1 - Constituem ainda instrumentos de registo de cada aluno:

a) O registo biográfico;

b) A caderneta escolar;

c) As fichas de registo da avaliação.

2 - O registo biográfico contém os elementos relativos à assiduidade e aproveitamento do aluno,


cabendo à escola a sua organização, conservação e gestão.

3 - A caderneta escolar contém as informações da escola e do encarregado de educação, bem


como outros elementos relevantes para a comunicação entre a escola e os pais ou encarregados
de educação, sendo propriedade do aluno e devendo ser por este conservada.

4 - As fichas de registo da avaliação contêm, de forma sumária, os elementos relativos ao


desenvolvimento dos conhecimentos, capacidades e atitudes do aluno e são entregues no final de
cada momento de avaliação, designadamente, no final de cada período escolar, aos pais ou ao
encarregado de educação pelo professor titular da turma, no 1.º ciclo, ou pelo diretor de turma,
nos restantes casos.

5 – A pedido do interessado, as fichas de registo de avaliação serão ainda entregues ao progenitor


que não resida com o aluno menor de idade.

6 - Os modelos do processo individual, registo biográfico, caderneta do aluno e fichas de registo


da avaliação, nos seus diferentes formatos e suportes, são definidos por despacho do membro do
Governo responsável pela área da educação.

75
8.4 – Avaliação das aprendizagens

Artigo 182º - Considerações gerais

1 - De acordo com o disposto na legislação em vigor, a avaliação é um elemento integrante e


regulador da prática educativa, permitindo uma recolha sistemática de informações que, uma vez
analisadas, apoiam a tomada de decisões adequadas à promoção da qualidade das aprendizagens.

2 - A avaliação incide sobre as aprendizagens desenvolvidas pelos alunos, tendo por referência
os documentos curriculares em vigor.

3 – A legislação em vigor que estabelece as regras e normas que sustentam o processo de avaliação
estarão disponíveis, com a necessária atualização, na página do agrupamento para consulta na
pasta - legislação.

Artigo 183º - Critérios de avaliação

1 - Até ao início do ano letivo, o conselho pedagógico do agrupamento, enquanto órgão regulador
do processo de avaliação das aprendizagens, define, sob proposta dos departamentos curriculares,
os critérios de avaliação, de acordo com as orientações constantes dos documentos curriculares e
outras orientações gerais do Ministério da Educação.

2 - Nos critérios de avaliação deve ser enunciada a descrição de um perfil de aprendizagens


específicas para cada ano e ou ciclo de escolaridade.

3 - Os critérios de avaliação mencionados no número anterior constituem referenciais comuns,


no interior do agrupamento, sendo operacionalizados pelo professor/educador titular da turma,
no 1º ciclo e pré- escolar, e pelo conselho de turma, nos 2º e 3ºciclos e no ensino secundário.

4 – Os critérios de avaliação serão divulgados na página do agrupamento para consulta na pasta


Documentos – critérios de avaliação – gerais ou específicos.

Artigo 184º - Terminologia a utilizar nos instrumentos de avaliação

1 - Nos instrumentos de avaliação do 1º ciclo, em função das percentagens obtidas, será utilizada
a seguinte terminologia:

a) 0-49 %: insuficiente;

b) 50-69 %: suficiente;

c) 70-89 %: bom;

d) 90-100 %: muito bom.

2 - A atribuição da menção qualitativa em todas as disciplinas, deverá ser acompanhada de uma


apreciação descritiva sobre a evolução das aprendizagens do aluno com inclusão de áreas a
melhorar ou a consolidar, sempre que possível, a inscrever na ficha de registo de avaliação.

3 - No caso do 1º ano de escolaridade, a informação resultante da avaliação sumativa pode


expressar-se apenas de forma descritiva em todas as componentes do currículo, nos1º e2º
períodos.

76
4 – Nos instrumentos de avaliação dos2º e 3ºciclos do ensino básico, em função das percentagens
obtidas, será utilizada a seguinte terminologia:

a) 0-19 %: fraco;

b) 20-49 %: não satisfaz;

c) 50-55 %: satisfaz pouco;

d) 56-69 %: satisfaz;

e) 70-89 %: satisfaz bastante;

f) 90-100%: excelente.

5 - Nos 2º e 3º ciclos do ensino básico, a informação resultante da avaliação sumativa expressa-


se numa escala de 1 a 5, em todas as disciplinas, e, sempre que se considere relevante, é
acompanhada de uma apreciação descritiva sobre a evolução da aprendizagem do aluno, incluindo
as áreas a melhorar ou a consolidar, sempre que aplicável, a inscrever na ficha de registo de
avaliação.

6 - Nos instrumentos de avaliação do ensino secundário, em função dos valores obtidos, será
utilizada a seguinte terminologia:

a) 0 - 5,4: muito insuficiente;

b) 5,5 - 9,4: insuficiente;

c) 9,5 - 13,4: suficiente;

d) 13,5 - 15,4: bom;

e) 15,5 - 17,4: Bom;

f) 17,5 - 20,0: muito bom.

7 - A terminologia em uso deverá ser integralmente escrita qualitativa e quantitativamente, salvo


no 1ºciclo em que será exclusivamente qualitativa.

8.5 – Assiduidade e faltas

Artigo 185º - Frequência e assiduidade

1 - Para além do dever de frequência da escolaridade obrigatória, os alunos são responsáveis pelo
cumprimento dos deveres de assiduidade e pontualidade, nos termos estabelecidos neste
regulamento interno e no estatuto do aluno.

2 - Os pais ou encarregados de educação dos alunos menores de idade são responsáveis,


conjuntamente com estes, pelo cumprimento dos deveres referidos no número anterior.

3 - O dever de assiduidade e pontualidade implica para o aluno a presença e a pontualidade na


sala de aula e demais locais onde se desenvolva o trabalho escolar munido do material didático

77
ou equipamento necessários, de acordo com as orientações dos professores, bem como uma
atitude de empenho intelectual e comportamental adequada, em função da sua idade, ao processo
de ensino.

4 - O controlo da assiduidade dos alunos é obrigatório, nos termos em que é definida no número
anterior, em todas as atividades escolares letivas e não letivas em que participem ou devam
participar.

5 - Sem prejuízo do disposto no estatuto do aluno, as normas a adotar no controlo de assiduidade,


da justificação de faltas e da sua comunicação aos pais ou ao encarregado de educação são fixadas
no presente regulamento interno.

Artigo 186º - Faltas e sua natureza

1 - A falta é a ausência do aluno a uma aula ou a outra atividade de frequência obrigatória ou


facultativa caso tenha havido lugar a inscrição, a falta de pontualidade ou a comparência sem o
material didático ou equipamento necessários, nos termos estabelecidos no estatuto do aluno.

2 - Decorrendo as aulas em tempos consecutivos, há tantas faltas quantos os tempos de ausência


do aluno.

3 - As faltas são registadas pelo professor titular de turma, pelo professor responsável pela aula
ou atividade ou pelo diretor de turma em suportes administrativos adequados.

4 - As faltas resultantes da aplicação da ordem de saída da sala de aula, ou de medidas


disciplinares sancionatórias, consideram-se faltas injustificadas.

5 - Sem prejuízo do disposto no ponto 4 do artigo anterior, fica definido nos pontos seguintes o
processo de justificação das faltas de pontualidade do aluno e ou resultantes da sua comparência
sem o material didático e ou outro equipamento indispensáveis, bem como os termos em que essas
faltas, quando injustificadas, são equiparadas a faltas de presença, para os efeitos previstos no
estatuto do aluno.

