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P r o f . Dr.

W i l l i a m M a r t i n s V i c e n t e

Propriedade Mecânica dos Materiais


(Aula 3- Propriedades Mecânicas dos Materiais – Parte I)

PED – Jenyffer da Silva Gomes Santos


PAD - Diogo Lourenço Oliveira da Silva
A união do átomo de carbono e um elemento eletropositivo,
formam os chamados carbetos, carbonetos ou carburetos.

Carbetos iônicos ( carbono + semimetal)

Carbetos covalentes ( carbono + metal que não seja de transição)


Tipos de Carbetos

Carbeto metálicos

• O carbono ligado aos diversos metais de transição forma


Carbetos os carbetos metálicos.
• São elementos extremamente duros devido à posição do
Os carbetos são compostos binários, isto é,
carbono que permanece nas fendas da rede cristalina.
apresentam o carbono, que é o elemento mais
• Dentre os mais conhecidos no mercado, estão o de cromo
eletronegativo, ligado a um metal, metal de
e o de tungstênio.
transição ou semimetal.
https://www.sulcromo.com.br/blog/metal-duro-conheca-
a-historia-do-carboneto-de-tungstenio/
Material de Apoio

Livro: Introdução aos processos de fabricação


Autor : Mikell P. Groover
Editora: LCT
Material de Apoio

Livro:Ensaio dos Materiais


Autor : Amauri Garcia
Editora: LTC
Onde encontrar: Biblioteca de Arquitetura e Engenharia
Introdução aos Ensaios dos Materiais

Ensaio de Tração

Ensaio de Compressão
Qualquer projeto de engenharia,
requer, para sua viabilização, um
vasto conhecimento das
características, propriedades e
comportamentos dos materiais
disponíveis.
Introdução aos Ensaios dos Materiais

Os critérios de especificação ou Objetivam levantar as propriedades


escolha de materiais impõem, mecânicas e seu comportamento sob
para a realização dos ensaios, determinadas condições de esforço.
métodos normalizados

“Essa normalização é fundamental para que se


estabeleça uma linguagem comum entre
fornecedores eusuários dos materiais”
Resistência

Elasticidade

Principais propriedades dos


Plasticidade
materiais
Resiliência

Tenacidade
Representadapor
Representada por
tensões,definidas
tensões, definidasem
em
condiçõesparticulares.
condições particulares.
Resistência

Elasticidade

Principais propriedades dos


Plasticidade
materiais
Resiliência

Tenacidade
Propriedade do material
segundo a qual a
Resistência deformação que ocorre em
função da aplicação de
tensão desaparece quando
Elasticidade a tensão é retirada.

Principais propriedades dos


Plasticidade
materiais
Resiliência

Tenacidade
Resistência

Elasticidade
capacidade de o material
Principais propriedades dos sofrer deformação
Plasticidade permanente sem se romper.
materiais
Resiliência

Tenacidade
Resistência

Elasticidade

Principais propriedades dos


Plasticidade
materiais
Resiliência Capacidade de absorção de
energia no regime elástico.
Tenacidade
Resistência

Elasticidade

Principais propriedades dos


Plasticidade
materiais
Resiliência

Tenacidade
Reflete a energia total
necessária para provocar a
fratura do material, desde sua
condição de tensão nula.
Qualquer projeto de engenharia, requer,
para sua viabilização, um vasto
conhecimento das características,
propriedades e comportamento dos
materiais disponíveis.

Propriedade Mecânicos
dos Materiais
Os ensaios mecânicos permitem a
determinação de propriedades mecânicas
que se referem ao comportamento do
material quando sob a ação de esforços e
que são expressas em função de tensões
e/ou deformações.
Propriedades dos Materiais

Finalidade dos Ensaios de Materiais

Permitir a obtenção de informações rotineiras.

Ensaios de controle: no recebimento de materiais de


fornecedores e no controle final do produto acabado.

