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UNIVERSIDADE PAULISTA – UNIP

Nome: Caroline de Freitas Mata RA: F262812


Nome: Karina de Souza da Costa RA: F3281I3
Nome: Luana Vitoria Mantovani RA: N5850G-1

PROJETO ATIVIDADE PRÁTICA SUPERVISIONADA –


2º PERÍODO - PEDAGOGIA

OBSERVAÇÃO DO FAZ DE CONTA


JOGOS E BRINCADEIRAS NA INFÂNCIA

Limeira/SP.
2020
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UNIVERSIDADE PAULISTA – UNIP

Nome: Caroline de Freitas Mata RA: F262812


Nome: Karina de Souza da Costa RA: F3281I3
Nome: Luana Vitoria Mantovani RA: N5850G-1

PROJETO ATIVIDADE PRÁTICA SUPERVISIONADA –


2º PERÍODO – PEDAGOGIA

OBSERVAÇÃO DO FAZ DE CONTA


JOGOS E BRINCADEIRAS NA INFÂNCIA

Roteiro de observação do faz de


conta para obtenção do título de
graduação em Pedagogia
Apresentado à Universidade
Paulista – UNIP.

Orientadora: Prof. Thais Azevedo Morandini.

Limeira/SP.
2020
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SUMARIO.

Introdução.......................................................................................................

Relatórios de observação...............................................................................

Desenvolvimento
........................................................................................................................
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Conclusão.......................................................................................................12

Referências Bibliográficas..............................................................................13
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INTRODUÇÃO

Este trabalho tem como objetivo a complementação dos estudos em sala de


aula, teremos como tema central o faz-de-conta. O brincar proporciona
diversas aprendizagens como diz Vygotsky (1998), o faz-de-conta é uma
atividade importante para o desenvolvimento cognitivo da criança, pois exercita
no plano da imaginação, a capacidade de planejar, imaginar situações lúdicas,
os seus conteúdos e as regras inerentes a cada situação.

A metodologia que utilizaremos neste trabalho consiste em um primeiro passo


observar de modo crítico do brincar de faz-de-conta em uma determinada
realidade, contexto e com uma criança em particular. Em um segundo passo
após a averiguação do processo do brincar, nos colocamos em uma pesquisa
bibliográfica a respeito do tema.

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RELATÓRIOS DE OBSERVAÇÃO.

Faixa etária: 6 anos

Faz de conta apresentado: uma pizza de papel e o menu criado no


andamento da brincadeira.

Para a realização do relatório foi observado o Miguel de 6 anos, filho único de


meus tios Éder e Daiane. A observação foi feita na casa deles, onde a criança
tem aceso todos os dias, com a mãe presente mas não com a participação dela
na brincadeira.

Usamos a imaginação para criar o cardápio de nossa pizzaria, vendo sabores


que já existem assim como outros inventados pela criança, como morango e
laranja, de acordo com Miguel essa era a pizza favorita dele. No inicio deixei
ele ir falando o que gostava e como iria montar a pizza, qual massa teria a
nossa pizza, ele dizia que a massa era a melhor de Limeira. Criamos um
cardápio com sabores e valores, percebi que ele criava o sabor mas me
perguntava bastante o que eu achava e se eu gostava daquilo, na hora de criar
os preços tudo para ele era barato, pois não tem tanta noção de valores na
hora de pagar. Peguei algumas moedas para a brincadeira, onde ele teve
acesso a dinheiro, criamos o menu e começamos a brincar, ele fazia os
pedidos e eu era a cliente.

Pude perceber que tudo que a cliente pedia Miguel dava um jeito de fazer, até
mesmo quando o pedido não estava disponível no cardápio da pizzaria.
Quando percebi ele havia pego três ursos de pelúcia e também dois super
heróis para ser clientes, atendeu todos, fez o pedido e se juntou para comer a
pizza de mentira junto a mim e a todos que estava em volta. Percebi o quanto
ele se importava com os outros clientes me mostrando que, com a brincadeira
as crianças podem aprender a empatia, a igualdade, a diferença e muito mais.
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O engraçado era que, ele mesmo fazia a voz de seus clientes ursos e super
heróis e em seguida a voz do dono como dizia ele na brincadeira, a
imaginação dele pode ir além do normal, como é interessante ele falando como
se fosse o super herói e depois anotando o pedido como o dono da pizzaria,
ele mesmo criava sabores que eu nem tinha colocado no cardápio criado.

