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PREFEITURA MUNICIPAL DE TEIXEIRA DE FREITAS

ESTADO DA BAHIA
Secretaria de Educação e Cultura
Núcleo de Apoio Pedagógico à Educação Infantil – NAPEI

SEQÜÊNCIA DIDÁTICA DE ARTE VISUAIS1

Introdução

O contato das crianças com a produção artística e a autonomia em relação ao fazer são determinantes na hora de planejar as propostas de
artes. No início, é importante que as crianças apreendam o espaço organizado para o momento de Artes, apropriem-se dele. Esse espaço
precisa ter uma estrutura fixa, que vai sendo aos poucos organizado numa parceria entre professor e crianças. Pode ser na própria sala,
espaço que pode ser transformado em um ambiente propício e estimulante para o fazer artístico pessoal de cada criança; pode também
acontecer no pátio coberto, ou ainda no refeitório da creche.

A regularidade é fundamental para as atividades de artes, por isto, é importante que a permanência seja definida pelo professor e
comunicada às crianças. Diferente das situações propostas pelo professor, nas atividades de percurso são as crianças que pensam nas
propostas, e escolhem os materiais que precisam para concretizar seu pensamento.

Conteúdo
Desenho - Pintura

Objetivo
Desenvolver o processo criador.

Material necessário

Uma banca com diferentes materiais, como giz de cera, lápis de cor, canetas, papel, tecido, revistas, tesoura, palitos, cola, fita crepe,
barbante. Variar o material a cada proposta.

Desenvolvimento
1ª intervenção: organizar numa bancada materiais para as modalidades: desenho ou pintura. Convidar as crianças à atividade, deixando-as
livres para aprofundar suas pesquisas em relação a meios, suportes e ferramentas. Fazer intervenções e mediações necessárias, afim de
que elas possam descobrir diferentes combinações com os recursos oferecidos. Ao término do trabalho expor em varais, nas paredes da
sala ou do pátio; ou ainda para outras turmas.

2ª intervenção: Selecionar junto com as crianças as produções para socializarem coletivamente. Propor que todos compartilhem suas
escolhas e resultados, reconhecendo as marcas pessoais dos pequenos autores. Conforme elas ganhem autonomia, aumente a variedade
de materiais, a freqüência das oficinas e o tempo de duração, mediando-as.

3ª intervenção: organizar uma mostra com alguns desenhos ou pinturas de cada criança. Os visitantes podem ser guiados pelos próprios
autores.
Apreciar os trabalhos realizados por elas pode ser um bom encaminhamento para a continuidade do processo iniciado.

Avaliação
Avaliar como as crianças lidam com a nova organização da sala e os materiais. Perceber se nem todos conseguiram finalizar suas
produções, guardá-las em local acessível para que possam retomá-las na próxima aula.
Observar o desenvolvimento do senso estético, da criatividade e da produção das crianças. Fazer registros escritos sobre as falas de cada
criança quando da socialização nas rodas de apreciação das produções.

Bibliografia
Fazer e Pensar Arte, Anna Marie Holm e Baby- Art, Os primeiros passos com a arte, Anna Marie Holm. Coleção Novos Caminhos –Ed.
Infantil. de Aline Correa de Souza.

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Sequência organizada pela professora responsável pela Creche Santa Rita, Juselita Oliveira Reis.
PREFEITURA MUNICIPAL DE TEIXEIRA DE FREITAS
ESTADO DA BAHIA
Secretaria de Educação e Cultura
Núcleo de Apoio Pedagógico à Educação Infantil – NAPEI

SEQÜÊNCIA DIDÁTICA DE ARTES VISUAIS1

CONTEÚDO
Auto-retrato

OBJETIVOS:
■ Apreciar trabalhos de artistas que são referência em auto-retrato.
■ Fazer auto-retrato com desenho e pintura.
■ Atribuir signos à própria imagem.
■ Identificar marcas pessoais na maneira de desenhar e pintar. 

CONTEÚDOS
■ Auto-retrato.
■ Apreciação de obra de arte.
■ Desenho e pintura. 

MATERIAL NECESSÁRIO: Reproduções de auto-retratos para que as crianças possam folhear e apreciar e
ainda reproduções de imagens em transparência, retroprojetor; lápis de cor, folhas de papel sulfite,
cartolina branca, canetinhas de hidrocor, giz de cera, espelhos portáteis, pincéis, tinta guache (nas cores
primárias, preta e branca). Recipientes (copos de descartáveis para café) para água e mistura de tintas e
telas de celulose para pintura ou papelão, preparado com mistura de tintas guaches e cola branca. 

