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Gulestan

O ROSEIRAL ALQUÍMICO
Sonia Lyra, PhD

RESUMO
É NOSSO DESEJO, ATRAVÉS DESTE ARTIGO, SE ASSIM NOS FOR
PERMITIDO, COLHER ALGUMAS PÉTALAS DAS ROSAS
OFERECIDAS POR SAADI (SHEIKH MUSLIHUDDIN SAADI
SHIRAZI) O QUAL NASCEU EM SHIRAZ, NO ANO 571 DA HÉGIRA
(1175/76 D.C.). ADENTRAR O JARDIM DAS ROSAS OU O ROSEIRAL
ALQUÍMICO IMPLICA, AINDA QUE BREVEMENTE, LANÇAR UM
OLHAR TAMBÉM PARA A ALQUIMIA ATRAVÉS DA OBRA DE
MICHEL MAÏER (CONDE DO CONSELHO IMPERIAL, MÉDICO
IMPERIAL, FILÓSOFO, ETC) ATALANTE FUGITIVE OU
NOUVEAUX EMBLÈMES CHYMIQUES: DES SECRETS DE LA
NATURE. ESTE ÚLTIMO ESCREVEU ENTRE UMA SÉRIE DE 50
EMBLEMAS QUE COMPÕE ESSA OBRA, O EMBLEMA XXVII COMO
O ROSARIUM PHILOSOPHORUM (O ROSEIRAL DOS FILÓSOFOS)
O QUAL TRAZ CONSIGO UM ENSINAMENTO, DA MESMA FORMA
QUE O PROPOSTO POR SAADI, NA SÉRIE DE CONTOS
INTITULADA GULISTAN. É PRECISO BUSCAR E ENCONTRAR A
CHAVE PRÓPRIA PARA A ENTRADA NO ROSEIRAL POIS DIZ-SE
QUE, AQUELE QUE TENTAR ENTRAR SEM A CHAVE PODE SER
COMPARADO A UM HOMEM QUE QUER CAMINHAR SEM TER OS
PÉS. DADA A BREVIDADE DO ESPAÇO LITERÁRIO DE QUE
DISPOMOS, A PROPOSTA É INICIALMENTE DESCREVER O
DISCURSO ALQUÍMICO XXVII, TRADUZIDO LIVREMENTE DO
FRANCÊS (POR ESTA AUTORA) E EM SEGUIDA, APRESENTAR
ALGUMAS PASSAGENS DO GULISTAN, PARA ENTÃO
SINTETIZARMOS O QUE TAIS OBRAS PODEM NOS OFERECER
EM COMUM.
Palavras chave: Alquimia. Gulistan. Atalante Fugitive.
Michel Maïer. Rosarium Philosophorum. Saadi.