6 - Faltas de Material:

a) A totalidade de uma aula, seja qual for o número de segmentos de 45 minutos que a
constituem, corresponde a uma única falta;

b) Sempre que um aluno não se faça acompanhar de material que torne impeditiva a
concretização das atividades letivas, deverá o respetivo professor registar essa ausência
através de uma falta de material apontada unicamente em registo próprio e pessoal;

c) O professor averba uma falta no livro de ponto com indicação de falta de material ou no
programa informático como falta de ausência aos quatro registos, extra sistema, de falta
de material;

d) O professor averba uma falta de material (justificável) – por aula, após a sequência inicial
referida no ponto anterior;

e) Os procedimentos de justificação das faltas de material inserem-se nas competências do


diretor de turma, atendendo este ao estabelecido na lei para as restantes faltas.

7 - Faltas por atraso:

78
a) A totalidade de uma aula, seja qual for o número de segmentos de 45 minutos que a
constituem, corresponde a uma única falta;

b) Sempre que um aluno chegue atrasado, deverá o respetivo professor registar esse
acontecimento através de uma falta por atraso apontada unicamente em registo próprio e
pessoal;

c) O professor averba uma falta no livro de ponto com indicação de falta por atraso ou no
programa informático como falta por ausência aos quatro registos, extra sistema, de falta
por atraso;

d) O professor averba uma falta por atraso (justificável) - por aula, após a sequência inicial
referida no ponto anterior;

e) Os procedimentos de justificação das faltas por atraso inserem-se nas competências do


diretor de turma, atendendo este ao estabelecido na lei para as restantes faltas.

8 - Compete ao diretor garantir os suportes administrativos adequados ao registo de faltas dos


alunos e respetiva atualização, de modo que estes possam ser, em permanência, utilizado para
finalidades pedagógicas e administrativas.

9 - A participação em visitas de estudo previstas no plano de atividades da escola não é


considerada falta relativamente às disciplinas ou áreas disciplinares envolvidas, considerando-se
dadas as aulas das referidas disciplinas previstas para o dia em causa no horário da turma.

Artigo 187º - Dispensa da atividade física

1 - O aluno pode ser dispensado temporariamente das atividades de educação física ou desporto
escolar por razões de saúde, devidamente comprovadas por atestado médico, que deve explicitar
claramente as contraindicações da atividade física.

2 - Sem prejuízo do disposto no número anterior, o aluno deve estar sempre presente no espaço
onde decorre a aula de educação física.

3 - Sempre que, por razões devidamente fundamentadas, o aluno se encontre impossibilitado de


estar presente no espaço onde decorre a aula de educação física deve ser encaminhado para um
espaço em que seja pedagogicamente acompanhado.

Artigo 188º - Justificação de faltas

1 - São consideradas justificadas as faltas dadas pelos seguintes motivos:

a) Doença do aluno, devendo esta ser informada por escrito pelo encarregado de educação
ou pelo aluno quando maior de idade quando determinar um período inferior ou igual a
três dias úteis, ou por médico se determinar impedimento superior a três dias úteis,
podendo, quando se trate de doença de caráter crónico ou recorrente, uma única
declaração ser aceite para a totalidade do ano letivo ou até ao termo da condição que a
determinou;

b) Isolamento profilático, determinado por doença infetocontagiosa de pessoa que coabite


com o aluno, comprovada através de declaração da autoridade sanitária competente;

79
c) Falecimento de familiar, durante o período legal de justificação de faltas por falecimento
de familiar previsto no regime do contrato de trabalho dos trabalhadores que exercem
funções públicas;

d) Nascimento de irmão, durante o dia do nascimento e o dia imediatamente posterior;

e) Realização de tratamento ambulatório, em virtude de doença ou deficiência, que não


possa efetuar-se fora do período das atividades letivas;

f) Assistência na doença a membro do agregado familiar, nos casos em que,


comprovadamente, tal assistência não possa ser prestada por qualquer outra pessoa;

g) Comparência a consultas pré-natais, período de parto e amamentação, nos termos da


legislação em vigor;

h) Ato decorrente da religião professada pelo aluno, desde que o mesmo não possa efetuar-
se fora do período das atividades letivas e corresponda a uma prática comummente
reconhecida como própria dessa religião;

i) Participação em atividades culturais, associativas e desportivas reconhecidas, nos termos


da lei, como de interesse público ou consideradas relevantes pelas respetivas autoridades
escolares;

j) Preparação e participação em atividades desportivas de alta competição, nos termos


legais aplicáveis;

k) Cumprimento de obrigações legais que não possam efetuar-se fora do período das
atividades letivas;

l) Outro facto impeditivo da presença na escola ou em qualquer atividade escolar, desde


que, comprovadamente, não seja imputável ao aluno e considerado atendível pelo diretor,
pelo diretor de turma ou pelo professor titular;

m) As decorrentes de suspensão preventiva aplicada no âmbito de procedimento disciplinar,


no caso de ao aluno não vir a ser aplicada qualquer medida disciplinar sancionatória, lhe
ser aplicada medida não suspensiva da escola, ou na parte em que ultrapassem a medida
efetivamente aplicada;

n) Participação em visitas de estudo previstas no plano de atividades da escola,


relativamente às disciplinas ou áreas disciplinares não envolvidas na referida visita.

2 - A justificação das faltas exige um pedido escrito apresentado pelos pais ou encarregados de
educação ou, quando maior de idade, pelo próprio, ao professor titular da turma ou ao diretor de
turma, com indicação do dia e da atividade letiva em que a falta ocorreu, referenciando os motivos
justificativos da mesma na caderneta escolar, tratando-se de aluno do ensino básico, ou em
impresso próprio, tratando-se de aluno do ensino secundário.

3 - O diretor de turma, ou o professor titular da turma, pode solicitar aos pais ou encarregado de
educação, ou ao aluno maior de idade, os comprovativos adicionais que entenda necessários à
justificação da falta, devendo, igualmente, qualquer entidade que para esse efeito for contactada,
contribuir para o correto apuramento dos factos.

80
4 - A justificação da falta deve ser apresentada previamente, sendo o motivo previsível, ou, nos
restantes casos, até ao 3.º dia útil subsequente à verificação da mesma.

5 - A tramitação conducente à aceitação da justificação e os procedimentos de justificação das


faltas inserem-se nas competências do diretor de turma ou professor titular.

6 - Nas situações de ausência justificada às atividades escolares, o aluno tem o direito a beneficiar
de medidas, a definir pelos professores titulares ou professores das disciplinas em causa,
adequadas à recuperação da aprendizagem em falta, de entre as seguintes:

a) Apoio ao estudo;
b) Sala de estudo;
c) Apoio a exame;
d) Apoio individualizado ou em pequeno grupo.

Artigo 189º - Faltas injustificadas

1 - As faltas são injustificadas quando:

a) Não tenha sido apresentada justificação, nos termos do artigo anterior;

b) A justificação tenha sido apresentada fora do prazo;

c) A justificação não tenha sido aceite;

d) A marcação da falta resulte da aplicação da ordem de saída da sala de aula ou de medida


disciplinar sancionatória.

2 - Na situação prevista na alínea c) do número anterior, a não aceitação da justificação


apresentada deve ser fundamentada de forma sintética.

3 - As faltas injustificadas são comunicadas aos pais ou encarregados de educação, ou ao aluno


maior de idade, pelo diretor de turma ou pelo professor titular de turma, no prazo máximo de três
dias úteis, pelo meio mais expedito.

