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BIOLOGIA CELULAR E

HISTOLOGIA – BM / FARM

Tópicos a Abordar:

Matriz extracelular
Especializações da membrana

MODELO EA.079.02
ESPECIALIZAÇÕES DA MEMBRANA

Em regra, as células de um organismo sofrem especialização em


determinadas funções. Algumas dessas funções estão
estreitamente dependentes da membrana plasmática, como
seja a absorção de nutrientes, ou a coesão de um tecido de
revestimento, como nos epitélios.
q No primeiro caso, a referida especialização traduz-se, nomeadamente, em
aumento de superfície, que pode concretizar-se pela diferenciação de
estruturas digitiformes da membrana, denominadas microvilosidades.

q No segundo caso, formam-se, entre as membranas de células adjacentes,


zonas de aderência acrescida: são as junções.
q Existem diversos tipos de junções, algumas com intervenção também
na comunicação entre células adjacentes.
ESPECIALIZAÇÕES DA MEMBRANA
CELULAR

q A -Estruturas que aumentam a superfície celular

q Microvilosidades
q Cílios e flagelos
q Interdigitações

q B –Junções intercelulares

q Junções impermeáveis (tight junctions)


q Junções de aderência ou desmossomas
q Junções comunicantes (junções de hiato ou gap junctions)
ESPECIALIZAÇÕES DA MEMBRANA
CELULAR
A -Estruturas que aumentam a superfície celular

q Microvilosidades
q Extensões citoplasmáticas digitiformes presentes em numerosas
células animais, e que aumentam a superfície de absorção.
q Ex. células epiteliais do intestino humano

q Interdigitações
q Reentrâncias celulares de prolongamentos citoplasmáticos de células

adjacentes. Ocorrem geralmente nos epitélios de revestimento.


ESPECIALIZAÇÕES DA MEMBRANA
CELULAR
B –Junções intercelulares
q Junções impermeáveis(tight junctions)
q Encontram-se frequentemente na porção apical lateral das células
epiteliais de revestimento, como as células intestinais, células dos
tubos renais e no epitélio dos canais genitais excretores. Nessa
região o espaço intercelular é impermeável a moléculas sais e iões.

q São constituídas por uma rede de pregas formadas de partículas


intramembranares de natureza proteica.

q Estas partículas proteicas - proteínas integrais (claudinas e ocludinas)


– estão presentes em ambas as membranas das células adjacentes.
ESPECIALIZAÇÕES DA MEMBRANA
CELULAR
q Junções de aderência ou desmossomas
q Estruturas que ocorrem entre membranas de duas células vizinhas,
nomeadamente em epitélios, relacionadas com a adesão celular. O
desmossoma é constituído por duas placas densas, situadas na porção
citoplasmática ajacente à membrana celular de duas células vizinhas.

Proteínas da placa: desmoplaquinas, placoglobina e placofilina


ESPECIALIZAÇÕES DA MEMBRANA
CELULAR
Junções comunicantes (junções de hiato ou gap junctions)

q As junções são constituídas por moléculas proteicas transmembranares


que formam estruturas designadas conexões, cada uma formada por
seis proteínas (conexinas) idênticas aderentes entre si.

q As junções permitem a comunicação entre células, ocorrendo a


passagem de pequenas moléculas e iões.

q São estruturas dinâmicas que abrem ou fecham sob a acção de


estímulos celulares. O aumento do Ca++ citoplasmático, ou a
diminuição de pH intracelular (menor concentração de H+), diminuem a
permeabilidade das junções.
ESPECIALIZAÇÕES DA MEMBRANA
CELULAR
As junções comunicantes são fundamentais na contração cardíaca, nos
movimentos peristálticos do intestino, na embriogénese, e na diferenciação
das células germinais.
ESPECIALIZAÇÕES DA MEMBRANA CELULAR
CÍLIOS E FLAGELOS

q Tanto os cílios como os flagelos são projeções movéis das células. São
estruturas que permitem o movimento da própria célula (ex:
espermatozóides) ou para mobilizar substâncias em seu redor (ex: muco,
partículas de pó, etc…)

q As estruturas responsáveis pela motilidade celular são constituídas por


pequenos apêndices, especialmente diferenciados, que variam em
número e tamanho. Se são escassos e longos recebem o nome de
flagelos, ao passo que se são numerosos e curtos são denominados
cílios.
CÍLIOS E FLAGELOS