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INTRODUÇÃO
Para eles, o roseiral filosófico, fechado por todos
Transcrever-se-á primeiramente aqui, o os lados, se abre, e seu acesso é permitido a
Discurso XXVII para depois discorrer sobre ele. todos aqueles que entram de um modo legítimo.
Em seguida, apresentar-se-á resumidamente Se um deles dá defeito, aquele que quer entrar
alguns ensinamentos éticos do Gulistan e a será semelhante a um homem aleijado dos pés e
possibilidade de ser encontrada a chave e, talvez, que se esforçará para correr na frente de uma
a abertura do cadeado que permite a entrada no lebre. Quem quer se introduzir sem chave no
Roseiral. roseiral cercado com cerca ou com cerca viva
por todos os lados, imita um cego que, vindo de
Está escrito que Erichthonios (também chamado uma noite tenebrosa, não tem nenhum
Erecteo I) nasceu de uma semente que caiu na discernimento daquilo que se passa dentro do
terra por descuido, enquanto Vulcano (Hefesto) Jardim e não pode alegrar-se com os bens que
tentava violar Atena (Pallas), a diva da sabedoria. gostaria de ali possuir.
Conta-se ainda que seus pés não eram os de um
homem, mas sim os de uma serpente. A chave no entanto, é algo muito vil, que pode-
se até mesmo chamar de pedra, conhecida pelos
“É lamentável de ver um homem que avança ao adeptos, ela é a raiz de Rodes (físico e
modo de um quadrúpede, isto é, que se serve matemático da antiguidade - 300 a.C.), sem a
para andar, dos pés e das mãos; mas, é mais qual o germe não pode ser impulsionado, nem o
lamentável ainda vê-lo totalmente privado das broto crescer, nem a rosa florir e florescer suas
pernas e utilizando, em seu lugar, os braços. Eles mil pétalas. Mas, perguntarão, onde encontrar
parecem estar degenerados e terem passado ao essa chave?
estado de vermes, porque avançam à maneira
dos vermes e das serpentes. As duas pernas são Eu respondo através do oráculo, diz o
com efeito os membros que fazem parte do alquimista, que ela deve ser procurada lá onde
organismo humano sem as quais não se pode se afirma que foram encontradas as ossadas de
caminhar de uma maneira verdadeira, da Orestes, LA ONDE se pode encontrar às vezes
mesma forma que não se pode ver sem olhos, ou OS VENTOS: AQUELE QUE BATE, AQUELE
tocar sem mãos as coisas tangíveis. QUE REPELE O CHOQUE E A DESTRUIÇÃO
DOS HOMENS, isto é, como Lynchas soube
Do mesmo modo a Medicina, ainda que não interpretar, dentro de uma ferraria. Na
importe através de qual arte operativa, possui linguagem do oráculo, com efeito, os ventos
duas pernas sobre as quais ela se sustenta: se uma representam os sopros e aquele que bate, o
ou outra dá defeito, a arte estará mutilada, martelo; o que provoca o choque, a bigorna; e
vacilante, ela não será perfeita em suas tradições pela destruição dos homens ele entende o ferro.
e seus preceitos, e não encontrará seu lugar” O buscador encontrará certamente esta chave
(MAÏER, 1969: Paris). no hemisfério setentrional do Zodíaco, e a alça
A Química encontra acima de tudo sua alegria da trava (cadeado) no hemisfério meridional, se
nesses dois sujeitos (que lhes substituem as ele souber como nomear e distinguir os signos.
pernas): um é a chave e o outro é a alça da trava
(cadeado). Uma vez que tenha se apossado dela, lhe será
fácil abrir a porta e entrar. Já na entrada ele verá
Vênus e seu amante Adonis. Com o sangue dele
ela tingirá as rosas brancas em vermelhas. Ver-
se-á então o dragão, como no Jardim das
Hespérides: colocado lá para guardar as rosas,
ele observa. O perfume das rosas é, dizemos,
intensificado graças aos alhos plantados ao
redor delas e esta é a razão do excelente grau de
calor que possui o alho e que permite às rosas de
resistir aos ventos frios.

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“NOSSOS LIVROS PARECEM CAUSAR MUITAS PERGUNTAS ÀQUELES QUE
LEEM NOSSOS ESCRITOS, UMA, DUAS OU TRÊS VEZES SOMENTE, POR ISSO
ELES SE FRUSTRAM DEVIDO ÀS INTELIGÊNCIAS DESSES LIVROS E DE
TODOS OS SEUS CUIDADOS E, O QUE É MAIS TRISTE, ELES PERDEM OS
BENS, O TRABALHO E O TEMPO QUE ELES CONSAGRARAM A ESSA ARTE”. E,
POUCO DEPOIS: “ASSIM QUE ALGUÉM PENSA EM OPERAR E POSSUIR O
MUNDO, ENCONTRARÁ O NADA EM SUAS MÃOS” (MAÏER, 1969: 218/220).