DESENVOLVIMENTO
■ 1ª intervenção: na primeira aula, apresentar, os materiais, os suportes e os recursos que serão
oferecidos. Mostrar imagens de retratos e auto-retratos de artistas de diferentes épocas (como Tarsila
do Amaral, Candido Portinari e Tao Sigulda, etc.). Elaborar perguntas que instiguem as crianças, a busca
por semelhanças e diferenças nas pinturas e a descoberta de expressões preferidas de cada um. Ao
mesmo tempo em que conduz a apreciação, dê informações sobre o artista.

Nas aulas seguintes, escolher um pintor que tenha produzido vários auto-retratos, levando em conta a
história e os interesses do grupo. Apresentar pelo menos cinco reproduções que caracterizem seu estilo
ou as fases pelas quais passou.

Em outro momento de análise e apreciação, mostrar o trabalho de outro pintor para comparar e
evidenciar as marcas pessoais, propiciando o desenvolvimento da curiosidade, criatividade e
socialização. Alternar situações de apreciação e produção para que as crianças entrem em contato com
o mesmo conteúdo conhecendo diferentes pontos de vista.

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Sequência organizada pela professora responsável pela Creche Santa Rita, Juselita Oliveira Reis.
Distribuir folhas de papel sulfite A3 e lápis de cor e, propor que as crianças recriem uma das imagens
apreciadas. Observar o que mais chamou a atenção durante a observação e perguntar o motivo da
escolha. Prestar atenção: crianças pequenas a princípio, se fixam mais em rabiscos, grafismos,
movimentos circulares; mais tarde em cores e formas. Se algum desenho for apenas um traço, faça
mediação, conversando com a criança, estimulando-a e ajudando-a em seu percurso criador, de
maneira que ela possa dar continuidade a sua produção no mesmo dia ou em outro momento.

■ 2ª intervenção: agora é hora de explorar a observação do próprio corpo. Orientar as crianças a


contornar a mão no papel e a pintá-la se quiser. Arme um retroprojetor com a luz voltada para a parede
e coloque as crianças na frente, formando a silhueta. Cada criança deverá fazer sua silhueta em uma
folha de papel craft presa à parede. Em seguida, acomodar as produções no chão para que sejam
criados, com giz de cera, elementos que caracterizem cada uma delas. Na aula seguinte, distribua os
espelhos para a observação do rosto e proponha que desenhem o próprio rosto na silhueta produzida.

■ 3ª intervenção: pintura do auto-retrato em tela de celulose com tinta guache. Mostre novamente
auto-retratos de artistas para que sejam observadas cores, pinceladas. Separe as crianças em grupos de
dois e distribua recipientes com tintas das cores primárias e pincéis de diversos tamanhos.

Sugerir que todos façam misturas e revelem novos tons e cores. Intercalar sempre as situações de
produção com as de apreciação dos trabalhos. Isso vai permitir que a turma descubra o que mais pode
fazer e que detalhes, pinceladas e cores é possível criar e experimentar. E por último orientar as crianças
a organizar uma exposição. 

PRODUTO FINAL: ■ Exposição de arte aberta ao público. Montar uma mostra dos trabalhos e convide
pais, professores e colegas das outras turmas; outras creches e pré-escola. Exibir todas as atividades
desenvolvidas para que os visitantes conheçam a trajetória de Arte das crianças. Lembrando de registrar
os diferentes momentos com fotos.

AVALIAÇÃO
Observar e registrar o percurso criador de cada criança (lembrem-se o registro diário facilita o relatório).
Se utilizaram novas cores, novos movimentos, se colocaram mais detalhes e expressões faciais a cada
produção, se voltaram ao seu desenho para acrescentar. Organizar momentos coletivos de apreciação,
desafiando as crianças a falar de suas impressões, se gostaram...

Bibliografia
Fazer e Pensar Arte, Anna Marie Holm e Baby- Art, Os primeiros passos com a arte, Anna Marie Holm.
Coleção Novos Caminhos –Ed. Infantil. de Aline Correa de Souza.
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Seqüência Didática de Artes Visuais1

Colagem com elementos da natureza

Introdução
O olhar investigativo da criança é valorizado nesta proposta que parte da coleta de elementos da
natureza que constituirão a colagem.

Objetivos
- Observar os elementos da natureza; - Explorar os elementos da natureza constituindo uma colagem; -
Fazer colagem

Conteúdos: Colagem; Pesquisa de materiais.

