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ÉTICA
O que é a ética?
A ética serve para “ajudar aqui e agora, neste sarilho em que estou metido, a decidir da
melhor maneira”. A verdadeira definição de ética é a busca da felicidade (nas minhas
circunstâncias). A Ética pretende em cada momento orientar esse mesmo momento para o fim
último da nossa vida, colocar em cada decisão que fazemos a razão suprema da nossa existência,
colocar sempre a pergunta: “Qual é a coisa certa a fazer nesta situação em que estou envolvido”.
Dilema ético:
Os dilemas éticos são uma realidade diária na empresa. A maioria das pessoas enfrenta
dilemas em algum momento da sua carreira profissional, quer com maior ou menor frequência.
A emoção pode parecer trivial no mundo árduo dos negócios, mas é uma questão séria. Para a
maioria não é fácil escolher a opção mais inteligente ao encarar um dilema, e é natural sentir
insegurança, principalmente quando envolve emoções e quando apelam ao nosso lado mais
humano. Diria então que os dilemas éticos são situações que não são pretas nem brancas, mas sim
cinzentas, uma vez que resolvê-los exige tomar decisões quando as leis, os regulamentos, os
estatutos ou as verdades absolutas não oferecem saída. Os dilemas éticos incluem frases como “e
o que aconteceria se...”, “talvez...”, “por um lado, deveríamos..., mas por outro se o fi zermos...,
mas mesmo assim eu não..., eles poderiam...”.
Assim e como anteriormente explicado, as decisões das empresas são difíceis, complexas
e exigentes, assim a mudança que a moral gera não tem a ver como os termos das escolhas, mas
sim com a seleção e avaliação dos custos e benefícios que são considerados na mesma. O valor
moral da atividade empresarial depende da finalidade com que se desempenha essa atividade.
Existem: casos maus por defeito, casos bons e casos maus por excesso. Entre estas situações,
existem as chamadas, zonas cinzentas, e é aí que o problema ético reside, pelo que podemos então
concluir que é nas áreas dúbias onde uma coisa parece boa, mas inclui elementos maus de outro
ponto de vista, que se encontra o problema. Pelo que, o ambiente da empresa, as circunstâncias,
incentivos, etc… influenciam essa decisão.
Os critérios que devem ser tidos em conta quando se toma uma decisão são: emotivistas
(seguir a consciência) e prescrivistas (existência de uma lei, objetiva e extrema).
Assim é importante seguir a regra de ouro, que apela à consciência. Santo Inácio de Loiola
fez algumas reflexões nas quais nos apresentou que não podemos mudar o problema, mas sim as
circunstâncias, pelo que devemos tratar os outros da mesma forma que gostávamos de ser tratados,
agindo sempre em conformidade com o que eu quereria que fizesse uma pessoa que não conheço
de lado nenhum ou o que quereria ter feito se estivesse à hora da morte. Relativamente à regra da
primeira página do jornal (“Depois que os meus funcionários obedecem a todas as regras, eu
quero que você se pergunte se eles estão dispostos a ver seus actos publicados na primeira página
do jornal no dia seguinte, e que o mesmo possa ser lido para sua esposa, filhos e amigos”), a
mesma regra diz-nos então que se a pessoa não sentir vergonha do seu acto não terá qualquer
problema em que o mesmo seja exposto.
É então necessário que se crie um processo, uma vez que, sem a existência de processo
para responder ao problema, todos irão reagir instintivamente e fazer o que caberá à sua
consciência, recorrendo ao emotivismo, que é nada mais que uma expressão de preferências de
aprovação. Neste sentido as pessoas farão apenas o que é melhor para si e não o que é melhor
para o grupo, tal como acontece na “Parábola do Sadhu”, em que a dada altura era necessário que
existisse um processo para que as pessoas se sentissem guiadas e acompanhadas, e que existisse
também apoio do grupo.
Contudo e embora todos tenham dado alguma ajuda (os neo-zelandeses carregaram o
sadhu às costas, o mc coy verificou o pulso e sugeriu o tratamento, o Stephen e os suiçoes
agasalharam-no com roupas, os japoneses deram-lhe água e comida e os sherpas levaram-no para
uma pedra onde batia o sol), essa ajuda simplesmente não foi suficiente, uma vez que ninguém
assumiu inteiramente a responsabilidade pelo Sadhu.
ÉTICA EMPRESARIAL- Para a próxima reunião de quadros o seu chefe pede-lhe ajuda na
preparação de intervenção de fundo com o tema “há certas coisas que esta empresa nunca
fará”
Na elaboração da intervenção, que visa relembrar aos membros da administração da empresa dos
princípios da mesma, iria começar pelas linhas mais gerais da ética empresarial, ou seja, aquelas
que estão legisladas na lei. Sabemos que existem práticas antiéticas, mas que são lícitas, pelo que
estas são mais complexas de analisar, sendo conhecidas por “zonas cinzentas”, no entanto,
existem também casos que são maus (por defeito ou por excesso) e casos que são bons. Partindo
da lei, sabemos que esta é o que determina as grandes linhas morais da sociedade, ou seja, eu
começaria a intervenção por realçar as práticas que a empresa nunca fará pois apesar de serem
más num nível ético, são ainda ílicitas, ou seja, estão reguladas legalmente, pelo que a empresa
deve evitar estas práticas.
Após abordar os casos maus, nos quais a empresa nunca se deve envolver, devemos partir para a
elaboração de um Código de conduta, baseado na deontologia ética dessa mesma atividade, de
modo a esclarecer dilemas particulares, específicos da empresa, podendo assim orientar as ações.
