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INSTITUTO SUPERIOR DE CIÊNCIAS E EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA

Faculdade de Ciências de Educação


Curso de Licenciatura em Ensino de língua Português
Metodologia de Investigação Científica

O papel da melhor identificação do problema num trabalho de Pesquisa

Lúcia José Fabião: 91230186

Pemba, Fevereiro de 2023.


INSTITUTO SUPERIOR DE CIÊNCIAS E EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
Faculdade de Ciências de Educação
Curso de Licenciatura em Ensino de língua Português
Metodologia de Investigação Científica

O papel da melhor identificação do problema num trabalho de Pesquisa

Trabalho de Campo a ser Submetido na


Coordenação do Curso de Licenciatura em
Ensino de Português da UnISCED.

Tutor:

Lúcia José Fabião: 91230186

Pemba, Fevereiro de 2023.


Índice
1. Introdução............................................................................................................................................1

1.1. Problematização...........................................................................................................................1

1.2. Justificativa...................................................................................................................................1

1.3. Objectivo Geral............................................................................................................................1

1.4. Objectivos Específicos.................................................................................................................1

1.5. Metodologias................................................................................................................................2

1.6. Estrutura do Trabalho...................................................................................................................2

2. CAPÍTULO I: O PAPEL DA MELHOR IDENTIFICAÇÃO DO PROBLEMA NUM TRABALHO


DE PESQUISA............................................................................................................................................3

2.1. Definição de Problema.................................................................................................................3

2.2. Problemas de Ordem Intelectual...................................................................................................4

2.3. Como Formular um Problema de Pesquisa...................................................................................5

2.4. O problema Deve Ser Formulado Como Pergunta........................................................................5

2.5. O problema Deve Ser Claro e Preciso..........................................................................................5

2.6. O problema não Deve Ter Base Exclusivamente Empírica..........................................................6

2.7. O problema Deve Ser Suscetível de Solução................................................................................6

2.8. O problema Deve Ser Delimitado a Uma Dimensão Viável.........................................................6

2.9. Definição de Objetivos.................................................................................................................6

2.10. Tema.........................................................................................................................................7

2.11. Delimitação do Tema................................................................................................................7

2.12. Hipóteses..................................................................................................................................7

Conclusão.....................................................................................................................................................8

Referências Bibliográficas...........................................................................................................................9
1. Introdução

Deve constar uma parte introdutória, onde o autor expõe o tema do projeto, a justificativa, o
problema a ser abordado, a hipótese, os objetivos gerais e específicos a serem atingidos.
O presente artigo apresenta a importância da definição do Problema de Pesquisa, como
chave para o sucesso do Projeto de Pesquisa, para isto faz uma passagem pela busca e tipos de
conhecimentos, conceito de ciência. Ressaltando ainda, os componentes da ciência, o conceito e
os tipos de métodos de pesquisa, a importância e função das hipóteses, fazendo um suporte dos
elementos que compõem o conhecimento científico para entrar na definição e complexidade do
Problema de Pesquisa.

1.1. Problematização

A Problematização ou Pergunta Problema é a questão principal de seu Trabalho de


conclusão de curso, que no decorrer de sua pesquisa os dados coletados pretendem responder. Ou
seja, a sua pesquisa pretende responder a uma questão, uma pergunta sobre o tema.

1.2. Justificativa

A justificativa é parte do trabalho em que se fundamentam as motivações para realizar


aquela pesquisa. Como o próprio nome diz, é o elemento que justifica o seu trabalho. Você pode
pensar a justificativa como a maneira pela qual você vai explicar para alguém sobre a importância
do seu trabalho

1.3. Objectivo Geral

Está relacionado a uma visão global e abrangente do tema. Relaciona-se com o conteúdo
intrínseco, quer dos fenômenos e eventos, quer das idéias estudadas. Vincula-se diretamente à
própria significação da tese proposta pelo projeto.
1.4. Objectivos Específicos

Apresentam caráter mais concreto. Têm função intermediária e instrumental, permitindo, de um


lado, atingir o objetivo geral e, de outro, aplicar este a situações particulares.
1.5. Metodologias

Na elaboração do presente trabalho recorreu-se na consulta de obras de natureza cientifica


como: Artigos através de internet e Manuais de publicação.
1.6. Estrutura do Trabalho

 Introdução;  Estrutura do Trabalho;


 Justificativa;  Conceitos;
 Objectivo Geral;  Considerações Finais;
 Objectivos Específicos;  Referencias Bibliográficas.
 Metodologias;
2. CAPÍTULO I: O PAPEL DA MELHOR IDENTIFICAÇÃO DO PROBLEMA NUM
TRABALHO DE PESQUISA

Problema de Pesquisa Segundo Gil (1999, p. 49) problema na acepção científica é


qualquer questão não solvida e que é objeto de discussão, em qualquer domínio do conhecimento,
ou seja, é algo que pode ser testado cientificamente, envolvendo variáveis que podem ser
manipuladas ou observadas.

