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QUESTÕES
UNIFESP – QUESTÕES COM ALTERNATIVAS
01. (Uninove 2015-2 – Vunesp)
- entendimento de texto Amar!
- figuras de linguagem
- tipos de discurso e sua transposição Eu quero amar, amar perdidamente!
- coesão anafórica e catafórica Amar só por amar: Aqui... além...
- marcas de linguagem informal Mais Este e Aquele, o Outro e toda a gente
- linguagem denotativa e conotativa Amar! Amar! E não amar ninguém!
- sinônimo, paráfrase e sentido das palavras no contexto
- verbo-visual Recordar? Esquecer? Indiferente!...
- ambiguidade Prender ou desprender? É mal? É bem?
Quem disser que se pode amar alguém
Durante a vida inteira é porque mente!
2. RECURSOS EXPRESSIVOS
Há uma Primavera em cada vida:
É preciso cantá-la assim florida,
RECURSOS EXPRESSIVOS (linguísticos, estilísticos, poéticos, retóricos Pois se Deus nos deu voz, foi pra cantar!
etc.) – mais comuns
E se um dia hei-de ser pó, cinza e nada
== primeiro: Que seja a minha noite uma alvorada,
- todas as figuras de linguagem Que me saiba perder... pra me encontrar...
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estou satisfeito, nessa hora mesmo ele morreu como artista. Ou já estava morto antes. 11. (Simulado) Examine a campanha de uma organização de
É preciso pesquisar, se aventurar por novos caminhos, desconfiar da facilidade com
preservação da natureza.
que as palavras se oferecem. Aos jovens que desprezam o estilo, que não trabalham
em cima do texto porque acham que logo no primeiro rascunho já está ótimo, tudo bem
– a esses recomendo a lição maior que está inteira resumida nestes versos de Carlos
Drummond de Andrade:
“Chega mais perto e contempla as palavras
Cada uma
tem mil faces secretas sob a face neutra
e te pergunta, sem interesse pela resposta
pobre ou terrível que lhe deres:
Trouxeste a chave?”
Você, Clarice, que é dona de um dos mais belos estilos da nossa língua, você sabe
perfeitamente que apoderar-se dessa chave não é assim simples. Nem fácil, há tantas
chaves falsas. E essa é uma fechadura toda cheia de segredos. De ambiguidades.
Clarice Lispector, Entrevistas.
Considere as seguintes afirmações sobre este trecho de Vidas secas, NÃO LEVE GATO POR LEBRE
entendido no contexto da obra, e responda ao que se pede. SÓ BOM BRIL É BOM BRIL
No trecho, torna-se claro que a escassez vocabular do menino contribui de a) Explique a expressão idiomática por meio de duas paráfrases.
modo decisivo para ampliar as diferenças que distinguem homens de b) Mostre como a dupla ocorrência de BOM BRIL no slogan ‘SÓ BOM BRIL
animais. Você concorda com essa afirmação? Justifique, com base no É BOM BRIL’, aliada à expressão idiomática, constrói a imagem do produto
trecho, sua resposta. anunciado.
15. (São Caetano 2019-1 – Vunesp) Leia o poema de José Paulo Paes. Vou-me embora p’ra Pasárgada foi o poema de mais longa gestação em
toda a minha obra. Vi pela primeira vez esse nome Pasárgada quando tinha os meus
Teologia dezesseis anos e foi num autor grego. [...] Esse nome de Pasárgada, que significa
A minhoca cavoca que cavoca “campo dos persas” ou “tesouro dos persas”, suscitou na minha imaginação uma
Ouvira falar da grande luz, o Sol. paisagem fabulosa, um país de delícias, como o de L’invitation au Voyage, de
Mas quando põe a cabeça de fora, Baudelaire. Mais de vinte anos depois, quando eu morava só na minha casa da Rua do
a Mão a segura e a enfia no anzol. Curvelo, num momento de fundo desânimo, da mais aguda sensação de tudo o que eu
(Poesia completa, 2008.) não tinha feito em minha vida por motivo da doença, saltou-me de súbito do
subconsciente este grito estapafúrdio: “Vou-me embora p’ra Pasárgada!” Senti na
redondilha a primeira célula de um poema, e tentei realizá-lo, mas fracassei. Alguns
Quanto aos recursos estilísticos utilizados no poema, é correto afirmar que
anos depois, em idênticas circunstâncias de desalento e tédio, me ocorreu o mesmo
ocorre desabafo de evasão da “vida besta”. Desta vez o poema saiu sem esforço como se já
(A) prosopopeia em “Ouvira falar da grande luz, o Sol”. estivesse pronto dentro de mim. Gosto desse poema porque vejo nele, em escorço,
(B) hipérbole em “A minhoca cavoca que cavoca”. toda a minha vida; [...] Não sou arquiteto, como meu pai desejava, não fiz nenhuma
(C) gradação em “A minhoca cavoca que cavoca”. casa, mas reconstrui e “não de uma forma imperfeita neste mundo de aparências’, uma
(D) eufemismo em “Ouvira falar da grande luz, o Sol”. cidade ilustre, que hoje não é mais a Pasárgada de Ciro, e sim a “minha” Pasárgada.