.
Desenvolver novas informações sobre os materiais

No desenvolvimento de novos materiais, de novos


processos de fabricação e de novos tratamentos.
Propriedades dos Materiais

Objetivo da normalização: Fixar os conceitos e


procedimentos gerais que se aplicam aos diferentes
métodos de ensaio.

Vantagens de normalização dos materiais e métodos de ensaio:

Tornar a qualidade do produto mais uniforme.

Reduzir os tipos similares de materiais.


.
Orientar o projetista na escolha do material adequado.

Permitir a comparação de resultados obtidos em diferentes


laboratórios;
Reduzir desentendimentos entre produtor e consumidor.
Propriedades dos Materiais

Classificação dos ensaios dos Materiais

Quanto a integridade geométrica e dimensional da peça ou


componente:
- Destrutivo;
- Não destrutivo.

Quanto a velocidade de aplicação da carga

- Estáticos;
- Dinâmicos;
- Carga constante.
Propriedades dos Materiais

Classificação dos ensaios dos Materiais

Quanto a integridade geométrica e dimensional da peça ou componente:

Destrutivo;
1. Provocam inutilização parcial ou total da peça.

2. Tração, dureza, fadiga, fluência, torção, flexão, tenacidade à fratura;

Não destrutivo.
1. Não comprometem a integridade da peça

2. Raios X, raios γ, ultrassom, partículas magnéticas, líquidos penetrantes.


Propriedades dos Materiais

Classificação dos ensaios dos Materiais

Quanto a velocidade de aplicação da carga

Estáticos
Carga aplicada de maneira suficientemente lenta, induzindo a
uma sucessão de estados de quílibrio (processe quase estático);
Tração, compressão, flexão, dureza e torção.

Dinâmicos
Carga aplicada rapidamente ou ciclicamente. Fadiga e impacto.

Carga constante
Carga aplicada durante um longo período. Fadiga.
Consiste na aplicação de carga de
tração uniaxial crescente em um
corpo de prova específico até a
ruptura.

Ensaio de Tração

Mede-se a variação no Após o tratamento adequado dos


comprimento (L) como função da resultados obtém-se uma curva tensão
carga aplicada (P) (σ) versus a deformação (ε) e do corpo
de prova.

“Trata-se de ensaio amplamente utilizado na indústria de


componentes mecânicos, devido à vantagem de fornecer dados
quantitativos das características mecânicas dos materiais.
O ensaio de tração é bastante
utilizado como teste para o controle
das especificações da entrada de
matéria-prima e controle de
processo.

Ensaio de Tração

Pela temperatura
Os resultados fornecidos pelo Velocidade de deformação
ensaio de tração são fortemente Anisotropia do material
influenciados Tamanhos de grão
Porcentagem de impurezas
Bem como pelas condições ambientais.
Entre os diversos tipos de ensaio existentes para a
avaliação das propriedades mecânicas dos materiais, o mais
amplamente utilizado é o Ensaio de Tração.

Essa aplicabilidade se deve ao fato de ser um tipo de ensaio


relativamente simples e de realização rápida, além de fornecer
informações importantes e primordiais para projeto e
fabricação de peças e componentes.

Esse tipo de ensaio utiliza corpos de prova preparados


segundo as normas técnicas convencionais
No país, a norma técnica utilizada para materiais metálicos à
temperatura ambiente é a NBR ISO 6892:2002, da
Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT.

Consiste na aplicação gradativa de carga de tração uniaxial


crescente nas extremidades de um corpo de prova
padronizado.