Nas entrelinhas de linguagens cifradas como


essa, qual é o problema central? Não será um
ensinamento ético? Quando aponta a avidez e o
despreparo como algo doentio e pernicioso que
acarretará tão somente sofrimentos? Não estará
o alquimista pontuando questões muito atuais e
presentes na psique humana no cotidiano do
As rosas reclamam de fato do calor do sol e da
homem? E não será que, justamente o Gulistan,
terra antes de adquirir uma cor e um odor mais
pode trazer consigo uma incomparável
agradáveis aos olhos e às narinas. Agregado a
possibilidade de se descobrir a chave, a senha
isto, a fumaça do enxofre comum, branqueia as
para adentrar o Roseiral dos Filósofos? Não será
rosas vermelhas nas partes em que elas são
o ensinamento sufi carregado de ensinamentos
atingidas e que ao contrário, o espírito do vitriol
éticos que tentam nos mostrar a chave?
ou da água-forte lhes confere uma cor vermelha
intensa e durável.
Pois, o enxofre comum é oposto ao enxofre
filosófico, que é impulsionado a destruí-la, mas
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a água dissolvente e a amizade que tem por ele
lhe conserva a sua cor. A rosa é dedicada a
Vênus devido a sua graça pela qual ela precede O Gulistan, ou O Jardim das Rosas, de Saadi, é
todas as outras pequenas flores. Por isso, ela é uma coletânea em verso e prosa, que apresenta
uma virgem que a natureza arma, para evitar os elementos mais profundos da filosofia Sufi, e
que ela seja violada impunemente e sem certamente da alquimia presente no Roseiral
vingança. As violetas são desprovidas de armas dos Filósofos, especialmente por tratarem
e, por isso, são pisoteadas. ambos da “filosofia mística da Rosa” (SAADI,
As rosas, ocultas sob os espinhos, possuem uma 2000: 18). De acordo com o autor, tudo que
cabeleira loura por dentro e uma vestimenta existe possui uma essência e, em seus escritos,
verde por fora. Por isso, se o buscador não for pode-se encontrar mero entretenimento nos
sábio, não poderá colhê-las e separá-las dos textos ou seu sentido profundo, de acordo com
espinhos; e seus dedos darão provas de seus o estágio de desenvolvimento
ferimentos. psíquico/espiritual do leitor. Desse modo
O mesmo se diz que, exceto um homem muito iniciar-se-á essa reflexão com o instante em que
prudente, não vai colher as flores dos filósofos, o Sufi se encontra diante da roseira e/ou do
se ele não tiver feito a experiência dos espinhos Roseiral e, ao retornar de sua meditação, os
nos troncos e das abelhas no fel e no mel. companheiros lhe perguntam o que trouxe de lá
A maior parte entra no Roseiral com mãos consigo. Ao que ele responde: “Quis encher meu
ávidas, mas não levam consigo nada mais que manto de rosas para vós, mas quando me vi
sofrimento. Isto quer dizer que perderam seu diante da roseira, seu perfume inebriou-me a tal
óleo e suas penas. É por isso que Bacusser diz na ponto que não pude fazer sequer um gesto”. Eu
Turba: disse:

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Quis colher as rosas do jardim,
Mas o perfume da roseira inebriou-me.
Ó rouxinol, aprende a devoção da mariposa da noite:
Sacrificou a vida à chama, sem um lamento.
Estes simuladores não sabem o que procuram,
Pois aquele que atinge o conhecimento d’Ele
Não volta ao mundo para contar” (SAADI, 2000: 26).
O que mais poderia o buscador trazer consigo?
Um outro entre os belíssimos contos de Saadi, dá pistas do caminho a seguir:
“Lembro-me de uma noite em que um amigo muito querido bateu
inesperadamente à minha porta. Em minha pressa, apaguei a lâmpada com a
manga do meu manto.
Alguém chegou no meio da noite
E iluminou minhas trevas com a luz da sua presença.
Viajando sozinho na noite, tendo-me por único guia,
Veio a mim num halo de luz, e eu disse:
“Bem-vindo! Sê três vezes bem-vindo, Amigo!”
Impressionado com minha sorte, perguntei-me:
“De onde me vem esta riqueza?”
Ele sentou-se e queixou-se: “Porque apagaste a lâmpada quando me viste?”
Respondi: “Pensei que o sol havia nascido”.
Como dizem os homens de espírito:
Quando o inoportuno entra no halo da vela,
Apressa-te e põe-na no centro do grupo.
Mas se o convidado é de natureza amável,
Apaga então a vela e manda-o entrar” (SAADI, 2000: 172).