(E) pleonasmo em “a Mão a segura e a enfia no anzol”. BANDEIRA. M. Itinerário da Pasárgada. Rio de Janeiro: Nova Fronteira; Brasília: INL.
1984
16. (UERJ 2019)
Os processos de interação comunicativa preveem a presença ativa de
Três teses sobre o avanço da febre amarela múltiplos elementos da comunicação, entre os quais se destacam as funções
Como a febre amarela rompeu os limites da Floresta Amazônica e da linguagem. Nesse fragmento, a função da linguagem predominante é
alcançou o Sudeste, atingindo os grandes centros urbanos? A partir do ano passado, o a) emotiva, porque o poeta expõe os sentimentos de angústia que o levaram
número de casos da doença alcançou níveis sem precedentes nos últimos cinquenta à criação poética.
anos. 1Desde o início de 2017, foram confirmados 779 casos, 262 deles resultando em b) referencial, porque o texto informa sobre a origem do nome empregado em
mortes. Trata-se do maior surto da forma silvestre da doença já registrado no país. um famoso poema de Bandeira.
Outros 435 registros ainda estão sob investigação.
c) metalinguística, porque o poeta tece comentários sobre a gênese e o
Como tudo começou? Os navios portugueses vindos da África nos séculos
XVII e XVIII não trouxeram ao Brasil somente escravos e mercadorias. 2Dois inimigos processo de escrita de um de seus poemas.
silenciosos vieram junto: o vírus da febre amarela e o mosquito Aedes aegypti. A d) poética, porque o texto aborda os elementos estéticos de um dos poemas
consequência foi uma série de surtos de febre amarela urbana no Brasil, com milhares mais conhecidos de Bandeira.
de mortos. Por volta de 1940, a febre amarela urbana foi erradicada. Mas o vírus e) apelativa, porque o poeta tenta convencer os leitores sobre sua dificuldade
migrou, pelo trânsito de pessoas infectadas, para zonas de floresta na região de compor um poema.
Amazônica. No início dos anos 2000, a febre amarela ressurgiu em áreas da Mata
Atlântica. Três teses tentam explicar o fenômeno. 18. (Fuvest 2019)
Segundo o professor Aloísio Falqueto, da Universidade Federal do Espírito
Santo, “uma pessoa pegou o vírus na Amazônia e entrou na Mata Atlântica depois,
Bem, minha vida mudou muito nos últimos dois anos. O mundo que
possivelmente na altura de Montes Claros, em Minas Gerais, onde surgiram casos de
explorei mudou muito. Eu vi muitas paisagens diferentes durante as turnês, e é
mac acos e pessoas infectadas”. O vírus teria se espalhado porque os primatas da
realmente inspirador ver o quão grande é o mundo. Eu quero explorar e experimentar
mata eram vulneráveis: como o vírus desaparece da região na década de 1940, não
diferentes partes da natureza, mas eu não gosto do deserto, sinto muito pelas plantas!
