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FUNDAÇÃO CASA – SP - DRS

CASA RIO NOVO

Projeto:
“Arteiros”

Iaras/2017
FUNDAÇÃO CASA – SP - DRS
CASA RIO NOVO

APRESENTAÇÃO

Tem este a finalidade de apresentar o Projeto do Centro Rio Novo, atendendo à


Superintendência Pedagógica, destinado aos adolescentes que cumprem medida
socioeducativa de internação, a ser executado pela agente educacional Camila Mantovani
RE: 41945-0, com vistas a promover um momento para expressar-se artisticamente através
de releituras de determinados artistas.
O desenho é talvez a forma de expressão artística mais conhecida entre o grande
público e, por isso, a mais democrática. Seja nas tiras de jornais, nos animes japoneses ou
nos estudos de Da Vinci, o desenho é e sempre será uma das formas mais apreciadas de
arte.
A leitura que se faz de uma imagem dependerá, sobretudo da cultura e conjunto de
experiências sociais do observador podendo ser interpretada e sentida de formas diferentes
por pessoas diferentes, cada qual com seu jeito de interpretar o que vê.
Da mesma forma ocorre com o desenhista. Ao criar o desenho ele pode expressar
aquilo que sente, o que crê, o que almeja ou o que vive. É por isso, que vemos uma grande
variação na forma e conteúdo dos desenhos ao longo da história e é por isso que um
mesmo desenho pode despertar em pessoas diferentes sentimentos e até mesmo contrários.
Durante toda a história os desenhos foram usados tanto para distrair e entreter,
quanto para provocar reflexões. As charges e os cartuns, por exemplo, são muito usadas
pelos desenhistas para fazer críticas a situações do cotidiano ou chamar a atenção para
temas importantes.

JUSTIFICATIVA

A arte-educação é um processo de construção de conhecimento que envolve e inter-


relaciona a sensibilização, a produção e a contextualização da prática artística, produzindo,
a partir dela, uma percepção de si e do entorno peculiar, sensível e original. Fundada na
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leitura de mundo ético-estética, referenciada em aspectos subjetivos, tal prática caracteriza


um processo pleno de humanização do indivíduo, alcançando um rol
de atitudes e posturas diante da vida que se ressignificam em, carregadas de percepções e
afetos que explodem na experiência da arte. Trata-se de reconciliação entre os mecanismos
de pensar e sentir.
Enfatizamos o aspecto vivencial, visto que, segundo Byington (2004, p.9) uma
melhor aprendizagem ocorre através do sentir: “o que realmente se fixa na memória é o
que se vive, e o que se vive precisa de emoção”. O paradigma da simplificação, o
cientificismo, marcado pelo reducionismo e pela objetividade, afastou o homem dos
sentimentos, das emoções, da subjetividade. Para Byington, quando a subjetividade foi
eliminada do contexto educacional, levou consigo “...a vivência de totalidade, a emoção, a
afetividade, a introversão, a intuição e isso carregou junto à ética e o amor” (2004, p.9).
Transpondo a lógica clássica que se funda em procedimentos científicos simplificadores e
lineares, a vivência arte educativa nos parece um caminho capaz de fazer religações do
sujeito consigo mesmo e com o outro, experimentando novas formas de pensar e conhecer
o mundo, novos valores e novas responsabilidades. Quem vive a Arte tem sua própria
história inscrita na evolução do conhecimento.

OBJETIVO GERAL

Produzir releituras de Artistas, tendo como principal objetivo a Arte como agente
transformador, permitindo assim que os adolescentes acreditem na capacidade na própria
capacidade, reconhecendo ou desenvolvendo novas habilidades.

