Relatório: aula de campo O Sertão é a maior sub-região do Nordeste e abrange terras de quase todos os estados nordestinos: Bahia, Sergipe, Alagoas, Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte, Piauí e Ceará. Situado em área de clima semiárido, entre as sub-regiões Agreste e Meio-Norte, o Sertão é marcado pela escassez de chuvas e por temperaturas elevadas. No vídeo mostrado no Cais do Sertão, sobre o Sertão Nordestino, principalmente o pernambucano, ao chegar da noite a temperatura pode estar em 27ºC. Uma grande diferença em comparação como por exemplo na Mata Norte de Pernambuco, que ao chegar da noite a temperatura está nos 24ºC. A formação vegetal predominante no Sertão é a Caatinga, que apresenta cactos, arbustos e árvores adaptadas ao clima quente e seco. Por causa dessas condições climáticas, os rios sertanejos, são temporários ou intermitentes, secam no período de estiagem. O rio São Francisco é um dos poucos rios perenes do Sertão, isto é, que não secam nem no período de estiagem. Por causa disso, suas águas são utilizadas para irrigar diversas áreas agrícolas nas quais se produzem frutas, principalmente uva, manga e melão. Nem todos os agricultores têm recursos financeiros ou apoio do governo para irrigar as terras. Por isso, durante os períodos de seca, muitos deixam o Sertão em busca de melhores condições de vida. Embora grande parte da região seja muito árida, há presença de locais mais úmidos, como os brejos. Ali, são desenvolvidas atividades de agricultura com destaque para as plantações de cana, milho, mandioca e feijão. A Caatinga é a formação vegetal predominante do Sertão nordestino. Geralmente, a paisagem que predomina em grande parte do ano na Caatinga é de aridez, com cactos e árvores de troncos retorcidos e com poucas folhas. No entanto, no período de chuvas, essa formação vegetal floresce e se torna verde. Ela tem uma rica biodiversidade e abriga inúmeras espécies animais e vegetais, muitas das quais só sobrevivem nessa formação vegetal. A biodiversidade da Caatinga é ameaçada pelo desmatamento para a extração de lenha e pela prática de atividades agropecuárias. A retirada da cobertura vegetal associada ao clima contribui para a diminuição da disponibilidade hídrica, prejudicando o abastecimento de água da população e provocando impactos negativos na economia. Atualmente, diversos tipos de tecnologia capazes de minimizar os efeitos negativos dos períodos de estiagem têm sido implantados no Sertão. No entanto, os investimentos ainda não foram suficientes para solucionar totalmente os problemas que a população enfrenta.