Material necessário: 1 tubo de cola branca de 500 gr; Bandeja de isopor ou plástico; Rolinho de espuma;
Pincel; elementos da natureza: folhas, grãos, sementes, casca de árvore, flores, areia, terra...; Colher e
Papelão.

Desenvolvimento das atividades:

1ª. Intervenção: Em rodinha, contar para as crianças que farão um trabalho de colagem, mas que antes
terão que coletar o material no parque, na rua e na cozinha. Contar quais são os materiais, mostrar
algumas folhas, observando a forma, cor, textura, falar, também, do pó de café. Ir com as crianças até a
cozinha para pedir a cozinheira que separe borra de café. Andar com as crianças pelo entorno da escola
colhendo folhas, grãos, sementes, flores, casca de árvore, areia, terra..., guardar em baldes.

2ª. Intervenção: Em rodinha, espalhar o que coletaram sobre uma toalha plástica e organizar os
materiais nas bandejas com as crianças.

3ª. Intervenção: Em rodinha, lembrar as crianças para pedirem a borra de café para a cozinheira,
combinar o que terão que falar; ir com elas até a cozinha e ajudá-las a pedir a borra de café.

Em roda, propor que as crianças manuseiem a borra de café; conversar sobre a questão da umidade e
contar que precisam deixá-la seca. Perguntar como poderão fazer para secar. Ouvir as sugestões e
acatar o que for possível. Se não houver sugestões cabíveis, proponha que espalhem a borra de café em
bandejas e deixe-as secar ao sol, para tanto, forre o chão com toalha plástica ou jornal, separe a borra
de café em potinhos e distribua colheres e bandejas para que as crianças possam espalhar a borra do
café nas bandejas. 

4ª. Intervenção: Em rodinha, combinar com as crianças que farão a colagem dos materiais coletados.
Mostrar a elas que primeiro terão que passar cola com rolinho de espuma e depois colarão os materiais.
O professor não deve fazer, para que assim o produto seja das crianças e para que este não seja um
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Sequência organizada pela professora responsável pela Creche Santa Rita, Juselita Oliveira Reis.
modelo a ser seguido. Forrar o chão com jornal e colocar em fila os materiais, as crianças sentarão de
um lado e do outro das bandejas e entre algumas das bandejas coloque uma com cola, juntamente com
os rolinhos e os pincéis. 

Distribua um papelão ou outro tipo de suporte para cada criança. Acompanhe o trabalho das crianças,
observando se estão passando cola antes de colocar os materiais, se há pouca cola ou se estão pondo
muitos elementos sobrepostos sem por mais cola. As folhas e flores secas podem ser trituradas com as
mãos. Valorize a exploração dos materiais, as soluções encontradas individualmente. Haverá produtos
que se parecem mais com pintura, por exemplo, os que tenham mais exploração do pó de café e de
terra. Deixe secar.

5ª. Intervenção: Expor as colagens em lugar acessível às crianças e aos pais, converse com os pequenos,
apreciando o resultado, valorizando a combinação de cor, de elementos, de exploração dos materiais.
Dê um título à exposição e coloque o nome de cada criança junto a sua produção. Se possível conte aos
pais como foi realizado o trabalho, pode haver, também, um pequeno texto contando o processo.

Avaliação: A avaliação é processual, o professor acompanha a participação das crianças, incentivando-as


individualmente. O momento da apreciação da exposição traz indícios da exploração e contribui para a
apuração do olhar de todos os envolvidos.

Bibliografia
Fazer e Pensar Arte, Anna Marie Holm e Baby- Art, Os primeiros passos com a arte, Anna Marie Holm.
Coleção Novos Caminhos –Ed. Infantil. de Aline Correa de Souza.
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Seqüência Didática de Artes Visuais1

Texturas com argila

Introdução
As crianças pequenas observam e atuam no mundo com curiosidade, sem os padrões pré-determinados.
É fundamental que nas propostas de Arte valorizemos essa atitude investigativa da criança para que
descubra o mundo e recrie a sua maneira.

Objetivos:

- Explorar as possibilidades de uso da argila;

- Explorar a impressão de textura;

- Observar as texturas de objetos, espaços, materiais.

Conteúdos
Exploração de textura

Material necessário: aproximadamente 100 gramas de argila. Materiais com textura: chinelo, tênis,
pente, tampas, pneu de carrinhos de brinquedos, casca de árvore, tubos plásticos...

Desenvolvimento da atividade:

- Em rodinha, sentar sobre uma toalha plástica e distribuir uma bola de argila para cada criança, do
tamanho aproximado da mão dela. Propor que brinquem fazendo furos, bolinhas, cobras, amassem... 