Projeções citoplasmáticas móveis constituídas por várias duplas de microtúbulos, com


cerca de 0,25µm de diâmetro e vários micra de comprimento, destinadas a facilitar a
locomoção celular.
MODELO
MODELOESS.002.01
EA.079.02
ESPECIALIZAÇÕES DA MEMBRANA CELULAR
CÍLIOS

q Os cílios são apêndices finos, semelhantes a cabelos com O,25 µm de


diâmetro, contendo no seu interior citoesqueleto embebido numa matriz
proteica e rodeado por uma diferenciação da membrana celular.

q A função primária dos cílios consiste em facilitar a locomoção e


movimentar fluidos ou células na superfície das células epiteliais:
q Os protozoários, usam os cílios tanto para recolher partículas de alimento
como para locomoção.
q Nas células epiteliais do trato respiratório humano, um número gigantesco de
cílios ( 109 /cm2 ou mais) limpam as camadas de muco contendo partículas
de poeira e células mortas em direção à boca, onde serão engolidas ou
eliminadas.
q Os cílios também auxiliam no arrastamento do óvulo ao longo das trompas
em direção ao útero, devido á atividade ciliar das células epiteliais.
ESPECIALIZAÇÕES DA MEMBRANA CELULAR
FLAGELOS

q Os flagelos dos eucariontes possuem uma


estrutura semelhante à dos cílios, são contudo
mais longos e ocorrem em menor número na
célula.

q Os flagelos das bactérias são completamente


diferentes dos cílios e flagelos das células
eucarióticas.
ESPECIALIZAÇÕES DA MEMBRANA CELULAR
DIFERENÇAS ENTRE MOVIMENTO DE CÍLIOS E FLAGELOS

Os cílios têm movimento em chicote enquanto que os movimentos


flagelares são do tipo sinusoidal.
ESPECIALIZAÇÕES DA MEMBRANA CELULAR
CÍLIOS E FLAGELOS

q Zonas ciliadas curvam em ondas unidirecionais coordenadas.

q Cada cílio move-se com um movimento de chicote:


q uma batida para a frente, na qual o cílio se estende totalmente golpeando o
líquido circundante, seguida por uma fase de recuperação, na qual ele retorna
à sua posição original com um movimento de enrolamento que minimize o
arrasto viscoso.

q Os ciclos dos cílios adjacentes são quase sincrónicos criando um padrão


ondulatório de batimento ciliar que pode ser observado ao microscópio.

q Os flagelos dos espermatozóides e de muitos protozoários são muito


semelhantes aos cílios na sua estrutura interna, mas normalmente são
muito mais longos.

q Ao invés de descreverem movimentos de chicote, movem-se em ondas


quase sinusoidais. No entanto, a base molecular para o seu movimento é a
mesma da dos cílios.
ESPECIALIZAÇÕES DA MEMBRANA CELULAR
CÍLIOS E FLAGELOS

A organização ultraestrutural do citoesqueleto do cílio ou do flagelo designa-


se axonema.

q O axonema é composto por microtúbulos e proteínas a eles associadas.


q Os microtúbulos estão modificados e dispostos num padrão, cujo
revelação foi uma das mais extraordinárias do inicio da microscopia
electrónica: nove microtúbulos duplos especiais estão dispostos
formando um anel ao redor de um par de microtúbulos simples -
arranjo "9 + 2"

q Os microtúbulos estendem-se de modo contínuo, ao longo do


comprimento do axonema que, normalmente possui 10 µm de
comprimento, mas, em algumas células, pode alcançar 200 µm.
ESPECIALIZAÇÕES DA MEMBRANA CELULAR
CÍLIOS E FLAGELOS

Enquanto que os
microtúbulos centrais são
independentes um do
outros, nos dupletos
periféricos, o microtúbulo
mais externo (túbulo B)
compartilha parte da
parede do microtúbulo
interno (túbulo A).
ESPECIALIZAÇÕES DA MEMBRANA CELULAR
CÍLIOS E FLAGELOS

q Os microtúbulos de um axonema estão associados com numerosas proteínas,


q Algumas servem para manter os feixes de túbulos unidos através de pontes
transversais (nexina)
q Outras geram a força que dirige o movimento de curvatura,
q enquanto outras formam um sistema de revezamento ativado mecanicamente
que controle o movimento de modo a produzir a forma da onde desejada. A
mais importante dessas proteínas é a dineina ciliar, cujas cabeças interagem
com microtúbulos adjacentes e geram uma força de deslizamento entre eles.
Devido as múltiplas pontes que mantém unidos os pares de microtúbulos
adjacentes, o que seria um movimento de deslizamento entre microtúbulos
livres, transforma-se em movimento de curvatura do cílio .

