Você está na página 1de 92

Higiene

Ocupacional –
Agentes
Químicos
MARCOS DOMINGOS DA
SILVA, Higienista
Ocupacional e Diretor da
Doulos Ambiental S/S Ltda
Higiene Ocupacional – Agentes Químicos
Marcos Domingos da Silva

SOBRE O AUTOR

Marcos Domingos da Silva, M.Sc

Marcos Domingos é Mestre em Saúde Pública, com ênfase


em Higiene Ocupacional, pela Colorado State University
(Colorado – EUA), atua como e higienista ocupacional há
45 anos. Foi presidente em duas gestões da ABHO (de
2003-06 e 2006-09). Presidiu também o International
Affairs Committee (IAC) da AIHA – American Industrial
Hygiene Association - EUA (2009 a 2010). Fez parte da
equipe que redigiu a NR- 15 em 1978, na Fundacentro, onde trabalhou por
37 anos. É ainda conferencista e autor de vários artigos técnicos na área de
Higiene Ocupacional. Recentemente foi nomeado membro do International
Scientific Committee da IOHA – International Occupational Hygiene
Association – para fins de organização da conferência científica em Seul na
Coreia do Sul. Realiza trabalhos de consultoria e assessoria técnica em
higiene ocupacional pela Doulos Ambiental S/S Ltda e tem atendido
grandes organizações com a BR Distribuidora, Mahle, Mosaic, Cubico etc.
(doulos.ambiental@terra.com.br)

WWW.UNIVERSIDADEPROTECAO.COM.BR 1
Higiene Ocupacional – Agentes Químicos
Marcos Domingos da Silva

Sumário
1. Perigo e Risco à Saúde .............................................................................................. 7
1.1 ESTATÍSTICAS DE DOENÇAS OCUPACIONAIS ..........................................................7
1.2 MORTES RELACIONADAS AO TRABALHO ...............................................................7
1.3 RISCO & PERIGO .....................................................................................................7
1.4 IDENTIFICAÇÃO DO AGENTE & RISCO .................................................................. 10
1.5 RISCO DE SILICOSE ............................................................................................... 11
1.6 RISCO DE LEUCEMIA OCUPACIONAL .................................................................... 11
1.7 ANÁLISE DE RISCO ................................................................................................ 12
1.8 NORMAS INTERNACIONAIS .................................................................................. 12
1.9 ISO 31000 ............................................................................................................. 13
1.10 GESTÃO PDCA .................................................................................................... 14
1.11 GESTÃO SSO ....................................................................................................... 14
1.12 PDCA NA HIGIENE OCUPACIONAL ...................................................................... 15
1.13 PRINCÍPIOS DA HIGIENE OCUPACIONAL ............................................................. 15
1.14 IDENTIFICAÇÃO-RECONHECIMENTO DOS AGENTES AMBIENTAIS ...................... 15
1.15 IDENTIFICAÇÃO DOS AGENTES AMBIENTAIS ...................................................... 16
1.16 AVALIAÇÃO QUALITATIVA NA LEGISLAÇÃO ....................................................... 17
1.16.1 Portaria 3214, NR 9, como uma etapa do PPRA................................................ 17

1.17 AVALIAÇÃO AMBIENTAL .................................................................................... 18


1.17.1 Avaliação Qualitativa X Quantitativa ................................................................ 18
1.17.2 Avaliação Qualitativa ....................................................................................... 18
1.17.3 Avaliação Quantitativa .................................................................................... 18

2. Avaliação Ambiental............................................................................................... 20
2.1 BIBLIOGRAFIA RECOMENDADA ............................................................................ 20
2.2 APR – HO: ANÁLISE PRELIMINAR DE RISCOS – HIGIENE OCUPACIONAL ............... 22
2.2.1 APR – HO .......................................................................................................... 22

2.3 GRUPO HOMOGÊNEO DE EXPOSIÇÃO .................................................................. 24


2.3.1 GHE .................................................................................................................. 24

2.4 MATRIZ DE RISCO ................................................................................................. 25


2.4.1 Critério para Categorização do Tempo de Exposição (Fonte: AIHA) .................... 25
2.4.2 Categorização Qualitativamente as Concentrações............................................ 25

WWW.UNIVERSIDADEPROTECAO.COM.BR 2
Higiene Ocupacional – Agentes Químicos
Marcos Domingos da Silva

2.4.3 Modelos Matemáticos ...................................................................................... 25


2.4.4 O Perfil do GHE ................................................................................................. 26
2.4.5 Exposição aos Agentes Químicos: Efeitos à Saúde .............................................. 27
2.4.6 Risk Assement (Adaptado da AIHA) ................................................................... 28

2.5 RISCO DA EXPOSIÇÃO OCUPACIONAL .................................................................. 28


2.5.1 Fatores Atribuídos à Redução de Risco .............................................................. 28

2.6 MATRIZ DE RISCOS (AIHA) .................................................................................... 29


2.7 AÇÕES DECORRENTES DA MATRIZ DE RISCOS ...................................................... 30
3. Limites de Exposição Ocupacional .......................................................................... 31
3.1 ORIGEM DOS LIMITES DE EXPOSIÇÃO OCUPACIONAL .......................................... 31
3.2 LEO´S DE OUTRAS ORGANIZAÇÕES....................................................................... 31
3.3 LEO - DEFINIÇÃO TÉCNICA .................................................................................... 31
3.4 CURVA DA DOSE RESPOSTA ................................................................................. 32
3.5 LIMITE DE TOLERÂNCIA – LT - NR15 ..................................................................... 32
3.6 LEO’S – EXEMPLO DA PUBLICAÇÃO DOS TLV 1 ..................................................... 33
3.7 SELECIONADORES DE PARTÍCULAS ....................................................................... 34
3.8 FRAÇÕES INALÁVEIS, TORÁCICAS E RESPIRÁVEIS ................................................. 35
3.9 LEO’S – EXEMPLO DA PUBLICAÇÃO DOS TLV 2 ..................................................... 36
3.10 FATORES QUE ALTERAM A SUSCETIBILIDADE ..................................................... 36
3.11 TLVS -ACGIH ....................................................................................................... 36
3.12 LIMITE MÉDIA PONDERADA - TLV-TWA.............................................................. 37
3.13 LIMITE CURTA EXPOSIÇÃO (TLV-STEL) ................................................................ 37
3.14 ÓXIDO DE ZINCO ................................................................................................ 38
4. LEO’s ....................................................................................................................... 39
4.1 TWA (MÉDIA PONDERADA) COM STEL ................................................................. 39
4.2 TLV-TWA (MÉDIA PONDERADA) SEM STEL ........................................................... 39
4.3 FATOR DE DIGRESSÃO PARA TLV-TWA SEM STEL ................................................. 39
4.4 LIMITE VALOR TETO - TLV-C.................................................................................. 39
4.5 SÍLICA LIVRE CRISTALIZADA .................................................................................. 41
4.6 LIMITE DE EXPOSIÇÃO OCUPACIONAL [LEO] ........................................................ 42
4.7 TLV – 2014 - PARA METAIS (ACGIH) ...................................................................... 43
4.8 NOTAÇÕES ........................................................................................................... 43
4.8.1 Pele .................................................................................................................. 43