Artigo 190º - Excesso grave de faltas

1 - Em cada ano letivo as faltas injustificadas não podem exceder:

a) Dez dias, seguidos ou interpolados, no 1.º ciclo do ensino básico;

b) O dobro do número de tempos letivos semanais por disciplina nos restantes ciclos ou
níveis de ensino, sem prejuízo do disposto no número seguinte.

2 - Nas ofertas formativas profissionalmente qualificantes, designadamente nos cursos


profissionais, ou noutras ofertas formativas que exigem níveis mínimos de cumprimento da
respetiva carga horária, o aluno encontra-se na situação de excesso de faltas quando ultrapassa os
limites de faltas justificadas e ou injustificadas daí decorrentes, relativamente a cada disciplina,
módulo, unidade ou área de formação, nos termos previstos na regulamentação própria ou
definidos, no quadro daquela em regulamento próprio.

3 - Quando for atingido metade dos limites de faltas previstos nos números anteriores, os pais ou
o encarregado de educação ou o aluno maior de idade são convocados à escola, pelo meio mais
expedito, pelo diretor de turma ou pelo professor que desempenhe funções equiparadas ou pelo
professor titular de turma.

81
4 - A notificação referida no número anterior tem como objetivo alertar para as consequências da
violação do limite de faltas e procurar encontrar uma solução que permita garantir o cumprimento
efetivo do dever de assiduidade.

5 - Caso se revele impraticável o referido nos números anteriores, por motivos não imputáveis à
escola, e sempre que a gravidade especial da situação o justifique, a respetiva comissão de
proteção de crianças e jovens em risco deve ser informada do excesso de faltas do aluno menor
de idade, assim como dos procedimentos e diligências até então adotados pela escola e pelos
encarregados de educação, procurando em conjunto soluções para ultrapassar a sua falta de
assiduidade.

Artigo 191º - Efeitos da ultrapassagem do limite de faltas

1 - A ultrapassagem dos limites de faltas injustificadas previstos no n.º 1 do artigo anterior


constitui uma violação dos deveres de frequência e assiduidade e obriga o aluno faltoso ao
cumprimento de medidas de recuperação e ou corretivas específicas, de acordo com o
estabelecido nos artigos seguintes, podendo ainda conduzir à aplicação de medidas disciplinares
sancionatórias.

2 - A ultrapassagem dos limites de faltas previstos nas ofertas formativas a que se refere o n.º 2
do artigo anterior constitui uma violação dos deveres de frequência e assiduidade e tem para o
aluno as consequências estabelecidas na regulamentação específica da oferta formativa em causa
e neste regulamento interno, sem prejuízo de outras medidas expressamente previstas para as
referidas modalidades formativas.

3 - O previsto nos números anteriores não exclui a responsabilização dos pais ou encarregados de
educação do aluno, designadamente, nos termos dos artigos 44.º e 45.º do estatuto do aluno.

4 - Todas as situações, atividades, medidas ou suas consequências previstas no presente artigo


são obrigatoriamente comunicadas, pelo meio mais expedito, aos pais ou ao encarregado de
educação ou ao aluno, quando maior de idade, ao diretor de turma e ao professor tutor do aluno,
sempre que designado, e registadas no processo individual do aluno.

5 - A ultrapassagem do limite de faltas estabelecido relativamente às atividades de apoio ou


complementares de inscrição ou de frequência facultativa implica a imediata exclusão do aluno
das atividades em causa.

Artigo 192º - Medidas de recuperação e de integração

1 - Para os alunos menores de 16 anos, independentemente da modalidade de ensino frequentada,


a violação dos limites de faltas previstos no artigo 190º pode obrigar ao cumprimento de
atividades, definidas pelo agrupamento, que permitam recuperar atrasos na aprendizagem e ou a
integração escolar e comunitária do aluno e pelas quais os alunos e os seus encarregados de
educação são corresponsáveis.

2 - O disposto no número anterior é aplicado em função da idade, da regulamentação específica


do percurso formativo e da situação concreta do aluno.

3 - As atividades de recuperação da aprendizagem, quando a elas houver lugar, são decididas pelo
professor titular da turma ou pelos professores das disciplinas em que foi ultrapassado o limite de
faltas, de acordo com as seguintes regras:

a) Aplicação de um teste escrito, teste oral, teste prático ou trabalho escrito;

82
b) As atividades de recuperação de atrasos na aprendizagem ocorrem após a verificação do
excesso de faltas e apenas podem ser aplicadas uma única vez no decurso de cada ano
letivo;

c) As matérias a trabalhar nas mesmas confinar-se-ão às tratadas nas aulas cuja ausência
originou a situação de excesso de faltas.

4 - As medidas corretivas a que se refere o presente artigo são definidas nos termos dos artigos
26.º e 27.º do estatuto do aluno, com as especificidades previstas no artigo 194º deste regulamento
interno.

5 - O disposto nos números anteriores é aplicado independentemente do ano de escolaridade ou


do número de disciplinas em que se verifique a ultrapassagem do limite de faltas, sendo essas
atividades de recuperação realizadas no prazo mais breve possível após o atingir do limite de
faltas. Esta informação deve ser dada pelo diretor de turma ao/s professor/es em cujas disciplinas
se verificou a ultrapassagem do limite de faltas, devendo os professores informar os diretores de
turma do dia da prova e do resultado.

6 - Sempre que cesse o incumprimento do dever de assiduidade por parte do aluno são
desconsideradas as faltas em excesso.

7 - Cessa o dever de cumprimento das atividades e medidas a que se refere o presente artigo, com
as consequências daí decorrentes para o aluno, de acordo com a sua concreta situação, sempre
que para o cômputo do número e limites de faltas nele previstos tenham sido determinantes as
faltas registadas na sequência da aplicação de medida corretiva de ordem de saída da sala de aula
ou disciplinar sancionatória de suspensão.

8 - Ao cumprimento das atividades de recuperação por parte do aluno é aplicável, com as


necessárias adaptações e em tudo o que não contrarie o estabelecido nos números anteriores, o
previsto no n.º 2 do artigo 27.º do estatuto do aluno, a saber: o cumprimento das medidas realiza-
se em período suplementar ao horário letivo, no espaço escolar ou fora dele, neste caso com
acompanhamento dos pais ou encarregados de educação ou de entidade local ou localmente
instalada idónea e que assuma corresponsabilizar - se, nos termos a definir em protocolo escrito
celebrado entre as partes.

9 - Tratando-se de aluno de idade igual ou superior a 16 anos, a violação dos limites de faltas
previstos no artigo 190º pode dar também lugar à aplicação das medidas previstas neste
regulamento interno que se revelem adequadas, tendo em vista os objetivos formativos,
preventivos e integradores a alcançar, em função da idade, do percurso formativo e sua
regulamentação específica e da situação concreta do aluno.

10 - O disposto nos números 3 a 8 é também aplicável aos alunos maiores de 16 anos.

Artigo 193º - Incumprimento ou ineficácia das medidas

1 - O incumprimento das medidas previstas no número anterior e a sua ineficácia ou


impossibilidade de atuação determinam, tratando-se de aluno menor, a comunicação obrigatória
do facto à respetiva comissão de proteção de crianças e jovens ou, na falta desta, ao Ministério
Público junto do tribunal de família e menores territorialmente competente, de forma a procurar
encontrar, com a colaboração da escola e, sempre que possível, com a autorização e
corresponsabilização dos pais ou encarregados de educação, uma solução adequada ao processo
formativo do aluno e à sua inserção social e socioprofissional, considerando, de imediato, a
possibilidade de encaminhamento do aluno para diferente percurso formativo.