Problema, para Kerlinger (1980, p.35), é uma questão que mostra uma situação
necessitada de discursão, investimento, decisão ou solução. Simplificando, problema é uma
questão que a pesquisa pretende. Todo o processo de pesquisa pretende responder. Todo o
processo de Pesquisa irá girar em torno de sua solução.

O Problema sinaliza o foco que você dera à pesquisa. Geralmente você considera na
escolha deste foco:
A Relevância do Problema – o problema será relevante em termos científicos quando propiciar
conhecimentos novos à área de estudo e, em termos práticos, a relevância refere-se aos benefícios
que sua solução tratará para a humanidade, país, área de conhecimento.
A Oportunidade de Pesquisa – você escolhe determinado problema considerando a
possibilidade de obter prestígio ou financiamento.
Na literatura da área de metodologia cientifica podem-se encontrar muitas recomendações
a respeito da formação do problema de pesquisa. Gil (1999) considera que as recomendações não
devem ser rígidas e devem ser observadas como parâmetros para facilitar a formulação de
problemas.
2.1. Definição de Problema
Toda pesquisa se inicia com algum tipo de problema ou indagação. Entretanto, ao se
afirmar isto, torna-se conveniente esclarecer o significado desse termo. Uma acepção bastante
corrente identifica problema com questão, o que dá margem a uma série de desencontros e
equívocos sobre a natureza dos problemas verdadeiros e dos falsos problemas. Outra acepção
identifica problema como algo que provoca desequilíbrio, mal-estar, constrangimento às pessoas.
Contudo, na acepção científica, problema é qualquer situação não solvida e que é objecto de
discussão, em qualquer domínio do conhecimento.
Quando se trata de conceituar o que é um problema de pesquisa, é preciso levar em conta
de antemão que nem todo problema é passível de tratamento científico. Isto significa que, para
realizar uma pesquisa é necessário, em primeiro lugar, verificar se o problema cogitado se
enquadra na categoria de científico.
Um problema é de natureza científica quando envolve variáveis que podem ser testadas,
observadas, manipuladas. Um problema de pesquisa pode ser determinado por razões de ordem
prática ou de ordem intelectual. São inúmeras as razões de ordem prática e intelectual que
conduzem à formulação de problemas de pesquisa. Apenas com o objetivo de ilustrar o universo
de possibilidades que pode se descortinar em relação a este tema, apresenta-se abaixo algumas
definições e exemplos de problemas de ordem prática e de ordem intelectual. Problemas de
ordem prática direcionados para respostas que ajudem a subsidiar ações. Exemplo: empresa do
ramo de cosméticos deseja saber o perfil de seus consumidores, com vistas a lançamento de um
novo produto.
Direcionados para a avaliação de certas ações ou programas. Exemplo: efeito de uma
determinada campanha de esclarecimento sobre os perigos da cólera. Direcionados a verificar as
consequências de várias alternativas possíveis. Exemplo: professor está interessado em identificar
que sistema de aula seria o mais adequado para determinada disciplina.
Direcionados à predição de acontecimentos, com vistas a planejar uma ação adequada.
Exemplo: Petrobras está interessada em verificar em que medida a construção de uma planta de
gasolina poderá concorrer para a deterioração ambiental de uma determinada área. É possível
ainda considerar como problemas de interesse prático, embora mais próximos dos problemas de
interesse intelectual, aqueles referentes a muitas pesquisas que são realizadas no âmbito dos
cursos universitários de graduação. Esses problemas servem, normalmente, para um treinamento
do aluno na elaboração de projetos de pesquisa.
2.2. Problemas de Ordem Intelectual
Direcionados para a exploração de um objeto pouco conhecido. Exemplo: o Design Social
na PUC-Rio Direcionados para áreas já exploradas, com o objetivo de determinar com maior
precisão e apuro as condições em que certos fenômenos ocorrem e como podem ser influenciados
por outros. Exemplo: a violência nos grandes centros urbanos. Direcionados para a testar alguma
teoria específica. Exemplo: pesquisador, a partir de um grupo de crianças de faixa etária entre 0 a
14 anos, dispõe-se a verificar até que ponto a teoria piagetiana sobre os estádios de
desenvolvimento infantil pode ser ou não comprovada. Direcionados para descrição de um
determinado fenômeno. Exemplo: traçar o perfil dos alunos do Departamento de Artes da PUC-
Rio.
2.3. Como Formular um Problema de Pesquisa
Formular um problema científico não constitui uma tarefa fácil e, por isso, o treinamento
desempenha um papel fundamental nesse processo. Por estar estreitamente vinculado ao processo
criativo, a formulação de problemas não se faz mediante a observação de procedimentos rígidos e
sistemáticos. Contudo, existem algumas condições que facilitam essa tarefa, tais como:
Imersão sistemática no objecto;
Estudo da literatura existente e discussão com pessoas que já tenham experiência prática
no
campo de estudo em questão.
A experiência acumulada dos pesquisadores possibilita ainda o desenvolvimento de certas
regras práticas para a formulação de problemas científicos. Entretanto, vale ressaltar que, em
alguns casos, o problema proposto não se adequa a essas regras. Isto não significa, porém, que ele
deva ser abandonado. Muitas vezes, o melhor será proceder à sua reformulação ou
esclarecimento.
2.4. O problema Deve Ser Formulado Como Pergunta
Esta é a maneira mais fácil e direta de formular um problema e contribui substancialmente
para delimitarmos o que é o tema da pesquisa e o problema da pesquisa. Tomemos por exemplo
uma pesquisa sobre a disciplina de Questão Metodológica. Se eu disser que vou pesquisar sobre