Essa aplicabilidade se deve ao fato de ser um tipo de ensaio


relativamente simples e de realização rápida, além de
fornecer informações importantes e primordiais para projeto
e fabricação de peças e componentes.
Vantagens do ensaio

Na grande facilidade de sua aplicação;

Na extensa flexibilidade do método (podendo ser utilizado


desde tiras e arames até tarugos e blocos);

Na amplitude de informações fornecidas pelo ensaio quanto


à caracterização dos materiais, podendo ser utilizado em
praticamente todos os materiais de aplicação em engenharia
(polímeros, metais, cerâmicos, compósitos, madeira , entre
outros).
Definição do Ensaio

Se dois corpos de prova fabricados com o mesmo material e de


mesma geometria, mas com dimensões diferentes, forem testados à
tração, as curvas de carga versus o comprimento instantâneo dos
diferentes corpos de prova seriam consideravelmente diferentes,
sendo função da dimensão de cada corpo de prova.
Definição do Ensaio

Deve-se lembrar que a carga aplicada sobre a área da seção


transversal do corpo de prova se reflete na tensão à qual o
corpo fica exposto, e esse parâmetro deverá ser constante
para o mesmo material para qualquer área de seção
transversal utilizada.

Entretanto, devido às maiores dificuldades operacionais em


se determinar valores reais (instantâneos) da área da seção
transversal ao longo do ensaio, convencionou-se utilizar a
área inicial para a obtenção da tensão relativa em qualquer
ponto do ensaio.
Ensaio Convencional

Para as definições da tensão e deformação convencionais,


considera-se uma barra cilíndrica e uniforme que é
submetida a uma carga de tração uniaxial, crescente.

Travessão Fixo

Coluna Corpo de Prova

Travessão Móvel

Mesa

Base e
acionamento
Ensaio Convencional

Deformação Convencional:

Em qualquer instante durante o ensaio é dada por:

L − Lo
e=
Lo
onde
e = deformação convencional;
L = comprimento para qualquer instante durante o alongamento;
e Lo = comprimento original de medida
Ensaio Convencional

Tensão Convencional

Definida como a força dividida pela área original :

F
S=
Ao
em que
S = tensão de engenharia,
F = força aplicada no ensaio,
e Ao = área original do corpo de prova
Ensaio de Tração

https://www.youtube.com/watch?v=lqR5cp2v1eQ
Tensile Testing Basics
Desenvolvimento típico de um ensaio de tração

Rompimento
Carga
estricção
máxima

Comprimento final
pode ser medido.
Sem
carga
Estricção

Alongamento uniforme
e redução da área da
seção transversal
Ensaio Convencional

Curva de Tensão-Deformação

Curva tensão deformação de engenharia típica de um ensaio


de tração de um metal.

Elástica

Duas Zonas

Plástica
Ensaio Convencional

Curva de Tensão-Deformação
Ensaio Convencional

Curva de Tensão-Deformação

Região de comportamento elástico

Corresponde à primeira região de deformação do


corpo de prova.

Nessa Região observa-se o fenômeno do efeito elástico,


em que, ao cessar a aplicação de carga, o corpo de
prova retoma suas dimensões originais.
Ensaio Convencional

Curva de Tensão-Deformação

Região de deslizamentos de discordâncias

Corresponde ao inicio da deformação plástica do


material.

Nos estágios iniciais dessa deformação, a tensão pode


sofrer oscilações que dependerão da acomodação das
discordâncias no interior da rede cristalina do material.
Ensaio Convencional

Curva de Tensão-Deformação

Região de encruamento uniforme

Corresponde ao encruamento propriamente dito,


e, à medida que os planos cristalinos escorregam
entre si.

Estes estão gradativamente freados ou travados pelas


discordâncias que atingem os contornos de grão,
exigindo cada vez mais tensão para que a deformação
continue.
Ensaio Convencional

Curva de Tensão-Deformação

Região de encruamento não-uniforme

Corresponde à última região de deformação;

Nesta passa a existir a o processo de ruptura do corpo de


prova.

Para um material de alta capacidade de deformação


permanente, o diâmetro do corpo de prova começa a
decrescer rapidamente ao se ultrapassar a tensão
máxima.