E aqui tentar dar a conhecer e incentivar para práticas corretas tanto a nível de questões de
trabalho, como de produção, como situações em contratos,etc.
Por fim, e por sabermos que as situações não são todas objetivamente boas ou más a nível ético,
teremos de abordar as “zonas cinzentas”, os casos mais complexos, em que irão requerer maior
esforço e exigência para o seguimento dos princípios éticos. Diria aos administradores da empresa
como devem abordar e atuar, quando se virem num dilema ético em que a resposta não é tão
obvia. Em primeiro lugar, estes devem querer ser éticos, sendo a força de vontade e a natureza
humana o que terá mais peso nas decisões a tomar, operacionalizando assim a sua atividade a
ações para essa vontade, devem ainda para melhor compreensão da situação, colocar a decisão no
seu verdadeiro contexto, analisando os aspetos legítimos e objetivos e medindo as consequências
(não só para nós como para todos os afetados com as mesmas) e apenas aí tomar uma decisão.
“Para a próxima assembleia geral de acionistas, o seu administrador pede-lhe que prepare uma
página de apoio para a intervenção dele. O único tema que lhe deu é “esta empresa pensa que
o sucesso é sempre ético”
Na minha opinião, e com base nos conteúdos estudados durante o semestre na cadeira de Ética e
Responsabilidade Social, penso que o tema si, (“esta empresa pensa que o sucesso é sempre
ético”) está errado.
Note-se que, sabemos que ser ético é bom para o negócio, e que podemos ter lucro e sucesso ao
orientar a actividade da empresa pelos princípios éticos. No entanto, o contrário não se verifica,
e na atualidade, tal como estudámos, existe a mentalidade e ideologia de que existe uma clivagem
essencial, ou seja, pensa-se atualmente que existe um dilema entre o sucesso e a virtude. Muitos
acreditam que é preciso escolher entre ser ético, justo e bom e ser feliz e com sucesso. Apesar de
esta corrente de opinião não ser a realidade, (não é verdade que existe uma incompatibilidade
básica entre a ética empresarial e o sucesso nos negócios), também não é verdade que o sucesso
é sempre ético.
O sucesso e o lucro em si são algo neutro, a actividade empresaria voltada para o lucro não é em
si mesma, ética ou antiética. O valor moral do lucro e do sucesso vai depender do modo como
este lucro é obtido e utilizado.
Se fosse eu a preparar esta apresentação para os acionistas, apesar de reconhecer que o sucesso
pode ser atingido por vias anti-éticas, iria defender que o que é pretendido, e que enquanto
funcionário da empresa, defendo que a mesma deve orientar as suas práticas e toda e qualquer
atividade empresarial de acordo com os princípios éticos, não visando apenas o lucro (ainda que
o mesmo seja em princípio, o core da actividade), mas também os interesses de todos os
stakeholders.
Egoísmo ético
O egoísmo ético é a visão de que cada um de nós deve perseguir nosso próprio interesse,
e ninguém tem a obrigação de promover os interesses de qualquer outra pessoa. É, portanto, uma
teoria normativa ou prescritiva: preocupa-se com como devemos nos comportar.
No entanto, claro que não é possível viver numa sociedade onde cada um fica na sua. O
mais forte vai sempre dominar. O mais forte é quem controla a televisão, jornais, propaganda.
TRABALHO:
“O código da ética em vigor na sua empresa exige-lhe que comunique ao superior um erro
grave cometido por um seu subordinado. Se o fizer, esse trabalhador certamente será despedido
com terríveis consequências na sua vida pessoal (um filho está muito doente e os tratamentos
são caros, aliámos foi essa pressão que gerou a distração que por sua vez levou ao erro). A sua
opinião é que este caso foi pontual, as consequências não serão notadas fora das suas relações
imediatas. O que devo fazer?”
Enquanto trabalhadora de uma determinada empresa, devo atuar com zelo e adequado
espírito de cooperação e responsabilidade, informando e esclarecendo de forma respeitosa, clara
e simples os intervenientes no assunto, preservando assim os valores de transparência na empresa.
É importante ainda ter em conta que, enquanto trabalhadora de uma determinada empresa devo
agir de forma responsável e competente, dedicada e crítica, empenhando-me na valorização
profissional e exercendo a minha atividade diária com um comportamento íntegro e de elevado
profissionalismo.
Assim para o caso em questão é necessário ter em conta que, em termos de conduta, os
trabalhadores, procedendo de acordo com critérios de razoabilidade e prudência, devem informar
o superior hierárquico sempre que tomem conhecimento ou tiverem suspeitas fundadas da
ocorrência de atividades de abuso de informação privilegiada, fraude ou corrupção em geral.
Sendo importante ter em conta que o trabalhador que comunicar ou impedir a realização de
atividades ilícitas, não poderá ser, por esse facto, prejudicado a qualquer título.
Pelo que, embora a história do meu subordinado pudesse apelar ao meu lado mais
emocional e humano (dada as condições da sua vida pessoal), a ação do mesmo não deixa de ser
um erro considerado “grave”, que embora depois nos seja dito que há partida as “consequências
não serão notadas fora das suas relações imediatas”, não será certo que a mesma ação tome assim
tão reduzidas proporções. É importante ainda ter em conta que, se por algum motivo a situação
tiver consequências mais devastadoras, o meu silêncio poderá ser compreendo como eu ter
compactuado com o erro em questão, sendo que em último caso poderei mesmo ser sempre
acusada como “cúmplice” de um crime.