83
2 - A opção a que se refere o número anterior tem por base as medidas definidas na lei sobre o
cumprimento da escolaridade obrigatória, podendo, na iminência de abandono escolar, ser
aplicada a todo o tempo, sem necessidade de aguardar pelo final do ano escolar.

3 - Tratando-se de aluno com idade superior a 12 anos que já frequentou, no ano letivo anterior,
o mesmo ano de escolaridade, poderá haver lugar, até final do ano letivo em causa e por decisão
do diretor do agrupamento, à prorrogação da medida corretiva aplicada nos termos do artigo
anterior.

4 - Quando a medida a que se referem os números 1 e 2 não for possível ou o aluno for
encaminhado para oferta formativa diferente da que frequenta e o encaminhamento ocorra após
31 de janeiro, o não cumprimento das atividades e ou medidas previstas no artigo anterior ou a
sua ineficácia por causa não imputável à escola determinam ainda, logo que definido pelo
professor titular ou pelo conselho de turma:

a) Para os alunos a frequentar o 1.º ciclo do ensino básico, a retenção no ano de escolaridade
respetivo, com a obrigação de frequência das atividades escolares até final do ano letivo,
ou até ao encaminhamento para o novo percurso formativo, se ocorrer antes;

b) Para os restantes alunos, a retenção no ano de escolaridade em curso, no caso de


frequentarem o ensino básico, ou a exclusão na disciplina ou disciplinas em que se
verifique o excesso de faltas, tratando-se de alunos do ensino secundário, sem prejuízo
da obrigação de frequência da escola até final do ano letivo e até perfazerem os 18 anos
de idade, ou até ao encaminhamento para o novo percurso formativo, se ocorrer antes.

5 - Nas ofertas formativas profissionalmente qualificantes, designadamente nos cursos


profissionais ou noutras ofertas formativas que exigem níveis mínimos de cumprimento da
respetiva carga horária, o incumprimento ou a ineficácia das medidas previstas no artigo 20º do
estatuto do aluno implica, independentemente da idade do aluno, a exclusão dos módulos ou
unidades de formação das disciplinas ou componentes de formação em curso no momento em
que se verifica o excesso de faltas, com as consequências previstas na regulamentação específica
e definidas no regulamento interno do agrupamento.

6 - As atividades a desenvolver pelo aluno decorrentes do dever de frequência estabelecido na


alínea b) do n.º 4, no horário da turma ou das disciplinas de que foi retido ou excluído são:

a) Frequência das atividades letivas total ou parcialmente;

b) Cumprimento de um plano próprio de estudos a ser desenvolvido fora da sala de aula;

c) Cumulativamente podem ainda ser atribuídas atividades nas seguintes áreas:

I. Manutenção do espaço escolar:

• Pintura de espaços vandalizados/degradados;

• Limpeza interior/exterior dos espaços escolares;

• Manutenção dos espaços verdes da escola.

II. Auxílio aos assistentes operacionais/técnicos:

• Auxílio aos assistentes operacionais no controlo dos espaços escolares;

84
• Auxílio aos assistentes operacionais/técnicos na realização das suas tarefas.

III. Apoio a estruturas/grupos já existentes:

• Colaboração ativa na equipa do jornal;

• Colaboração ativa na equipa da página web da escola;

• Apoio à equipa PTE;

• Apoio à equipa do Desporto Escolar;

• Auxílio na preparação/realização de tarefas dos clubes escolares.

IV. Dinamização de novas estruturas (a criar):

• Colaboração ativa na “tv escola”.

V. Apoio a todos os elementos da comunidade escolar:

• Realização de inquéritos estatísticos sobre o funcionamento de diferentes setores


da escola;

• Criação/distribuição de informações relevantes ao funcionamento da escola.

7 - O incumprimento ou a ineficácia das medidas e atividades referidas no presente artigo implica


também restrições à realização de provas de equivalência à frequência ou de exames, sempre que
tal se encontre previsto em regulamentação específica de qualquer modalidade de ensino ou oferta
formativa.

8 - O incumprimento reiterado do dever de assiduidade e ou das atividades a que se refere o


número anterior pode dar ainda lugar à aplicação de medidas disciplinares sancionatórias
previstas no estatuto do aluno.

8.6 – Disciplina - alunos

Artigo 194º - Considerações gerais

1 - A violação pelo aluno de algum dos deveres previstos no Estatuto do Aluno ou neste
regulamento interno, de forma reiterada e ou em termos que se revelem perturbadores do
funcionamento normal das atividades da escola ou das relações no âmbito da comunidade
educativa, constitui infração disciplinar passível da aplicação de medida corretiva ou medida
disciplinar sancionatória.

2 – São medidas corretivas:

a) A advertência;

b) A ordem de saída da sala de aula e demais locais onde se desenvolva o trabalho escolar;

85
c) A realização de tarefas e atividades de integração na escola ou na comunidade, podendo
para o efeito ser aumentado o período diário e ou semanal de permanência obrigatória do
aluno na escola ou no local onde decorram as tarefas ou atividades, nos termos previstos
no artigo 196º;

d) O condicionamento no acesso a certos espaços escolares ou na utilização de certos


materiais e equipamentos, sem prejuízo dos que se encontrem afetos a atividades letivas;

e) A mudança de turma.

3 - São medidas disciplinares sancionatórias:

a) A repreensão registada;

b) A suspensão até 3 dias úteis;

c) A suspensão da escola entre 4 e 12 dias úteis;

d) A transferência de escola;

e) A expulsão da escola.

4 – A competência e os procedimentos para a aplicação das medidas disciplinares corretivas e


sancionatórias estão previstos, respetivamente, nos artigos 26.º e 27.º e nos artigos 28.º a 33.º do
Estatuto do Aluno.

Artigo 195º - A ordem de saída da sala de aula e demais locais onde se desenvolva o
trabalho escolar

1 - A ordem de saída da sala de aula é da exclusiva competência do respetivo professor, sendo


aplicável ao aluno que aí se comporte de modo que impeça o prosseguimento do processo de
ensino e aprendizagem dos restantes alunos. É obrigatório dar conhecimento ao diretor de turma.

2 - Implica a permanência do aluno na escola, competindo ao professor, determinar, o período de


tempo durante o qual o aluno deve permanecer fora da sala de aula. O aluno é acompanhado por
um assistente operacional para uma sala própria, a indicar pelo diretor, de acordo com o
regulamento de substituição de docentes, onde realizará tarefas relativas à disciplina em questão.

3 - Os docentes em serviço de substituição terão que supervisionar a realização da tarefa indicada


pelo docente da turma e assegurar-se que o aluno regressa à sala de aula no final da realização da
atividade.

4 - O encaminhamento do aluno deverá proceder-se de acordo com o a seguir disposto:

• O professor deverá preencher um documento próprio normalizado onde identifique o


aluno, nomeadamente o nome, ano, turma e disciplina, e em que descreva a(s)
atividade(s) a realizar, bem como o tempo de permanência do aluno fora da sala de aula;

• O assistente operacional que acompanha o aluno deverá entregar o documento referido


na alínea anterior ao professor que se encontre em horário de substituição na sala prevista
para esse efeito;

86
• O professor referido no ponto anterior deverá dar cumprimento às orientações recebidas
e, findo o tempo de permanência do aluno na sala, preencher registo desse
acompanhamento em documento existente na sala.