Assim, a carga necessária para continuar a deformação


diminui até a ruptura total.
Ensaio Convencional

Curva de Tensão-Deformação

Cada região é definida pelas seguintes tensões:

Tensão proporcional

Tensão de escoamento

Tensão máxima

Tensão de ruptura
Ensaio Convencional

Curva de Tensão-Deformação

Cada região é definida pelas seguintes tensões:

Tensão proporcional (limite de proporcionalidade)

Definida como a tensão máxima até a qual


vale uma relação linear entre tensão e
deformação. Estabelece o limite de
deformação elástica.
Ensaio Convencional

Curva de Tensão-Deformação

Região Elástica na Curva Tensão-Deformação

Relação entre a tensão e a deformação é linear

Lei de Hooke:
e = E e

onde:
E = módulo de elasticidade
e = deformação
 = tensão
Ensaio Convencional

Curva de Tensão-Deformação

Região Elástica na Curva Tensão-Deformação

Material retoma ao seu comprimento inicial quando a carga


(tensão) é removida.

E é uma medida da rigidez própria de um material

Valor é diferente para diferentes materiais


Ensaio Convencional

Curva de Tensão-Deformação

Cada região é definida pelas seguintes tensões:

Tensão de escoamento (limite de escoamento)

Definida como a tensão de inicio da deformação


plástica. Na prática, pode-se assumir como igual à
tensão proporcional. Para alguns materiais, a
passagem da região elástica para a plástica ocorrerá
com uma oscilação nos níveis de tensão, em que se
definem as tensões máximas e mínimas da flutuação.
Ensaio Convencional

Curva de Tensão-Deformação

Ponto de Escoamento na Curva Tensão-Deformação

À medida que a tensão aumenta, atinge-se um ponto na relação


linear para o qual o material começa a escoar.

Outras denominações incluem:


- Tensão de escoamento
- Limite de escoamento
- Limite elástico
Ensaio Convencional

Curva de Tensão-Deformação

Região Plástica na Curva Tensão-Deformação

O ponto de escoamento marca a transição para a região plástica


e o início da deformação plástica do material

A relação entre tensão e deformação


não obedece mais a Lei de Hooke.
Ensaio Convencional

Curva de Tensão-Deformação

Região Plástica na Curva Tensão-Deformação

O alongamento do corpo de prova se


desenvolve além do ponto de escoamento à
medida que a carga é aumentada, mas com
taxa muito superior à anterior, fazendo com
que a inclinação mude dramaticamente
Ensaio Convencional

Curva de Tensão-Deformação

Cada região é definida pelas seguintes tensões:

Tensão máxima (limite de resistência à tração)

Definida como a máxima tensão que o material


suporta sem apresentar nenhum traço de fratura
interna ou externa no corpo de prova. Após esse nível
de tensão, o material iniciará o processo de fratura.
Ensaio Convencional

Curva de Tensão-Deformação

Limite de Resistência à Tração na Curva Tensão-Deformação

O alongamento é acompanhado por redução uniforme na área da


seção transversal, consistente com a manutenção do volume
constante.

Por fim, a carga aplicada F atinge o seu valor máximo, e a tensão


de engenharia calculada neste ponto é chamada limite de
resistência à tração ou tensão última do material.

Fmax
S=
Ao
Ensaio Convencional

Curva de Tensão-Deformação

Cada região é definida pelas seguintes tensões:

Tensão de ruptura

Definida como a tensão na qual ocorrerá a fratura


definitiva do corpo de prova.
Ductilidade no Teste de Tensão

Capacidade do material desenvolver deformação plástica


sem fratura.

Medida de ductilidade = alongamento AL

L f − Lo
AL =
Lo

onde
AL = alongamento;
Lf = comprimento do corpo de prova na ruptura;
e Lo = comprimento original do corpo de prova
Lf é medido como a distância entre as marcas de medição após as
duas partes do corpo de prova terem sido colocadas de volta juntas
Tensão-Deformação Verdadeira

A tensão é obtida dividindo-se a carga aplicada pelo valor


instantâneo da área.