Assim mais do que ter atitudes éticas é preciso também conseguir denunciar qualquer tipo
de comportamento que vá contra o padrão ético.
O seu chefe sabendo que fez a cadeira de ética na católica, pede-lhe um pequeno
relatório/consulta sobre a conduta que a empresa deve ter perante o problema da
contratação de pessoas portadoras de deficiência, indicando atitudes corretas, problemas
que se devem colocar e dificuldades de várias naturezas a acautelar
“Que razões deve ter uma pessoa para querer trabalhar numa empresa?”
Podem existir diversos critérios, que poderão variar de pessoa para pessoa, uns podem
querer ir para uma empresa por questões financeiras, outras por reputação, mas devemos
relembrar-nos que o sítio de trabalho é um local onde iremos passar grande parte dos nossos dias
e que por esse motivo deve ser um local onde nos sintamos bem. A chamada “felicidade no
trabalho”, criar um ambiente que leve os trabalhadores a quererem trabalhar e a estarem
motivados para tal.
Como é que pode um chefe transmitir esta motivação?
Em primeiro lugar há que dar o exemplo, destaco aqui a história de Alexandre, que
quando o seu exército estava a caminhar e com sede, quando lhe é dado água o mesmo deita-a
para o chão. Este ato que parece à primeira vista insignificante, ou com pouca dimensão, foi
motivo de festejo par os soldados e foi como se “todos tivessem bebido água”, uma vez que se
viram todos no mesmo nível, não estando ninguém acima de ninguém, nem Alexandre. Assim
não se tratou da dimensão do ato, porque de facto ninguém ficou saciado com a água, tratou-se
do gesto e de como estão todos na mesma linha.
Contudo, não é só necessário que os colaboradores sejam felizes, mas que a empresa
também o seja
Essa felicidade pode-se refletir em resultados, nomeadamente lucros. Não podendo esses
lucros, contudo ser atingidos a qualquer custo, uma vez que os meios interessam para a
maximização do fim, embora não haja, contudo, reprovação em querer ter lucros (“se o ganho
que é o fim do comércio, não implica em si qualquer elemento honesto ou necessário não implica
também qualquer coisa de mau ou contrário à virtude(...), assim o negócio torna-se liíito”, dado
que tanto o ganho empresaria como as empresas são neutros, estando o valor moral do lucro
apenas depende de como ele é usado e conseguido. Toda a atividade humana pode ser
transformada numa selva, contudo a mesma depende da atividade de quem a conduz. É importante
com isto ter ainda em atenção que se por acaso forem estabelecidos limites à dedicação tida pela
empresa, estes limites devem ser determinados pela ética. Assim uma posição antiética face ao
lucro seria dizer que: “As empresas têm de ter lucro e fingir que não vêm o que se passa à sua
volta”.
Uma empresa tem o direito de se recusar a contratar determinados tipos de pessoas (função da
idade, religião, status familiar, etnia, filiação política, ...)?
Discriminar uma pessoa significa negar-lhe algum direito com base num critério injusto.
Num processo de seleção, discriminação é a decisão que um selecionador toma sobre um
candidato a um emprego não com base na sua qualificação ou desempenho, mas em razão de
qualquer outra característica.
De maneira geral, podemos considerar que a seleção de pessoas não é nada mais do que
a escolha do melhor ou dos melhores candidatos para preencher uma determinada posição numa
empresa. Assim todos os processos de seleção envolvem uma previsão, com base na identificação
das qualificações dos candidatos, em que a empresa prevê como é que seria o desempenho dos
candidatos na função para a qual a se estão a candidatar. Assim, quando falamos no “melhor
candidato” referimo-nos aquele que provavelmente apresentará, caso contratado o melhor
desempenho, dentro de todos os candidatos.
No mercado do trabalho, em situações em que existe excesso de oferta de mão-de-obra
(como em crises económicas), muitas empresas estabelecem pré-requisitos ou exigem
competências que o candidato não utilizará no cargo, de modo a reduzir o número de candidatos
no processo de seleção, ou como meio de contratar candidatos com qualificações superiores ao
necessário (tendo trabalhadores com mais competências a “preços” inferiores).
A ampliação injusta dos pré-requisitos para o exercício constitui uma forma de
discriminação. Assim, solicitar um nível de qualificação mais alto do que aquele que a função
requer, ou exigir que o candidato tenha feito cursos não relacionados com o seu futuro cargo,
constituem atos discriminatórios e imorais.
Outro aspeto que é importante ter em atenção é que os candidatos podem ver os pré-
requisitos exigidos e serem induzidos em erro, ao acreditarem que o trabalho para o qual estão a
concorrer exigirá deles uma coisa que na realidade não vai existir, uma vez que não lhes é
apresentado pela empresa que as qualificações por eles pedidas não serão utilizadas no dia a dia.
É importante ainda ter em conta que o “perfil ideal” do trabalhador não pode conter
exigências relativas a características não profissionais como: idade, sexo, boa aparência, sempre
que as mesmas forem usadas para restringir ou limitar as oportunidades dos candidatos ao cargo
à priori ( Segundo o Artigo 24º do Código do Trabalho: “O trabalhador ou candidato a emprego
tem direito a igualdade de oportunidades e de tratamento no que se refere ao acesso ao emprego
não podendo ser privilegiado, beneficiado, prejudicado, privado de qualquer direito ou isento de
qualquer dever em razão, nomeadamente, de ascendência, idade, sexo, orientação sexual,
identidade de género, estado civil, situação familiar, situação económica, instrução, origem ou
condição social, património genético, capacidade de trabalho reduzida, deficiência, doença
crónica, nacionalidade, origem étnica ou raça, território de origem, língua, religião, convicções
políticas ou ideológicas e filiação sindical”).