OBJETIVOS ESPECIFICOS
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- Trazer para o cotidiano dos adolescentes a experiência artística, oferecendo a


oportunidade de um conhecimento multidimensional que possibilita reavaliar seus próprios
valores;
- Desenvolver habilidades artísticas, criticidade e criatividade, ampliando suas
possibilidades comunicativas e expressivas;
- Acrescentar e renovar o conhecimento cultural instituída na realidade dos
adolescentes que se encontram internados neste Centro;
- Intermediar e facilitar a busca de cada jovem por meio das releituras, para que ele
reconheça sua capacidade, mantendo dentro de si a força criadora e o desejo de continuar
buscando;

Metodologia
É preciso que os trabalhos propostos despertem interesse, satisfação e curiosidade.
Essa é uma importante tarefa do educador: desenvolver projetos que mobilizem os grupos,
que sejam instigantes e dinâmicos. Devem conter elementos destinados a proporcionar o
conhecimento através de atividades próximas à realidade deles, agregando
imperceptivelmente novos conteúdos e valores.
- Projeto será desenvolvido efetuado por agente educacional;
- haverá um estudo sobre obras de artistas urbanistas, grafiteiros e entre outros,
conceituados e conhecidos mundialmente;
- Escolha do tema, obras, imagens, reproduções ou criações que permitam releitura;
- Após a escolha do tema e seleção das imagens, serão iniciadas as releituras das obras;
- Feito isso, as obras selecionadas serão trabalhas e reproduzidas, pelos adolescentes e
educador, o qual estará orientando quanto ao resultado;
- As ações serão registradas para que ao finalizar o projeto os adolescentes possam
visualizar seu desenvolvimento, ficando nítida a capacidade da Arte como agente
transformador e a elevação da autoconfiança;
- Será verificada a possibilidade de realizar uma exposição do trabalho desenvolvido como
forma de encerramento;

Exposição
A experiência do sucesso é muito importante para o ser humano, portanto,
considerando o adolescente enquanto pessoa em desenvolvimento, seria de grande valia a
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realização da exposição das obras. Pois ele precisa saber que seus trabalhos serão
apreciados e não apenas avaliados e esquecidos. A exposição dos trabalhos é o momento
do reconhecimento da competência individual, é um momento de satisfação, crescimento
pessoal e autoconhecimento. Além disso, esse projeto atende à Gerência de Arte e Cultura,
que propõem ser um instrumento de elevação da autoestima e de desenvolvimento da
criatividade, integração, respeito às diferenças, solidariedade, ludicidade, inclusão, enfim a
formação humana nas suas várias dimensões.

Avaliação
Os adolescentes serão avaliados de forma individual e periódica durante o
desenvolvimento das atividades, pelo educador responsável pelo desenvolvimento do
projeto. Será considerado a aptidão e interesse dos jovens, que por sua vez serão
observados mediante ao comprometimento com o que está sendo proposto a eles. As ações
poderão ser avaliadas também por toda a equipe de referência e o desenvolvimento
individual dos adolescentes poderão ser discutidas durante o PIA caso seja pertinente.

Conclusão
Espera-se no “Arteiros”, que o resultado final seja realmente gratificante,
proporcionando aos adolescentes o rompimento com paradigmas distorcidos de
experiências negativas através da arte. Para que “Ouçam, Falem, pensem, sintam, criem,
pintem, expressem-se e transforme-se no melhor que podem ser”.

RECURSOS MATERIAIS

Materiais necessários para a realização das atividades:

 Pen drive ou dvd’s;


 Televisão, aparelho de dvd;
 Livros de Arte;
 Cartolina, folha de sulfite, tesoura, cola, papel cartão e pincel atômico de
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varias cores;
 Canetas, lápis de cor, canetinhas, tintas, telas restauradas, espaços físicos do
centro;
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CRONOGRAMA DE EXECUÇÃO

O projeto será realizado uma vez por semana no Centro de Internação com duração
de uma hora, com turma fixa de no máximo 10 adolescentes. O projeto acontecerá as
terças-feiras das 13h45 às 15h50 com uma turma fixa de no máximo 10 adolescentes.

MES/
ETAP Jan Fev Mar Abr Maio Jun Jul Agos Set Out Nov Dez
AS
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