Ao final da brincadeira fui conversar com a mãe dele e fiz algumas perguntas,
porque achei engraçado os sabores criados no menu da pizzaria e ela me
disse que todos os sabores criados foi feito pelo o que ele realmente gosta de
comer, como morango e laranja, frango com milho e muitos outros.

Faixa etária: 8 anos

Faz de conta apresentado: imaginar ser uma rainha

Para a realização deste relatório foi observada a Eduarda de 8 anos, sobrinha


do meu namorado. Ela tem apenas uma meia irmã mais velha de 14 anos, com
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quem brinca aos finais de semana e também vivencia os horários livres com o
pai e a mãe.

Observei sua brincadeira na tarde de domingo, a ofereci duas brincadeiras:


fingir ser uma rainha ou fingir ser um super herói. Ela optou por ser uma rainha.

No início da brincadeira ela me pediu que pegasse comida para ela, fui para a
cozinha e voltei com um sanduiche quando ela me disse "precisamos matar um
dragão" ela subiu nas costas do meu namorado que também estava presente e
disse que agora ele seria o cavalo dela, me pediu algo para ser a sua espada e
peguei uma concha na cozinha, ela matava os dragões imaginários enquanto
dizia "eu sou a rainha, você vai morrer dragão, você nunca mais vai fazer meu
povo ficar com medo"

Logo em seguida ela voltou para a sala e disse que estava recebendo uma
festa de comemoração do povo dela, usou uma mini cadeira para ser a mesa e
dizia o tempo todo aos convidados "sejam bem vindos" "agora vamos comer" e
então comia o sanduiche fingindo ser um bolo. "Eu sou a rainha de vocês, a
mais poderosa das rainhas" "eu matei o dragão do mau"

Ela continuou em um loop na brincadeira durante o dia inteiro, só paramos de


brincar quando sua mãe a chamou para assistir televisão. Eduarda gosta muito
de atenção, talvez pelo fato de ser muito mimada e sua irmã mais velha não
morar na mesma casa. Observei que apesar de estar lutando com um dragão,
ela tinha medo de ficar sozinha e tinha a necessidade de estar com alguém por
perto o tempo todo. Em uma brincadeira de faz de conta, as crianças
interpretam papeis que talvez queiram assumir no futuro. Uma criança quando
brinca, não há apenas uma sessão de repetição de fatos que ela vê ou ouve,
muito pelo contrário, esta criança começa a criar combinando tudo que seria
antigo com algo de novo para ela.
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Faixa etária: 1 ano e 7 meses

Faz de conta apresentado: Massinha de modelar caseira, e ursinhos de


pelúcia. Hora da merenda.

Para a realização do trabalho, foi observado o meu irmão Isaac de 1 ano e 7


meses, ele estava com uma certa dificuldade de se alimentar, então comecei a
interagir com ele em uma brincadeira para incentivar ele a comer.

Confeccionamos uma massinha caseira de maisena, com creme de cabelo, ele


ficou super feliz pegou todos os bichinhos de pelúcia dele para participar da
brincadeira amassamos juntos a massa até ficar consistente, ele adorou,
brincou muito, foi então que ele colocou os ursinhos de pelúcia todos sentados
como se estivessem na creche na hora do lanche.

Então ele faz bolinhas com a massinha, em seguida começou a organizar os


bichinhos como se estivesse na creche.

Então eu disse:

- Isaac o que você vai fazer?

E ele respondeu:

- Vou dar papa para meus amigos da creche, igual na hora do lanchinho!
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Foi então que eu gostei da ideia, e peguei o almoço dele comecei a alimentar
ele, e então começou a comer e a brincar de alimentar os ursinhos.