esta disciplina, pouco estarei dizendo (este é, provavelmente o meu tema). Mas, se propuser: que
factores provocam o sono nas aulas de Questão Metodológica? ou quais as características dos
alunos que frequentam a disciplina de Questão Metodológica?, estarei efetivamente propondo
problemas de pesquisa.
2.5. O problema Deve Ser Claro e Preciso
O problema não pode ser solucionado se não for apresentado de maneira clara e precisa.
Com frequência, problemas apresentados de forma desestruturada e com erros de formulação
acarretam em dificuldades para resolvê-los. Por exemplo, como funciona a mente do designer?.
Este problema está inadequadamente proposto porque não está claro a que se refere. Para
solucionar o impasse, deve-se partir para uma das muitas e possíveis reformulações à pergunta
inicial: "Que mecanismos psicológicos podem ser identificados
no processo de projetar, vivido pelo designer?.
Pode ocorrer também que algumas formulações apresentem termos definidos de forma
não adequada, o que torna o problema carente de clareza. Seja, por exemplo, A abelha possui
inteligência?. A resposta a esta questão depende de como se define inteligência. Muitos
problemas deste tipo não são passíveis de solução porque empregam termos retirados da
linguagem cotidiana
que, em muitos casos, são ambíguos.
2.6. O problema não Deve Ter Base Exclusivamente Empírica
Os problemas científicos não devem referir-se a valores, percepções pessoais, mas a fatos
empíricos. É bastante complexo investigar certos problemas que já trazem em si uma carga muito
grande de juízos de valor. Por exemplo, a mulher deve realizar tarefas tipicamente masculinas?
ou é aceitável o casamento entre homossexuais?. Estes problemas conduzem inevitavelmente a
julgamentos morais e, consequentemente, a considerações subjetivas, invalidando os propósitos
da investigação científica, que tem a objetividade como uma das mais importantes características.
2.7. O problema Deve Ser Suscetível de Solução
Um problema pode ser claro, preciso e referir-se a conceitos empíricos, mas, se não for
possível coletar os dados necessários à sua resolução, ele torna-se inviável. Por Exemplo,
ligando-se um winchester de um computador à memória de um homem, é possível realizar
transferência de dados? Esta pergunta só poderá ser respondida quando a tecnologia
neurofisiológica progredir a ponto de possibilitar a obtenção de dados relevantes. Para formular
adequadamente um problema é preciso ter o domínio da tecnologia adequada à sua solução.
2.8. O problema Deve Ser Delimitado a Uma Dimensão Viável
Em muitas pesquisas, o problema tende a ser formulado em termos muito amplos,
requerendo algum tipo de delimitação. Por exemplo, o que pensam os designers? Para começar,
seria necessário delimitar o universo dos designers: homens, mulheres; jovens, idosos; de
produto,
gráficos; etc. Seria necessário ainda delimitar o que pensam, já que isto envolve muitos aspectos,
tais como: percepção, religião, sociais, econômicos, políticos, psicológicos, profissionais etc.
A delimitação do problema guarda estreita relação com os meios disponíveis para investigação.
Por exemplo, um pesquisador poderia pesquisar o que pensam os designers cariocas sobre a sua
profissão, mas não poderia pesquisar todos e tudo que os designers pensam sobre todas as coisas.
2.9. Definição de Objetivos
A especificação do objectivo de uma pesquisa responde às questões para quê? e para
quem? Os objectivos de um trabalho englobam as seguintes partes:
2.10. Tema
É o assunto que se deseja pesquisar ou desenvolver. Pode surgir de uma dificuldade
prática enfrentada pelo pesquisador, de sua curiosidade científica, de desafios encontrados na
leitura de outros trabalhos ou da própria teoria etc. O tema também pode ter sido "encomendado"
por instituições, grupos sociais, o que não lhe tira o caráter científico.
2.11. Delimitação do Tema
Dotado necessariamente de um sujeito e de um objeto, o tema passa por um processo de
especificação. O processo de delimitação do tema só é dado como concluído quando se faz a
limitação geográfica e espacial do mesmo, com vistas à realização da pesquisa.
2.12. Hipóteses
Para Rudio (1980), hipótese é uma suposição que se faz na tentativa de explicar o que se
desconhece. Esta suposição tem por característica o fato de ser provisória, devendo, portanto, ser
testada para a verificação de sua validade. Trata-se de antecipar um conhecimento na expectativa
de que possa ser comprovado.
Hipótese é uma proposição que pode ser colocada à prova para determinar sua validade.
Neste sentido, hipótese é uma suposta resposta ao problema a ser investigado. A origem das
hipóteses poderia estar na observação assistemática dos fatos, nos resultados de outras pesquisas,
nas teorias existentes, ou na simples intuição (GIL, 1999).
O papel fundamental das hipóteses na pesquisa é sugerir explicações para os fatos. Podem
ser verdadeiras ou falsas, mas, sempre que bem elaboradas, conduzem à verificação empírica -
que é o propósito da pesquisa científica. Entretanto, para Gil (1999), o modelo de explicação
causal não é adequado às ciências sociais, em virtude do grande número e da complexidade das
variáveis que interferem na produção desses fenômenos. Por essa razão, os filósofos da ciência
propõem modelos menos rígidos para a construção de hipóteses. De modo geral, as hipóteses
elaboradas nas ciências sociais não são rigorosamente causais, apenas indicam a existência de
algum tipo de relação entre variáveis. Entretanto, Lakatos & Marconi (2001) nos alertam que a
hipótese de trabalho usada nos estudos de caráter exploratório ou descritivo, onde é dispensável
sua explicitação formal – é necessária para que a pesquisa apresente resultados úteis, ou seja,
atinja níveis de interpretação mais altos.