5 - A ordem de saída da sala de aula será sempre acompanhada da marcação de falta de acordo
com o previsto no Estatuto do Aluno, e obrigatoriamente alvo de participação disciplinar, a
preencher em impresso próprio.

6 - A aplicação no decurso do mesmo ano letivo e ao mesmo aluno da medida corretiva de ordem
de saída da sala de aula pela terceira vez, por parte do mesmo professor, ou pela quinta vez,
independentemente do professor que a aplicou, implica a análise da situação em conselho de
turma, tendo em vista a identificação das causas e a pertinência da proposta de aplicação de outras
medidas disciplinares corretivas ou sancionatórias.

Artigo 196º - Tarefas e atividades de integração na escola ou na comunidade

1 - Manutenção do espaço escolar:

• Pintura de espaços vandalizados/degradados;

• Limpeza interior/exterior dos espaços escolares;

• Manutenção dos espaços verdes da escola.

2 - Apoio a estruturas/grupos já existentes:

• Colaboração ativa na equipa do jornal;

• Colaboração ativa na equipa da página web da escola;

• Apoio à equipa PTE;

• Apoio à equipa do Desporto Escolar;

• Auxílio na preparação/realização de tarefas dos clubes escolares.

Artigo 197º - Participação de ocorrência

1 - O professor ou membro do pessoal não docente que presencie ou tenha conhecimento de


comportamentos suscetíveis de constituir infração disciplinar deve participá-los imediatamente
ao diretor.

2 - O aluno que presencie comportamentos suscetíveis de constituir infração disciplinar


deve comunicá-los imediatamente ao professor titular de turma, ao diretor de turma ou
equivalente, o qual, no caso de os considerar graves ou muito graves, os participa, no prazo
de um dia útil, ao diretor.

9 – Pessoal docente
9.1 – Direitos e deveres

87
Artigo 198º - Papel especial dos professores

Os professores, enquanto principais responsáveis pela condução do processo de ensino, devem


promover medidas de caráter pedagógico que estimulem o harmonioso desenvolvimento da
educação, em ambiente de ordem e disciplina nas atividades na sala de aula e na escola.

O diretor de turma ou, tratando-se de alunos do 1.º ciclo do ensino básico, o professor titular de
turma, enquanto coordenador do plano de trabalho da turma, é o principal responsável pela adoção
de medidas tendentes à melhoria das condições de aprendizagem e à promoção de um bom
ambiente educativo, competindo-lhe articular a intervenção dos professores da turma e dos pais
ou encarregados de educação e colaborar com estes no sentido de prevenir e resolver problemas
comportamentais ou de aprendizagem.

Artigo 199º - Autoridade do professor

1 - A lei protege a autoridade dos professores nos domínios pedagógico, científico,


organizacional, disciplinar e de formação cívica.

2 - A autoridade do professor exerce-se dentro e fora da sala de aula, no âmbito das instalações
escolares ou fora delas, no exercício das suas funções.

3 - Consideram-se suficientemente fundamentadas, para todos os efeitos legais, as propostas ou


as decisões dos professores relativas à avaliação dos alunos quando oralmente apresentadas e
justificadas perante o conselho de turma e sumariamente registadas na ata, as quais se consideram
ratificadas pelo referido conselho com a respetiva aprovação, exceto se o contrário daquela
expressamente constar.

4 - Os professores gozam de especial proteção da lei penal relativamente aos crimes cometidos
contra a sua pessoa ou o seu património, no exercício das suas funções ou por causa delas, sendo
a pena aplicável ao crime respetivo agravada em um terço nos seus limites mínimo e máximo.
Artigo 200º - Direitos

1 - Além dos referidos nos direitos gerais da comunidade escolar os docentes têm os seguintes
direitos:

a) São garantidos ao pessoal docente os direitos estabelecidos para os funcionários e agentes


do estado em geral, bem como os direitos profissionais decorrentes do estatuto da carreira
docente;

b) São direitos profissionais específicos do pessoal docente:

• Direito de participação no processo educativo;

• Direito à formação e informação para o exercício da função educativa;

• Direito ao apoio técnico, material e documental;

• Direito à segurança na atividade profissional;

• Direito à consideração e ao reconhecimento da sua autoridade pelos alunos suas


famílias e demais membros da comunidade educativa;

88
• Direito à colaboração das famílias e da comunidade educativa no processo de
educação dos alunos;

• Direito à negociação coletiva nos termos legalmente estabelecidos;

c) Direito a receber o seu vencimento no dia 23 de cada mês como estipulado no Aviso n.º
24591/2010 do Instituto de Gestão da Tesouraria e do Crédito Público, I. P., nas suas
versões mais recentes.

Artigo 201º - Deveres

1 - O pessoal docente está obrigado ao cumprimento dos deveres estabelecidos para os


funcionários e agentes da administração pública em geral.

2 - O pessoal docente, no exercício das funções que lhe estão atribuídas nos termos do estatuto da
carreira docente, está ainda obrigado ao cumprimento dos seguintes deveres profissionais:

a) Orientar o exercício das suas funções pelos princípios do rigor, da isenção, da justiça e
da equidade;

b) Orientar o exercício das suas funções por critérios de qualidade, procurando o seu
permanente aperfeiçoamento e tendo como objetivo a excelência;

c) Colaborar com todos os intervenientes no processo educativo, favorecendo a criação de


laços de cooperação e o desenvolvimento de relações de respeito e reconhecimento
mútuo, em especial entre docentes, alunos, encarregados de educação e pessoal não
docente;

d) Atualizar e aperfeiçoar os seus conhecimentos, capacidades e competências, numa


perspetiva de aprendizagem ao longo da vida, de desenvolvimento pessoal e profissional
e de aperfeiçoamento do seu desempenho;

e) Participar de forma empenhada nas várias modalidades de formação que frequente,


designadamente nas promovidas pela administração, e usar as competências adquiridas
na sua prática profissional;

f) Zelar pela qualidade e pelo enriquecimento dos recursos didático-pedagógicos utilizados,


numa perspetiva de abertura à inovação;

g) Desenvolver a reflexão sobre a sua prática pedagógica, proceder à autoavaliação e


participar nas atividades de avaliação da escola;

h) Conhecer, respeitar e cumprir as disposições normativas sobre educação, cooperando


com a administração educativa na prossecução dos objetivos decorrentes da política
educativa, no interesse dos alunos e da sociedade.

Artigo 202º - Deveres para com os alunos

1 - Constituem deveres específicos dos docentes relativamente aos seus alunos:

a) Respeitar a dignidade pessoal e as diferenças culturais dos alunos valorizando os


diferentes saberes e culturas, prevenindo processos de exclusão e discriminação;

89
b) Promover a formação e realização integral dos alunos, estimulando o desenvolvimento
das suas capacidades, a sua autonomia e criatividade;

c) Promover o desenvolvimento do rendimento escolar dos alunos e a qualidade das


aprendizagens, de acordo com os respetivos programas curriculares e atendendo à
diversidade dos seus conhecimentos e aptidões;

d) Organizar e gerir o processo ensino-aprendizagem, adotando estratégias de diferenciação


pedagógica suscetíveis de responder às necessidades individuais dos alunos;

e) Assegurar o cumprimento integral das atividades letivas correspondentes às exigências


do currículo nacional, dos programas e das orientações programáticas ou curriculares em
vigor;

f) Adequar os instrumentos de avaliação às exigências do currículo nacional, dos programas


e das orientações programáticas ou curriculares e adotar critérios de rigor, isenção e
objetividade na sua correção e classificação;

g) Manter a disciplina e exercer a autoridade pedagógica com rigor, equidade e isenção;

h) Cooperar na promoção do bem-estar dos alunos, protegendo-os de situações de violência


física ou psicológica, se necessário solicitando a intervenção de pessoas e entidades
alheias à instituição escolar;

i) Colaborar na prevenção e deteção de situações de risco social, se necessário participando-


as às entidades competentes;

j) Respeitar a natureza confidencial da informação relativa aos alunos e respetivas famílias;

k) Coordenar as marcações de testes, de fichas, de apresentação de trabalhos e de outros


instrumentos de avaliação, nos conselhos de turma do início do 1º período e nas últimas
reuniões do 1º e 2ºperíodos, sobre o calendário dos mesmos nos períodos seguintes, não
permitindo que os alunos realizem mais do que:

• Um teste e/ou fichas e/ou apresentação de trabalhos e/ou outros instrumentos de


avaliação por dia;
• Três teste e/ou fichas e/ou apresentação de trabalhos e/ou outros instrumentos de
avaliação por semana;
• Dois testes em dias consecutivos;

l) A entrega, aos alunos, da correção dos instrumentos de avaliação deverá ter lugar no
período letivo a que respeitam e, se possível, até oito dias antes da realização do teste
seguinte.

Artigo 203º - Deveres para com a escola e os outros docentes

1 - Constituem deveres específicos dos docentes para com a escola e outros docentes:

a) Colaborar na organização da escola, cooperando com os órgãos de direção executiva e as


estruturas de gestão pedagógica e com o restante pessoal docente e não docente tendo em
vista o seu bom funcionamento;

90
b) Cumprir os regulamentos, desenvolver e executar os projetos educativos e planos de
atividades e observar as orientações dos órgãos de direção executiva e das estruturas de
gestão pedagógica da escola;

c) Coresponsabilizar-se pela preservação e uso adequado das instalações e equipamentos e


propor medidas de melhoramento e remodelação;

d) Promover o bom relacionamento e a cooperação entre todos os docentes, dando especial


atenção aos que se encontram em início de carreira ou em formação ou que denotem
dificuldades no seu exercício profissional;

e) Partilhar com os outros docentes a informação, os recursos didáticos e os métodos


pedagógicos, no sentido de difundir as boas práticas e de aconselhar aqueles que se
encontrem no início de carreira ou em formação ou que denotem dificuldades no seu
exercício profissional;

f) Refletir, nas várias estruturas pedagógicas, sobre o trabalho realizado individual e


coletivamente, tendo em vista melhorar as práticas e contribuir para o sucesso educativo
dos alunos;

g) Cooperar com os outros docentes na avaliação do seu desempenho;

h) Defender e promover o bem-estar de todos os docentes, protegendo-os de quaisquer


situações de violência física ou psicológica, se necessário solicitando a intervenção de
pessoas e entidades alheias à instituição escolar.

Artigo 204º - Deveres para com os pais e encarregados de educação

1 - Constituem deveres específicos dos docentes para com os pais e encarregados de educação
dos alunos:

a) Respeitar a autoridade legal dos pais ou encarregados de educação e estabelecer com eles
uma relação de diálogo e cooperação, no quadro da partilha da responsabilidade pela
educação e formação integral dos alunos;

b) Promover a participação ativa dos pais ou encarregados de educação na educação escolar


dos alunos, no sentido de garantir a sua efetiva colaboração no processo de aprendizagem;

c) Incentivar a participação dos pais ou encarregados de educação na atividade da escola,


no sentido de criar condições para a integração bem-sucedida de todos os alunos;

d) Facultar regularmente aos pais ou encarregados de educação a informação sobre o


desenvolvimento das aprendizagens e o percurso escolar dos filhos, bem como sobre
quaisquer outros elementos relevantes para a sua educação;

e) Participar na promoção de ações específicas de formação ou informação para os pais ou


encarregados de educação que fomentem o seu envolvimento na escola com vista à
prestação de um apoio adequado aos alunos.

Artigo 205º - Permutas e substituições

O Regulamento das permutas e substituições constará no anexo 13.

91
Artigo 206º - Avaliação

1 - A avaliação do desempenho do pessoal docente visa a melhoria da qualidade do serviço


educativo e da aprendizagem dos alunos, bem como a valorização e o desenvolvimento pessoal e
profissional dos docentes.

2 - O sistema de avaliação do desempenho deve ainda permitir diagnosticar as necessidades de


formação dos docentes, a considerar no plano de formação do agrupamento.

10 – Pessoal não docente


10.1 – Direitos e deveres
Artigo 207º - Papel

1 - O pessoal não-docente deve colaborar no acompanhamento e integração dos alunos na


comunidade educativa, incentivando o respeito pelas regras de convivência, promovendo um bom
ambiente educativo e contribuindo, em articulação com os docentes, os pais e encarregados de
educação, para prevenir e resolver problemas comportamentais e de aprendizagem.

2 - Aos técnicos de serviços de psicologia e orientação incumbe ainda o papel especial de


colaborar na identificação e prevenção de situações problemáticas de alunos e na elaboração de
planos de acompanhamento para estes, envolvendo a comunidade educativa.

Artigo 208º - Direitos

1 - O pessoal não docente goza dos direitos previstos na lei geral aplicável à função pública e tem
o direito específico de participação no processo educativo, o qual se exerce na área do apoio à
educação e ao ensino, na vida da escola e na relação escola-meio e compreende:

a) A participação em discussões públicas relativas ao sistema educativo, com liberdade de


iniciativa;

b) A participação em eleições, elegendo e sendo eleito, para órgãos colegiais do


agrupamento, nos termos da lei.

Artigo 209º - Deveres

1 - Para além dos deveres previstos na lei geral aplicável à função pública, são deveres específicos
do pessoal não docente:

a) Contribuir para a plena formação, realização, bem-estar e segurança das crianças e


alunos;

b) Contribuir para a correta organização dos estabelecimentos de educação ou de ensino e


assegurar a realização e o desenvolvimento regular das atividades neles prosseguidos;

c) Colaborar ativamente com todos os intervenientes no processo educativo;

d) Zelar pela preservação das instalações e equipamentos escolares e propor medidas de


melhoramento dos mesmos, cooperando ativamente com o diretor na prossecução desses
objetivos;

92
e) Participar em ações de formação, nos termos da lei, e empenhar-se no sucesso das
mesmas;

f) Cooperar com os restantes intervenientes no processo educativo na deteção de situações


que exijam correção ou intervenção urgente, identificadas no âmbito do exercício
continuado das respetivas funções;

g) Respeitar, no âmbito do dever de sigilo profissional, a natureza confidencial da


informação relativa às crianças, alunos e respetivos familiares e encarregados de
educação;

h) Respeitar as diferenças culturais de todos os membros da comunidade escolar.

Artigo 210º - Outros direitos e deveres

1 - Exigir de todos os elementos que fazem parte da comunidade escolar, respeito pelo seu
trabalho, fulcro do processo de ensino/aprendizagem.

2 - Assegurar o funcionamento das instalações e dos serviços, prestando o apoio que lhes for
solicitado, permanecendo no local de trabalho e não o abandonando, a não ser por motivos
urgentes e/ou de serviço.

3 - Garantir a ordem, a disciplina e convivência respeitosa, advertindo os alunos nos termos do


presente regulamento ou participando os comportamentos que considerem graves.