q Tal como a dineína citoplasmática, dineína ciliar possui um domínio motor que
hidrolisa ATP e se move ao longo de um microtúbulo na direção da sua
extremidade "menos", e uma cauda que transporte a carga que, neste caso, é um
microtúbulo adjacente. A dineína ciliar é consideravelmente maior do que a
dineína citoplasmática, tanto no tamanho das suas cadeias pesadas como no
número e na complexidade das suas cadeias polipeptídicas.
ESPECIALIZAÇÕES DA MEMBRANA CELULAR
CÍLIOS E FLAGELOS

Os microtúbulos do axonema inserem-se a nível


citoplasmático no corpo basal.
O corpo basal possui várias actividades
enzimáticas, tais como:
a fosforilase de nucleósidos, purínicos e
a ATPase Ca++ - Mg ++ dependente

Que se encontram envolvidas na transdução de


sinais que regulam a motilidade celular.
ESPECIALIZAÇÕES DA MEMBRANA CELULAR
CÍLIOS E FLAGELOS

Os centríolos e os corpos basais são estruturas cilíndricas, com 0,2 um de


largura e 0,4 um de comprimento.

q Nove grupos de três microtúbulos, fundidos em tripletos, formam a parede do


centríolo e cada tripleto inclina-se para dentro como as lâminas de uma
turbina. Tripletos adjacentes ligam-se ao longo do seu comprimento a
intervalos regulares, enquanto ténues raios protéicos podem ser vistos em
micrografias eletrônicas irradiando-se para fora de cada triplete a partir de
um núcleo central, formando um padrão semelhante a uma roda de carroça.

q Durante a formação ou a regeneração de um cílio, cada par de microtúbulos


do axonema forma-se a partir de dois dos microtúbulos do tripleto do
corpúsculo basal e, desta forma, a simetria característica de 9 elementos é
preservada. Não se sabe como o par central se forma no axonema; essa
estrutura não é encontrada nos corpúsculos basais.
ESPECIALIZAÇÕES DA MEMBRANA CELULAR
CÍLIOS E FLAGELOS

Desenho esquemático da vista


lateral de um corpo basal,
Micrografia electrónica de uma secção
constituído por nove tripletes de
transversal de dois corpos basais no córtex
microtúbulos. A estrutura de um
de um protozoário.
centríolo é essencialmente a
mesma.
MATRIZ EXTRACELULAR

INTERAÇÃO CÉLULAS-AMBIENTE
MATRIZ EXTRACELULAR
MATRIZ EXTRACELULAR

q A matriz extracelular mantém as células unidas e


também serve como um meio de trocas celulares

q Rede estrutural complexa não celular que rodeia e


suporta as células

q Função: os vários componentes da matriz


extracelular formam um sistema dinâmico e
interativo que informa as células sobre as
mudanças químicas e bioquímicas extracelulares
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MATRIZ EXTRACELULAR

REGULA
q Migração celular
q Crescimento celular

q Diferenciação celular

q Organização 3D dos tecidos e órgãos

q Suporte

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MATRIZ EXTRACELULAR

q Substância fundamental: ocupa o espaço entre as


células e fibras do tecido conjuntivo. É viscosa,
incolor e alto teor em água.
q Constituída por proteoglicanos, glicoproteínas
multiadesivas e glicosaminoglicanos

q Componente fibrilar: fibras de colagénio, reticulares e


elásticas

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MATRIZ EXTRACELULAR
INTERACÇÃO CÉLULA-CÉLULA

Pele Humana
. Adesão

. Comunicação

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MATRIZ EXTRACELULAR
INTERACÇÃO CÉLULA-CÉLULA

Condócitos

Eritócitos fixados

MATRIZ EXTRACELULAR
(ECM)