WWW.UNIVERSIDADEPROTECAO.COM.BR 3
Higiene Ocupacional – Agentes Químicos
Marcos Domingos da Silva

4.8.2 Sensibilizante .................................................................................................... 43

4.9 NOTAÇÃO “A” CARCINOGENICIDADE (LIVRETO DA ACGIH – TLV - ANEXO A) ....... 43


4.10 ANEXO C – MISTURAS ........................................................................................ 44
4.11 EXEMPLO DE APLICAÇÃO DO TLV PARA MISTURA ............................................. 44
4.12 LIMITES DE EXPOSIÇÃO OCUPACIONAL .............................................................. 44
4.13 POEIRA TOTAL E PNEOM .................................................................................... 45
4.14 NÍVEL DE AÇÃO (NR 9) ........................................................................................ 45
5. Amostragem e Avaliação da Exposição aos Agentes Químicos – Metodologias,
Critérios, Procedimentos e Boas Práticas ................................................................... 46
5.1 A QUÍMICA NOSSA DE CADA DIA ......................................................................... 46
5.2 UNIVERSO DOS AGENTES QUÍMICOS ................................................................... 47
5.3 QUANTOS QUÍMICOS SÃO TESTADOS? ................................................................ 48
5.4 RISCO DA EXPOSIÇÃO OCUPACIONAL .................................................................. 49
5.5 APR – HO: ANÁLISE PRELIMINAR DE RISCOS – HIGIENE OCUPACIONAL ............... 49
5.6 EXPOSIÇÃO OCUPACIONAL AOS AGENTES QUÍMICOS ......................................... 50
5.6.1 Gás e Vapor: Definição ...................................................................................... 50
5.6.2 Microorganismos agregados às partículas ......................................................... 50
5.6.3 Doenças Ocupacionais Típicas ........................................................................... 54

6. Exposição Ocupacional aos Agentes Químicos ....................................................... 57


6.1 EFEITOS À SAÚDE ................................................................................................. 57
6.2 TAMANHO DE PARTÍCULAS .................................................................................. 57
6.3 INALAÇÃO DAS PARTÍCULAS ................................................................................ 58
6.4 EXPOSIÇÃO OCUPACIONAL AOS AERODISPERSÓIDES .......................................... 59
6.4.1 Deposição de partículas no organismo .............................................................. 59

6.5 MECANISMOS DE DEPOSIÇÃO .............................................................................. 60


6.6 CRITÉRIO DE SELEÇÃO DE PARTÍCULAS ................................................................. 61
6.7 CRITÉRIO DE SELEÇÃO DE PARTÍCULAS DA ACGIH ................................................ 61
6.8 LEO’S – EXEMPLO DA PUBLICAÇÃO DOS TLV 3 ..................................................... 62
6.9 EXPOSIÇÃO OCUPACIONAL AOS AERODISPERSÓIDES .......................................... 62
6.10 EXPOSIÇÃO OCUPACIONAL AOS AGENTES QUÍMICOS........................................ 63
6.11 LIMITE DE EXPOSIÇÃO OCUPACIONAL LEO ......................................................... 63
6.12 TRIDIMITA .......................................................................................................... 64
6.13 CRISTOBALITA .................................................................................................... 64

WWW.UNIVERSIDADEPROTECAO.COM.BR 4
Higiene Ocupacional – Agentes Químicos
Marcos Domingos da Silva

7. Exposição Ocupacional aos Agentes Químicos – Métodos Analíticos .................... 66


7.1 INSTRUÇÕES PARA AMOSTRAGEM E ANÁLISE ..................................................... 66
7.2 EXEMPLOS DE APLICAÇÃO DE MÉTODO NIOSH 1501 ........................................... 68
7.3 LABORATÓRIOS DE ENSAIO ACREDITADOS .......................................................... 68
7.4 AGENTES QUÍMICOS: METODOLOGIAS DE AVALIAÇÃO ....................................... 68
7.5 EXPOSIÇÃO OCUPACIONAL AOS AGENTES QUÍMICOS ......................................... 69
7.6 ERROS DE AMOSTRAGEM .................................................................................... 70
7.7 AGENTES QUÍMICOS: METODOLOGIAS DE AVALIAÇÃO ....................................... 70
7.7.1 Equipamentos e Dispositivos desenvolvidos recentemente ............................... 70

7.8 AMOSTRAGEM DE VAPORES DE COMBUSTÍVEIS .................................................. 72


7.9 EXPOSIÇÃO OCUPACIONAL AOS AGENTES QUÍMICOS: AERODISPERSÓIDES ........ 73
7.9.1 Instrumentação de Amostragem ....................................................................... 73

7.10 EXPOSIÇÃO OCUPACIONAL AOS AGENTES QUÍMICOS – CICLONES PARA POEIRA


INALÁVEL ................................................................................................................... 74
7.11 EXPOSIÇÃO OCUPACIONAL AOS AGENTES QUÍMICOS – CICLONE PARA POEIRA
TÓRACICA .................................................................................................................. 76
7.12 EXPOSIÇÃO OCUPACIONAL AOS AGENTES QUÍMICOS – CICLONES PARA POEIRA
RESPIRÁVEL ................................................................................................................ 78
7.13 EXPOSIÇÃO OCUPACIONAL AOS AGENTES QUÍMICOS – INSTRUMENTAÇÃO DE
AMOSTRAGEM ........................................................................................................... 78
7.14 CALIBRAÇÃO DE BOMBAS DE AMOSTRAGEM .................................................... 79
7.15 CONTROLE DE AGENTES QUÍMICOS ................................................................... 80
7.15.1 Medidas de Controle ....................................................................................... 80
7.15.2 Princípios ........................................................................................................ 81
7.15.3 Medidas de Controle: Exemplos ...................................................................... 81
7.15.4 Ventilação em Lixadeiras de Concreto ............................................................. 83
7.15.5 Ventilação Local Exaustora em Marteletes Pneumáticos .................................. 84

8. Exemplos de dados de amostragem ....................................................................... 85


8.1 EXEMPLO: FUMOS METÁLICOS ............................................................................ 85
8.2 EXEMPLO: SÍLICA .................................................................................................. 85
8.3 EXEMPLO: SOLVENTES.......................................................................................... 86
8.4 EXEMPLOS DE ENSAIOS DE LABORATÓRIO........................................................... 86
8.5 EXEMPLO DE ANÁLISE DE DADOS: 6 AMOSTRAS DE ÓXIDO DE FERRO (FUMOS
METÁLICOS) ............................................................................................................... 88

WWW.UNIVERSIDADEPROTECAO.COM.BR 5
Higiene Ocupacional – Agentes Químicos
Marcos Domingos da Silva

8.6 EXEMPLOS DE SIO2 ................................................................................................ 89


8.7 EXEMPLO DE ANÁLISE DE DADOS: 6 AMOSTRAS DE TOLUENO ............................ 89
8.8 CONSIDERAÇÕES FINAIS ....................................................................................... 90

WWW.UNIVERSIDADEPROTECAO.COM.BR 6
Higiene Ocupacional – Agentes Químicos
Marcos Domingos da Silva

Cartilha de Estudo
1. Perigo e Risco à Saúde
1.1 ESTATÍSTICAS DE DOENÇAS OCUPACIONAIS

1.2 MORTES RELACIONADAS AO TRABALHO

1.3 RISCO & PERIGO


A estimativa do risco depende de uma visão ampliada.

