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Este estudo propõe-se d’estudar uma primeira estrutura associada ao espaço topológico X.
Trata-e doanel comutativo H 0 ( X)={f : X Z /f é contínua} . Mostra-se que H 0 ( X) é um
invariante topológico para o espaço X no sentido que se Y é um outro espaço topológico
homeomorfo a X, então H0(X) e H0(Y) são aneis isomorfos. ?
1. DEFINIÇÃO
Seja X um espaço topológico e ℤ o anel dos ineiros relativos dotado da sua topologia discreta.
0
Assumimos que H ( X)=C( X , Z)=f : X ⟶ Z /f é contínua
I.2. PROPOSIÇÃO
0
H ( X) é um anel comutativo unitário.
Demonstração
Com efeito, em H 0 ( X) :
A adição sendo definida por :
f , g : X ⟶ Z ⟹ f + g : X ⟶ Z : t ⟼(f + g)(t )=f (t)+ g(t ); t X
A multiplicação sendo definida por :
f , g : X ⟶ Z ⟹ f ⋅g : X ⟶ Z :t ⟼( f ⋅ g)(t)=f (t) ⋅ g(t ); t X
O elemento neutro sendo dado por :
0 X : X ⟶ Z :t ⟼ 0 X ( t )=0 ;t X
O elemento unidade sendo dado por :
1 X : X ⟶ Z :t ⟼ 1X ( t ) =1t X
0
H ( X), +] é um grupo comutativo;
0
H ( X), .] é um semi-grupo e
A multiplicação é comutativa e distributiva relativamente à adição.
0
Portanto, H ( X), +, .] é um anel comutativo unitário.
0
Note 1 : Escreveremos sem ambiguidade o anel H ( X), +, ] por H 0 ( X).
I.3. PROPOSITION
0
A aplicação : ℤ⟶ H (X ): r ⟼ (r)=
r X , r ℤ, (onde r X X ℤ : t ↦
r X (t) = r, t X), é
:
própriio. Logo, x x
- Simetria
Sejam x , y X tais que x y . Existe um caminho : 0,1 ¿ ⟶ X , com (0)=x e (1)= y . Definimos
f :0,1 ¿ 0,1 ¿ :t ⟼ f (t )=1 t , t 0,1 ¿.
f é contínua e ∘ f : 0,1 ¿ ⟶ X é contínua, com (∘ f )(0)=f (0)¿=(1)= y e
(∘ f )(1)=f (1) ¿=(0)=x .
Logo, ∘ f é um caminho interligando y a x. Portanto, y x.
- Transitividade
Sejam x , y , z X tais que x y e y z . Temos :
: 0,1] X um caminho interligando x a y, com (0)=x e (1)= y .
Do mesmo modo, seja : µ : 0,1] X um caminho interligando y a z, isto é µ(0)= y e µ(1)=z .
Assumimos que f (t )=2 t e g(t )=2 t 1, tℝ. f e g são contínuas
Definimos : 0,1] X por :
{
x
1
(t ) se 0≤ t ≤ z
λ (t)= 2 y
1 x
( μ ∘ g ) ( t ) se ≤t≤1
2
Como (ρ∘f ) ( 12 )=ρ [ f ( 12 )]=ρ (1 )= y e ( μ ∘ g) ( 12 )=μ ( 0)= y ; λ (t) está bem definida.
Ainda, ρ of é contínua em [ ]
0,
1
2 e μ∘g é contínua em [ ]
1
2
,1 . Pela proposição 3.6. (f), é
contínua em [0,1].
Como e , λ é um caminho interligando x a z .
Daí, x z . Assim, é uma relação de equivalência em X. Denota-se comumente o caminho por
¿∗µ chamado o caminho omposto de seguido de µ.
5.2. O Conjunto-quociente π 0 ( X )
A relação sendo de equivalência em X, para todo x X , a classe de equivalência de x é denotada
X
por x ¿. Denota-se por o conunto-quociente X /. Logo, π 0 ( X )= = {[ x ] / x ∈ X } , onde xy se e
f
X Y
contínua ¿
f satisfaz as seguintes propriedades :
¿
(i) (
px py id X ) =id Π 0 (X)
X ⃗f Y g⃗ Z
(X) f* cont cont ( g ∘ f ) ¿ g¿ ∘ f ¿
0 0(Y)
(ii) Si então =
I.6. TEOREMA
Seja fH0(X). Então existe C(f)ℤ
∏0 ( Χ )
tal que f = C(f) o
px onde
px é a sobrejecção canônica
p x : X ⟶ Π 0 ( X ) : x ⟼ [ x ].
0 Π (X )
Ademais, C : H ( X ) ⟶ Z 0
: f ⟼ C (f ) é um homomorfismo de anéis.
Demonstração
Para começar, temos o seguinte diagrama :
X
f é contínua
Logo, C ( f +g )=C ( f ) +C ( g )
( 2 ) C ( fg ) ( [ x ] ) =( fg ) ( x ) =f ( x ) g ( x )=C ( f ) ( [ x ] ) C ( g ) ( [ x ] )
=[ C ( f ) C ( g ) ] ([ x ]) ∀ [ x ] ∈ Π 0 ( Χ )
Logo, C ( fg ) =C ( f ) C ( g ) .
Portanto, C é um homomorfismo de anéis
(3) C é injectivo : se C ( f )=C ( g ) , então C ( f ) ( [ x ] )=C ( g ) ( [ x ] ) ∀ x∈ Χ
.
Como X é localmente conexo por arcos, pelo lema 2.8., cada [ x] stá aberto em X. Logo, a união
¿ {[ x ] / F ( [ x ] )=n } é um aberto de X. ℤ sendo discreto, segue que F ∘ p x é continua.
Portanto, FImC e C é sobrejectivo.
10. TEOREMA (INVARIÂNCIA TOPOLÓGICA DE H0(X))
Se X e Y são dois espaços topológicos homeomorfos, então H0(X) e H0(Y) são anéis isomorfos.
Demonstração
Suponhamos X e Y homeomorfos e seja f : XY um homéomorfismo.
Sabe-se que f* : H0(Y) H0(X) é um homomorfismo de aneis. Mostremos que f* é um isomorfismo
de anéis.
f* é injectivo. Verifiquemos que Ker f* = {O y }.
é injectivo.
(2) f* é surjectivo :
0 0
Seja g∈ Η ( Χ ) . Devemos encontrar h ∈ Η ( Υ ) tal que g = f*(h) = h ∘ f
:Y ⃗
−1 −1
Façamos h=gof f −1 Χ ⃗
gZ . Como f é contínua, hH0(Y). Além disso, f ¿ ( h )=¿
h ∘ f =¿
( g ∘ f −1 ) ∘ f =¿ g ∘ ( f −1 ∘ f )=g ∘id X =g . Portanto, f
¿
é sobrejectiva.
¿
Portanto, f é um isomorfismo.
BIBLIOGRAFIA.