desenvolveram anticorpos. Logo os macacos passaram a ser mortos por seres
Ou talvez eu goste disso… te deixa com sede de olhar para ele…
humanos que temem contrair a doença. 3O massacre desses bichos, porém, é um “tiro
no pé”, o que faz crescer a chance de contaminação de pessoas. Sem primatas para
picar na copa das árvores, os mosquitos procuram sangue humano. Reescreva o trecho “Eu quero explorar e experimentar diferentes partes da
De acordo com o pesquisador Ricardo Lourenço, do Instituto Oswaldo natureza, mas eu não gosto do deserto, sinto muito pelas plantas!”,
Cruz, os mosquitos transmissores da doença se deslocaram do Norte para o Sudeste, empregando o discurso indireto e fazendo as adaptações necessárias.
voando ao longo de rios e corredores de mata. Estima-se que um mosquito seja capaz Comece o período conforme indicado na folha de respostas.
de voar 3 km por dia. 4Tanto o homem quanto o macaco, quando picados, só carregam
o vírus da febre amarela por cerca de três dias. Depois disso, o organismo produz Ela disse que
anticorpos. Em cerca de dez dias, primatas e humanos ou morrem ou se curam,
tornando-se imunes à doença.
19. (FGV Direito 2017)
Para o infectologista Eduardo Massad, professor da Universidade de São
Paulo, o rompimento da barragem da Samarco, em Mariana (MG), em 2015, teve
papel relevante na disseminação acelerada da doença no Sudeste. A destruição do (...) expirei às duas horas da tarde de uma sexta-feira do mês de agosto de
habitat natural de diferentes espécies teria reduzido significativamente os predadores 1869, na minha bela chácara de Catumbi. Tinha uns sessenta e quatro anos, rijos e
naturais dos mosquitos. A tragédia ambiental ainda teria afetado o sistema imunológico prósperos, era solteiro, possuía cerca de trezentos contos e fui acompanhado ao
dos macacos, tornando-os mais suscetíveis ao vírus. cemitério por onze amigos. Onze amigos! Verdade é que não houve cartas nem
Por que é importante determinar a “viagem” do vírus? Basicamente, para anúncios. Acresce que chovia — peneirava uma chuvinha miúda, triste e constante,
orientar as campanhas de vacinação. Em 2014, Eduardo Massad elaborou um plano tão constante e tão triste, que levou um daqueles fiéis da última hora a intercalar esta
de imunização depois que 11 pessoas morreram vítimas de febre amarela em Botucatu engenhosa ideia no discurso que proferiu à beira de minha cova: — “Vós, que o
(SP): “Eu fiz cálculos matemáticos para determinar qual seria a proporção da conhecestes, meus senhores, vós podeis dizer comigo que a natureza parece estar
população nas áreas não vacinadas que deveria ser imunizada, considerando os riscos chorando a perda irreparável de um dos mais belos caracteres que têm honrado a
de efeitos adversos da vacina. Infelizmente, a Secretaria de Saúde não adotou essa humanidade. Este ar sombrio, estas gotas do céu, aquelas nuvens escuras que
estratégia. Os casos acontecem exatamente nas áreas onde eu havia recomendado a cobrem o azul como um crepe funéreo, tudo isso é a dor crua e má que lhe rói à
vacinação. A Secretaria está correndo atrás do prejuízo”. Desde julho de 2017, mais de natureza as mais íntimas entranhas; tudo isso é um sublime louvor ao nosso ilustre
100 pessoas foram contaminadas em São Paulo e mais de 40 morreram. finado”.
O Ministério da Saúde afirmou em nota que, desde 2016, os estados e Bom e fiel amigo! Não, não me arrependo das vinte apólices que lhe
municípios vêm sendo orientados para a necessidade de intensificar as medidas de deixei. E foi assim que cheguei à cláusula dos meus dias; foi assim que me encaminhei
prevenção. A orientação é que pessoas em áreas de risco se vacinem. para o undiscovered country de Hamlet, sem as ânsias nem as dúvidas do moço
NATHALIA PASSARINHO Adaptado de bbc.com, 06/02/2018. príncipe, mas pausado e trôpego como quem se retira tarde do espetáculo. Tarde e
aborrecido.
Machado de Assis, Memórias póstumas de Brás Cubas.