Pelo que se definirmos Justiça como o ato de dar a cada um o que é seu, então será justo
o processo de seleção que, indicar o melhor candidato, sendo que a “desclassificação” de um
candidato em função de características diferentes das suas qualificações representará de imediato
um ato de discriminação que, portanto, será considerado ilegal.
O seu diretor de pessoal vem dizer-lhe que, segundo reputados especialistas internacionais em
gestão de pessoal, a empresa, para manter a competitividade, deve despedir todos os anos os
trabalhadores que esteja nos 5% inferiores da ordenação de eficácia, feita a partir das
classificações dadas pelos respetivos diretores. Só assim se cria pressão competitiva em toda a
empresa. Que lhe responde?
Começar-lhe-ia por dizer que uma empresa é, antes de mais nada, um conjunto de
pessoas. O problema ético que costuma ser gerado nas questões de pessoal é naturalmente,
relacionado com a motivação e envolvimento dos trabalhadores. Esta sugestão do diretor de
pessoal pretende incentivar e motivar os trabalhadores, já que é comum encontrar trabalhadores
que são pagos mas que pouco fazem/são pouco produtivos. No entanto, apesar de concordar e
defender que se devem elaborar internamente incentivos para motivar a produtividade dos
trabalhadores, não concordo com a sugestão do diretor de pessoal. O respeito mútuo é essencial
para uma boa relação de trabalho, garantindo eficácia e justiça. A estrutura na empresa deve ser
equilibrada, maiores níveis de justiça estão comprovados gerar maior eficiência, produtividade e
propensão para inovar processos organizacionais e atividades. Deve existir um clima de confiança
e segurança na empresa. A sugestão do diretor de pessoal, é a de promover a eficiência dos
trabalhadores através do medo, o que poderia não criar o ambiente de trabalho mais favorável, já
que os trabalhadores estariam a competir entre si para não serem despedidos. Apesar de modo
pouco ético, esta decisão até poderia aumentar o lucro e o sucesso na empresa, mas já estaríamos
a entrar num lucro com valor antiético, dado o modo como este estaria a ser obtido. Existem
vários outros mecanismos e técnicas para incentivar os trabalhadores, que não necessitam de criar
um ambiente hostil na empresa. Toda a atividade humana pode ser transformada numa selva, e
esta decisão do diretor de pessoal, iria incentivar e promover a criação dessa mesma selva, no
contexto empresarial dessa empresa. Apesar do valor moral negativo com o qual a selva está
conotado depender da atividade de quem a conduz, sabemos que a selva incentiva frequentemente
a comportamentos pouco éticos, pelo que deve ser evitada e não promovida.
“O objetivo da empresa não é simplesmente o lucro, mas sim a própria existência da empresa
como comunidade de homens que, de diverso modo, procuram a satisfação das suas
necessidades fundamentais e constituem um grupo especial ao serviço de toda a sociedade. O
lucro é um regulador da vida da empresa, mas não é o único, a ele se deve associar a
consideração de outros fatores humanos e morais que, a longo prazo são igualmente essenciais
para a vida da empresa” – (esta resposta ta muito fraca)
PREÇOS E PUBLICIDADE:
É de salientar que qualidade não é um critério ético, mas sim técnico. Ou seja, desde que
devidamente indicado e que seja totalmente transparente em relação ao tipo de qualidade do
produto, não me parece que haja algum tipo de problema em problemas de baixa qualidade.
Existem então produtos que são conhecidos pela população e tem baixa qualidade e não é por isso
que é imoral serem vendidos. Aliás muitas vezes vemos produtos simples satisfazerem os
interesses dos consumidores tão bem ou melhor que outros mais sofisticados (ex: caneta BIC vs
Montblanc).
Desde que o consumidor esteja ciente da qualidade que compra e que o preço
corresponde a essa mesma qualidade, não há problema. Assim, cada empresa deve determinar
onde se encontra no mercado, a função que desempenha e as necessidades que satisfaz. Sendo
que, uma vez estabelecidas estas características do produto, a mesma deve atuar com
transparência e honestidade sobre os seus produtos.
Switch selling:
Quando se anuncia um produto que não está disponível para venda (há apenas uma
quantidade reduzida, ou ficou indisponível), e depois os consumidores são levados a pensar que
esgotou e, persuadidos pelos vendedores, compram outro produto que afirmam ser
“semelhante”. Até pode ser legal, mas o facto de ser legal só aumenta a responsabilidade ética.
SUBORNO: Um amigo telefona-lhe com uma situação que considera muito séria: ele é o
responsável da empresa FORUM, que tem que decidir sobre um concurso para aquisição de
material que a empresa FORUM lançou ao mercado.
Uma das empresas concorrentes (potencial fornecedor) A PREVARICADORA abordou-o com
uma importante oferta de “luvas”, durante o prazo estabelecido pela FORUM para as empresas
responderem ao concurso.
Ele recusou, mas agora, ao comparar as propostas apresentadas, descobre que a dessa empresa
A PREVARICADORA é claramente a melhor. Mas tem medo de adjudicar a compra â A
PREVARICADORA, por temer a acusação de corrupção.
Que recomendaria a esse amigo?