Condrócitos em cultura

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MATRIZ EXTRACELULAR
INTERACÇÃO CÉLULA-CÉLULA

MATRIZ EXTRACELULAR (ECM) – Lâmina Basal


Lâmina Basal
Epiderme
Com 50 a 200 nm

Rodeia células musculares e


adiposas

Na superfície basal de células


epiteliais

Derme Superfície interna do endotélio


dos vasos sanguíneos
Pele Humana
Superfície do t. digestivo e
respiratório
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MATRIZ EXTRACELULAR
INTERACÇÃO CÉLULA-CÉLULA

MATRIZ EXTRACELULAR (ECM) – Lâmina Basal


Lâmina Basal
Epiderme
Suporte mecânico

Substrato para a migração celular


Derme
Separa tecidos adjacentes num órgão
Pele Humana

Barreira para macro-moléculas

- Rim / diabetes

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Partículas de ouro c/anticorpo anti-colagénio IV
MATRIZ EXTRACELULAR
INTERACÇÃO CÉLULA-CÉLULA

MATRIZ EXTRACELULAR (ECM) – Proteínas Fibrosas

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MATRIZ EXTRACELULAR
INTERACÇÃO CÉLULA-CÉLULA

MATRIZ EXTRACELULAR (ECM) – Proteínas Fibrosas

- Família de glico-proteínas
fibrosas

- Presente apenas na ECM

- Grande resistência a forças de


tensão
1mm f suporte 10 Kg

- Constituem 25% das proteínas


do corpo

- Produzido pelos fibroblastos

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MATRIZ EXTRACELULAR
INTERACÇÃO CÉLULA-CÉLULA

MATRIZ EXTRACELULAR (ECM) – Proteínas Fibrosas

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MATRIZ EXTRACELULAR
INTERACÇÃO CÉLULA-CÉLULA

q Fibras de Colagénio
q Constituídas pela proteína colagénio
q Colagénio é sintetizado e secretado por células do
tecido conjuntivo
q Proteína fibrosa que confere elasticidade aos
tecidos
q Localizada na pele, ossos, tendões, cartilagem,
vasos sanguíneos
q Apresentam um cor branca e em lâminas uma cor
rosa (H&E – com o corante eosina)
MATRIZ EXTRACELULAR
INTERACÇÃO CÉLULA-CÉLULA

MATRIZ EXTRACELULAR (ECM) – Proteínas Fibrosas

- Identificados mais de 20 tipos


diferentes

- Com localização específica

- Vários tipos (2 ou +) na mesma


ECM

FACIT – associado a fibras


com estrutura em hélice
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tripla interrompida
MATRIZ EXTRACELULAR
INTERACÇÃO CÉLULA-CÉLULA

Tipos de Fibras de Colagénio


Tipo I:
q 90% do colagénio total;

q Formam feixes e fibras muito resistentes.

q Encontrados nos tendões, ligamentos, derme,


ossos, dentina, tecido conjuntivo laxo, entre
outros.
q Sintetizado pelos fibroblastos, condontoblastos
e osteoblastos.
MATRIZ EXTRACELULAR
INTERACÇÃO CÉLULA-CÉLULA

Tipos de Fibras de Colagénio


Tipo II:
q Encontrado na cartilagem hialina e elástica
q Formam fibrilas muito finas e produzido pelas
células cartilaginosas

Tipo III:

q Associado ao tipo I, é o que forma as fibras


reticulares
q Sintetizado pelos fibroblastos e células reticulares
MATRIZ EXTRACELULAR
INTERACÇÃO CÉLULA-CÉLULA

MATRIZ EXTRACELULAR (ECM) – Proteínas Fibrosas

Glicosilação Pontes S-S Pontes S-S


no C-

Hidroxilação
Pro e Lys

Enrolamento das 3 cadeias

Exocitose e remoção dos telopeptideos 40


MATRIZ EXTRACELULAR
INTERACÇÃO CÉLULA-CÉLULA

MATRIZ EXTRACELULAR (ECM) – Proteínas Fibrosas

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MATRIZ EXTRACELULAR
INTERACÇÃO CÉLULA-CÉLULA

MATRIZ EXTRACELULAR (ECM) – Proteínas Fibrosas

Ligações covalentes
entre Lys e hyPro

O processo de cross-linking mantém–se


ao longo da vida e é responsável pelo
decréscimo de elasticidade da pele e
ossos.
Tornam-se mais quebradiços.