Para apresentação das teses que explicam o avanço da febre amarela, a
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como a cessão dos materiais a terceiros, a título gratuito ou não, sob pena de responsabilização civil e criminal nos termos da legislação aplicável.
__________________________________________________ Para responder às próximas questões, leia o trecho do livro Paródia,
Paráfrase & Cia, de Affonso Romano de Sant’Anna.
Vós, que o conhecestes, meus senhores, vós podeis dizer comigo
que a natureza parece estar chorando a perda irreparável de um dos mais Mas aqui é necessário exaurir didaticamente esses dois elementos que se
belos caracteres que têm honrado a humanidade. polarizam a ponto de podermos dizer que mais do que paródia* e paráfrase* estamos
diante de dois eixos: um eixo parafrásico e um eixo parodístico.
Feitas essas ressalvas, constatemos que a paródia, por estar do lado do
Reescreva esse trecho, fazendo as modificações necessárias, de acordo
novo e do diferente, é sempre inauguradora de um novo paradigma. De avanço em
com as seguintes instruções: avanço, ela constrói a evolução de um discurso, de uma linguagem,
• substitua “vós” por “vocês”; sintagmaticamente. Em contraposição, se poderia dizer que a paráfrase, repousando
• mantenha os verbos no mesmo modo e tempo; sobre o idêntico e o semelhante, pouco faz evoluir a linguagem. Ela se oculta atrás de
• substitua as palavras sublinhadas por sinônimos adequados ao contexto. algo já estabelecido, de um velho paradigma.
Por exemplo: numa construção parafrásica se poderia dizer muito
20. (Simulado) Leia o texto abaixo. aproximadamente do poeta: “Minha terra tem laranjeiras, onde canta a juriti*”. Ou seja:
onde Gonçalves Dias pôs “palmeiras”, leia-se “laranjeiras”, onde escreveu “sabiá”, leia-
De qualquer maneira, depois de tratar a herança ibérica como um todo, se “juriti”. Haveria uma substituição superficial, mas se manteria o mesmo discurso,
Raízes do Brasil* especifica diferenças entre a colonização espanhola e a portuguesa. reforçando o aprendizado. Um verdadeiro corte no sentido do poema ocorre no
A primeira corresponderia a um ato de vontade, o que se expressaria no traçado das clássico exemplo de Oswald: “Minha terra tem palmares/ onde gorjeia o mar”. (...)
cidades, “que não se deixam modelar pela sinuosidade e pelas asperezas do solo; Do lado da ideologia dominante, a paráfrase é uma continuidade. Do lado
impõe-lhe antes o acento voluntário da linha reta”**. Já as cidades portuguesas, da contra-ideologia, a paródia é uma descontinuidade. Assim como um texto não pode
obedeceriam às “exigências topográficas”**, chegando a confundir-se “com a linha da existir fora das ambivalências paradigmáticas e sintagmáticas, paráfrase e paródia se
paisagem”**. Isto é, as duas formas de cidades corresponderiam a diferentes tocam num efeito de intertextualidade, que tem a estilização como ponto de contato.
orientações; a espanhola, organizada a partir da praça maior, procuraria realizar, como Falar de paródia é falar de intertextualidade das diferenças. Falar da paráfrase é falar
a ação do ladrilhador***, um ou mais fins, ao passo que o dominante na cidade de intertextualidade das semelhanças.
portuguesa seria a rotina e o desleixo, ou seja, uma postura similar à do semeador. Enquanto a paráfrase é um discurso em repouso, e a estilização é a
Bernardo Ricupero. Sete lições sobre as interpretações do Brasil. movimentação do discurso, a paródia é o discurso em progresso. Também se pode
estabelecer outro paralelo: paráfrase como efeito de condensação, enquanto a paródia
* livro de Sérgio Buarque de Holanda é um efeito de deslocamento. Numa há o reforço, na outra a deformação. Com a
**trechos do livro Raízes do Brasil, de Sérgio Buarque de Holanda condensação, temos dois elementos que se equivalem a um. Com o deslocamento
***ladrilhador: aquele que coloca ladrinhos (placas) no chão ou na parede temos um elemento com a memória de dois. Por isto é que se pode falar do caráter
ocioso da paráfrase e do caráter contestador da paródia. Na paráfrase alguém está
abrindo mão de sua voz para deixar falar a voz do outro. Na verdade, essas duas
a) Explique, segundo o texto, a principal diferença entre a colonização vozes, por identificação, situam-se na área do mesmo. Na paródia busca-se a fala
espanhola e a portuguesa. recalcada do outro.