Tendo em conta os requisitos da ética comercial estabelecidos, nenhum fornecedor deve
oferecer, prometer, dar, solicitar, concordar, aceitar ou receber quaisquer tipos de pagamentos,
presentes, patrocínios, doações, ou benefícios impróprios, diretos ou indiretos, para obter ou reter
uma vantagem pessoal ou comercial de ou para qualquer agente público, funcionário ou
representante de uma empresa pública ou privada. Sendo que sempre que o mesmo acontecer e
for considerado com um interesse financeiro controlador ou duvidoso é necessário reportar de
imediato a situação.
No caso em questão, encontramo-nos numa situação em que uma das empresas
concorrentes (potencial fornecedor), aborda o responsável da empresa FORUM (que tem que
decidir sobre o concurso) com uma oferta de "luvas". Esta oferta que na minha opinião é logo à
partida duvidosa, uma vez que a mesma fora sem qualquer objetivo de receber em troca uma
retribuição monetária e sem qualquer tipo de contrato pré-existente em vigor que exigisse tal
oferta. Pelo que na minha opinião o meu amigo devia reportar de imediato a situação, dado que
se trata de uma situação de tentativa de suborno, uma vez que foi feito com o objetivo de obter
uma vantagem (ou compensação não devida).
Uma vez que subornos e comissões, quer efetuados direta ou indiretamente, são
estritamente proibidos segundo o Código de Conduta e Ética Profissional, o meu amigo fez bem
em recusar tal oferta de luvas, uma vez que ao recusar a oferta, se excluem quaisquer
possibilidades de a FÓRUM estar associada a uma situação de corrupção.
Assim, a empresa FÓRUM apresenta-se a meu ver fora de qualquer possível associação
a um crime dado que não compactuou com o mesmo por recusar de imediato tal suborno. Contudo
acredito que a proposta devia ser imediatamente retirada de concurso bem como reportada a
situação, pois embora a mesma até pudesse ser a opção economicamente mais favorável em
comparação com as outras propostas em concurso, a tentativa de suborno por parte da
PREVARICADORA revelou que a mesma não segue os princípios éticos e legais que devem ser
adotados numa empresa.
É importante ainda destacar, o impacto que a notícia do vencedor do concurso ser uma
empresa que tentou incorrer em atos de suborno, podia ter na reputação e imagem da FÓRUM.
Oferecer e aceitar um suborno são ambos moralmente incorretos. Aqueles que recebem
o suborno ou praticam extorsão atuam contra a justiça, e aqueles que oferecem os subornos
causam injustiça. Assim aceitar um suborno pode ser compreendido como um ato de deslealdade
para com a empresa (ou sociedade).
CÓPIA E FALSIFICAÇÕES:
Prejudicam a empresa original e a sua imagem, pois diminuem a sua credibilidade e estão
a apropriar-se, ilicitamente, de propriedade intelectual alheia. Ao copiar um produto, além de
enganar o cliente (criando uma relação desonesta), pode-se ainda estar a criar uma depreciação
da imagem da empresa original, devido à cópia deficiente. É ainda importante ter em conta que
estas cópias e falsificações, para além de serem uma prática claramente ilegal, distorcem a
concorrência, pois alguém que compra um Rolex falso, acaba por deixar de comprar um Swatch
que é mais acessível.
É necessário nesta situação ainda entender que existem diferentes níveis de
desonestidade, ou seja, comprar um Rolex falsificado numa ourivesaria a umas centenas de euros
é pior do que o comprar na feira, é uma situação de um crime sério de burla. No entanto, mesmo
que o consumidor necessite de tomar as devidas precauções contra as falsificações, nada
desculpabiliza o vendedor.
Certos produtos geram questões éticas mais graves, como é o caso da falsificação de
medicação, travões, alimentação devido às potenciais consequências que podem ter.
Depois existem ainda questões cuja determinação da culpabilização legal é bastante
complexa, mas que numa perspetiva ética a questão é simples. Por exemplo, variedades de
produtos cujas embalagens sejam semelhantes à dos rivais
Um dia descobre na sua empresa que um grupo de empregados montou um sistema de utilizar
os computadores da companhia para fazer download ilegal de filmes para entregar ao centro
social do bairro-de-lata vizinho. As sessões são muito populares entre as crianças pobres e a
população está muito agradecia à sua empresa. O que faz?
Esta situação descrita, é um bom exemplo de uma situação cujo valor ético e moral é bastante
complexo e de difícil análise. Note-se que aqui, esta ação tem um valor moral bom, mas no
entanto, a sua actividade tem como base uma prática ilícita. Sabemos que surge uma questão ética
por estarmos a utilizar a propriedade da empresa para uma prática de cópias e falsificações, ou
seja, este grupo de empregados está, em nome da empresa, a apropriar-se ilicitamente de
propriedade intelectual alheia. Este tipo de ações distorce a concorrência, ao baixar um filme
ilegalmente não estou a remunerar os produtores do mesmo, mesmo estando a “consumi-lo”. No
entanto, vemos também que objetivo com que esta ação está a ser tomada tem objetivamente um
valor moral bom.
Ao aperceber-me desta situação, naturalmente e por estar regulado legalmente, não posso
simplesmente “fechar os olhos” ao que está a acontecer, já que esta ação está a decorrer em nome
da empresa e com a propriedade da empresa. No entanto, poderia tentar arranjar uma solução não
ilícita, e que promovesse que os meus trabalhadores continuassem a ajudar as crianças do bairro
social. Dependendo do tamanho da empresa e do seu Capital Próprio, muito provavelmente teria
meios financeiros para poder comprar os filmes, legalmente e oficialmente oferecendo assim para
as crianças, ainda que não seja necessário a empresa entrar em “social-washing”, já que a mesma
ação já estaria a acontecer pelos colaboradores da empresa, não havendo necessidade de
publicitar. Caso não fosse possível a ajuda direta da empresa às crianças, poder-se-ia desenvolver
algum outro mecanismo ou dinamismo que possibilitasse a ajuda às crianças.