Fim da primeira reflexão. Chave e cadeado em mãos?

Uma outra possibilidade para tomar a chave é oferecida por Saadi, neste outro
conto, que esclarece sobre os bens do mundo, especialmente o dinheiro.
“O filho de um homem piedoso herdou a imensa fortuna de seu tio. Tornou-se
libertino e extravagante, entregando-se a todos os maus procedimentos e a
todos os entorpecentes que conseguiu encontrar.
Um dia, eu o adverti, dizendo: “Os rendimentos são água corrente, e o gozo, o
moinho; não pode pagar o luxo de tais atividades se não tens rendimentos
estáveis”.
“Se nenhum dinheiro entra, gasta com parcimônia,
Pois, se não chover nas montanhas durante um ano,
Como diz a canção, o Tigre secará.
“Deixa, pois, a razão seguir-te, pois se dissipas tua herança sofrerás provações e
remorsos”. O jovem, porém, sob influência do vinho e da música, não seguiu
meu conselho, e até mesmo admoestou-me, dizendo: “Querer mudar meu
modo de vida atual por medo do futuro não é atitude de um homem sábio.
“Deveriam os homens de posses e afortunados
Sofrer privações por temer as privações?
Vai embora! Divirtamo-nos, amigos do prazer!
Não provemos hoje as penas de amanhã!
Hás de compreender o quanto me é impossível
Seguir o conselho dos homens parcimoniosos,
Pois tenho uma reputação a zelar:
Aquele que se tornou exemplo de generosidade
Não pode colocar um cadeado em seu tesouro.
Se tua boa reputação é conhecida por todos,
Não pode fechar-lhes a porta no nariz”.

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Vi que minhas palavras não exerciam o menor efeito sobre ele, meu
hálito quente era inútil sobre seu ferro gelado. Abandonei meus esforços
e segui o ditado dos sábios:
“Diz o que tens a dizer; se não te escutam, estás livre da culpa”.
Mesmo sabendo que não serás ouvido,
Dá tua opinião e teus conselhos.
Em pouco tempo, verás o teimoso com os pés acorrentados,
A torcer as mãos e lamentar:
“Ai de mim, que não ouvi as palavras dos sábios!” (SAADI, 2000:
208/209).
Esse ensinamento parece trazer consigo o mistério não só da chave,
como do cadeado sem o qual o Roseiral, não poderá ser adentrado.
Intrigante e ético discorre sobre os mistérios desse Jardim na obra Il
Giardino delle Ricchezze (Hortus Divitiarum) ou Della Sacra Scienza
Dell’Alchimia, Giorgio Aurach de Argentina (1983), escrito alquímico de
1475. Anuncia que os filósofos escreveram sobre essa arte enigmática e
obscuramente, “com diferentes imagens e palavras dissonantes”
(FLAMEL, AURACH de ARGENTINA, 1983: 65) para que ninguém que
não opere pela graça de Deus possa compreender.
No entanto, o alquimista convida para que venham todos os filhos da
Filosofia, para conduzi-los pelos Jardins da Riqueza e da alegria onde
lhes mostrará flores de todas as cores do mundo, que poderão ser
observadas a fundo e cujas raízes poderão ser apreendidas de modo
muito particular.
Ironicamente, o sábio Saadi, nos deixa mais um conto misterioso para a
reflexão.
“Um homem com dor nos olhos foi tratar-se com um veterinário. Este
aplicou-lhe um remédio que utilizava habitualmente em cavalos e o
homem ficou cego. O caso foi apresentado à corte e o juiz decidiu que
nenhuma compensação seria paga ao paciente.
E acrescentou: “Se esse homem não fosse um asno, não teria ido ao
veterinário”. A moral dessa história aplica-se a cada um de nós hoje e
sempre: a quem confiamos nossos problemas mais difíceis? Se for a
alguém inexperiente, certamente as consequências serão ainda mais
graves.
Um homem lúcido e sábio
Não confia assuntos vitais a uma pessoa desqualificada.
Um tecedor de palha é um tecelão,
Mas não lhe compete o ofício de tecer a seda” (SAADI, 2000: 214).
E, finalmente, tomemos mais uma pista para a preciosa e tão desejada
chave que permite entrar nos Jardins das Rosas de Saadi.

