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Platão, em sua obra “A República, ou Da Justiça” não acreditava que o governo democrático,

que era o vigente na Grécia de sua época, era o melhor sistema de governo. Na cidade fictícia
República, uma cidade utópica criada pelo filósofo na obra citada anteriormente, cada
indivíduo deveria ser feliz com o que suas habilidades pessoais o permitisse, e essa felicidade
seria a finalidade da política: a realização de todos os cidadãos.

O filósofo argumentava que existiam três tipos de almas para descrever o ser humano. A alma
irracional seria a que habitaria os indivíduos que se satisfaziam com os trabalhos manuais,
como artesãos e agricultores. Seriam os estudantes que voltariam da escola para a cidade aos
vinte anos (para Platão, assim que as crianças se tornassem fisicamente independentes,
deveriam desenvolver seus potenciais na Escola, para depois voltarem para exercer suas
habilidades para o bem comum). Para os detentores da alma irascível, que estudavam até os
30 anos, eram reservados trabalhos relacionados à segurança da cidade, como o exército, por
exemplo. Já para os poucos que tivessem a alma racional, os filósofos, que estudavam até os
50 anos, ficava reservado o governo político da cidade, pois eram os que haviam alcançado a
ideia de bem e que saberiam realmente o que era a Justiça.

Apesar de, à primeira vista, o fato de Platão não ser favorável ao regime democrático poder
gerar estranheza, a importância da sua obra “A República” se encontra na questão do ideal
político para Platão, que seria a existência de um governo justo, que permitisse a felicidade de
seus cidadãos. Era a Justiça o tema central da obra.

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