CONCORRÊNCIA:
“Numa entrevista, o jornalista pede-lhe que descreva os “golpes baixos” que a sua empresa
sofreu, por parte de concorrentes, na luta pela quota de mercado. Como deve usar esta
oportunidade mediática, que lhe dá grande vantagem face a esses mesmos concorrentes?”
Apesar de sabermos que a concorrência em si é algo desejável para todos os mercados, já que a
mesma fornece incentivos para a estimulação de criatividade, dinamismo e engenho, sabemos que
por vezes, nas circunstâncias da competição podemos encontrar-nos perante algumas questões
morais.
Nesta situação descrita existe a oportunidade de mediaticamente, rebaixar e expor os meus
concorrentes, pelo que me encontro perante uma questão moral. Neste contexto eu teria duas
opções, ou constatava a minha opinião sobre as ações incorretas dos meus concorrentes, podendo
assim denegrir a imagem dos mesmos pela opinião pública, podendo assim aumentar a minha
quota de mercado e ganhar vantagem face aos mesmos, ou poderia não difamar os meus
concorrentes, realçando que dado os meus valores e princípios não teria nada a acrescentar ao
assunto, podendo apenas dizer que a minha atividade empresarial e o mérito da mesma, devem
ser causados pela eficiência e dinamismo, não por “golpes baixos” (pois não existe nenhuma
clivagem entre o “eu” empresarial e o “eu” privado), ou seja, eu não iria distorcer o mercado ou
entrar em concorrências desleais, mesmo que seja para “pagar na mesma moeda”. As atitudes
éticas, especialmente aquelas nas “zonas cinzentas”, pela sua complexidade podem ser difíceis de
analisar, no entanto, alguns mecanismos tais como a “regra de ouro”, poderão ser boas formas de
chegar a uma atitude com um valor moral ético, pois tal como não gostaria que os meus
concorrentes me difamassem publicamente, então não vou eu fazer o mesmo.
CORRUPÇÃO:
Define-se como Corrupção o aproveitamento de uma posição pública, delegada ou
representativa, para benefícios privados, assim a mesma é a prática de qualquer ato ou a sua
omissão, seja lícito ou ilícito, em detrimento de um recebimento ou a promessa de uma qualquer
compensação que não seja devida, em benefício do próprio ou de terceiros. Ex: Leis ou
regulamentos alterados por favor, subsídios a amigos, escolher negócios que beneficiam alguém
em particular, etc., até a gorjetas extra (arrumador). É importante com isto ter então em conta que
ações que caracterizam um dado ato como corrupto, não são necessariamente ilícitas, muitas
vezes as ações até são lícitas, mas possuem um outro objetivo, ou seja, o objetivo de beneficiar a
parte que faz estas ações, criando situações de desigualdade.
A corrupção cria então relações falsas, gera atos escondidos e sem transparência, e por
essa razão, “a corrupção cria mais corrupção” (espiral), uma vez que podemos ainda entender que
a mesma desencoraja práticas honestas pela flagrante injustiça dado que “premeia” os maus
comportamentos, assim poderia dizer que o pior na corrupção é a “normalidade”
A mesma pode ter a forma de: ação ou omissão, prática de ato lícito ou ilícito,
contrapartida ou vantagem indevida, em benefício do próprio ou do terceiro, tendo nós exemplos
claros de Corrupção nos nossos dias como: tráfico de Influências, Ofertas e Suborno, Abuso de
Poder, Peculato e a Concussão.
PUBLICIDADE COMPARATIVA:
A publicidade comparativa não tem nenhum problema por si só se for dada informação real, fiável
e se for respeitada a integridade do indivíduo. A diretiva da EU impõe então 3 condições
fundamentais: disponibilizar informação fiável (isto é, verdadeira), disponibilizar informação que
não confunda o consumidor e não deve ser ofensiva. Assim segundo o Artigo 16º do Decreto-Lei
n.o 330/90 de 23 de Outubro, é proibida a publicidade que utilize comparações que não se apoiem
em características essenciais, afins e objectivamente demonstráveis dos bens ou serviços ou que
os contraponha com outros não similares ou desconhecidos.
Existem categorias de produtos com características particulares para os quais a lei portuguesa
pode ser tomada como referência ao definir cuidados especiais na publicidade: produtos para
crianças, bebidas alcoólicas, tabaco, tratamentos e medicamente, publicidade em
estabelecimentos de ensino, jogos de fortuna/azar, produtos e serviços milagrosos. Existem
outras categorias especiais de produtos cuja publicidade levanta debates éticos controversos e
onde não é feita referência na legislação portuguesa: pornografia, armas (apenas proibidos na
publicidade a menores.
PUBLICIDADE TABACO: É ético que a publicidade ao tabaco seja permitida uma vez que
prejudica a saúde pública?
HISTÓRIA
Relativismo:
O Relativismo é uma corrente de pensamento que questiona as verdades universais do
homem, tornando o conhecimento subjetivo. O ato de relativizar é levar em consideração questões
cognitivas, morais e culturais sobre o que se considera verdade. Ou seja, o meio que se vive é
determinante para construir essas conceções. A relativização é a desconstrução das verdades pré-
determinadas, buscando o ponto de vista do outro. Assim, aquele que relativiza suas opiniões é
aquele que acredita que existam outros tipos de verdade, de perspetivas para as mesmas coisas, e
que não há necessariamente um certo ou errado.