Mostrar a elas que se apertarem sobre uma superfície crespa, formará textura. Disponibilizar vários
materiais, como chinelo, tênis, pente, tampas, pneu de carrinhos de brinquedos, casca de árvore, tubos
plásticos... Observar com as crianças as texturas (marcas) da argila e dos objetos. Incentivar a
exploração, a observação e a troca entre elas. Conversar com elas sobre as descobertas, enquanto
investigam.

Avaliação
Observar a exploração das crianças, quais as curiosidades que têm em relação à argila e a impressão de
textura. Valorize a observação, incentive-as a buscar outras fontes de textura e a explorar as sensações
táteis emanadas das superfícies - rugosidade, volume, aspereza...

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Sequência organizada pela professora responsável pela Creche Santa Rita, Juselita Oliveira Reis.
Bibliografia
Ceramicando, Jean- Jacques Vidal, 48 págs, Ed. Callis. Fazer e Pensar Arte, Anna Marie Holm, 161 págs,
Baby- Art, Os primeiros passos com a arte, Anna Marie Holm, 94 págs,

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Seqüência Didática de Artes Visuais1

Tintas e texturas

Introdução
Nos primeiros anos de vida, as crianças estão imersas no universo das imagens. Começam a ter
experiências estéticas quando percebem que podem agir sobre papéis ou telas provocando mudanças e
produzindo algo para ser visto. Oferecer diferentes materiais aos pequenos é uma maneira de ampliar a
capacidade de expressão deles e o conhecimento que têm do mundo.

Objetivos
Explorar diferentes materiais e superfícies para ampliar as possibilidades de expressar-se por meio
deles.

Conteúdo
- Exploração e manipulação de materiais, como papéis de diferentes texturas, de meios como tintas,
água, etc;

- Exploração e reconhecimento de diferentes movimentos gestuais desenvolvendo todos os segmentos


de coordenação.

- Cuidado com materiais e com os trabalhos e objetos produzidos individualmente e em grupo.

Material necessário: tinta guache, anilina comestível em pasta, cola, areia, fubá, sagu, maisena, papéis
diversos como: cartolina, cartão, color set, camurça, craft, papelão, sulfite, lixa pincéis de vários
tamanhos, rolinho e esponja.

Desenvolvimento das atividades:

1ª intervenção: Trabalho com tinta guache: prepare a tinta guache para ser usada pelas crianças (pois
se esta ficar muito diluída escorre e o trabalho pode se perder), batendo no liquidificador 5 colheres de
sopa da tinta escolhida com pouca água, guardando a mistura em garrafas plásticas. Pode-se oferecê-la
em vasilhas de plástico grandes e baixas onde as várias cores fiquem à disposição ao mesmo tempo.

Prepare o espaço que pode ser o chão ou mesas forrando-os com plástico. Espalhe os papéis camurça,
color set, craft, lixa, cartolina, etc. e diversos tipos de pincéis. Incentive a experimentação das texturas e
cores propondo que a criança imprima sua marca nos papéis com os rolinhos, pincéis, esponja ou as
mãos. Dê liberdade de movimentos aos pequenos. Uma variação possível desta atividade é a pintura da
sola dos pés, para as crianças que já andam.

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Sequência organizada pela professora responsável pela Creche Santa Rita, Juselita Oliveira Reis.
Variações com tinta guache: - Guache com cola: para ser usadas em papel cartão, embalagens, além
dos papéis usuais.

- Guache com areia, fubá, sagu: para criar relevo e deve ser usado sobre papelão grosso ou papel grosso
que suporte peso.

2ª intervenção: Trabalho com anilina: Esta deve ser usada sempre diluída e como as crianças são
pequenas use a comestível em pasta que não é tóxica, se possível. 

Outras Variações: -anilina com água: dá um efeito opaco e deve ser usado em papéis porosos como:
cartolina, camurça, sulfite,... Usar 1 colher rasa de café em 100ml de água.

-anilina com cola: quando seca deixa a tinta brilhante por causa da cola. Indicada para todo tipo de
papel. Usar 1 colher rasa de café em 150 ml de cola. 

Espalhe as tintas e os suportes nas mesas e peça para as crianças pintarem, explorando os efeitos da
tinta sobre o papel, enquanto ouvem a música preferida da classe.