WWW.UNIVERSIDADEPROTECAO.COM.BR 7
Higiene Ocupacional – Agentes Químicos
Marcos Domingos da Silva

WWW.UNIVERSIDADEPROTECAO.COM.BR 8
Higiene Ocupacional – Agentes Químicos
Marcos Domingos da Silva

Nikola Tesla (1856 —1943), inventor no campo da engenharia mecânica e


electrotécnica

WWW.UNIVERSIDADEPROTECAO.COM.BR 9
Higiene Ocupacional – Agentes Químicos
Marcos Domingos da Silva

1.4 IDENTIFICAÇÃO DO AGENTE & RISCO


A estimativa do risco depende de uma visão ampliada

WWW.UNIVERSIDADEPROTECAO.COM.BR 10
Higiene Ocupacional – Agentes Químicos
Marcos Domingos da Silva

1.5 RISCO DE SILICOSE


Exemplo: estimativa do risco de silicose

 Exposição a poeira contendo sílica livre cristalizada

1.6 RISCO DE LEUCEMIA OCUPACIONAL


Estimativa de Leucemia Adicional por 1000 trabalhadores (40 anos de Exposição
Acumulativa) Fonte: European Commission - Scientific Committee on Occupational
Exposure Limits for benzene

WWW.UNIVERSIDADEPROTECAO.COM.BR 11
Higiene Ocupacional – Agentes Químicos
Marcos Domingos da Silva

1.7 ANÁLISE DE RISCO

1.8 NORMAS INTERNACIONAIS

WWW.UNIVERSIDADEPROTECAO.COM.BR 12
Higiene Ocupacional – Agentes Químicos
Marcos Domingos da Silva

1.9 ISO 31000

WWW.UNIVERSIDADEPROTECAO.COM.BR 13
Higiene Ocupacional – Agentes Químicos
Marcos Domingos da Silva

1.10 GESTÃO PDCA

1.11 GESTÃO SSO

WWW.UNIVERSIDADEPROTECAO.COM.BR 14
Higiene Ocupacional – Agentes Químicos
Marcos Domingos da Silva

1.12 PDCA NA HIGIENE OCUPACIONAL

1.13 PRINCÍPIOS DA HIGIENE OCUPACIONAL

1.14 IDENTIFICAÇÃO-RECONHECIMENTO DOS AGENTES


AMBIENTAIS
Se um agente ambiental não for tecnicamente (bem) identificado, a exposição
ocupacional não poderá ser monitorada nem tão pouco estimado o potencial do risco
para a saúde.

WWW.UNIVERSIDADEPROTECAO.COM.BR 15
Higiene Ocupacional – Agentes Químicos
Marcos Domingos da Silva

1.15 IDENTIFICAÇÃO DOS AGENTES AMBIENTAIS


Facilmente identificados

E aí, quais são os agentes ambientais?

WWW.UNIVERSIDADEPROTECAO.COM.BR 16
Higiene Ocupacional – Agentes Químicos
Marcos Domingos da Silva

1.16 AVALIAÇÃO QUALITATIVA NA LEGISLAÇÃO


1.16.1 Portaria 3214, NR 9, como uma etapa do PPRA
Itens 9.3.1; 9.3.3, alíneas a, b, c, d, e, f, g e h).
9.3.3 O reconhecimento dos riscos ambientais deverá conter os seguintes itens:

WWW.UNIVERSIDADEPROTECAO.COM.BR 17
Higiene Ocupacional – Agentes Químicos
Marcos Domingos da Silva

a) Identificação do agente;
b) Determinação e localização das possíveis fontes geradoras;

c) Trajetórias e dos meios de propagação dos agentes ambientais;


d) Funções e determinação do número de trabalhadores expostos;
e) Caracterização das atividades e do tipo da exposição;
f) Dados existentes indicativos de possível comprometimento da saúde
g) Danos à saúde relacionados aos agentes ambientais, disponíveis na literatura técnica;

h) Descrição das medidas de controle já existentes.

1.17 AVALIAÇÃO AMBIENTAL


1.17.1 Avaliação Qualitativa X Quantitativa
 Ambas são importantes

1.17.2 Avaliação Qualitativa


 Mais barata
 Simples...mas, requer mais experiência
 Visão ampliada da exposição

1.17.3 Avaliação Quantitativa


 Dá uma visão estreita da exposição
 Instrumentação sofisticada
 Custo elevado
 Resultados mais precisos e exatos
 Conhecimento de instrumentação e informática

WWW.UNIVERSIDADEPROTECAO.COM.BR 18
Higiene Ocupacional – Agentes Químicos
Marcos Domingos da Silva

WWW.UNIVERSIDADEPROTECAO.COM.BR 19
Higiene Ocupacional – Agentes Químicos
Marcos Domingos da Silva

2. Avaliação Ambiental
2.1 BIBLIOGRAFIA RECOMENDADA

WWW.UNIVERSIDADEPROTECAO.COM.BR 20
Higiene Ocupacional – Agentes Químicos
Marcos Domingos da Silva

http://www.abho.org.br/abho/documentos-institucionais/

WWW.UNIVERSIDADEPROTECAO.COM.BR 21
Higiene Ocupacional – Agentes Químicos
Marcos Domingos da Silva

2.2 APR – HO: ANÁLISE PRELIMINAR DE RISCOS – HIGIENE


OCUPACIONAL

2.2.1 APR – HO
Ferramenta de análise dos agentes ambientais
 Identificação do Agente
 GHE – Grupo Homogêneo de Exposição
 Perfil da Exposição (tempo de exposição & concentração-nível)
 Efeitos à Saúde
APR-HO (Análise Preliminar de Risco de Higiene Ocupacional) é uma ferramenta de
análise qualitativa que faz o reconhecimento ou caracterização básica da exposição
ocupacional dos trabalhadores em seus ambientes laborais, possibilitando uma
avaliação preliminar dos riscos ambientais.

