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Arte Indígena

Pintura corporal

 A pintura no corpo é muito importante para as culturas indígenas


porque ela indica um lugar na sociedade e se relaciona com forças
naturais e sobrenaturais.  Ela tem vários sentidos:  ritos de
passagem, proteção do grupo ou do indivíduo, cerimônias de
casamento, de luto ou cura de doenças ou a função guerreira ou
religiosa. Os padrões dessa pintura podem parecer abstratos aos nossos olhos, mas eles
podem estar relacionados à vida e à mitologia de cada grupo indígena onde é praticado.
        Muitos deles praticam a pintura corporal há séculos – o que chamou a atenção dos
viajantes e estudiosos europeus que vieram à América.  Os grafismos aparecem não só
nos corpos, mas também em objetos utilitários e rituais, nas casas e, atualmente, no
papel.  Cada grupo indígena possui um repertório próprio de técnicas e padrões que
estão muito associados à sua organização social, à sua cosmologia e às relações que o
grupo mantém com a natureza, com o mundo sobrenatural e também com seus
inimigos.
        Os pigmentos utilizados são, na maioria, o vermelho, feito com o pó da semente de
urucum, e o azul-escuro, quase negro, fervendo ou macerando a polpa do jenipapo
verde com um pouco de água e fazendo uma tinta transparente, que após algumas horas
se torna escura.  As tintas produzidas são aplicadas com as mãos, pontas de palha,
riscadores de madeira, chumaços de algodão, pincéis variados e até cachimbos feitos
com o coco da palmeira babaçu.  Além do urucum e do jenipapo, costuma-se usar o pó
de carvão para o pigmento preto, e do calcário, que se encontra na terra, para obter a
cor branca. Esse tipo de pintura desaparece após alguns banhos.

Asurini do Xingu
     
  São apenas 154 índios que vivem numa aldeia localizada à margem
direita do rio Xingu, no Estado do Pará. Destacam-se por sua
criatividade, expressa principalmente nas artes gráficas: seus desenhos
geométricos decoram corpos e objetos, representando elementos da
natureza e seres sobrenaturais. A língua Asurini pertence à família
Tupi-Guarani.

Karajá
  Antigos moradores das margens do rio Araguaia, nos Estados de Goiás, Tocantins e
Mato Grosso, formam um grupo de 3198 pessoas. Falam uma língua que pertence ao
tronco linguístico Macro-Jê. Os dois círculos tatuados na face são uma característica
marcante do grupo, que também possui belas pinturas corporais.

Krahô
 
Os Krahô vivem na Terra Indígena Kraolândia, no Estado do Tocantins.
São um grupo de aproximadamente 2500 pessoas falantes de uma
língua da família Jê. Vivem em aldeias de formato circular e são muito
conhecidos pelas corridas de toras que fazem todos os dias, logo depois
de caçar, pescar ou trabalhar na roça. As toras, feitas normalmente com
o tronco do buriti, são preparadas e enfeitadas com muito cuidado pelos
Krahô.

Matis
  Os Matis somam 390 pessoas que vivem na Terra Indígena Vale do
Javari, no Amazonas. Falam uma língua da família Pano. Todos se
reconhecem como mushabo ("gente tatuada") ou wanibo ("gente da
pupunha"), pois possuem tatuagens no rosto feitas com o espinho da
palmeira da pupunha, um desenho que marca seu pertencimento ao
grupo.

Xikrin Kayapó
 São 1800 índios, aproximadamente, que vivem nas Terras Indígenas
Cateté e Trincheira Bacajá, no Estado do Pará. Os Xikrin, falantes de
língua Kayapó, enfatizam a audição e a palavra e, por isso, perfuram
orelhas e lábios logo na infância. As mulheres são responsáveis pela
elaborada pintura corporal e dedicam muito tempo para realizá-la.
 

Yanomami

       Os Yanomami são um grupo indígena que habita a floresta


Amazônica, na região da fronteira do Brasil com a Venezuela. Como
outros grupos indígenas, eles realizam pinturas e perfurações
corporais.  Enfeitam se com braceletes confeccionados com plumas de
pássaros.  Eles perfuram o lóbulo da orelha, o septo nasal e os lábios
inferiores para inserir lascas de bambu.

 
Fontes:

Pintura indígena - http://arteindigenaa.blogspot.com.br/2009/10/pintura-corporal-indigena.html
Avatares - https://pibmirim.socioambiental.org/avatares

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