Pensamento Econômico

Neoclássico
60h – Ciências Econômicas - UFMA
SLIDESMANIA

Rodolfo Francisco Soares Nunes

 (98) 98206-8029
rodolfo.soares@ufma.br Rodolfo F. S. Nunes
https://rodolfonunes.sleek.page/

Graduação em C. Contábeis;
Graduação em C. Econômicas;
Mestre em Desenvolvimento Socioeconômico.
Especialista nas áreas de: Auditoria, Logística
Internacional, Contabilidade Internacional e
Didática, Concepções e Práticas Pedagógicas.
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 Ementa
Fundamentos filosóficos da Teoria Neoclássica: Utilitarismo inglês, positivismo
lógico e pragmatismo. Método da Economia Política Neoclássica: reducionismo
como filosofia e método. Fundamentos da estática e da moderna axiomática. A
questão do Valor na Teoria Neoclássica: utilidade como fundamento do valor.
Valor de uso e valor de troca e a questão da indeterminação do valor. A teoria da
Utilidade Cardinal. Teoria do Equilíbrio Geral. Teoria do Bem-estar: a utilidade
como práxis para decisões políticas. O homem econômico racional neoclássico e o
capitalismo moderno. O método neoclássico na análise econômica.
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 07
Aula 01: 07/06/2021

Quais as suas expectativas?

Fundamentos filosóficos da Teoria Neoclássica
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 Utilitarismo

● É uma ampla tradição de pensamento filosófico e social, não um princípio único;

● Consiste em que a moralidade e a política estão (e devem estar) centralmente
preocupadas com a promoção da felicidade;
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 Utilitarismo clássico

● Só se tornou claramente identificada como uma escola filosófica distinta no final do

século XVIII;

○ William Paley (1785), Jeremy Bentham (1789) e William Godwin (1793);

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 O Subjetivismo Racionalista

● A economia de Bentham, Say e Senior

○ As forças da concorrência do mercado eram vistas como
leis naturais e imutáveis -> Semelhantes às leis da
natureza;
● Origens sociais das premissas da teoria da utilidade;
○ Teoria do valor-trabalho: perspectiva da produção;
○ Teoria do valor-utilidade: perspectiva do mercado;
● Fundamentos intelectuais da teoria da utilidade:
○ A consciência das condições humanas especiais,
provocadas pelo modo de produção capitalista;
○ Projeção universal ou generalização dessas condições
como características profundas;
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 ● Utilitarismo: todos os motivos humanos eram causados pelo desejo de se obter prazer
e de evitar dor;
● A especialização econômica criava uma dependência completa
○ Individual e social do funcionamento do mercado;
● O mercado era visto como uma instituição social universalmente benéfica;
● A acumulação de capital exige que se abra mão de alguns bens de consumo que
seriam produzidos;
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 ● Todo comportamento humano se reduz a
tentativas racionais e calculadas de
maximizar os lucros ou a utilidade;
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 Jeremy Bentham e a Utilidade

● 1780 -> Na introduction to the principles of morals and legislation

● Toda motivação humana, em todas as épocas e lugares, pode ser reduzida a um único
princípio:
○ O desejo de maximizar a utilidade!
● Utilidade: propriedade de qualquer objeto que tenda a produzir algum benefício,
vantagem, prazer, bem ou felicidade.
○ Ou impedir danos, dor, mal ou infelicidade;
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 ● Acreditava que as pessoas também fossem essencialmente preguiçosas;
○ Qualquer tipo de trabalho era considerado penoso;
○ O trabalho nunca seria feito sem a promessa de grande prazer ou de evitar dor
maior;
● Diverge de Smith: Não era a utilidade total de uma mercadoria que determinava seu
valor de troca, mas sua utilidade marginal;
○ Dilema da Água e do Diamante
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 Bentham e a intervenção
governamental

● Serviria para diminuir os efeitos socialmente prejudiciais de grandes desigualdades

de riqueza e renda;
○ Redistribuição de renda aumentaria a utilidade total agregada da sociedade;
○ Mas não era um defensor da completa igualdade;
● Implementar reformas que aumentassem o bem-estar geral da sociedade;
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 Say e a Utilidade

● O preço ou valor de troca dependia inteiramente do seu valor de uso ou utilidade;

