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INTRODUÇÃO ÀS Capítulo

PRÁTICAS CORPORAIS
DE AVENTURA URBANAS

Vamos dialogar?
Olá! Neste capítulo, estudaremos as práticas corporais
de aventura. Quais delas você conhece? Como poderíamos
classificá-las? Elas podem nos oferecer algum risco? Quais os
cuidados que devemos ter ao experimentá-las?
Essas são algumas das perguntas que farão parte do
nosso diálogo neste capítulo. Vamos lá!
barry maas | Shutterstock.com

6 o Ano Educação Física 89


O que podemos chamar de práticas corporais de aventura?
As práticas corporais de aventura são aquelas que envolvem riscos controla-
dos. Nelas estão presentes situações de imprevisibilidade causadas pelo ambien-
te desafiador em que geralmente ocorrem.
Embora nem todas sejam esportes, essas práticas corporais são comumente
conhecidas como esportes de risco, esportes alternativos, esportes extremos, es-
portes radicais, etc.

1. Considerando o conceito apresentado anteriormente, analise as imagens a se-


ATIVIDADE

guir e marque com um X aquela que pode ser considerada uma prática corporal de

Rave NIK, Motortion Films, Jacob Lund | Shutterstock.com


aventura.

a) b) c)

Exemplos de práticas corporais de aventura


As práticas corporais de aventura fazem parte da cultura corporal da huma-
nidade, produzida por homens e mulheres, em diferentes regiões do Planeta, ao
longo de vários séculos.
Conheceremos algumas modalidades dessas atividades por meio das imagens
a seguir.
oneinchpunch | Shutterstock.com

pedrosala | Shutterstock.com

Skate Rapel
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CidCidaRius | Shutterstock.com ermess | Shutterstock.com Christian Bertrand | Shutterstock.com areporter | Shutterstock.com

Patins
Parkour

Tirolesa
Corrida de carrinho de rolimã

6 o Ano
Educação Física
Slackline
Arvorismo

Mergulho
Pesca esportiva

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Jukkis | Shutterstock.com Dzmitrock | Shutterstock.com Maksym Fesenko | Shutterstock.com Chekyravaa | Shutterstock.com
Salienko Evgenii | Shutterstock.com
zhukovvvlad | Shutterstock.com

Escalada Bungee jump


Christian Bertrand | Shutterstock.com

park1688 | Shutterstock.com
Patinete Rafting

Taras Hipp | Shutterstock.com


m.kru | Shutterstock.com

Paraquedismo Ski na neve

Como podemos classificar as práticas corporais de aventura?


As práticas corporais de aventura podem ser classificadas de diferentes ma-
neiras. Não existe apenas uma forma correta de realizar essa tarefa.
Toda classificação é feita com base em um critério. Por exemplo, se desejar-
mos um agrupamento pautado em “artefatos com rodas”, poderemos incluir nessa
categoria as práticas com skate, bicicleta, carrinho de rolimã, patinete, patins, en-
tre outros. Tudo vai depender do parâmetro que utilizarmos.

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ATIVIDADE 2. Observe as características das práticas corporais de aventura a seguir, identifi-
que as semelhanças entre elas e crie um critério para classificá-las.

Classificação

| Shutterstock.com
Resposta pessoal. Espera-se que o aluno crie classifica-
ções com base nas semelhanças apresentadas entre as
práticas corporais. Por exemplo, as terrestres, as aquáti-

praticadas em terra

Corrida de aventura Mountain Bike

Classificação
praticadas na água
SUP Surfe
cas, as aéreas, etc.

(sigla em inglês que significa


remo em pé)

Classificação
praticadas no ar
Asa-delta Balonismo
SueC Aniwat phromrungsee, Jorge A. Russell, Soloviova Liudmyla, TuiPhotoEngineer, anatoliy_gleb | Shutterstock.com

Neste livro didático, é adotada a classificação apresentada na Base Nacional


Comum Curricular (BNCC), a qual utiliza o critério do ambiente de que essas prá-
ticas corporais necessitam para serem realizadas:

» Práticas corporais de aventura na natureza: corrida orientada, corrida de


aventura, corridas de mountain bike, rapel, tirolesa, arborismo, escalada, ca-
noagem, surfe, stand up paddle (SUP), kitesurf, asa-delta, balonismo, bungee
jump, paraquedismo, pesca esportiva, parapente, etc.
» Práticas corporais de aventura urbanas: parkour, skate, patins, bike, corrida
com carrinho de rolimã, slackline, etc.

No entanto, é interessante destacar que muitas dessas práticas corporais po-


dem ser realizadas tanto na natureza quanto em ambientes urbanos, como é o
caso do rapel, do bungee jump, da escalada, do slackline, etc.

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3. Quais são as práticas corporais de aventura que você já experimentou? Escreva
ATIVIDADE
cada uma delas e classifique-as em de aventura na natureza ou urbanas.