Não podemos impor certos comportamentos ou mesmo os nossos valores às outras
pessoas, “tu ficas na tua e eu na minha” (cada um faz o que acha melhor com base nas
circunstâncias específicas), contudo podemos educar e deixar cada um tomar as suas decisões, de
modo a aprender com os próprios erros a distinguir os valores a adotar e o certo e errado.
Perspetiva de Homero
“O homem é definido pela sua função social”, e, portanto, é bom se cumprir bem a sua
função. Com Homero iniciou-se a unificação de princípios. As pessoas são responsáveis por fazer
aquilo que a sua função determina, existindo uma forte pertença à comunidade. Não há pessoas
abstratas boas e há princípios básicos a respeitar nestas sociedades: não matar, não roubar, não
mentir. (sendo estes valores universais). É importante ainda ter em conta que as questões
avaliativas das virtudes são questões de facto.
Juízos morais que se fazem são sempre relacionados com a função da pessoa na
sociedade. São sempre relacionados com o desempenho da função social de cada pessoa. Uma
vez que, o papel social definia a própria pessoa. Cada um era o que fazia para a sua aldeia. Dado
que, para Homero uma pessoa era boa se cumprisse com o que a sua função social lhe pedia para
cumprir. Não há uma pessoa boa abstrata, mas um bom guerreiro, um bom músico, um bom
carpinteiro (…). Assim a virtude dependia então da função específica de cada um, e constitui a
excelência nessa dada atividade. Pelo que em suma, podemos dizer que o homem é definido pela
sua função social, sendo uma boa pessoa se cumprir com a sua função.
• O homem é definido pela sua função social
• Uma pessoa é boa se cumprir a sua função
• As questões avaliativas são questões de facto
• Princípios básicos
O que acontece na ausência de um sistema social bem definido?
Arbitrariedade, onde o sucesso baseia-se em convencer os outros, bem como divergências
dos valores comunitários dado que os mesmos são difíceis de manter porque não há uma base
comum, dado que as pessoas não pensam da mesma maneira.
Por essa razão as pessoas relacionam-se com quem conhecem bem ou isolam-se.
(Relativismo e Individualismo).
Os princípios básicos (Não matar, não roubar e não mentir) da
sociedade foram criados, para que as pessoas partilhassem os mesmos valores essenciais, mesmo
que existam divergências de valores.
Sofistas:
O critério é o sucesso pessoal na cidade Estado. O sucesso advém da capacidade de
convencer os outros (através da argumentação e retórica). Para os sofistas o mais importante é ter
os argumentos corretos, o que leva assim ao sucesso. Para se ser bom cidadão deve-se
impressionar a assembleia através do uso da retórica. Clivagem entre a felicidade e virtude, sendo
a virtude o funcionar bem.
• Clivagem entre felicidade e virtude
• O sucesso é o critério do bem
• A virtude é funcionar bem
• A técnica ensina-se para obter sucesso social
• Relativismo
Aristóteles
Aristóteles não acreditava em dualidades, portanto tudo o que nós fazemos é por um bem,
sendo esse bem a felicidade e podendo o mesmo ser alcançado pela prática da virtude.
Um silogismo é um termo filosófico com o qual Aristóteles designou a conclusão
deduzida de premissas, a argumentação lógica perfeita. É um argumento dedutivo constituído de
três proposições declarativas que se conectam de tal modo que, a partir das duas primeiras, é
possível deduzir uma conclusão.
O silogismo é o argumento que, segundo Aristóteles, possui três características: é
mediado, dedutivo e necessário. O silogismo é mediado, pois não é apreendido imediatamente da
perceção, mas deve usar o raciocínio para compreender o real. É dedutivo porque parte da verdade
de premissas universais para se chegar a outras premissas. E é necessário, porque estabelece uma
cadeia causal entre as premissas.
• Bem, o fim das ações
• A felicidade é a finalidade
• Uma vida boa é gasta em busca da vida boa
• As virtudes são o justo do meio
Estoicismo:
A teoria do Estoicismo diz que nós vivemos numa rede de causa e efeito, “Logos”, que é a forma
racional pela qual o universo foi estruturado. Assi, nós não temos o controlo de como e quais os
eventos que nos afetam, mas temos por outro lado, o total controlo sobre como é que nós lidamos
com cada evento. A Virtude ou se tem ou não se tem. Não há um meio termo. A virtude é a
conformidade com a lei cósmica (consentir), isto é, é igual para todos. Sendo que o vício é recusar
essa lei. O último propósito é a apatia/ataraxia, (renunciar às paixões). Privilegia a virtude em
detrimento da felicidade
• A virtude ou se tem ou não se tem (é tudo ou nada). Não há um meio termo.
• A virtude é a conformidade com a lei cósmica (consentir), isto é, é igual para
todos.
• O vício é recusar essa lei, isto é, o desejo é contra a razão.
• O último propósito é a apatia/ataraxia, (renunciar às paixões)
• Privilegia a virtude em detrimento da felicidade
Epicurismo:
O epicurismo é o sistema filosófico que prega a procura dos prazeres moderados para atingir um
estado de tranquilidade e de libertação do medo, com a ausência de sofrimento corporal pelo
conhecimento do funcionamento do mundo e da limitação dos desejos. Já quando os desejos são
exacerbados podem ser fonte de perturbações constantes, dificultando o encontro da felicidade
que é manter a saúde do corpo e a serenidade do espírito.