WWW.UNIVERSIDADEPROTECAO.COM.BR 22
Higiene Ocupacional – Agentes Químicos
Marcos Domingos da Silva

WWW.UNIVERSIDADEPROTECAO.COM.BR 23
Higiene Ocupacional – Agentes Químicos
Marcos Domingos da Silva

2.3 GRUPO HOMOGÊNEO DE EXPOSIÇÃO


2.3.1 GHE
 Ou Grupo Similar de Exposição (GSE)
 Baseado nas informações coletadas no local de trabalho, conforme Corn and
Esmen (1979) e Hawkins et al (1991).
 Abordagens para definição dos GHE/GSE

WWW.UNIVERSIDADEPROTECAO.COM.BR 24
Higiene Ocupacional – Agentes Químicos
Marcos Domingos da Silva

2.4 MATRIZ DE RISCO


2.4.1 Critério para Categorização do Tempo de Exposição (Fonte:
AIHA)

2.4.2 Categorização Qualitativamente as Concentrações

2.4.3 Modelos Matemáticos


Cálculos baseados nas propriedades químicas das substâncias

WWW.UNIVERSIDADEPROTECAO.COM.BR 25
Higiene Ocupacional – Agentes Químicos
Marcos Domingos da Silva

2.4.4 O Perfil do GHE


Multiplicação: índice dado ao tempo de exposição X índice dado à concentração-nível.

Categorização dos efeitos a saúde em função das consequências para a população


exposta.

WWW.UNIVERSIDADEPROTECAO.COM.BR 26
Higiene Ocupacional – Agentes Químicos
Marcos Domingos da Silva

2.4.5 Exposição aos Agentes Químicos: Efeitos à Saúde


Exemplos

WWW.UNIVERSIDADEPROTECAO.COM.BR 27
Higiene Ocupacional – Agentes Químicos
Marcos Domingos da Silva

2.4.6 Risk Assement (Adaptado da AIHA)

2.5 RISCO DA EXPOSIÇÃO OCUPACIONAL

2.5.1 Fatores Atribuídos à Redução de Risco


Risco = (Toxicidade) x (Exposição x FP)
Fatores de Proteção – FP

Aplicados sobre o “Perfil da Exposição”


Podem ser combinados (ex. controle administrativos e EPI)

WWW.UNIVERSIDADEPROTECAO.COM.BR 28
Higiene Ocupacional – Agentes Químicos
Marcos Domingos da Silva

Fonte: Risk Assessment- A pratical Guide to Assessing Operational Risks Georgi Popov,
Bruce K Lyon and Bruce Hollcroft (2016)

2.6 MATRIZ DE RISCOS (AIHA)

WWW.UNIVERSIDADEPROTECAO.COM.BR 29
Higiene Ocupacional – Agentes Químicos
Marcos Domingos da Silva

2.7 AÇÕES DECORRENTES DA MATRIZ DE RISCOS

WWW.UNIVERSIDADEPROTECAO.COM.BR 30
Higiene Ocupacional – Agentes Químicos
Marcos Domingos da Silva

3. Limites de Exposição Ocupacional


3.1 ORIGEM DOS LIMITES DE EXPOSIÇÃO OCUPACIONAL
 O conceito dos LEO ou OEV (valores de exposição ocupacional) surgiu na
Alemanha,no final de 1883, através das pesquisas de Max Gruber, com CO.
 Primeira Lista de LEO foi publicada pelo Journal of Industrial Hygiene in 1940 by
Bowditch et al.(Massachusetts Public Health Service.

3.2 LEO´S DE OUTRAS ORGANIZAÇÕES


 TLV – Threshold Limit Values – ACGIH - EUA
 PEL – Permissible Exposure Limits (OSHA, legislação dos EUA)
 REL - Recommended Exposure Limit (NIOSH)
 WEEL - Workplace Environmental Exposure Level (AIHA)
 MAK - Maximum Allowable Concentration (ft (DFG, German Research
Foundation)
 WEL - Workplace Exposure Limits - Inglaterra
 SCOEL – Comunidade Econômica Europeia

3.3 LEO - DEFINIÇÃO TÉCNICA


Concentrações dos agentes químicos ou intensidades dos agentes físicos presentes nos
ambientes de trabalho sob as quais acredita-se que a maioria dos trabalhadores possa
estar repetidamente exposta, dia após dia, durante toda a vida laboral, sem sofrer
efeitos adversos à sua saúde.
Equação para cálculo do LEO
NOAEL x BW
LEO 
UF x MF x V x S x 

Onde:

BW= Peso padrão do corpo humano (70 kg)


UF= Fator de incerteza
(mecanismo alveolar: ventilação, % absorvida, farmacocinética)
MF= Fator Modificante (segurança)
V= Volume de ar inalado em turnos 8h-dia (10 m3)
S= Fator de estabilidade das concentrações de plasma (acumulo por exposições
repetidas).

 = fator de absorção (biodisponibilidade)

WWW.UNIVERSIDADEPROTECAO.COM.BR 31
Higiene Ocupacional – Agentes Químicos
Marcos Domingos da Silva

3.4 CURVA DA DOSE RESPOSTA

3.5 LIMITE DE TOLERÂNCIA – LT - NR15


Definição legal: Entende-se por limite de tolerância, para os fins desta norma, a
concentração ou intensidade máxima ou mínima, relacionada com a natureza e o
tempo de exposição ao agente, que não causará dano à saúde do trabalhador, durante
a sua vida laboral.
 A ACGIH® Lista ± 712 TLV-BEI® 2006

 Substancias Químicas: ± 652

 Agentes Físicos: ±15

 Indicadores Biológicos: ±45

 NR 15 – Anexos 1 a 14

 Substancias Químicas: ± 157

 Agentes Físicos: ± 7

 Biológicos: avaliação qualitativa

 Alguns indicadores biológicos estão na NR 7.


 NR 15 – Anexos 13

WWW.UNIVERSIDADEPROTECAO.COM.BR 32
Higiene Ocupacional – Agentes Químicos
Marcos Domingos da Silva

atividades e operações envolvendo agentes químicos, consideradas, insalubres em


decorrência de inspeção (qualitativa) realizada no local de trabalho. Excluam-se desta
relação as atividades ou operações com os agentes químicos constantes dos Anexos 11
e 12.
 LEO: mais do que um número
 Para cada LEO há uma documentação, contendo:
 Base (efeitos-alvo)
 Qualidade dos dados que dão sustentação científica e áreas de
incertezas.

 Possíveis subgrupos susceptíveis


 Diferentes categorias (TWA, STEL, TETO) e razões de escolha.
 Notações e Aplicação

3.6 LEO’S – EXEMPLO DA PUBLICAÇÃO DOS TLV 1

WWW.UNIVERSIDADEPROTECAO.COM.BR 33
Higiene Ocupacional – Agentes Químicos
Marcos Domingos da Silva

3.7 SELECIONADORES DE PARTÍCULAS

WWW.UNIVERSIDADEPROTECAO.COM.BR 34
Higiene Ocupacional – Agentes Químicos
Marcos Domingos da Silva

3.8 FRAÇÕES INALÁVEIS, TORÁCICAS E RESPIRÁVEIS


Em função do tamanho aerodinâmico das partículas que podem penetrar no sistema
respiratório

WWW.UNIVERSIDADEPROTECAO.COM.BR 35
Higiene Ocupacional – Agentes Químicos
Marcos Domingos da Silva

3.9 LEO’S – EXEMPLO DA PUBLICAÇÃO DOS TLV 2

3.10 FATORES QUE ALTERAM A SUSCETIBILIDADE


 Idade
 Sexo
 Características étnicas
 Fatores genéticos (predisposição)
 Estilo de vida (p.ex., alimentação, fumo, abuso de álcool e outras drogas)
 Medicações
 Condições médicas pré-existentes (p.ex., agravação de asma ou doenças
cardiovasculares)
 Sensibilização

3.11 TLVS -ACGIH


 Limite de exposição – Média Ponderada
 (TLV-TWA) – (LT-MP)
 Limite de exposição de curta duração
 ( TLV-STEL)
 Limite de exposição – Valor teto
 ( TLV-C)– (LT-TETO)
 Notações: Pele, carcinogenicidade, sensibilizante, BEI, efeito crítico.