● Inseriu a orientação da utilidade no contexto de uma abordagem metodológica e de uma
filosofia social;
● O capitalismo era um sistema de harmonia social e não um sistema de luta de classes;
● Mercadoria = Utilidade
○ Cada agente era igualmente responsável pela produção da utilidade;
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 ● Crença que o mercado livre sempre se ajustaria automaticamente;
○ Todos os recursos – inclusive o trabalho – estariam plenamente utilizados;
○ No agregado, a superprodução e a escassez se cancelariam exatamente;
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 Utilitarismo puro versus
Utilitarismo eclético

● Os escritos de Bastiat e Mill

○ Combinação das perspectivas da teoria da utilidade e da teoria do trabalho;
■ Smith e Ricardo;
■ Capitalismo caracterizado pela harmonia social quanto pelo conflito de classes;
○ Say e Senior sanearam a economia política clássica;
■ Rejeitavam a perspectiva da teoria do valor -> os interesses de todas as classes estavam
em harmonia;
○ Obras mais importantes:
■ Principles of Political Economy – J. S. Mill (1848);
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■ Economic Harmonies – Frederic Bastiat (1850).

 Fundamento e escopo da economia
utilitarista

● Bastiat procurou estabelecer a santidade da propriedade privada, do capital, do lucro

e da distribuição da riqueza existente;
○ Capitalismo concorrencial e laissez-faire;
● Rejeição da noção de que o conflito de classes era inerente ao capitalismo;
● Começou a desenvolver coerentemente a economia utilitarista;
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 ● O utilitarismo requer unanimidade: ● Silogismo:
○ Distribuição inicial de “coisas ○ Todas as trocas são mutuamente
trocáveis”; benéficas para todas as partes;
○ A troca voluntária é um dos poucos ○ Todas as interações humanas
aspectos da vida social no qual existe podem ser reduzidas a trocas;
essa unanimidade entre pessoas que ○ Logo, todas as interações humanas
interagem socialmente;
são benéficas para todas as partes;
○ Todas as interações econômicas,
políticas e sociais dos seres humanos se
reduzem a atos de troca;
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 ● A troca é a Economia Política
● A acumulação do capital é benéfica para capitalistas e trabalhadores;
● O interesse próprio é a mola mestra da ação humana;
● O desejo vem à frente, ao passo que os meios ficam para trás;
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 ● Dois tipos de utilidade:
○ Um é oferecido pela providência, sem qualquer custo para nós;
○ Outro deve ser comprado com esforço;
● Nosso interesse próprio -> buscamos aumentar nossa satisfação em relação ao nosso
esforço;
● As pessoas só poderiam satisfazer às necessidades com um esforço que chamaríamos
de dor;
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 O utilitarismo de Mill

● Declarou-se discípulo de Bentham e Ricardo;

● Foi o precursor da escola econômica neoclássica marshalliana;
○ Mais moderada e defende reformas liberais e intervenção governamentais;
● Se recusava a encarar a troca como o centro da economia política, mas uma
importante engrenagem dela;
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 ● Dois axiomas básicos:
○ Todos os motivos podem ser reduzidos à busca do prazer baseada no interesse
próprio;
○ Cada pessoa é o único juiz de seus próprios prazeres;
● Alguns prazeres poderiam ser considerados moralmente superiores a outros;
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 A teoria do valor de Mill

● O trabalho era o mais importante determinante do valor, mas não era o único;
● O preço de mercado era determinado pela oferta e pela demanda;
● O lucro era fruto da troca e não da produção;
● Teoria da determinação dos preços internacionais;
● Tendência decrescente da taxa de lucro:
○ Exportação de capital e crises comerciais;
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 Reformismo intervencionista de
Mill

● A sociedade tem todo o direito de retirar ou de modificar qualquer direito de

propriedade que seja prejudicial ao bem comum.
● Governo deve intervir sobre os efeitos adversos;
● Advogava pela redução da pobreza extrema e pelo imposto sobre heranças;
● Intervenção do governo para evitar os monopólios que prejudicassem o bem-estar da
sociedade;
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 Texto para Discussão
MYRDAL, Gunnar. Aspectos Políticos da Teoria Econômica.
São Paulo: Editora Nova Cultural, 1997. (Capítulo IV)

Qual o contraponto apresentado na Teoria Neoclássica para

a Teoria do Valor-Trabalho?
O que consiste a Teoria da Utilidade Marginal?
Como se divide a Teoria Neoclássica do Valor?
Como passou a ser entendida a Economia Política a partir
do pensamento neoclássico?
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