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MATRIZ EXTRACELULAR
INTERACÇÃO CÉLULA-CÉLULA

MATRIZ EXTRACELULAR (ECM) – Proteínas Fibrosas

Estrutura
repetitiva

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MATRIZ EXTRACELULAR
INTERACÇÃO CÉLULA-CÉLULA

MATRIZ EXTRACELULAR (ECM) – Proteínas Fibrosas

Mutação dos genes do colagénio I


- Osteogenesis imperfecta

Mutação dos genes do colagénio II


- Alterações da cartilagem, deformações do esqueleto
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MATRIZ EXTRACELULAR
4
6
INTERACÇÃO CÉLULA-CÉLULA

Interstitial Collagenases
Unspecific Proteases (L) Cathepsin K
(C)
(K) Cystein
MMP

MMP-13
Microbial Collagenases - a-helix (3/4’ and 1/4’
fragments)
- N-terminal telopeptide
MATRIZ EXTRACELULAR
INTERACÇÃO CÉLULA-CÉLULA

MATRIZ EXTRACELULAR (ECM)

Colagénio tipo IV

Encontra-se apenas na membrana basal

Segmentos sem estrutura em hélice

Com domínios globulares em cada terminal

Mutações: Alport sindrome (doença renal)

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MATRIZ EXTRACELULAR
INTERACÇÃO CÉLULA-CÉLULA

Tipos de Fibras de Colagénio


Tipo IV:
q não forma fibras visíveis ao microscópio óptico
q Presente na lâmina basal do tecido epitelial
q Sintetizado por células epiteliais

Tipo V:
q Não forma fibras visíveis ao microscópio ótico
q Presente nas paredes dos vasos e artérias, assim como
em várias membranas fetais
q Sintetizado por células do tecido conjuntivo, epiteliais e
endoteliais
MATRIZ EXTRACELULAR
INTERACÇÃO CÉLULA-CÉLULA

Keratan
sulfato

Complexo de proteína (core protein) e poli-


sacarídeos (glicosaminoglicanos GAGs) ligados
através de ponte de tri-sacarídeo.

SUPORTE: cartilagem, tecido conjuntivo

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MATRIZ EXTRACELULAR
INTERACÇÃO CÉLULA-CÉLULA

Os proteoglicanos da
ECM organizam-se
em complexos
gigantes ligando-se

ao ácido hialurónico,
um GAG não
sulfatado
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MATRIZ EXTRACELULAR
INTERACÇÃO CÉLULA-CÉLULA

Agregado de proteoglicanos da ECM


MATRIZ EXTRACELULAR (ECM)

Rede de suporte para as


outra ECMs

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MATRIZ EXTRACELULAR
INTERACÇÃO CÉLULA-CÉLULA

Degradação nos lisossomas

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MATRIZ EXTRACELULAR
INTERACÇÃO CÉLULA-CÉLULA

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MATRIZ EXTRACELULAR
INTERACÇÃO CÉLULA-CÉLULA

Devido à carga negativa ligam muitas moléculas de água, constituindo assim um gel poroso e
hidratado que preenche o espaço extra-celular
MATRIZ EXTRACELULAR
INTERACÇÃO CÉLULA-CÉLULA

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MATRIZ EXTRACELULAR
INTERACÇÃO CÉLULA-CÉLULA
Adesão celular

- Na ECM e em solução no plasma


- Funções: adesão, migração, morfologia celular,
diferenciação embrionária e organização do
citoesqueleto

Glicoproteína dimérica (com 230 kDa cada) com


arranjo linear de diferentes domínios para:

- ligação de outros componentes da ECM

- ligação a receptores na célula

Conhecem-se 20 isoformas
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MATRIZ EXTRACELULAR
INTERACÇÃO CÉLULA-CÉLULA

58
MATRIZ EXTRACELULAR
INTERACÇÃO CÉLULA-CÉLULA

Migração de células durante o


desenvolvimento embrionário é conduzida
por proteínas como a fibronectina

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MATRIZ EXTRACELULAR
INTERACÇÃO CÉLULA-CÉLULA

Glicoproteínas expressas com variantes específicas para


cada tipo de tecido 60
MATRIZ EXTRACELULAR
INTERACÇÃO CÉLULA-CÉLULA

Moléculas heterodiméricas com 850kDa


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Envolvidas migração, crescimento e diferenciação celular
MATRIZ EXTRACELULAR
INTERACÇÃO CÉLULA-CÉLULA