WWW.UNIVERSIDADEPROTECAO.COM.BR 36
Higiene Ocupacional – Agentes Químicos
Marcos Domingos da Silva

3.12 LIMITE MÉDIA PONDERADA - TLV-TWA


A concentração média-ponderada para uma jornada normal de 8 horas diárias e 40
horas semanais, à qual a maioria dos trabalhadores pode estar repetidamente exposta,
dia após dia, durante toda a vida laboral, sem sofrer efeitos adversos à sua saúde.

3.13 LIMITE CURTA EXPOSIÇÃO (TLV-STEL)


É a concentração média ponderada em 15 minutos, que não pode ser excedida em
nenhum momento da jornada de trabalho, mesmo que a média ponderada de 8 horas
esteja dento dos limites estabelecidos.

O TLV-STEL é adotado para prevenir:


1) irritação;
2) dano crônico ou irreversível no tecido;
3) efeitos tóxicos ou
4) narcose em grau suficiente para aumentar a predisposição a acidentes, impedir
auto-salvamento ou reduzir significativamente a eficiência no trabalho
 Duração máxima 15 minutos

 Intervalo mínimo de 60 minutos


 Máximo de 4 vezes ao dia

WWW.UNIVERSIDADEPROTECAO.COM.BR 37
Higiene Ocupacional – Agentes Químicos
Marcos Domingos da Silva

 TLV-TWA respeitado

3.14 ÓXIDO DE ZINCO

WWW.UNIVERSIDADEPROTECAO.COM.BR 38
Higiene Ocupacional – Agentes Químicos
Marcos Domingos da Silva

4. LEO’s
4.1 TWA (MÉDIA PONDERADA) COM STEL
Obedecer simultaneamente o TLV – TWA e o TLV - STEL
(Duas amostragens)

4.2 TLV-TWA (MÉDIA PONDERADA) SEM STEL


Obedecer o TLV-TWA e o valor máximo permissível (excursão ou fator de digressão)

4.3 FATOR DE DIGRESSÃO PARA TLV-TWA SEM STEL


 3 vezes o TLV-TWA em um total de 15 minutos
 Valor teto instantâneo: 5 vezes o TLV-TWA
 Respeito ao TLV-TWA

4.4 LIMITE VALOR TETO - TLV-C


 Concentração que não pode ser excedida durante nenhum momento da
exposição do trabalhador.
 Avaliação Instantânea
LT’s da NR 15
 Limite média ponderada – LT-MP
 Valor máximo

 Notação: Absorção pela pele


 Notação: Asfixiantes simples
Limite de tolerância – Média ponderada
Tolueno (Brasil: LT=78ppm; Vmax=117ppm, Pele)
(ACGIH: TLV=20 ppm (2007) – sem STEL, Pele, A4, BEI)

WWW.UNIVERSIDADEPROTECAO.COM.BR 39
Higiene Ocupacional – Agentes Químicos
Marcos Domingos da Silva

 Limite respeitado na NR-15


 Limite ultrapassado na ACGIH

 Limite ultrapassado

 Limite ultrapassado

WWW.UNIVERSIDADEPROTECAO.COM.BR 40
Higiene Ocupacional – Agentes Químicos
Marcos Domingos da Silva

Limite de tolerância – Valor teto


Cloreto de vinila (Brasil: LT=156 ppm)
(ACGIH: TLV = 1 ppm (2006), sem STEL, A1)

 Limite respeitado na NR-15


 Limite excedido na ACGIH
Limite de tolerância – Valor teto
Cloreto de vinila (Brasil: LT=156 ppm)
(ACGIH: TLV = 1 ppm, sem STEL, A1)

 Limite ultrapassado

4.5 SÍLICA LIVRE CRISTALIZADA


BRASIL: Poeira contendo sílica (quartzo)
8
LTSiO2 
% Quartzo 2

WWW.UNIVERSIDADEPROTECAO.COM.BR 41
Higiene Ocupacional – Agentes Químicos
Marcos Domingos da Silva

ACGIH – (2006)

 -Quartzo e Cristobalita = 0,025 mg/m3

4.6 LIMITE DE EXPOSIÇÃO OCUPACIONAL [LEO]


 Sílica Livre Cristalizada (SiO2)
 Portaria 3214 – NR 15 – Anexo 12

 Poeira de Madeira – ACGIH – TLV


 Não Há Limites na NR 15

WWW.UNIVERSIDADEPROTECAO.COM.BR 42
Higiene Ocupacional – Agentes Químicos
Marcos Domingos da Silva

4.7 TLV – 2014 - PARA METAIS (ACGIH)

4.8 NOTAÇÕES
4.8.1 Pele
 Cuidado com a via dérmica
 Controle biológico
 Contato com a pele invalida o limite

4.8.2 Sensibilizante
 Início: Efeito pequeno ou nenhum
 Depois: Efeito intenso, mesmo com baixa concentração

4.9 NOTAÇÃO “A” CARCINOGENICIDADE (LIVRETO DA ACGIH – TLV


- ANEXO A)
A1 – Carcinogênico humano confirmado
A2 – Carcinogênico humano suspeito
A3 – Carcinogênico animal confirmado, com relevância desconhecida para humanos
A4 – Não classificável como carcinogênico humano

A5 – Não suspeito como carcinogênico humano

WWW.UNIVERSIDADEPROTECAO.COM.BR 43
Higiene Ocupacional – Agentes Químicos
Marcos Domingos da Silva

Lista Nacional de Agentes Cancerígenos para Humanos (LINACH) - PORTARIA


INTERMINISTERIAL MPS/MTE/MS Nº 09 DE 07.10.2014 -

4.10 ANEXO C – MISTURAS


Efeitos aditivos
C1 C2 C3
  1
T1 T2 T3

Efeitos independentes
C1 C2
1 1 
T1 T2

 Efeito crítico no organismo


Podem ser usados como guia para exposições simultâneas a mais de uma substância
química (efeitos aditivos)

4.11 EXEMPLO DE APLICAÇÃO DO TLV PARA MISTURA


C1 C2 C3
  1
T1 T2 T3

4.12 LIMITES DE EXPOSIÇÃO OCUPACIONAL


 Jornadas Estendidas
 Equação de Brief & Scala
 Usada na Portaria 3214, em 1978

WWW.UNIVERSIDADEPROTECAO.COM.BR 44
Higiene Ocupacional – Agentes Químicos
Marcos Domingos da Silva

4.13 POEIRA TOTAL E PNEOM


 Poeira Total (Poeira Inaláveis)
 Não existe poeira inerte, incômoda ou “atóxica”.
 Todo tipo de material particulado pode causar problema à saúde,
dependendo da concentração no ar e tempo de exposição.
 PNEOM – Partículas Não Especificadas de Outra Maneira (2003)
 Não é um TLV na essência da definição dada pela ACGIH
 Não têm TLV´s aplicáveis (não listadas especificamente)
 Sejam insolúveis ou de baixa solubilidade em água.
 Apresentem baixa toxicidade
 Valor de Referência < 3.0 mg/m3 para partículas respiráveis.
 Valor de Referência < 10 mg/m3 para partículas inaláveis
 Até o estabelecimento de TLV´s específicos.