3ª intervenção: Trabalho com tinta de maisena: Esta tinta deve ser usada sobre superfícies grossas
como papelão ou papel cartão devido ao peso. Quando seca começa a quebrar e o trabalho fica cheio
de rachaduras. Pode ser guardado em geladeira durante 3 semanas e para o trabalho ser arquivado
deve-se utilizar pequenas quantidades de tinta pelo papel. 

Variações:
-para uma massa (goma mais consistente: utilize 300g de maisena diluída em 2 litros de água). Levar ao
fogo mexendo sempre até formar um mingau. Pode ser colorido com gelatina

-numa massa (goma) mais mole, a quantidade de maisena cai par 200g/2 litros. Importante: esse tipo de
tinta deve levar um conservante que pode ser sal (1 colher de sopa cheia para cada medida) ou vinagre
(2 colheres de sopa rasas).

4ª intervenção: Trabalho com tinta de sagu: Prepare o sagu no sabor uva ou morango e coloque sal
como conservante (1 colher de sopa cheia para cada medida). Prepare o local, colando na parede papéis
craft, para que as crianças trabalhem de pé. Pinte com o sagu a palma das mãos das crianças para que
elas a imprimam sobre o papel. Você pode pintar a sua e fazer a demonstração. Não fazer o trabalho por
elas.

Uma variação possível desta atividade é a pintura da sola dos pés. Elas podem imprimir os pés enquanto
caminham sobre um papel comprido. Chame a atenção para o fato de as marcas ficarem bem visíveis no
início e irem desaparecendo à medida que a tinta é gasta.

Importante: as pinturas terão curta duração (faz-se, expõe por uns dias e joga-se fora porque o sagu não
seca).

Ao término de cada atividade faça uma rodinha de apreciação incentivando o cuidado que os pequenos
devem ter com os seus trabalhos e com os dos colegas. Monte uma exposição num lugar de visibilidade
da escola para que os trabalhos sejam apreciados por todos.

Avaliação
Observe a interação das crianças com os materiais e como elas se expressam através deles. O mais
importante é proporcionar a experimentação de diferentes materiais, interagindo com os amigos num
ambiente previamente organizado.
Bibliografia
Fazer e Pensar Arte, Anna Marie Holm e Baby- Art, Os primeiros passos com a arte, Anna Marie Holm.
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Seqüências de atividades de artes visuais1

Objetivos:

 Desenhar de acordo com diferentes meios, suportes e materiais;


 Descobrir possibilidades gráficas;

 Desenvolver a observação;

 Ampliar o conhecimento de mundo, manipulando e explorando objetos e materiais diversificados e entrando em contato com
formas variadas de expressão artística;

 Descobrir novas possibilidades de registro, pela transformação e reutilização de materiais em diferentes composições e
associações.

Conteúdos:
 Desenho e pintura.
Encaminhamento:
1ª intervenção - CARVÃO: a professora pode apresentar o esboço de um cavalo, de Leonardo da Vinci, e pedir que as crianças observem os
elementos contidos nele e qual o foi o material utilizado em sua produção. Após a conversa e observação, sugerir que as crianças façam
uma produção usando o mesmo material em uma folha A4.

2ª intervenção - LIXA: distribuir para as crianças pedaços de lixa. Pedir que desenhem sobre a lixa livremente com giz de lousa, giz de cera
ou lápis de cor. Observar o efeito que cada meio utilizado produz no material.

3ª intervenção - FUNDO COLORIDO: propor para as crianças preparem um fundo para o seu desenho, que pode ser feito com guache, giz
de cera (utilizando-o na posição horizontal até que cubra toda a folha) etc. em seguida, realizar a proposta de desenho usando canetinhas
ou pinceis atômicos de preferência pretos.

4ª intervenção - OBSERVAÇÃO: Essa proposta pode ser realizada várias vezes. É possível observar um objeto, uma foto, uma paisagem,
pessoas ou lugares e ainda obras dos diferentes artistas e registrar no papel considerando formas e proporções. Conversar com as crianças
sobre o olhar, o que é observar e como fazê-lo. Antes de cada proposta, apreciar obras de pintores, obras de natureza morta, além de
retratos, obras figurativas ou abstratas, a depender do que será proposto para ser desenhado.

5ª intervenção - LINHAS: apreciar a obra DESENHO DE UMA LINHA SÓ, de Picasso, e conversar com as crianças sobre como o artista
desenhou usando somente uma linha contínua. Propor que façam um desenho usando também uma única linha.

6ª intervenção - MASSA DE COR: Apreciar a obra de SÉRIE MALLORCA, de Miro, e conversar sobre as linhas e massa de cor que aparecem
na imagem. Questionar que tipo de material pode ter produzido tal efeito. Após a apreciação, propor que façam um desenho usando
massa de cor.