Assim, a moral é a busca do prazer, evitar a dor. Sendo o propósito último a tranquilidade. A
finalidade da filosofia de Epicuro não era teórica, mas bastante prática. Buscava sobretudo
encontrar o sossego necessário para uma vida feliz e aprazível, na qual os temores perante o
destino, os deuses ou a morte estavam definitivamente eliminados.
• Os Deus não se interessam pelo homem
• A moral é a busca do prazer, evitar a dor
• O propósito último é a tranquilidade
• Evitar a dor é melhor do que ter prazer
• Privilegia a felicidade face à virtude
Cristianismo:
O cristianismo não é uma filosofia, mas sim uma fé, uma religião que implica uma ética.
Na sua base está: a criação, o pecado e a redenção. Criação à imagem de Deus, boa na sua natureza
– condição da natureza humana. Trouxe a caridade e o perdão. Sendo que o Homem recusou Deus
e através do “pecado original” destruiu a sua bondade natural. Assim a interação entre os
elementos previamente citados explica o paradoxo da realidade visível, onde os aspetos
maravilhosos e terríveis conseguem existir em paralelo.
Jesus Cristo, nasceu como homem para nos libertar da prisão do pecado. Foi condenado
à morte e crucificado, mas ressuscitou dos mortos, abrindo-nos assim o Caminho da Salvação,
esse caminho constitui a Igreja, criada pessoalmente por Cristo, que é a sua presença no mundo.
Existiu também uma ação de perdão, contrária a Aristóteles, que não tem esta visão de
perdão como virtude, pois considerava o perdão injusto uma vez que elimina o castigo.
Assim o aspeto mais revolucionário é a novidade da caridade e do perdão. Para
Aristóteles, um homem bom e um homem mau não podem ser amigos, mas para um cristão como
todos vivemos sob o pecado original, todos nos devemos amar em Cristo. Se todos formos salvos
por Jesus todos somos necessitados de misericórdia divina. O perdão pressupõe que o ofensor
aceita o veredicto da lei e as práticas da justiça.
O segundo elemento novo é a introdução do elemento dinâmico, a visão cristã é
eminentemente histórica, numa linha que vai da Criação à vida eterna, passando pela Redenção
de Cristo. O Cristo vê a sua vida como uma viagem a caminho do céu.
Finalmente, os cristãos consideram a Igreja como uma comunidade de santidade atual,
santidade essa mais na graça infusa de Deus do que nos méritos dos fiéis. Mas, de qualquer
maneira, a vida concreta da Igreja já é uma participação imperfeita na vida plena que só atingirá
o céu. Então, o cristianismo não nasceu como uma filosofia, mas como uma revelação direta de
Deus, que estabeleceu a Igreja.
• Criação à imagem de Deus
• O pecado orignal
• A redenção de Cristo
• As novidades da caridade e do perdão
• A vida como uma demanda
• Igreja: comunidade de santidade atual:
o Santo Agostinho
o São Tomás de Aquino
A condição humana é dominada por duas forças: a positiva (dominar os outros) e a negativa (medo
da morte). Nicolau Maquiavel apresenta então características pessimistas na sua ideia, dado que
para ele todas as pessoas são naturalmente corrompidas. A pessoa deve atuar para promover para
si própria o maior saldo positivo entre bons resultados e maus resultados, sendo esta a abordagem
para a motivação humana. Sendo que na falta de um legislador divino ou de leis naturais, o
contrato social é uma forma de justificar a origem das regras humanas e sendo que se não existir
um bem supremo e fim último, devemos seguir as Leis da Natureza. Assim devemos procurar a
paz, se possível, contentar-nos com certa liberdade e criar acordos.
• Fins da vida social: obter e manter o poder (as regras morais são meios para esse
fim)
• Todos os homens são corruptos (podem quebrar promessas)
• O bem avalia-se pelo sucesso
• Separação da moral privada da moral publica (corte vertical)
• Julgamentos da moral não são julgamentos da razão, pois a razão é escrava das paixões
• Julgamentos morais baseiam-se na «simpatia», observação de fora
• Moral Vs prudência
• Regras em função da estabilidade e da propriedade
• Virtude é a disposição para respeitar a lei e o princípio moral
A Evolução Alemã:
Arthur Schopenhauer
• O universo não tem sentido e o indivíduo não tem valor;
• O mundo é a expressão da luta cega da vontade;
• A vida é cega, cruel e sem sentido
• Vácuo moral: Deus morreu
• Vivemos para lá do bem e do mal, o ideal é o Super-Homem
• O ser humano é vontade inalterável
Vontade divina:
• A vontade de Deus é o critério para decidir o certo e o errado, independentemente de
recompensas e punições.
• Expressa pena natureza ou pela revelação
• Inclui elementos teológicos e deontológicos
o Para além das fontes de intuição e do agapismo, esta abordagem tem uma fonte
espiritual
• Fé e razão
o Deus não quereria algo que não fosse bom e certo
• Tem subjacente atributos de natureza divina
o Benevolência, justiça e misericórdia
BEM: Uma forma de vida em que os nossos desejos e disposições são formados para reconhecer
certos bens
TU DEVES: prescritivismo (conjunto das doutrinas éticas que formula ou prescreve conceitos
e regras morais)
DESEJO: As ações produzem o que queremos, tudo são meios para esse fim
Princípio fiduciário:
• Princípio fiduciário
• Princípio da propriedade
• Princípio da confiança
• Princípio da transparência
• Princípio da dignidade
• Princípio da justiça
• Princípio da cidadania
• Princípio da sensibilidade