Conclusão

A intenção na proposta deste trabalho foi fornecer subsídios suficientes para garantir o
maior nível de qualidade nos trabalhos científicos a serem apresentados pelos estudantes
universitários durante a sua vida acadêmica. Como conclusão, este artigo apresentou de maneira
sintetizada a estruturação e os pontos mais relevantes para elaboração de um trabalho científico.
No entanto, seu uso não dispensa outras bibliografias sobre o assunto em questão.

Os resultados obtidos são pertinentes e capazes de atuar como suporte no processo de


desenvolvimento crítico e intelectual na formação de alunos universitários. Além de atuar como
uma ferramenta de padronização e uniformização de documentos científicos.
Referências Bibliográficas
 GIL, Antonio Carlos. (1988). Como elaborar projetos de pesquisa. São Paulo: Editora
Atlas.
 LAKATOS, Eva Maria & MARCONI, Marina de andrade. (1990). Metodologia do
Trabalho Científico. São Paulo: Atlas Editora.
 BOMFIM, G. (1977). et allii. Fundamentos de uma metodologia para desenvolvimento
de produtos. Rio de Janeiro: COPPE/UFRJ, Programa de Engenharia de Produção.
 BONSIEPE, Gui et allii. (1984). Metodologia experimental: desenho industrial. Brasília:
CNPq/Coordenação Editorial.
 BONSIEPE, Gui. (s/d). Vivissecção do Desenho Industrial. (tradução de Nicolau A.
Guida Neto, Rio de Janeiro: COPPE/UFRJ, Departamento de Produto.
 COUTO, Rita Maria de Souza. (1991). O Ensino da disciplina de projeto básico sob o
enfoque do design social. Rio de Janeiro: Departamento de Educação - PUC-Rio.
 LAKATOS, Eva Maria; MARCONI, (2003). Marina de Andrade. Fundamentos de
metodologia científica. 5. ed. São Paulo: Atlas.

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