No livro "O Capital" é retratada a caracterização do capitalismo com o foco principal

sendo o mercantilismo, sendo os individuos da sociedade apenas meios para a propagação

desse interesse. Fora da ficção, o corpo social brasileiro assemelha se a essa realidade, tanto
por indivíduos monetizarem a exposição de suas vidas pseudo perfeitas, quanto pela
negligência das escolas em abordar de forma objetiva os malefícios da alienação de jovens à
vida de influenciadores. Nesse sentido, existe uma lacuna informacional a ser superada a fim
de alcançar o distânciamento da realidade narrada no livro.
Em primeira análise, é importante destacar a mercantilização da rotina pessoal, onde
a fim de mostrarem apenas o seu melhor lado as pessoas acabam deixando de ser quem são,
apenas para atingir o objetivo de lucrar com algo irreal. Nesse contexto, a música "Perfect Lie"
narra o caminho usado por indivíduos para alcançarem o topo do mercado vendendo um
produto falso, apenas com a propaganda da vida perfeita que era mostrada em função da
mercadoria. Dessa forma, com a continuidade desses comportamentos o corpo social vai se
encaminhar ainda mais para dentro da narrativa do livro "O Capital".
Ademais, é imprecindível destacar a negliência das escolas a cerca dos malefícios da
alienação precoce à vida de celebridades, uma vez que comumente o que é exposto por essas
figuras não é real. Segundo o filósofo Thomas Hobbes, a população abdica de seus direitos
naturais em troca da garantia de bem estar da mesma, entretanto, rompe-se com essa lógica
no Brasil. Isso ocorre pela falta de abordagem para os jovens nas instituições de educação,
local onde deveriam ser preparados os sujeitos que darão continuidade ao país. Portanto,
muitos estudantes quando chegam na vida adulta sofrem pela alienação não orientada mais
cedo.
Diante do exposto, com o intuito de conscientizar o corpo social a cerca da pseudo
perfeição a qual estão sendo alienados, cabe ao Ministério da Educação empregar por meio
das escolas palestras para informar sobre as limitações que cada um possui. Além disso,
levantar discussões em locais de acesso público por meio de palestrantes a fim de apontar a
veracidade e responsabilidade de influênciadores com a população. De modo que seja evitada
a reprodução do livro "O Capital".