7ª intervenção - AO ACASO: apreciar a obra PÁSSARO EM VÔO CERCANDO UMA MULHER, de Miró. Explicar para as crianças que o artista
começou esse desenho traçando uma linha aleatória no papel e que foi preenchendo aos poucos com outras linhas e formas. Só depois
preenchia e decorava com cores algumas das formas criadas. Propor que as crianças fechem os olhos e que com uma canetinha ou lápis
preto façam traçados aleatórios sobre uma folha de papel em branco. Ao abrir os olhos, pedir para que percebam algumas formas e que
utilizem cores variadas para preenchê-las.

8ª intervenção - LINHA: Apreciar a obra: CABEÇA DE MULHER, de Portinari, e conversar com as crianças sobre como o artista desenhou
usando linhas. Propor que façam um desenho usando caneta hidrocor com ponta fina.

Obs: Ao apresentar as obras dar também informações sobre o artista.

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Sequência organizada pela professora responsável pela Creche Santa Rita, Juselita Oliveira Reis.
9ª intervenção - COMBINAÇÕES DE MATERIAIS: disponibilizar materiais variados, como giz de cera, caneta hidrocor fina e grossa, lápis
grafite, giz pastel, etc. Proponha a realização de um desenho usando esses materiais.

Bibliografia
Fazer e Pensar Arte, Anna Marie Holm e Baby- Art, Os primeiros passos com a arte, Anna Marie Holm. Coleção Novos Caminhos –Ed.
Infantil. de Aline Correa de Souza.

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SEQÜÊNCIAS DIDÁTICAS DE ARTES VISUAIS1

Justificativa

As artes visuais, uma das formas mais importantes de comunicação humana, estão presentes no
cotidiano da criança, que se utiliza delas como primeira forma de expressão gráfica espontânea, ao
rabiscar, desenhar. Assim a criança comunica-se livremente, atribuindo sentido a sensações,
sentimentos e à realidade.

Como uma linguagem de estrutura e características próprias, as Artes visuais podem ser aprendidas na
Educação Infantil por meio do fazer artístico, da apreciação e da reflexão. O fazer artístico diz respeito à
produção de trabalhos da arte, que propiciam o desenvolvimento da criação pessoal. A apreciação
estimula a observação prazerosa e desenvolve a construção de sentido, o reconhecimento, a
identificação e a análise de obras de artes e de seus autores. A reflexão é o pensar sobre os objetos
artísticos, partilhando indagações e afirmações no contato com as produções artísticas próprias ou de
artistas consagrados.

O trabalho com as artes visuais, permite à criança desenvolver a imaginação criadora, a capacidade de
expressão, a sensibilidade e as habilidades estéticas, bem como a aquisição de competências culturais
indispensáveis no mundo de hoje. Enquanto desenham e criam objetos, as crianças desenvolvem a
função simbólica, a coordenação motora, o esquema corporal, os conceitos espaciais e lógico-
matemáticos, entre outros aspectos importantes para uma aprendizagem escolar de sucesso.

Na Educação Infantil, as artes visuais devem garantir às crianças oportunidades de:

 Ampliar o conhecimento de mundo, manipulando e explorando objetos e materiais


diversificados e entrando em contato com formas variadas de expressão artística;
 Trabalhar com materiais gráficos e plásticos variados, sobre diferentes superfícies,
desenvolvendo a capacidade de expressão e comunicação;

 Descobrir novas possibilidades de registro, pela transformação e reutilização de materiais em


diferentes composições e associações;

 Apreciar obras de arte, a partir da observação e descrição de imagens e objetos.

Compete ao professor propiciar, estimular e orientar situações em que as crianças possam fruir o prazer
gerador do processo de produção. Sua mediação e intervenção oportuna e adequada devem ser no
sentido de contribuir com sugestões e argumentações para que as crianças se sintam seguras e
autoconfiantes em suas competências e possibilidades.

1. Conteúdo

 Desenho

2. Objetivos
1
Sequência organizada pela professora responsável pela Creche Santa Rita, Juselita Oliveira Reis.
 Desenhar de acordo com diferentes estímulos sensoriais;
 Descobrir possibilidades gráficas;

 Trocar repertório gráfico com os colegas.

Materiais/suportes necessários:

Vários sacos opacos com objetos de texturas diferentes (pedras, tecidos, lixas, botões, grãos, folhas
etc.); papel sulfite recortado em tamanhos pequenos; cartolina branca cortada em pedaços maiores que
os de papel sulfite; pedaços de tecido, lixas, papelão ondulado, papel de seda ou outro material para
suporte; molho de chaves; sino de mesa; casca de coco; sachês de chá de diferentes aromas e canetas
hidrográficas pretas.