4.14 NÍVEL DE AÇÃO (NR 9)


Não confundir com o LT estabelecido para ruído e agentes químicos.
NR 9 - 9.3.6 Do nível de ação.
9.3.6.2 Deverão ser objeto de controle sistemático as situações que apresentem
exposição ocupacional acima dos
níveis de ação, conforme indicado nas alíneas que seguem:
a) para agentes químicos, a metade dos limites de exposição ocupacional
considerados de acordo com a alínea "c“ do subitem 9.3.5.1;
b) para o ruído, a dose de 0,5 (dose superior a 50%), conforme critério
estabelecido na NR-15, Anexo I, item 6.

WWW.UNIVERSIDADEPROTECAO.COM.BR 45
Higiene Ocupacional – Agentes Químicos
Marcos Domingos da Silva

5. Amostragem e Avaliação da Exposição aos Agentes Químicos –


Metodologias, Critérios, Procedimentos e Boas Práticas
5.1 A QUÍMICA NOSSA DE CADA DIA
A química está em toda em tudo que nos rodeia

WWW.UNIVERSIDADEPROTECAO.COM.BR 46
Higiene Ocupacional – Agentes Químicos
Marcos Domingos da Silva

5.2 UNIVERSO DOS AGENTES QUÍMICOS


 Chemical Abstracts Service (CAS)

WWW.UNIVERSIDADEPROTECAO.COM.BR 47
Higiene Ocupacional – Agentes Químicos
Marcos Domingos da Silva

 Fonte reconhecida de nomes para químicos.


 Acervo de números de registros das substâncias (CAS number)

 Padrão universal de identificação


 160 milhões de substâncias orgânicas ou inorgânicas foram divulgadas na
literatura desde o início do século XIX
 Inclui ligas, compostos de coordenação, minerais, misturas, polímeros e sais
 68 milhões de proteínas e sequências de ácidos nucleicos
 Atualizadas diariamente

5.3 QUANTOS QUÍMICOS SÃO TESTADOS?


 Somente ¼ de 82.000 químicos usados nos EUA possuem testes toxicológicos.
DAVID EWING DUNCAN
 Dos 84,000 químicos comercializados apenas 1% possuem testes de segurança
Sen. Frank Lautenberg (26/10/2010)
 Lei de controle das substâncias tóxicas (Toxic Substances Control Act Chemical
Substance Inventory (TSCA Inventory) Lista 18314 substâncias sem dados
confidenciais, registradas por número da EPA e nomes genéricos. Lista de 68091
substâncias sem dados confidenciais identificadas pelo CAS number.

WWW.UNIVERSIDADEPROTECAO.COM.BR 48
Higiene Ocupacional – Agentes Químicos
Marcos Domingos da Silva

5.4 RISCO DA EXPOSIÇÃO OCUPACIONAL

5.5 APR – HO: ANÁLISE PRELIMINAR DE RISCOS – HIGIENE


OCUPACIONAL

WWW.UNIVERSIDADEPROTECAO.COM.BR 49
Higiene Ocupacional – Agentes Químicos
Marcos Domingos da Silva

5.6 EXPOSIÇÃO OCUPACIONAL AOS AGENTES QUÍMICOS

5.6.1 Gás e Vapor: Definição


 determinada matéria é um gás a certa temperatura se, independente da pressão
aplicada, essa substância não sofre condensação.
 determinada matéria é um vapor sob uma determinada temperatura e se condensa
quando sofre aumento de pressão.

5.6.2 Microorganismos agregados às partículas


 Partículas no ar de origem biológica
– bactérias, fungos, pólen, vírus
 e seus sub-produtos

WWW.UNIVERSIDADEPROTECAO.COM.BR 50
Higiene Ocupacional – Agentes Químicos
Marcos Domingos da Silva

– endotoxinas e micotoxinas
 e outros fragmentos
– excremento ou partes de insetos, escamas da pele, cabelos

Fumos Metálicos: corte de canal de peças

WWW.UNIVERSIDADEPROTECAO.COM.BR 51
Higiene Ocupacional – Agentes Químicos
Marcos Domingos da Silva

Lixamento de metais

Construção Civil, Cerâmicas, pedreiras, etc.

WWW.UNIVERSIDADEPROTECAO.COM.BR 52
Higiene Ocupacional – Agentes Químicos
Marcos Domingos da Silva

Construção Civil, mineração, marmoria

Névoas: cabine de pintura

WWW.UNIVERSIDADEPROTECAO.COM.BR 53
Higiene Ocupacional – Agentes Químicos
Marcos Domingos da Silva

Cereais e Bagaço: Material Particulado contendo endotoxinas

Poluição Atmosférica e dos Ambientes do Trabalho: Oxigênio O2, gás carbônico CO2, dióxido
de enxofre SO2.

5.6.3 Doenças Ocupacionais Típicas

WWW.UNIVERSIDADEPROTECAO.COM.BR 54
Higiene Ocupacional – Agentes Químicos
Marcos Domingos da Silva

Silicose típica

WWW.UNIVERSIDADEPROTECAO.COM.BR 55
Higiene Ocupacional – Agentes Químicos
Marcos Domingos da Silva

Asbestose

WWW.UNIVERSIDADEPROTECAO.COM.BR 56
Higiene Ocupacional – Agentes Químicos
Marcos Domingos da Silva

6. Exposição Ocupacional aos Agentes Químicos


6.1 EFEITOS À SAÚDE

6.2 TAMANHO DE PARTÍCULAS


1 micrometro ou 1µm =

1
metro
1.000.000
Exemplo: Fio de Cabelo =

40 µm – 70 µm

WWW.UNIVERSIDADEPROTECAO.COM.BR 57
Higiene Ocupacional – Agentes Químicos
Marcos Domingos da Silva

6.3 INALAÇÃO DAS PARTÍCULAS


Vias aéreas superiores (boca, nariz, garganta)
Região Torácica (traqueobronquial)
Região Alveolar (trocas de gases)

WWW.UNIVERSIDADEPROTECAO.COM.BR 58
Higiene Ocupacional – Agentes Químicos
Marcos Domingos da Silva

6.4 EXPOSIÇÃO OCUPACIONAL AOS AERODISPERSÓIDES


6.4.1 Deposição de partículas no organismo
– Fatores de Influência:
 Tamanho aerodinâmico das partículas
 Dimensões das vias aéreas
– Traqueia: 11 a 15 cm (adulto), com diâmetro de 1,5 a 2,0 cm
– O brônquio tem uma angulação menor do que o esquerdo.
– 300.000 de alvéolos.
– Bronquíolos = 0,005 milímetro
– Região Alveolar: 140 m2
 Características da respiração
– Vazão, volume, frequência e volume tidal (corrente) etc.