Eu perguntei:

- Isaac você está com saudade da creche e dos seus amiguinhos? E o que
você está dando para seus amigos comer?

E ele disse:

- Sim tata! eu gosto de ficar com você, mas sinto falta de brincar com os meus
amiguinhos da creche, eu estou dando para eles frutinha, banana e maçã.

Ele se envolveu tanto com a brincadeira, que almoçou toda a sua comida, e
pediu maçã de sobremesa, e depois colocou todos os bichinhos para dormir
disse que era a na hora da soneca, conversou muito comigo, e acabou
dormindo.

Conclui, que além de eu querer que ele tivesse uma alimentação, ele foi se
envolvendo com a brincadeira, e também se alimentando, vi a falta que ele
está sentindo de ir para a creche e a saudade dos seus amiguinhos, que ficou
bem clara na hora que ele disse que iria alimentar os bichinhos e que eles
eram os amiguinhos da creche, por mais que na creche fiquem tristes por
estarem longe da família, lá eles aprendem a ter regras, horários, que em casa
muitas vezes não tem, e também tem as outras crianças para brincar e
interagir.

Assim que ele brincou de “faz de conta” com os bichinhos, ele reproduziu como
era a rotina na creche, que foi a hora do lanchinho, e a hora da soneca. A
brincadeira de “faz de conta” faz com que a criança realmente entre em um
mundo “paralelo” que eles criam e a imaginação vai além. No caso do Isaac,
ele refletiu na brincadeira o que é a realidade dele, a sua rotina de ir para a
creche.
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DESENVOLVIMENTO

Segundo Vygotsky, ao brincar a criança cria uma situação imaginária na qual


assume um papel, que pode ser um adulto com quem a criança tenha bastante
convivência. Não há uma barreira entre a fantasia e a realidade. Vygotsky
defende que existem diferentes formas de vinculação entre estas esferas da
vida humana, fato que é observado nos jogos e brincadeiras das crianças, que
segundo ele, permite à criança estabelecer o real em novas combinações. Esta
atividade é marcada pela cultura, inicialmente passada à criança, por meio das
pessoas com quem se relaciona, principalmente a mãe. Vygotsky define que a
brincadeira é criadora de uma “zona de desenvolvimento proximal”, no qual
seria o percurso que uma a criança irá caminhar para chegar ao processo de
amadurecimento e serão estabilizadas em um nível de desenvolvimento real.
"A brincadeira cria zona de desenvolvimento proximal da criança que nela se
comporta além do comportamento habitual para sua idade, o que vem criar
uma estrutura básica para as mudanças da necessidade e da consciência
originando um novo tipo de atitude em relação ao real. Na brincadeira,
aparecem tanto a ação na esfera imaginativa numa situação de faz-de-conta,
como a criação das intenções voluntárias e as formações dos planos da vida
real, constituindo-se assim, no mais alto nível do desenvolvimento pré-escolar."
(Vygotsk y, 1984, p.117).
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CONCLUSÃO

Através dos estudos realizados e principalmente por meio das observações,


concluímos que as brincadeiras de faz-de-conta desenvolvem na criança a
capacidade de criar um mundo imaginário, e através dele conhecer e
interpretar o mundo, seus objetos e sua cultura. A criança tem assim condições
de criar, recriar, descobrir, bem como viver o real e o imaginário, mesmo que
de forma lúdica. As brincadeiras observadas, os papéis sociais assumidos
pelas crianças são os mais diversos, demonstrando suas percepções de vida e
de mundo, visto que as crianças reproduzem cenas cotidianas da vida das
mesmas. Em outro momento, os papéis sociais representados ultrapassaram a
família, e a representação ocorreu em papeis externos, vivenciados já no
mundo social da criança. Também observa se a seriedade com que a criança
interpreta os papéis assumidos, isso permite uma internalizarão dos
conhecimentos e informações existentes nas brincadeiras de faz de conta.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.

Vygotsky, L. S. (1988). Linguagem, desenvolvimento e aprendizagem. São


Paulo: Ícone/EDUSP

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