F
=
A

onde
 = tensão verdadeira;
F = força;
e A = área real (instantânea) resistente à carga
Deformação Verdadeira

Fornece uma forma realista de previsão do


alongamento "instantâneo" por unidade de
comprimento do material.

L
dL L
=  = ln
L L
o
Lo
Curva Tensão/Deformação Verdadeira

Curva tensão deformação verdadeira para o


gráfico de tensão-deformação de engenharia
mostrado previamente.

Curva projetada
se a estricção
não ocorresse

Início da estricção
Tensão Verdadeira, 

Ponto de escoamento,
início da região plástica

Região elástica:
 = Eε

Deformação Verdadeira, ε
Endurecimento por Trabalho Mecânico na
Curva Tensão/Deformação

Observe que a tensão aumenta de forma contínua


na região plástica até o início da estricção.

Quando ocorre na curva de tensão-deformação de


engenharia, ela perde o sentido porque um valor de
área reconhecidamente errado é utilizado para calcular
a tensão Curva projetada
se a estricção
não ocorresse

Início da estricção

Significa que o metal está se tomando mais

Tensão Verdadeira, 
resistente à medida que a deformação aumenta Ponto de escoamento,
início da região plástica

Esta é uma propriedade também conhecida como Região elástica:


 = Eε

encruamento

Deformação Verdadeira, ε
Tensão-Deformação Verdadeira
Representada em Escala log-log

Início da estricção
Tensão Verdadeira, 

Inclinação n = a/b

Deformação Verdadeira, ε
Curva de Fluxo

Uma vez se obtém uma linha reta com esta


transformação, a relação entre tensão verdadeira e
deformação verdadeira na deformação plástica pode ser
expressa como:

 = K n

onde
K = coeficiente de resistência;
e n = expoente de encruamento
Tipos de Relações Tensão-Deformação:
Perfeitamente Elástico

O comportamento deste material é completamente definido pela sua


rigidez, indicada pelo módulo de elasticidade Ɛ

Desenvolve ruptura ao invés de escoar como na plasticidade

Materiais frágeis: cerâmicos, muitos ferros fundidos e polímeros


termorrígidos
Tipos de Relações Tensão-Deformação:
Elástico Perfeitamente Plástico

Rigidez definida por Ɛ.

Uma vez que Se é atingida, o material deforma-se plasticamente em


um mesmo nível de tensão.

Curva de fluxo: K = Se e n = 0

Os metais se comportam desta forma quando são aquecidos a


temperaturas bastante altas que permitem que os grãos recristalizem
ao invés de encruar durante a formação.
Tipos de Relações Tensão-Deformação:
Elástico e Encruamento

Lei de Hooke na região elástica

Curva de fluxo: K>Se e n >0

A maioria dos metais dúcteis se comporta desta forma


quando trabalhados a frio.
Ensaio de Tração

https://www.youtube.com/watch?v=6JENBM7u_i8&t=663s
Lei de Hooke
Consiste na aplicação de carga de
compressão uniaxial crescente em
um corpo de prova específico.

Ensaio de Compressão

A deformação linear, obtida pela medida da distância entre as placas que comprimem o corpo
versus a carga de compressão, consiste na resposta desse tipo de ensaio.

Basicamente utilizado na indústria de


construção civil e na indústria de materiais
cerâmicos
Os resultados numéricos
obtidos no ensaio de
compressão são semelhantes
aos obtidos no ensaio de
tração, sendo influenciado
pelas mesmas variáveis.
Ensaio de Compressão

Fornece resultados que permitem quantificar o comportamento mecânico de concreto,


madeira, compósitos e materiais de baixa ductilidade (frágeis).