WWW.UNIVERSIDADEPROTECAO.COM.BR 59
Higiene Ocupacional – Agentes Químicos
Marcos Domingos da Silva

6.5 MECANISMOS DE DEPOSIÇÃO


– Impactação
 Partículas > 2 µm
 Alta velocidade
– Sedimentação
 Partículas > 1 µm
 Baixa velocidade do ar
– Deposição Eletrostática
– Difusão
 0,1 a 1 µm
 Velocidade do Ar
– Traqueia: 3900 mm/s
– Alvéolos: 0.9 mm/s

WWW.UNIVERSIDADEPROTECAO.COM.BR 60
Higiene Ocupacional – Agentes Químicos
Marcos Domingos da Silva

Fonte: OIT

6.6 CRITÉRIO DE SELEÇÃO DE PARTÍCULAS


– ACGIH – 1993-94
 Efeito do tamanho da partícula na região de deposição
 Associação entre efeito doença e material depositado em regiões específicas
do sistema respiratório.
– Os Limites de Tolerância são dados em função de:
 Fração de tamanho associado ao efeito respiratório.
 Concentração dessa fração que desencadeia o efeito à saúde.

6.7 CRITÉRIO DE SELEÇÃO DE PARTÍCULAS DA ACGIH


– Partículas Inaláveis
 0 a 100 µm
– Partículas Torácicas
 0 a 25 µm
– Partículas Respiráveis
 0 a 10 µm

WWW.UNIVERSIDADEPROTECAO.COM.BR 61
Higiene Ocupacional – Agentes Químicos
Marcos Domingos da Silva

– Fração de Massa Inalável, Torácica e Respirável em função do tamanho


aerodinâmico das partículas.

6.8 LEO’S – EXEMPLO DA PUBLICAÇÃO DOS TLV 3

6.9 EXPOSIÇÃO OCUPACIONAL AOS AERODISPERSÓIDES


 Avaliação Ambiental dos Aerodispersóides
– Depende do Limite de Exposição Ocupacional aos Agentes Químicos[LEO]
 Partículas Inaláveis, Torácicas ou Respiráveis
– Utilização de Dispositivos Selecionadores de Tamanho
 Ciclones

WWW.UNIVERSIDADEPROTECAO.COM.BR 62
Higiene Ocupacional – Agentes Químicos
Marcos Domingos da Silva

 Cassetes Especiais
– Bombas de Vácuo com Vazão Ajustável
– Métodos Analíticos

6.10 EXPOSIÇÃO OCUPACIONAL AOS AGENTES QUÍMICOS


 LT : poeira contendo Sílica Livre Cristalizada (SiO2)
– Portaria 3214 – NR 15 – Anexo 12

6.11 LIMITE DE EXPOSIÇÃO OCUPACIONAL LEO


– ACGIH (TLV) – 2006 → 0,025 mg/m3
 Sílica Cristalina - -Quartzo [CAS 14808-60-7; 1317-95-9]
 Cristobalita [14464-46-1]
– Limite estabelecido para prevenir a fibrose pulmonar, que pode ser um fator de
risco para o câncer (A2).
– Sílica (óxido de silício) é encontrado sob as formas polimorfas: quartzo, tridimita
e cristobalita.
– Transformações em função da temperatura
 -alfa é estável à temperatura ambiente,
 Acima de 573 0C transforma-se beta-quartzo
 Acima de 870°C vira tridimita
 Cristobalita se dá acima de 1470 °C
 Alfa-Quartzo
‒ Forma estável do SiO2 sob baixa pressão e baixa temperatura
‒ A ponta do tetraedro liga um anel de 6 elementos

WWW.UNIVERSIDADEPROTECAO.COM.BR 63
Higiene Ocupacional – Agentes Químicos
Marcos Domingos da Silva

6.12 TRIDIMITA
‒ Estrutura de 6 tetraedros, mas com uma simetria mais complexa do que a
quartzo.

6.13 CRISTOBALITA
‒ A estrutura da critobalita é de um cubo. A figura mostra uma montagem de um
elemento ligado no topo do seu vizinho.

WWW.UNIVERSIDADEPROTECAO.COM.BR 64
Higiene Ocupacional – Agentes Químicos
Marcos Domingos da Silva

WWW.UNIVERSIDADEPROTECAO.COM.BR 65
Higiene Ocupacional – Agentes Químicos
Marcos Domingos da Silva

7. Exposição Ocupacional aos Agentes Químicos – Métodos


Analíticos

7.1 INSTRUÇÕES PARA AMOSTRAGEM E ANÁLISE

WWW.UNIVERSIDADEPROTECAO.COM.BR 66
Higiene Ocupacional – Agentes Químicos
Marcos Domingos da Silva

WWW.UNIVERSIDADEPROTECAO.COM.BR 67
Higiene Ocupacional – Agentes Químicos
Marcos Domingos da Silva

7.2 EXEMPLOS DE APLICAÇÃO DE MÉTODO NIOSH 1501

7.3 LABORATÓRIOS DE ENSAIO ACREDITADOS


Laboratórios de Ensaio (ISO/IEC 17025) Acreditados (Rede Brasileira de Laboratórios de
Ensaio – RBLE

7.4 AGENTES QUÍMICOS: METODOLOGIAS DE AVALIAÇÃO


 Avanços
‒ Instrumentação para amostragem pessoal.
‒ Instrumentação portátil e com recursos de computação.

WWW.UNIVERSIDADEPROTECAO.COM.BR 68
Higiene Ocupacional – Agentes Químicos
Marcos Domingos da Silva

‒ Instrumentação com blindagem contra radio freqüências e campo


magnético.
‒ Instrumentação de fácil operação
 Tendência
‒ Instrumentação com transmissão de dados à distância (wireless)

7.5 EXPOSIÇÃO OCUPACIONAL AOS AGENTES QUÍMICOS


 Instrumentação de Amostragem
‒ Filtros e Cassetes

WWW.UNIVERSIDADEPROTECAO.COM.BR 69
Higiene Ocupacional – Agentes Químicos
Marcos Domingos da Silva

7.6 ERROS DE AMOSTRAGEM

7.7 AGENTES QUÍMICOS: METODOLOGIAS DE AVALIAÇÃO


7.7.1 Equipamentos e Dispositivos desenvolvidos recentemente
‒ Activated Charcoal
‒ Silica Gel
‒ Tenax
‒ XAD-2
‒ Chromosorbs

WWW.UNIVERSIDADEPROTECAO.COM.BR 70
Higiene Ocupacional – Agentes Químicos
Marcos Domingos da Silva