4 - Cumprir os deveres de prossecução do interesse público, isenção, imparcialidade, informação,


zelo, obediência, lealdade, correção, assiduidade e pontualidade, de acordo com as disposições
constantes na lei.

5 - Evitar a entrada de pessoas estranhas ao serviço, de modo a não perturbarem a eficiência dos
mesmos;

6 - Ser cuidadoso na sua apresentação pessoal e equilibrado no relacionamento interpessoal,


consubstanciando um clima de respeito mútuo e de dignificação de todos os intervenientes no ato
educativo.

7 - Estar devidamente identificados de acordo com a legislação em vigor.

8 - Dirigir-se individual ou coletivamente a qualquer órgão de gestão do agrupamento de


escolas e ser por ele ouvido e/ou atendido.

9 - Reunir-se sempre que tal seja necessário, por convocatória do diretor, do coordenador técnico
ou do encarregado operacional, de quem os substituir, ou por proposta de um terço dos não
docentes.

10 - Ser informado de tudo o que se passa no agrupamento, desde que não classificado de
confidencial e ser consultado sobre decisões que lhe digam diretamente respeito.

11 - Exigir condições de ordem material ou estrutural para a realização do seu trabalho.

12 - Tomar conhecimento de todas as ordens de serviço, a fim de impedir que, do seu


desconhecimento resultem prejuízos para o agrupamento ou para terceiros.

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13 - Cumprir e fazer cumprir as ordens de serviço.

14 - Usar de respeito e correção em todas as relações com todos os elementos da comunidade


escolar de que são parte integrante.

15 - Prestar informações, sempre que solicitadas, de forma clara e inequívoca.

16 - Conhecer e cumprir o presente regulamento.

Artigo 211º - Encarregado Operacional

1 - A escolha do encarregado operacional é da exclusiva responsabilidade do diretor, no que diz


respeito aos assistentes operacionais afetos aos serviços centrais.

2 - Ao encarregado operacional compete:

a) Colaborar com o diretor na elaboração da distribuição de serviço dos assistentes


operacionais;

b) Coordenar o trabalho dos assistentes operacionais, tendo sempre presente as necessárias


regras de cordialidade que devem pautar a relação entre todos os que trabalham no
agrupamento;

c) Resolver os problemas quotidianos decorrentes da falta de um ou mais assistentes


operacionais, procedendo, se necessário, a uma redefinição momentânea do serviço dos
restantes assistentes operacionais e informando de seguida o órgão de gestão;

d) Controlar a assiduidade do pessoal a seu cargo e elaborar o plano de férias, a submeter à


aprovação do diretor;

e) Atender e apreciar reclamações ou sugestões sobre o serviço prestado, propondo soluções


ao órgão de gestão;

f) Respeitar as estruturas hierárquicas e o pessoal docente;

g) Zelar pelo cumprimento das obrigações funcionais de cada assistente operacional;

h) Comunicar infrações disciplinares do pessoal a seu cargo;

i) Levantar autos de notícia aos assistentes operacionais relativos a infrações disciplinares


verificadas;

j) Providenciar a reposição de materiais em falta;

k) Comunicar ao órgão de gestão todas as anomalias verificadas, nomeadamente estragos


ou extravios de material ou equipamento.

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11 – Pais e encarregados de educação
11.1 – Direitos e deveres

Artigo 212º - Responsabilidade

1 - Aos pais ou encarregados de educação incumbe uma especial responsabilidade, inerente ao


seu poder/dever de dirigirem a educação dos seus filhos e educandos no interesse destes e de
promoverem ativamente o desenvolvimento físico, intelectual e cívico dos mesmos.

2 - Nos termos da responsabilidade referida no número anterior, deve cada um dos pais ou
encarregados de educação, em especial:

a) Acompanhar ativamente a vida escolar do seu educando;

b) Promover a articulação entre a educação na família e o ensino na escola;

c) Diligenciar para que o seu educando beneficie, efetivamente, dos seus direitos e cumpra
rigorosamente os deveres que lhe incumbem, nos termos do estatuto do aluno,
procedendo com correção no seu comportamento e empenho no processo de ensino;

d) Contribuir para a criação e execução do projeto educativo e do regulamento interno do


agrupamento e participar na vida do agrupamento;

e) Cooperar com os professores no desempenho da sua missão pedagógica, em especial


quando para tal forem solicitados, colaborando no processo de ensino dos seus
educandos;

f) Reconhecer e respeitar a autoridade dos professores no exercício da sua profissão e incutir


nos seus filhos ou educandos o dever de respeito para com os professores, o pessoal não
docente e os colegas da escola, contribuindo para a preservação da disciplina e harmonia
da comunidade educativa;

g) Contribuir para o correto apuramento dos factos em procedimento de índole disciplinar


instaurado ao seu educando, participando nos atos e procedimentos para os quais for
notificado e, sendo aplicada a este medida corretiva ou medida disciplinar sancionatória,
diligenciar para que a mesma prossiga os objetivos de reforço da sua formação cívica, do
desenvolvimento equilibrado da sua personalidade, da sua capacidade de se relacionar
com os outros, da sua plena integração na comunidade educativa e do seu sentido de
responsabilidade;

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h) Contribuir para a preservação da segurança e integridade física e psicológica de todos os
que participam na vida da escola;

i) Integrar ativamente a comunidade educativa no desempenho das demais


responsabilidades desta, em especial informando-a e informando-se sobre todas as
matérias relevantes no processo educativo dos seus educandos;

j) Comparecer na escola sempre que tal se revele necessário ou quando para tal for
solicitado;

k) Conhecer o estatuto do aluno, bem como o regulamento interno do agrupamento e


subscrever declaração anual de aceitação do mesmo e de compromisso ativo quanto ao
seu cumprimento integral;

l) Indemnizar a escola relativamente a danos patrimoniais causados pelo seu educando;

m) Manter constantemente atualizados os seus contactos telefónico, endereço postal e


eletrónico, bem como os do seu educando, quando diferentes, informando a escola em
caso de alteração.

3 - Os pais ou encarregados de educação são responsáveis pelos deveres dos seus filhos e
educandos, em especial quanto à assiduidade, pontualidade e disciplina.

4 -. Para efeitos do disposto do estatuto do aluno, considera-se encarregado de educação quem


tiver menores a residir consigo ou confiado aos seus cuidados:

a) Pelo exercício das responsabilidades parentais;

b) Por decisão judicial;

c) Pelo exercício de funções executivas na direção de instituições que tenham menores, a


qualquer título, à sua responsabilidade;

d) Por mera autoridade de facto ou por delegação, devidamente comprovada, por parte de
qualquer das entidades referidas nas alíneas anteriores.

5 - Em caso de divórcio ou de separação e, na falta de acordo dos progenitores, o encarregado de


educação será o progenitor com quem o menor fique a residir.

6 - Estando estabelecida a residência alternada com cada um dos progenitores, deverão estes
decidir, por acordo ou, na falta deste, por decisão judicial, sobre o exercício das funções de
encarregado de educação.

7 - O encarregado de educação pode ainda ser o pai ou a mãe que, por acordo expresso ou
presumido entre ambos, é indicado para exercer essas funções, presumindo-se ainda, até qualquer
indicação em contrário, que qualquer ato que pratica relativamente ao percurso escolar do filho é
realizado por decisão conjunta do outro progenitor.

Artigo 213º - Incumprimento dos deveres

1 - O incumprimento pelos pais ou encarregados de educação, relativamente aos seus filhos ou


educandos menores ou não emancipados, dos deveres previstos no artigo anterior, de forma

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consciente e reiterada, implica a respetiva responsabilização nos termos da lei e do estatuto do
aluno.