Resposta pessoal.

Quais os cuidados necessários para as práticas corporais


de aventura?
Sempre que estivermos iniciando em uma prática corporal de aventura, é
fundamental nos lembrarmos de que, antes de aprendermos a correr, foi preciso
aprendermos a andar. Então, devemos ir com calma, pois, caso contrário, podere-
mos nos machucar.
Como vimos, uma das características marcantes dessas atividades são os
riscos controlados. Ao experimentá-las, devemos ficar atentos aos possíveis ris-
cos que elas podem apresentar, tentando minimizá-los com atitudes prudentes e
com o uso de equipamentos de segurança.
Capacetes, joelheiras e cotoveleiras, por exemplo, são alguns aparatos que
podem nos ajudar a diminuir os riscos causados por possíveis acidentes durante
algumas práticas corporais de aventura.
Alguns praticantes precisam tomar ainda mais cuidado, como mulheres grá-
vidas, pessoas com hipertensão arterial ou indivíduos cardiopatas, pois podem
apresentar complicações de saúde durante algumas práticas mais intensas. Por
isso, é fundamental realizar exames médicos antes de iniciarem qualquer modali-
dade esportiva.

4. Por mais simples que uma prática corporal de aventura pareça ser, há sem-
ATIVIDADE

pre riscos que necessitam ser controlados. Observe as imagens a seguir e, em


seu caderno, identifique quais são os possíveis riscos que estas atividades po-
dem trazer aos seus praticantes. Em seguida, informe como eles poderiam ser
diminuídos ou controlados. Resposta pessoal. Espera-se que o aluno identifique que o uso dos
devidos equipamentos de proteção (capacete, joelheira, luva, etc.)
é indispensável para diminuir os riscos presentes nas práticas cor-
porais de aventura.

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a) b) c)

Paul Higley, Strahil Dimitrov, UfaBizPhoto | Shutterstock.com

PESQUISA
Pesquise quais são as práticas corporais de aventura que podem apresentar mais ris-
cos para os seus praticantes. Em seguida, realize as seguintes atividades:

1. Crie um ranking com as cinco modalidades que você considerou como mais arriscadas.
2. Descreva como cada uma delas funciona.
3. Por último, classifique-as como práticas corporais de aventura na natureza ou urbanas.
Resposta pessoal.

VOCÊ SABIA?
Uma das práticas corporais de aventura mais arriscadas que a humanidade criou ao
longo da sua história se chama Wing Walking. Você já ouviu falar nela?
Wing Walking significa caminhar sobre as asas. Nessa modalidade, os praticantes an-
dam sobre as asas de um avião em movimento. Você teria coragem para isso?
Ruslans Golenkovs | Shutterstock.com

A execução mais antiga des-


sa modalidade data de 1911,
na Inglaterra, sobre um avião
biplano.

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Práticas corporais de aventura viciam?
Durante algumas práticas corporais (de aventura ou não), o nosso corpo libe-
ra várias substâncias químicas, dentre elas a adrenalina, a endorfina e a dopamina.
A adrenalina é liberada quando estamos nos preparando para iniciar a ativi-
dade, geralmente em situações que misturam medo e tensão. Nesse momento,
muitas vezes temos aumento da frequência cardíaca, dilatação das pupilas, sen-
sação de “boca seca”, etc.
A endorfina, por sua vez, é liberada durante a prática corporal, dando-nos
uma boa sensação de alívio das dores geradas pela própria atividade.
Ao término da prática corporal, o nosso cérebro libera a dopamina, possibili-
tando-nos sensações de prazer. E é justamente essa a sensação que muitos aman-
tes de aventura buscam.
O preocupante é que alguns acabam desenvolvendo dependência da dopami-
na. Quanto mais o seu corpo a libera, mais ele a deseja. Estudos do departamento
de psicobiologia da Universidade Federal de São Paulo afirmam que a falta dessa
substância em seu organismo pode causar-lhes depressão, ansiedade ou atitudes
agressivas, assim como ocorre com alguns dependentes químicos quando estão
longe das drogas.
Tornarmo-nos dependentes dessas práticas para nos sentirmos bem é peri-
goso, pois, em vez de melhorarmos nossa qualidade de vida por meio dessas expe-
riências corporais, poderemos desenvolver problemas psicológicos e sociais.

PARA REFLETIR!
Você já ouviu aquele velho ditado que diz que “tudo em excesso faz mal”? Pois é! Ele
se aplica a praticamente tudo em nossa vida, inclusive quando o assunto é a vivência das
práticas corporais de aventura.
É importante usufruirmos dessas atividades, porém de forma moderada e prudente,
sempre analisando os possíveis riscos que elas apresentam e identificando como pode-
mos minimizá-los. Pense nisso!

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