‒ Anasorb® 747 (carvão ativado)


‒ Anasorb GCB1 (Negro de fumo grafitizado)
‒ Tenax® TA Tenax GR

WWW.UNIVERSIDADEPROTECAO.COM.BR 71
Higiene Ocupacional – Agentes Químicos
Marcos Domingos da Silva

7.8 AMOSTRAGEM DE VAPORES DE COMBUSTÍVEIS

WWW.UNIVERSIDADEPROTECAO.COM.BR 72
Higiene Ocupacional – Agentes Químicos
Marcos Domingos da Silva

7.9 EXPOSIÇÃO OCUPACIONAL AOS AGENTES QUÍMICOS:


AERODISPERSÓIDES
7.9.1 Instrumentação de Amostragem

WWW.UNIVERSIDADEPROTECAO.COM.BR 73
Higiene Ocupacional – Agentes Químicos
Marcos Domingos da Silva

7.10 EXPOSIÇÃO OCUPACIONAL AOS AGENTES QUÍMICOS –


CICLONES PARA POEIRA INALÁVEL

Vazão: 2 l/min; Filtro: 25 mm

WWW.UNIVERSIDADEPROTECAO.COM.BR 74
Higiene Ocupacional – Agentes Químicos
Marcos Domingos da Silva

Vazão: 4 l/min; Filtro: 25 mm

WWW.UNIVERSIDADEPROTECAO.COM.BR 75
Higiene Ocupacional – Agentes Químicos
Marcos Domingos da Silva

7.11 EXPOSIÇÃO OCUPACIONAL AOS AGENTES QUÍMICOS –


CICLONE PARA POEIRA TÓRACICA

 1,6 l/min
 D50 = 10 m

WWW.UNIVERSIDADEPROTECAO.COM.BR 76
Higiene Ocupacional – Agentes Químicos
Marcos Domingos da Silva

WWW.UNIVERSIDADEPROTECAO.COM.BR 77
Higiene Ocupacional – Agentes Químicos
Marcos Domingos da Silva

7.12 EXPOSIÇÃO OCUPACIONAL AOS AGENTES QUÍMICOS –


CICLONES PARA POEIRA RESPIRÁVEL

7.13 EXPOSIÇÃO OCUPACIONAL AOS AGENTES QUÍMICOS –


INSTRUMENTAÇÃO DE AMOSTRAGEM
‒ Calibração da Vazão
‒ Antes e Depois de Cada Amostragem
‒ Vazão de acordo com o método
‒ Calibração pelo princípio da bolha de sabão

Calibrador

WWW.UNIVERSIDADEPROTECAO.COM.BR 78
Higiene Ocupacional – Agentes Químicos
Marcos Domingos da Silva

7.14 CALIBRAÇÃO DE BOMBAS DE AMOSTRAGEM

WWW.UNIVERSIDADEPROTECAO.COM.BR 79
Higiene Ocupacional – Agentes Químicos
Marcos Domingos da Silva

7.15 CONTROLE DE AGENTES QUÍMICOS


7.15.1 Medidas de Controle
‒ Corte de Pedras com pulverização de água (1955)

Fonte: NIOSH
‒ Corte de Tijolos (1996)

WWW.UNIVERSIDADEPROTECAO.COM.BR 80
Higiene Ocupacional – Agentes Químicos
Marcos Domingos da Silva

Fonte: NIOSH

7.15.2 Princípios
1. Substituição de produtos tóxicos por equivalentes de menor risco à saúde.
2. Controle na Fonte
a) Mudança no processo industrial
b) Sistemas de ventilação
c) Umidificação
3. Controle na Trajetória
a) Enclausuramento
b) Distanciamento da Fonte
c) Limpeza
4. Controle Administrativo
a) Redução do tempo de exposição, rodízio de pessoal.
b) Escalonamento de atividades.
5. Controle Individual
a) EPI

7.15.3 Medidas de Controle: Exemplos


‒ Substituição do Jateamento de Areia por:
 granalha de aço carbono,
 granalha de aço inox,
 micro esfera de vidro,
 óxido de alumínio ou
 abrasivos plásticos
‒ Umidificação

WWW.UNIVERSIDADEPROTECAO.COM.BR 81
Higiene Ocupacional – Agentes Químicos
Marcos Domingos da Silva

Fonte: NIOSH

Fonte: NIOSH

WWW.UNIVERSIDADEPROTECAO.COM.BR 82
Higiene Ocupacional – Agentes Químicos
Marcos Domingos da Silva

7.15.4 Ventilação em Lixadeiras de Concreto

WWW.UNIVERSIDADEPROTECAO.COM.BR 83
Higiene Ocupacional – Agentes Químicos
Marcos Domingos da Silva

7.15.5 Ventilação Local Exaustora em Marteletes Pneumáticos

‒ Eficiência

WWW.UNIVERSIDADEPROTECAO.COM.BR 84
Higiene Ocupacional – Agentes Químicos
Marcos Domingos da Silva

8. Exemplos de dados de amostragem

8.1 EXEMPLO: FUMOS METÁLICOS

8.2 EXEMPLO: SÍLICA

WWW.UNIVERSIDADEPROTECAO.COM.BR 85
Higiene Ocupacional – Agentes Químicos
Marcos Domingos da Silva

8.3 EXEMPLO: SOLVENTES

8.4 EXEMPLOS DE ENSAIOS DE LABORATÓRIO

WWW.UNIVERSIDADEPROTECAO.COM.BR 86
Higiene Ocupacional – Agentes Químicos
Marcos Domingos da Silva

WWW.UNIVERSIDADEPROTECAO.COM.BR 87
Higiene Ocupacional – Agentes Químicos
Marcos Domingos da Silva

8.5 EXEMPLO DE ANÁLISE DE DADOS: 6 AMOSTRAS DE ÓXIDO DE


FERRO (FUMOS METÁLICOS)

WWW.UNIVERSIDADEPROTECAO.COM.BR 88
Higiene Ocupacional – Agentes Químicos
Marcos Domingos da Silva

8.6 EXEMPLOS DE SIO2

8.7 EXEMPLO DE ANÁLISE DE DADOS: 6 AMOSTRAS DE TOLUENO

WWW.UNIVERSIDADEPROTECAO.COM.BR 89
Higiene Ocupacional – Agentes Químicos
Marcos Domingos da Silva

8.8 CONSIDERAÇÕES FINAIS

WWW.UNIVERSIDADEPROTECAO.COM.BR 90
Higiene Ocupacional – Agentes Químicos
Marcos Domingos da Silva

(11) 2424-8444 | (51) 2131-0443


www.universidadeprotecao.com.br

Alameda Rio Negro, 161, 10º andar, salas 1002 e 1003,


Alphaville – Barueri-SP | CEP: 06454-000
Rua Domingos de Almeida, 218,
Centro – Novo Hamburgo-RS | CEP: 93510-100
WWW.UNIVERSIDADEPROTECAO.COM.BR 91

Você também pode gostar