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MATRIZ
EXTRACELULAR (ECM)

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MATRIZ EXTRACELULAR
INTERACÇÃO CÉLULA-CÉLULA

Laminina

Entactina

Colagénio
IV

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MATRIZ EXTRACELULAR
INTERACÇÃO CÉLULA-CÉLULA

Proteínas integrais da membrana


presentes em todos os tipos de
células dos vertebrados

Possuem 2 cadeias polipeptidicas (a e


b) com 2 domínios transmembranares

Conhecem-se 18 subunidades alfa e 8


subunidades beta

Muitas células possuem integrinas


diferentes e muitas integrinas estão
presentes em diferentes tipos de
células
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MATRIZ EXTRACELULAR
INTERACÇÃO CÉLULA-CÉLULA

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MATRIZ EXTRACELULAR
INTERACÇÃO CÉLULA-CÉLULA

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MATRIZ EXTRACELULAR
INTERACÇÃO CÉLULA-CÉLULA

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MATRIZ EXTRACELULAR
INTERACÇÃO CÉLULA-CÉLULA

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MATRIZ EXTRACELULAR
INTERACÇÃO CÉLULA-CÉLULA

Algumas integrinas podem estar na


superfície de células numa forma inactiva

A activação pode ser programada pela


célula em resposta a algum factor

No processo de agregação das plaquetas


para a formação do coagulo sanguíneo
ocorre após activação da integrina aIIBb3 a
qual aumenta a sua afinidade pelo
fibrinogénio. 71
MATRIZ EXTRACELULAR
INTERACÇÃO CÉLULA-SUBSTRATO

As proteinas extracelulares que ligam às integrinas contém


uma sequência de aminoácidos RGD (arginina-glicina-

aspartato) - sequência de adesão

A formação do coagulo depende da ligação de integrinas da


plaqueta a proteínas do sangue com RGD (fibrinogénio,
factor de Willebrant)

Péptidos com RGD podem inibir a coagulação sanguínea e


serem de interesse terapêutico (antitrombóticos -
Aggrastat)
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Interacção células/substratos

Estão envolvidas em 2 funções principais:


- adesão das células ao seu substrato ou a
outras células

- transmissão de sinais do ambiente externo


para o interior da célula fenómeno
conhecido por sinalização outside-in

Os sinais são transmitidos através da membrana


recorrendo a alterações na conformação das proteínas
envolvidas no processo
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Interacção células/substratos

Células tumorais conseguem sobreviver em meios de


cultura em suspensão

Células normais morrem caso não sejam


cultivadas em meios com substrato sólido

As integrinas não conseguem contactar com os


substratos extracelulares e portanto não conseguem
produzir a sinalização adequada para os processos
celulares decorrerem
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Interacção células/substratos

75
Interacção células/substratos

76
Interacção células/substratos

Ligação à membrana basal

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Interacção células/substratos

Estruturas dinâmicas que


ocorrem in vitro.

Desaparecem quando a célula


entra em divisão

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Interacção células/substratos

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INTERAÇÃO CÉLULA - CÉLULA

. Interacção célula – espaço extracelular

. Interacção célula-célula

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INTERAÇÃO célula-célula

81
INTERAÇÃO célula-célula

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INTERAÇÃO célula-célula
Leucócitos

Céls. endoteliais

Plaquetas,
céls. endoteliais
Ligam a açucares que se
projectam da membrana de
outras células

Dependente de cálcio

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INTERAÇÃO célula-célula

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INTERAÇÃO célula-célula

Ligam linfócitos a outras


células na resposta imune

VCAM - adesão vascular


NCAM – adesão neuronal
L1 – entre outras céls

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INTERAÇÃO célula-célula

Transmitem sinais da ECM para o


citoplasma

Ligam células do mesmo tipo

Permitem a sua reunião em tecidos

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LIGAÇÃO célula-célula

Junções estreitas

Junções aderentes

Junções hiato
Desmossomas

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LIGAÇÃO célula-célula

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LIGAÇÃO célula-célula

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LIGAÇÃO célula-célula

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LIGAÇÃO célula-célula

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LIGAÇÃO célula-célula

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LIGAÇÃO célula-célula

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