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“Um dia, um rei persa enviou um médico muito habilidoso para servir
ao Profeta Muhammad. Ao cabo de um ano, ele não tivera a chance de
mostrar sua competência, sequer de dar uma única consulta.
Apresentou-se diante do Profeta e queixou-se: “Embora eu tenha sido
enviado para tratar vossos discípulos, até agora ninguém me consultou e
não cumpri com meu dever”. O Profeta respondeu: “Essas pessoas só
comem quando têm fome e param de comer ainda com fome”.
Beijando o chão, o doutor disse: “Essa é a verdadeira receita da boa
saúde” (SAADI, 2000: 131).

CONCLUSÃO

Não fosse pela estrutura do texto, sequer poderíamos chamar a isso que
aqui escrevo agora, de conclusão. A conclusão é individual. Cada leitor,
tire sua própria conclusão. Em todo caso, um dos problemas centrais
seja no Rosarium, seja no Gulistan, está na avareza e, com ela, na
ausência da ética. Na apropriação indébita dos bens da natureza e do
mundo pelo homem que, apegado, não pode usufruir do perfume das
Rosas. Pois, conclui Saadi: “O avaro não usufrui de seu dinheiro, mas o
esconde, e diz: “Mais vale prevenir que desfrutar”. Amanhã, verá o
desejo de seus inimigos atendidos, e morrerá, deixando seu tesouro para
trás” (SSADI, 2000: 266) e, com isso, ainda que tenha estado com a
chave e o cadeado nas mãos, não soube abrir o Jardim das Rosas.
Desse modo, século após século, os grandes ensinamentos, aqueles que
podem oferecer a chave para a entrada em Jardins de Rosas, são
passados de mão em mão, assim como as tochas preparadas para
manterem acesas a sua luz.
Mas, e sempre os textos se fazem acompanhar desse, mas, para se poder
acessar ao “tesouro de difícil acesso” é preciso ter consigo e desenvolver
certos critérios de personalidade, sem os quais a experiência não será
possível. Cifradas em linguagem secreta ou escancaradas aos olhos de
quem vê, as falas dos alquimistas e/ou filósofos de todas as épocas aí
estão para iluminar sempre outra vez, o caminho dos buscadores dessas
verdades.

Referências
MAÏER, MICHEL. (1969). Atalante Fugitive. Dervy: Paris. FLAMEL, NICOLAS;
AURACH DE ARGENTINA, GIORGIO. (1983). Il Segreto della Polvere de
Proizione. Prezioso dono di Dio. Il Giardino delle Ricchezze. Ed. Mediterranee.
Roma. SAADI de SHIRAZ. (2000). Gulistan. O Jardim das Rosas. A partir do
original persa traduzido por Omar Ali-Shah. Attar Editora: São Paulo.

ilustrações:
Les Roses (1817–1824) por Pierre-Joseph Redouté . Original da Biblioteca do
Congresso Americano - . Digital aumentado por rawpixel.

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