2 - Constitui incumprimento especialmente censurável dos deveres dos pais ou encarregados de


educação:

a) O incumprimento dos deveres de matrícula, frequência, assiduidade e pontualidade pelos


filhos e ou educandos, bem como a ausência de justificação para tal incumprimento;

b) A não comparência na escola sempre que os seus filhos e ou educandos atinjam metade
do limite de faltas injustificadas ou a sua não comparência ou não pronúncia, nos casos
em que a sua audição é obrigatória, no âmbito de procedimento disciplinar instaurado ao
seu filho ou educando;

c) A não realização, pelos seus filhos e ou educandos, das medidas de recuperação definidas
pelo agrupamento, nos termos do estatuto do aluno, das atividades de integração na escola
e na comunidade decorrentes da aplicação de medidas disciplinares corretivas e ou
sancionatórias, bem como a não comparência destes em consultas ou terapias prescritas
por técnicos especializados.

3 - O incumprimento reiterado, por parte dos pais ou encarregados de educação, dos deveres a
que se refere o número anterior, determina a obrigação, por parte da escola, de comunicação do
facto à comissão de proteção de crianças e jovens ou ao ministério público, nos termos previstos
no estatuto do aluno.

4 - O incumprimento consciente e reiterado pelos pais ou encarregado de educação de alunos


menores de idade dos deveres estabelecidos no número dois deste artigo pode ainda determinar
por decisão da comissão de proteção de crianças e jovens ou do ministério público, na sequência
da análise efetuada após a comunicação prevista no número anterior, a frequência em sessões de
capacitação parental, a promover pela equipa multidisciplinar do agrupamento, sempre que
possível, com a participação das entidades a que se refere o n.º 3 do artigo 53.º do estatuto do
aluno, e no quadro das orientações definidas pelos ministérios referidos no n.º 2.

5 - Nos casos em que não existam equipas multidisciplinares constituídas, compete à comissão
de proteção de crianças e jovens ou, na sua inexistência, ao ministério público dinamizar as ações
de capacitação parental a que se refere o número anterior, mobilizando, para o efeito, o
agrupamento, bem como as demais entidades a que se refere o artigo 53.º do estatuto do aluno.

6 - Tratando-se de família beneficiária de apoios sociofamiliares concedidos pelo Estado, o facto


é também comunicado aos serviços competentes, para efeito de reavaliação, nos termos da
legislação aplicável, dos apoios sociais que se relacionem com a frequência escolar dos seus
educandos e não incluídos no âmbito da ação social escolar ou do transporte escolar recebidos
pela família.

7 - O incumprimento por parte dos pais ou encarregados de educação do disposto na parte final
da alínea b) do n.º 2 do presente artigo presume a sua concordância com as medidas aplicadas ao
seu filho ou educando, exceto se provar não ter sido cumprido, por parte do agrupamento,
qualquer dos procedimentos obrigatórios previstos nos artigos 30.º e 31.º do estatuto do aluno.

Artigo 214º - Contraordenações

1 - A manutenção da situação de incumprimento consciente e reiterado por parte dos pais ou


encarregado de educação de alunos menores de idade dos deveres a que se refere o n.º 2 do artigo
anterior, aliado à recusa, à não comparência ou à ineficácia das ações de capacitação parental

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determinadas e oferecidas nos termos do referido artigo, constitui contraordenação no quadro do
estabelecido no artigo 45.º do estatuto do aluno.

Artigo 215º - Associação de pais e encarregados de educação

1 - Aos pais e encarregados de educação é reconhecido o direito de se constituírem, nos termos


da lei, em associação de pais e encarregados de educação do agrupamento, com vista à
participação representativa na educação dos seus filhos e educandos.

2 - O agrupamento disponibilizará, dentro das suas possibilidades, os meios técnicos e logísticos,


necessários à normal atividade da associação de pais e encarregados de educação.

3 - A associação de pais e encarregados de educação tem direito a ser informada sobre todos os
normativos legais e regulamentares relacionados com a vida do agrupamento.
4 - Os estatutos da associação de pais e encarregados de educação devem constar em anexo a
este regulamento.

12 – Outras entidades
12.1 – Autarquia

Artigo 216º - Articulação com o agrupamento

1 - A Lei de Bases do Sistema Educativo reconhece a autarquia como uma das estruturas para
assegurar a interligação da comunidade com a administração do sistema educativo.

2 - O regime de autonomia, administração e gestão das escolas, para o desenvolvimento da


autonomia estabelece, entre outros, como princípios orientadores: a integração comunitária,
através da qual o agrupamento se insere numa realidade social concreta, com características e
recursos específicos e a iniciativa dos membros da comunidade educativa, na dupla perspetiva de
satisfação dos objetivos do sistema educativo e da realidade social e cultural em que a escola se
insere.

3 - A participação da autarquia materializa-se, também, na articulação da política educativa com


outras políticas sociais, nomeadamente em matéria de ação social escolar, de organização de
atividades, dos refeitórios escolares (com exceção da escola sede), da rede de transportes
escolares, da construção, manutenção e apetrechamento dos estabelecimentos de ensino e através
da constituição de estruturas como sejam os conselhos locais ou municipais de educação. o
pessoal não-docente das escolas básicas e de educação pré-escolar é também da responsabilidade
da autarquia.

Artigo 217º- Equipa multidisciplinar + sucesso

1 - No âmbito do Plano de Ação Estratégico do agrupamento a autarquia desenvolve a medida


seis, denominada de + sucesso, tendo para isso criado um gabinete de apoio aos alunos e famílias,
com o objetivo de promover:

a) Atendimento individualizado;

b) Articulação com a comunidade escolar para resolução de problemáticas identificadas;


c) Encaminhamento para outros serviços especializados;

d) Ações de orientação parental a realizar em articulação com os parceiros locais;

e) Ações de orientação para alunos a realizar em articulação com parceiros locais.

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12.2 – Outras parcerias

Artigo 218º- Generalidades

1 – É reconhecida a importância das entidades representativas das atividades sociais, económicas,


culturais e de instituições de carácter científico, como estruturas que asseguram a interligação da
comunidade com o agrupamento.

2 - O agrupamento estabelece parcerias com entidades públicas e/ou privadas, de solidariedade


social, culturais e recreativas ou outras organizações, para dinamização de diferentes atividades
ou para granjear respostas educativas para a sua população escolar, nomeadamente:

a) Atividades de enriquecimento curricular;

b) Apetrechamento e modernização de espaços;

c) Rentabilização e partilha de recursos e equipamentos;

d) Apoio social, terapêutico e/ou educativo;

e) Formação de recursos humanos;

f) Outros de interesse definidos pelos órgãos de gestão.

13 – Disposições finais
Artigo 219º- Divulgação

1 - O regulamento interno será disponibilizado a todos os membros da comunidade educativa


pelas seguintes vias:

a) Página eletrónica do agrupamento;

b) Por e-mail institucional;

c) Por consulta, em formato de papel, nos serviços de administração escolar.

Artigo 220º- Entrada em vigor

1 - O presente regulamento entra em vigor no primeiro dia seguinte ao da sua aprovação pelo
conselho geral.

Artigo 221º- Legislação subsidiária

1 - A interpretação do presente regulamento e a resolução dos casos omissos são da


responsabilidade do órgão competente, de acordo com os diplomas legais em vigor sobre a
matéria, aplicando-se em matéria de processo, subsidiariamente, o disposto no Código de
Procedimento Administrativo.

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