b) Reescreva o fragmento “ao passo que o dominante na cidade portuguesa Paródia, Paráfrase & Cia. 1998
seria a rotina e o desleixo”, substituindo as palavras sublinhadas por outras
de sentido equivalente. Vocabulário:
*juriti: tipo de ave
21. (Simulado) Leia a tirinha abaixo. *paródia: tipo de intertextualidade, imitação subversiva com intenções humorísticas ou
críticas
*paráfrase: tipo de intertextualidade, reconstrução de uma frase por meio de novas
escolhas linguísticas mantendo o sentido do texto original
a) No texto, há um termo com duplo sentido. Aponte-o e explique sua 24. (Simulado) No texto, o autor, ao abordar a paráfrase, afirma seu “caráter
ambiguidade evidenciando qual sentido é literal e qual é figurado. ocioso” (5º parágrafo) para destacar seu aspecto
b) Qual é o sentido, no texto, de “discurso”? a) inovador.
b) conservador.
22. (Simulado) c) altruísta.
d) contraditório.
Este único exemplo, que poderia ser repetido para vários casos, mostra e) pejorativo.
como o ritmo é algo visceral em relação à sensibilidade do homem, e não um mero
recurso técnico. Ele espelha toda a inquietação, as alterações do espírito e da 25. (Simulado) Em “Mas aqui é necessário exaurir didaticamente esses dois
sensibilidade, a concepção do mundo, sofrendo influências das transformações da arte elementos que se polarizam...” (1º parágrafo), o termo destacado pode ser
e do pensamento. (...) Por isso, o ouvido experimentado distingue imediatamente, num substituído, sem prejuízo para o sentido do texto, por
poema, a marca rítmica do período a que pertence: a nobreza meio seca dos a) distinguir.
decassílabos heroicos; o resvalar fugidio dos sáficos e anapésticos românticos; a b) contrapor.
solenidade plástica do decassílabo e do alexandrino parnasianos. c) ensinar.
Antonio Candido. O estudo analítico do poema. d) esgotar.
e) questionar.
a) Considerando o contexto, qual é a palavra do texto que melhor se opõe a
26. O modo de organização do discurso predominante no excerto é
“visceral”? Justifique sua resposta. (A) a dissertação.
b) Explique o que significa, no texto, a expressão “ouvido experimentado”. (B) a narração.
(C) a descrição objetiva.
(D) a descrição subjetiva.
(E) a injunção.
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27. (Simulado) O trecho “estou portando duas crianças sagradas que pairam suas qualidades), verbos que indicam ações concomitantes e repetitivas (evidenciam a
acima de todas as regras da civilidade: contornem os pequenos budas” foi rotina do ambiente, flashes de cenas que revelam a atmosfera do lugar).
construído em discurso direto. Ao transpor tal trecho para o discurso indireto, B) O fato a que se aplica a comparação “como num lance de roleta” é extinção dos
cassinos no Brasil.
os verbos “estou” e “contornem” assumem, respectivamente, as seguintes
10.
formas: A) Os segmentos que concretizam o sentido de “pacifismo” são “Americanos e russo
a) “estara" e “contornar”. se unem” e “apelo que mobiliza as potências rivais”. E os que o fazem com “ecologia”
b) “estara” e “contornassem”. são “salvar baleias” e “em favor dos animais ameaçados de extinção”.
c) “estava” e “contornassem”. B) “os animais é que são auxiliados pelos homens a enfrentar os perigos da natureza.
d) “estava” e “contornavam”. “os homens é que auxiliam (auxiliavam) os animais a enfrentar os perigos da natureza.