Desenvolvimento: Apresentar o material e toda a seqüência para que as crianças conheçam o percurso
e o destino das produções.

1ª intervenção: Colocar os sacos plásticos com as diferentes texturas sobre uma mesa e peça para que
as crianças coloquem a mão dentro e percebam a superfície deles. Depois de cada toque, elas devem
desenhar em um pedaço pequeno de sulfite de acordo com a sensação que tiveram. Elas só poderão ver
o que tem dentro depois.

2ª intervenção: Oferecer suportes de diferentes cores, tamanhos e texturas. Solicite que todos fechem
os olhos e produza estímulos sonoros e olfativos: chacoalhe chaves, toque um sino de mesa, bata na
casca do coco e balance os sachês de chá próximo às crianças. A cada ação, peça que abram os olhos e
façam um desenho, todos no mesmo suporte.

3ª intervenção: Oferecer suportes de diferentes cores, texturas e formas (sugestão: utilizar a caixa tátil).
Solicite que cada criança feche os olhos e coloque a mão dentro da caixa: sinta a textura e a forma de
cada peça geométrica. A cada ação, peça que abram os olhos e façam um desenho, todos no mesmo
suporte colocado à disposição na sala.

Avaliação
Observar as diferenças de resultados após os estímulos táteis, sonoros e olfativos e identifique a troca
de repertório entre o grupo. Faça uma apreciação coletiva do que foi criado nas diferentes situações,
identificando o uso de grafismos e texturas. Verifique as transformações nos desenhos realizados em
várias situações e, quando julgar necessário, faça intervenções individuais.

Bibliografia
-Fazer e Pensar Arte, Anna Marie Holm e Baby- Art, Os primeiros passos com a arte, Anna Marie Holm.
Coleção Novos Caminhos –Ed. Infantil. de Aline Correa de Souza.
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Seqüências de atividades de Artes Visuais1

Introdução
Modelagem é o processo pelo qual escultores e artesãos executam peças em argila, gesso, cera ou
outros materiais maleáveis, usando diretamente as mãos. A modelagem trabalha com o movimento das
mãos e dos dedos. Amassar e dar forma ao material que está sendo modelado proporciona o
desenvolvimento da coordenação motora fina da criança e desenvolve a percepção das espessuras e das
proporções.

Inicialmente, é desejável que as crianças entrem em contato com o material a ser modelado sem que
tenham a preocupação de realizar uma proposta, mas depois nada impede o professor de sugerir
objetos ou seres para modelar. Nesta etapa, o professor deve usar comandos do tipo: agora, vamos
pegar amassar, enrolar, furar, dobrar etc. Deixar que a criança crie, sem a influência de modelos.

A construção se caracteriza pela utilização de estruturas tridimensionais e trabalha com a montagem,


desmontagem, equilíbrio e desenvolvimento da coordenação visual e motora. Os elementos visuais
importantes para um trabalho de construção são: formato, tamanho, cor e textura.

Possibilita, assim, a vivência com diversas situações, trabalha a percepção e o despertar de ideias como,
por exemplo: noções de peso, tamanho, forma, posição e espaço. Esta modalidade expressiva visa,
ainda, classificar e selecionar materiais organizando-os para construir uma forma pessoal.

Conteúdo
- Modelagem
Objetivos

 Ampliar o conhecimento de mundo, manipulando e explorando objetos, materiais, meios


diversificados e entrando em contato com formas variadas de expressão artística;
 Descobrir novas possibilidades de modelagem, pela utilização, transformação e reutilização de
materiais e meios em diferentes composições.

 Explorar diferentes materiais e superfícies para ampliar as possibilidades de expressar-se por


meio deles;

 Explorar as possibilidades de uso da argila;

 Explorar a impressão de textura;

 Observar as texturas de objetos, espaços, materiais e meios.

Materiais Necessários: rolos, espátulas, palitos de sorvetes, argila, massa de modelar, papel machê
(papel jornal), papéis coloridos, fita adesiva, palitos para churrasco, cola, retalhos de tecidos coloridos,
pedaços de madeira, embalagens, caixa de vários tamanhos, folhas secas, sementes, canudos e botões
grandes (diversos).

Encaminhamento:

1ª intervenção - MASSA DE MODELAR: o professor poderá fazer com as crianças uma receita de massa
de modelar. Deixar que as crianças participem do processo de mistura dos ingredientes.