Na indústria de conformação, é utilizado para


parametrizar condições de processos que envolvam
laminação, forjamento, extrusão e semelhantes
Ensaio de Compressão

Quando um material é submetido a cargas de compressão, as


relações entre tensão e deformação são similares àquelas
obtidas no ensaio de tração.

Até a tensão de escoamento o material comporta-se elasticamente,


sendo aplicável a lei de Hooke.

Ultrapassado esse valor, ocorre deformação plástica, e, com o


avanço da deformação, o material endurece (encruamento), e, à
medida que o corpo é comprimido na direção longitudinal,
ocorre um aumento no diâmetro da seção transversal do corpo
de prova.
Ensaio de Compressão

Para muitas aplicações práticas, a exigência requerida para


um projeto é a resistência à compressão.

Na indústria de construção civil, que se utiliza de materiais como


o concreto e a madeira, o ensaio de compressão é primordial.

É um tipo de ensaio de aplicação mais usual em materiais frágeis,


como cerâmicos, ferros fundidos, madeira, entre outros.

Para materiais dúcteis ou na indústria de materiais metálicos, pode


ser utilizado para a caracterização mecânica de molas e tubos
soldados.
Ensaio de Compressão

O ensaio de compressão pode ser executado em máquina


universal de ensaios, a mesma utilizada no ensaio de
tração, com a adaptação de duas placas (cabeçotes) lisas e
de superfície perpendicular ao eixo de aplicação de carga.

Travessão móvel
Placa superior
Uma dessas placas deve ser engastada (fixa), e a outra, Corpo de prova
geralmente a placa superior, é móvel. Placa inferior

Mesa

O corpo de prova usualmente tem a forma cilíndrica


com diâmetro inicial (D0) e o comprimento original (L0).
Ensaio de Compressão

Principais Precauções

O dimensionamento do corpo de prova deve ter uma relação


entre comprimento e seção transversal adequada para resistir à
flambagem, ou seja, o encurvamento do corpo de prova devido
ao efeito de flexão.

Atrito gerado entre o contato do corpo de prova com as


placas da máquina de ensaio no ensaio de compressão em
materiais dúcteis.
Ensaio de Compressão

À medida que o corpo de prova é comprimido, sua


altura é reduzida e sua seção transversal aumenta

F
S=
Ao
onde
Ao = área original do corpo
de prova
Ensaio de Compressão

A deformação de engenharia é definida como

h − ho
e=
ho

Uma vez que o comprimento decresce durante a


compressão, o valor de e será negativo (o sinal negativo
é normalmente ignorado ao expressar os valores de
deformação de compressão).
Ensaio de Compressão

Curva tensão-deformação na Compressão

A forma da curva na parte plástica é diferente da


observada no ensaio de tração, uma vez que a
compressão faz com que a seção transversal aumente

Tensão, 
Tensão de escoamento,
início da região plástica

Região elástica:
 = Eε

Deformação, ε
Ensaio de Compressão

Curva tensão-deformação na Compressão

Resulta em maior valor calculado de tensão de


engenharia.

Tensão, 
Tensão de escoamento,
início da região plástica

Região elástica:
 = Eε

Deformação, ε
Ensaio de Compressão

Ensaio de Tração vs. Ensaio de Compressão

Embora existam diferenças entre as curvas tensão-


deformação de engenharia em tração e compressão, a
relação é praticamente idêntica

Uma vez que os resultados de ensaios de tração são


mais abundantes na literatura, os valores dos
parâmetros da curva de fluxo (K e n) podem ser
derivados de dados de ensaios de tração e aplicados
com a mesma validade a uma operação de compressão

O que precisa ser feito ao utilizar os resultados de um


ensaio de tração para uma operação de compressão é
ignorar o efeito da estricção, um fenômeno que é
peculiar à deformação induzida por tensão de tração.
Ensaio de Compressão

Ensaio de Compressão
https://www.youtube.com/watch?v=4ozCnTU6gws

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