e) “esteve” e “contornavam”. 11. a) Sim. A relação é de reforço (confirmação, complementação, igualdade,
semelhança, fortalecimento etc.). O texto verbal “Não deixe que as florestas do Brasil
fiquem no passado” incentiva o leitor a preservar as florestas a fim de que elas não se
28. (Simulado) Leia a seguinte piada.
extingam, isto é, pra que não “fiquem no passado”. A imagem, por sua vez, reafirma tal
apelo, uma vez que ela representa uma ampulheta, referência ao decorrer do tempo,
João visitou um amigo e levou sua cachorra. Porém, seu amigo não gostou
na qual existe uma árvore, representante da floresta, tornando-se areia com o avanço
muito.
temporal, isto é, apresenta-se a natureza sendo reduzida a nada, o que confirma a
— Poxa, João. Cuidado com sua cachorra na minha casa. Ela está cheia
importância da preservação.
de pulgas.
b) É importante que não se deixem as florestas do Brasil ficarem no passado./ É
João disse, então:
importante que não deixemos as florestas do Brasil ficarem no passado./ É importante
— Lassie, não entre na casa. Ela está cheia de pulgas.
não deixarmos que as florestas do Brasil fiquem no passado./ É importante não deixar
as florestas do Brasil ficarem no passado./ É importante que o brasileiro não deixe que
A) Sucintamente, indique as duas leituras da ambiguidade responsável em as florestas do Brasil fiquem no passado. (há outras possibilidades)
parte pelo humor do texto e explique como ela é formada. 12.
B) Transponha para o discurso indireto o fragmento “— Lassie, não entre na A) A expressão idiomática “não leve gato por lebre” quer dizer que não se devem
casa. Ela está cheia de pulgas.”, que está em discurso direto, evitando confundir dois elementos, isto é, não é interessante fazer ou comprar algo como se
qualquer possibilidade de duplo sentido. estivesse fazendo ou comprando algo distinto por engano. Ou ainda que não se deve
______________________________________________________________ comprar um produto ruim achando que ele é bom, ou seja, cuja aparência é enganosa.
GABARITO B) A dupla ocorrência de BOM BRIL no slogan, aliada à expressão idiomática, constrói
01. C uma imagem positiva do produto anunciado, uma vez que, segundo o texto, apenas ele
02. efetivamente corresponde a um produto fidedigno á sua fama e realmente qualificado.
- 2º parágrafo: Noutros termos, só a marca BOM BRIL corresponde à uma esponja de aço de ótima
“se” – “as ruas do Ouvidor e da Quitanda” qualidade, feito não alcançado pelos demais produtos. Portanto, o “gato” seria as
“lhe” – “Uma das quatro esquinas que formam as ruas do Ouvidor e da outras marcas, enquanto “lebre”, a BOM BRIL.
Quitanda” 13. B
- 3º parágrafo: 14. D
“se” – “Leonardo” 15. A
“lhe” – “O Leonardo” 16. D
03. B 17. C
04. Sim, porque tais expressões caracterizam uma personagem de fala coloquial, 18. Ela disse que queria explorar e experimentar diferentes partes da natureza, mas
informal. Tal linguagem é coerente a uma personagem da zona rural brasileira. que não gostava do deserto, que sentia muito pelas plantas.
05. Respectivamente, o substantivo e o advérbio pouco comuns nas publicidades 19. Vocês, que o conheceram, meus senhores, vocês podem dizer comigo que a
atuais são “embaraços” e “galhardamente”. Sinônimos mais atuais são, na devida natureza parece estar chorando a perda irremediável (incorrigível, irrecuperável) de
ordem, “problemas” (ou “complicações”, “dificuldades”) e “esforçadamente” (ou uma das mais belas personalidades (características, temperamentos) que têm honrado
“elegantemente”, “corajosamente”, “eficientemente”). É possível pensar, ainda, na a humanidade.
expressão substantiva “machina de contabilidade” (hoje, possivelmente, “calculadora” 20.
ou “computador”). (Este segundo parágrafo não estava na resposta oficial, então o a) Segundo o texto, a colonização espanhola é ativa, com seu “ato de vontade”,
ideal seria propriamente “embaraços” e “galhardamente”. impositora. Já a portuguesa é passiva, obediente, preguiçosa.