1
Sequência organizada pela professora responsável pela Creche Santa Rita, Juselita Oliveira Reis.
RECEITA DA MASSA DE MODELAR: 2 xícaras (cerca de 250 ml) de farinha de trigo; 1 xícara (125 ml) de
sal; água suficiente para dar consistência de pão à massa (pouco mais que uma xícara); 2 colheres de
sopa de óleo comestível. Se preferir, o óleo de amêndoa deixa um cheiro agradável nas mãos. Corante
comestível de várias cores ou pó de suco instantâneo. Junte a farinha ao sal, obtendo uma mistura
homogênea. Adicione corante à água que será usada para dar consistência à massa. Aos poucos,
acrescente a água corada à mistura de farinha e sal, e vá mexendo até obter um ponto de massa de pão.
Por fim, adicione aos poucos o óleo e misture bem a massa.

2ª intervenção - ARGILA: propor que as crianças amassem, enrolem, façam bolinhas etc. Deixar que
sintam a textura e as possibilidades da argila sem a preocupação de um produto final, apenas pelo
prazer, exploração e familiarização com o material.

3ª intervenção - ARGILA OU MASSA DE MODELAR: deixar que as crianças modelem livremente. Oferecer
palitos ou meios auxiliares como tecidos, moedas velhas, botões grandes etc., para que as crianças
possam complementar suas produções, caso desejem.

4ª intervenção - PLACAS DE ARGILA: sugerir que façam placas com a argila e oferecer materiais
diversos, como palitos, pedaços de madeira, forminhas etc., para que as crianças possam produzir
marcas impressas em suas modelagens.

5ª intervenção - BLOCOS DE ARGILA: distribuir caixinhas de fósforo ou de outra que achar adequada. Em
seguida oferecer às crianças argila para ser colocada ainda fresca dentro das caixinhas. Após a secagem,
desenformar as argilas das caixinhas e pintar com guache de várias cores. Passar cola ou verniz após a
secagem da tinta. Esses módulos podem ser utilizados na construção de esculturas, fachadas de
casinhas, etc.

6ª intervenção - PRODUÇÃO DE PAPEL MACHÊ: propor as crianças que elas sejam responsáveis pela
fabricação do papel machê. Deixar que as crianças participem do processo de mistura dos ingredientes.
Essa massa deve ser usada nas produções das crianças. Depois de seca, elas poderão pintá-las com
guache.

RECEITA DE PAPEL MACHÊ: 1 litro de água, 3 colheres de sopa de farinha, 1 colher de sopa de vinagre
(só para a cola não estragar logo), jornal, revista. Misture a farinha e o vinagre com água em uma
panela. Esquente em fogo médio mexendo bastante até engrossar. Demora aproximadamente 20
minutos até o ponto de “brigadeiro”. Pique o jornal e revista com as mãos e acrescente a mistura da
farinha, vinagre e água.

O papel machê depois de seco é bastante resistente, podendo também ser utilizado na confecção de
objetos utilitários: porta lápis, caixinhas, imã de geladeira e outros. Cada criança cria seu objeto. Depois
de seco o trabalho, pintar com tinta guache.

Relevos de papel machê sobre cartão: Sobre um papel cartão, papelão ou pedaço de madeira, usar o
papel machê para fazer uma composição em relevo. Colocar a massa no suporte compondo um
trabalho. O suporte pode ser coberto por inteiro pela massa ou só em algumas partes. Trabalhar o
relevo acrescentando ou retirando a massa. Para complementar o trabalho, usar sucatas do tipo:
palitos, botões, moedas, tampinhas, copinhos, canudinhos ou outros materiais, fixando esses objetos no
trabalho com a própria massa (esta substitui a cola). Depois de seco, pintar com tinta guache.

Uma variação desta atividade consiste em fazer pequenas bolinhas com papel machê, pintá-las com
guache e ir colando-as, lado a lado, sobre uma superfície lisa como madeira, garrafa, vaso, lata (de
refrigerante), etc, criando um desenho. De preferência cobrir todo o objeto. Pode-se deixar as bolinhas
redondas ou achatá-las. Passar cola na superfície antes de colocá-las. Depois que a massa estiver
totalmente seca, passar uma camada de cola branca.

Bibliografia
- Fazer e Pensar Arte, Anna Marie Holm e Baby- Art, Os primeiros passos com a arte, Anna Marie Holm.
Coleção Novos Caminhos –Ed. Infantil de Aline Correa de Souza.

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