06. b) “em oposição a que (enquanto que, mas, entretanto etc.) o dominante na cidade
a) Ao mesmo tempo em que ‘arfava’, ‘espumava’ e ‘sacudia o ventre e as pernas’ – portuguesa seria a rotina e a negligência (descuido, preguiça, falta de cuidado etc.).
reações esperadas no caso de um animal em convulsão causada pelo veneno –, o 21.
cão, surpreendentemente, ‘ria’ “um riso espúrio e bufão”. (resposta oficial) a) O duplo sentido está em “engolir”. Em sentido literal, significa passar alimento pela
b) Pode-se afirmar que os passantes também agem de forma paradoxal porque seria boca para o estômago. Em sentido figurado, significa aceitar como verdadeiro,
de se esperar deles algum compadecimento diante do sofrimento do animal. No acreditar (ou ainda se ver obrigado a aceitar algo a que se é contrário).
entanto, o que se nota é que ‘todo’ passante detinha-se, em silêncio, como quem b) No texto, “discurso” significa fala (enunciação) de alguém contendo suas ideias
experimenta um prazer ou gozo ao observar o padecimento do animal que ia morrer. (ideologia, ponto de vista). Ou apenas ideologia (ponto de vista). Ou apenas fala,
(resposta oficial) depoimento.
c) O título do poema indica o sentimento de prazer dos passantes que se comportam 22.
como se estivessem imunes ao sofrimento de que padece o cão, muito embora a) O termo que mais claramente se opõe a “visceral” é “mero”, porque ambos fazem,
ninguém esteja livre da dor e da morte. Por isso, o riso espúrio e bufão do animal no contexto, uma oposição de sentido (antítese). Segundo o autor, o ritmo é “visceral”
agonizante parece assinalar a ironia diante dessa pretensa isenção por parte daqueles em relação ao poema ou à sensibilidade que se tem ao lê-lo, isto é, é algo de
que o observam com perversa curiosidade. (resposta oficial) fundamental importância ao poema, o que fortemente se coloca como oposto de
07. “mero”, que aponta para algo simples, sem muita importância, indicando que o ritmo
A) No trecho “a marca constante dessa busca é a insatisfação”, a entrevistada refere- seria um recurso técnico de pouca relevância ao poema.
se à insatisfação do artista ou escritor diante da sua obra, sempre procurando novas b) Segundo o texto, “ouvido experimentado” é uma referência ao leitor assíduo de
possibilidades, sem se sentirem satisfeitos o que já produziram. poemas, capaz de notar ou distinguir o ritmo dele e relacioná-lo ao período literário a
B) Sim. O trecho “nessa hora mesmo” indica exatidão ou ênfase: no momento em que que pertence.
o indivíduo se sente satisfeito, efetivamente ele morreu como artista. Já a possível 23. A
redação “mesmo nessa hora” significa uma inclusão: ao as dizer satisfeito, no 24. B
momento de sua fala já estaria morto como artista. É possível interpretar ainda esta 25. D
segunda construção com uma concessão. 26. A
08. Não. No trecho “Tinha um vocabulário quase tão minguado como o do papagaio 27. C
que morrera no tempo da seca”, a linguagem do garoto é comparada à do papagaio, 28.
afirmando-se que ambos têm limitações. Portanto, descrever o menino com redução A) Não se sabe ao certo o que está tomado por pulgas: ou a cachorra, ou a casa. O
da sua capacidade de comunicação implicar que ela seja animalizado no contexto. duplo sentido é acarretado pela dupla possibilidade de referência do pronome “Ela” na
Mesma ideia se vê em “Valia-se, pois, de exclamações e de gestos, e Baleia respondia primeira fala. Ele refere-se à cachorra ou à casa.
com o rabo, com a língua, com movimentos fáceis de entender.” B) Dentre outras possibilidades de resposta, exemplifica-se assim: “João disse à
08. Lassie que não entrasse na casa e que o imóvel estava cheio de pulgas.”
A) São recursos descritivos usados no texto a sequência de substantivos modificados
por adjetivos concretos (apontam características físicas do lugar) ou expressões
adjetivas, enumeração de construções nominais (indicam seres presentes na cena e
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